COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (1º trimestre de 2016) CONFLITO E
CRISE: OS JUÍZES
VERSO ÁUREO: “Então orou Ana, e disse: O meu coração exulta
ao Senhor, o meu poder está exaltado no Senhor; a minha boca se dilatou sobre
os meus inimigos, porquanto me alegro na tua salvação.” I Samuel 2:1
INTRODUÇÃO (sábado 16 janeiro) – A era dos juízes faz
referência à organização política do território de Israel, onde cada tribo era
governada por um juiz, que era um líder militar e que julgava tudo. Ele
funcionava como um intermediário entre Deus e a administração
política da comunidade.
Logo após a morte de Josué, as tribos ficaram sem uma
liderança que pudesse unir as forças para se protegerem da ofensiva dos povos
vizinhos como; os filisteus, midianitas, amonitas, cananeus e outros povos.
O
povo passou por mais de três séculos sem rei em Israel; cada um fazia
o que achava mais reto”. Ver Juz. 17:6 e 21:25. Durante este período, o povo
vivia da seguinte forma: o povo obedecia Deus durante um tempo, logo em seguida
afastava-se dele, por causa da desobediência, logo Deus permitia a opressão pelos
inimigos, o povo se arrependia e clamava pela libertação e Deus levantava
juízes para livrar o povo das mãos dos inimigos.
O livro de Juízes não mostra claramente quem é o seu autor.
Geralmente atribui-se ao profeta Samuel a sua autoria. Evidência interna indica
que o autor viveu logo após o período dos juízes e Samuel se enquadra bem como
autor. O livro de Juízes pode ser dividido em duas seções: 1ª) Capítulos 1-16 que
narra as guerras de libertação que começam com a derrota dos cananeus e
terminam com a derrota dos filisteus e a morte de Sansão. 2ª) Capítulos 17-21 que são conhecidos como um apêndice e não se referem aos capítulos anteriores.
Esses capítulos são vistos como um tempo quando “não havia rei em Israel”. Ver
Juízes 17:6; 18:1, 19:1 e 21:25. O livro de Rute era originalmente uma parte do
livro dos Juízes, mas em 450 d.C foi removido para tornar-se em um livro separado.
O livro de Juízes é um triste contraste do livro de Josué, pois
Josué narra as bênçãos que Deus concedeu aos israelitas pela sua obediência a
Deus na conquista da terra. Em Juízes os israelitas foram desobedientes e
idolatras, o que causou suas muitas derrotas. Contudo, Deus nunca deixou de
abrir os Seus braços de amor ao Seu povo, sempre que se arrependiam dos seus
maus caminhos e invocavam o Seu nome. Ver Juízes 2:18. Através dos 15 juízes de
Israel, Deus honrou a Sua promessa a Abraão de proteger e abençoar a sua
descendência. Ver Gênesis 12:2-3.
Quantos e quais foram
os juízes? É bom lembrar que alguns desses juízes reinaram ao mesmo
tempo que o outro. Portanto, o período total dos juízes será menor do que a
soma geral do tempo de governo de cada um: 1) Otniel. Realizou o livramento da
opressão Mesopotâmica. Ver Juízes 3:7-11. 2) Eúde. Realizou o livramento da
opressão Moabita. Ver Juízes 3:12-30. Governou por 80 anos. 3) Sangar. Promoveu
o livramento da opressão Filistéia. Ver Juízes 3:31. 4) Débora e Baraque.
Libertaram Israel da opressão Cananéia. Ver Juízes 4:1 até 5:31. Governaram por
40 anos. 5) Gideão. Livrou Israel da opressão dos midianitas. Ver Juízes 6:1
até 8:35. Governou por 40 anos. 6) Tola. Exerceu o ministério de juiz nos tempos conturbados sob Abimeleque. Ver Juízes
9:1 até 10:2. Governou por 23 anos. 7) Jair. Atuou nos tempos conturbados sob
Abimeleque. Ver Juízes 10:3-5. Governou por 22 anos. 8) Jefté. Operou o
livramento de Israel da opressão Amonita. Ver Juízes 10:6 até 12.7. Governou por
6 anos. 9) Ibsã. Realizou o livramento da opressão dos inimigos.
Ver Juízes 12:9. Governou por 7 anos. 10) Elom. Atuou no livramento da opressão
dos inimigos. Juízes 12:11. Governou por 19 anos. 11) Abdom.
Livramento da opressão dos inimigos vizinhos. Ver Juízes 12:14. Governou por
8 anos. 12) Sansão. Operou o livramento da opressão dos filisteus. Ver Juízes
13:1 até 16:31. Governou por 20 anos. 13) Eli. Governou 40 anos. Ver I Samuel 1:1 até 4:22. 14) Samuel.
Realizou o livramento do jugo dos filisteus, organizou organização do reino e
foi o último juiz. Ver I Samuel 7:15-17. Governou por 40 anos.
Provavelmente o juiz mais notável foi o 12º juiz, Sansão,
que chegou a liderar os israelitas após um cativeiro de 40 anos sob o domínio
dos filisteus cruéis. Sansão liderou o povo de Deus à vitória sobre os
filisteus, onde perdeu sua própria vida depois de 20 anos como juiz de Israel.
O anúncio para a mãe de Sansão de que ela teria um filho para liderar Israel é
um prenúncio do anúncio à Maria sobre o nascimento do Messias. Deus enviou o
Seu Anjo a ambas mulheres e lhes disse: “Eis que tu conceberás e darás à luz um
filho.” Juízes 13:7, Lucas 1:31 que conduziria o povo de Deus.
O livro de juízes apresenta um olhar de como Deus acompanha
o Seu povo ao longo da história, mesmo no meio dos mais graves acontecimentos,
como; as guerras contra os povos inimigos. Em função da desobediência e da
idolatria, vem o castigo de Deus para conduzir-nos ao arrependimento. Até certo
ponto cada um dos crentes pode ser considerado um juiz que é convidado por Deus
para conduzir as pessoas aos pés de Cristo.
DOMINGO (17 de janeiro) DÉBORA - Durante um grande período
da história de Israel, aproximadamente 330 anos, Deus suscitou juízes para que
governassem o povo e foi um período complicado para o povo de Deus, porque
constantemente eram atacados e subjugados por nações inimigas, mas, quando o
povo se arrependia de seus pecados Deus lhe concedia o escape e a
salvação dos inimigos. Em Juízes 4 a Bíblia começa a nos contar a história de
uma importante mulher de Deus, Débora, que foi juíza sobre Israel durante a
época em que Jabim, rei de Canaã oprimia os filhos de Israel. Nesse período,
mais uma vez o povo clamou a Deus para que o livrasse daquela opressão, ver Juízes
4:3, e para isso Ele usou a vida de Débora.
Débora destacou-se como líder espiritual numa época em que
Israel era governado por juízes. Sua carreira, embora breve, teve grande importância.
Das experiências dessa competente e corajosa mulher, podemos extrair valiosas
lições para os nossos dias: Era corajosa.
Débora era íntegra e obediente e que fazia a vontade de Deus, pois ela se levantou como ''mãe de Israel''. Ver
Juízes 5:7.
Com certeza, Deus não chamaria alguém que não lhe agradasse para
governar e ser Seu porta-voz diante do povo, naquele tempo. Para lutar contra o
rei Jabim, Débora chamou Baraque para ser comandante do exército, que, com
certeza, era também um homem corajoso, mas Débora era mais corajosa do que Baraque,
pois em Juízes 4:8 ele afirma que só iria ao encontro de Sísera, comandante do
exército de Jabim, se ela fosse com ele, nessa parte vemos mais uma virtude de
Débora: a coragem e ousadia em defender os princípios de Deus e o Seu povo da
opressão inimiga.
Como Débora, devemos também nos levantar com intrepidez e
ousadia, afim de acharmos graça diante de Deus e cada vez mais sermos livres
das coisas do mundo. Devemos estar interessados pelas coisas de Deus para que
tenhamos mãos limpas e coração puro diante de Deus e para que possamos afirmar,
com toda a certeza: ''Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição;
somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.'' Heb 10:39. Amém?
Débora, como juíza, sabia discernir e julgar com retidão.
Sob orientação divina estabeleceu um fórum público ao ar livre, facilitando o
acesso de qualquer pessoa que desejasse receber seus conselhos. Ver Juízes 4:5
e II Sam. 20:18. Além de juíza, Débora também era profetisa. Ver Juízes 4:4.
Antes de julgar Israel, Débora já atuava no ministério profético. Na Bíblia, há
várias mulheres que se dedicaram a esse ministério; Miriã, ver Êxodo 15:20,
Hulda, ver II Reis 22:14, Noadias, ver Neemias 6:14, Ana, ver Luc. 2:36 e as filhas do diácono Filipe
também eram profetisas.
Como profetisa,
Débora não se acovardou. Entregou a mensagem divina a Baraque com segurança e
determinação. ver Juízes 4:6,7. Deus confiou a essa grande mulher as estratégias de
guerra, o comando e a vitória. Em seu belíssimo cântico, ela louva ao Senhor
com ênfase e ousadia: "Ao Senhor, eu, sim, eu cantarei!". Juízes 5:3.
Débora soube se portar muito bem nos seuss dias. Ela não
negou a sua posição de mulher, nem tampouco a sua condição de esposa de
Lapidote, apesar de ser profetisa e juíza de Israel. Embora soubesse que havia
sido levantada como “mãe em Israel”, Débora não negou a sua posição social. No
momento de libertar Israel, chamou Baraque que, como homem, tinha condições
de comandar o exército na guerra, função que não era possível Débora assumir e,
mesmo quando Baraque pediu que Débora fosse com ele, não assumiu para si o
comando, como também não foi a mulher que obteve a honra militar. Que linda
lição para nós!
Veja este texto
inspirado: “Débora, a profetisa, governou Israel durante o reinado de
Jabim, um rei cananeu que foi muito cruel para com os filhos de Israel. A vida
nas aldeias era dura. O povo era saqueado e fugia para as cidades fortificadas,
em busca de proteção. Então o Senhor suscitou Débora, que era como uma amorosa
mãe para Israel. Deus enviou por intermédio dela uma mensagem para que Baraque
se preparasse para encontrar Sísera, general de Jabim, na batalha. Baraque
recusou-se a ir, a menos que Débora fosse com ele. Ela concordou, mas
avisou-lhe que, devido à sua falta de fé nas palavras do Senhor, a honra de
matar Sísera seria de uma mulher, e não de Baraque.” Meditação Matinal. Filhas
de Deus, 24
SEGUNDA-FEIRA (18 de janeiro) GEDEÃO – Em Juízes capítulo 6
menciona a principal história de Gedeão. Na época de Gedeão como juiz, os
midianitas oprimiram os israelitas por sete anos. Na época da colheita eles
subiam cada ano à Judá e tomavam os produtos agrícolas dos campos e todos os
animais dos hebreus. Para sobreviver, os israelitas escondiam os alimentos do
inimigo. Certa vez, Gideão estava preparando comida para escondê-la quando o
anjo do Senhor apareceu. Imagine este homem, trabalhando com medo do inimigo,
quando ele ouviu as palavras do anjo!: "O
Senhor é contigo, homem valente.” Juízes 6:12. Pela resposta de Gideão,
parece que ele nem pensou no significado da frase "homem valente". Como Débora, Gedeão também era corajoso, Ele
entrou diretamente numa discussão com o anjo sobre a presença de Deus. Ele não
entendeu como Deus, estando com o povo, deixaria Israel sofrer. Deus continuou
a conversa, desafiando Gedeão a resolver o problema. Já que ele duvidou da
presença de Deus, devia ir na sua própria força. Ver Juízes 6:14.
Ele explicou
que era uma pessoa pequena de uma família insignificante de uma tribo pouco
importante. Gedeão não foi ao Senhor como homem valente. Deus ia fazer dele um
líder corajoso. A verdadeira força do servo do Senhor não veio de si mesmo, e
sim de Deus.
Ninguém é forte o bastante para resolver seus próprios
problemas sozinho, especialmente quando falamos sobre nosso problema principal:
o pecado. Dependemos de Deus e de sua graça. Ver Efésios 2:8-9. Paulo disse assim: "Tudo posso
naquele que me fortalece.” Filipenses 4:13. Os homens valentes de hoje são
aqueles que confiam no Senhor. Deus chamou a atenção de Gedeão, e lhe confiou a
sua primeira missão: destruir os ídolos do próprio pai e fazer um altar ao
Senhor no mesmo lugar. Ver Juízes 6:25-26. Gedeão levou dez homens consigo e
cumpriu o mandamento do Senhor na mesma noite. Os vizinhos ficaram irados, mas
o pai de Gedeão entendeu o significado de seu ato e o defendeu. Um deus que não
consegue se defender contra um punhado de homens não merece defesa pelos
homens. Joás, pai de Gideão, foi o segundo convertido nessa
história. A nossa missão, como a de Gedeão começa em casa. Se desejamos ser
vitoriosos no Senhor devemos destruir os ídolos da nossa vida e casa.
Gedeão estava
descrente no Senhor e pediu um sinal: “E disse Gideão a Deus: Se hás-de
livrar a Israel por minha mão, como disseste, eis que eu porei um velo de lã na
eira; se o orvalho estiver somente no velo, e toda a terra ficar seca, então
conhecerei que hás-de livrar a Israel por minha mão, como disseste. E assim
sucedeu; porque no outro dia se levantou de madrugada, e apertou o velo; e do
orvalho que espremeu do velo, encheu uma taça de água. E disse Gideão a Deus:
Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que só
esta vez faça a prova com o velo; rogo-te que só o velo fique seco, e em toda a
terra haja o orvalho. E Deus assim fez naquela noite; pois só o velo ficou
seco, e sobre toda a terra havia orvalho.” Juízes 6:36-40. Depois que Deus Se
revelou para ele positivamente, então ele obteve a vitória sobre os midianitas.
Em Juízes capítulo 7 menciona a vitória do povo de Israel.
Chegou o dia da grande batalha e Gedeão conduziu o exército de 32.000
israelitas para o campo de batalha contra 135.000 midianitas. Sua desvantagem
militar era de 4 midianitas contra 1 israelita! Deus não deixou Gedeão
entrar na batalha com este número de soldados. Em duas etapas Deus diminuiu a
força militar de Israel. Primeiro, 22.000 soldados voltaram para casa, e os
midianitas ficaram com uma vantagem de 13 contra 1. Na segunda etapa, Deus
mandou embora mais 9.700 israelitas, deixando Gedeão com apenas 300 soldados.
Para vencer o inimigo, cada soldado israelita teria que vencer 450 soldados
inimigos.
Humanamente falando era impossível, mas Deus, na sua perfeita
sabedoria, tinha um propósito bem definido nesta redução das forças militares
de Israel. Ele mandou seu exército à batalha com uma desvantagem tão grande que
ninguém poderia dizer: "A minha
própria mão me livrou." Juizes 7:2
Em quem ou em que
você tem depositado a sua confiança? "Assim diz o Senhor: Maldito o
homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu
coração do Senhor!" Jeremias 17:5.
"Mas longe
esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual
o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo." Gálatas 6:14.
"Se Deus é por nós, quem será contra nós?" Romanos
8:31.
Gedeão sempre será lembrado como exemplo de fé. Ver Hebreus
11:32. A grandeza desse homem não se encontra na sua força física, nem na sua
inteligência e nem na sua auto-confiança. Gedeão se destacou na história, não
por ser um grande homem, mas por ter um grande Deus. Deus é capaz de
transformar os fracos, os tímidos e os abatidos para dar grandes vitórias ao Seu
povo. Amém?
TERÇA-FEIRA (19 de janeiro) SANSÃO
– Sansão nasceu através de uma ordem de Deus e era para ser fiel ao Senhor. Por
um tempo ele obedeceu o Senhor, mas depois desviou-se dos caminhos da retidão. Veja o texto para hoje: “E o anjo do Senhor apareceu a esta mulher, e
disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; porém conceberás,
e terás um filho. Agora, pois, guarda-te de beber vinho, ou bebida forte, ou
comer coisa imunda. Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja
cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o
ventre; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus. Então a mulher
entrou, e falou a seu marido, dizendo: Um homem de Deus veio a mim, cuja
aparência era semelhante a de um anjo de Deus, terribilíssima; e não lhe
perguntei donde era, nem ele me disse o seu nome. Porém disse-me: Eis que tu
conceberás e terás um filho; agora pois, não bebas vinho, nem bebida forte, e
não comas coisa imunda; porque o menino será nazireu de Deus, desde o ventre
até ao dia da sua morte.” Juízes 13:3-7
Sansão desviou-se dos caminhos do
Senhor; desceu a Tinnate, casou-se com uma estranha, matou um leão e depois
tocou no cadáver, bebeu vinho, que não podia fazer pois era um nazireu e deixou cortar o seu cabelo. Ele
mostrou ser um homem fraco moralmente e lutou por seus interesses e não pelo
interesse de Israel. Ele apaixonou-se por uma prostituta, que descobriu com astúcia
o seu segredo, então Sansão foi preso pelos Filisteus, virando motivo de
chacota tendo os seus olhos furados.
Sansão brincou com o pecado, e no caso
dele o seu pecado maior foi o sexo desvirtuado, pois não tinha controle sobre o
seu próprio corpo e teve um fim trágico morrendo com os seus inimigos. Veja a
fraqueza de Sansão pelas mulheres em Juízes 14:1-4.
O pecado do sexo desaprovado por
Deus tem levado muita gente para a perdição. Sansão foi a Gaza, viu ali uma prostituta
e coabitou com ela. Ver Juízes 16:1. Sansão se entregou ao pecado da
prostituição. É um dos maiores pecados que tem levado as pessoas à derrota e a
perder a alegria, a fé e a vida com Deus. Muitos crentes hoje são derrotados
espiritualmente, através da homossexualidade,
prostituição, lascívia, adultério, quer
mentalmente ou com ações práticas. Sansão caiu nesse pecado também. Para evitar
o fracasso você precisa urgentemente tirar da sua vida todo o entulho do diabo
e servir a Deus com integridade de coração!
Sansão brincou com as coisas de
Deus. Veja este texto: "Então,
ela, Dalila, lhe disse: Como dizes que me amas, se não está comigo o teu
coração? Já três vezes zombaste de mim e ainda não me declaraste em que
consiste a tua grande força". Juiz. 16:15. A Bíblia diz que Sansão não deu
importância às advertências de Deus, através das coisas que Ele lhe permitiu
que lhe acontecessem.
Veja o que Deus permitiu na vida de Sansão: ele foi traído uma vez
pela esposa, quando ela relatou o significado do enigma para os 30 jovens; depois
ele foi traído por Dalila, três vezes, e a Bíblia menciona que Sansão não deu
importância às advertências de Deus. Hoje também há crentes que têm ouvido a
Palavra de Deus, sendo advertidos pelas situações da vida e mesmo assim não têm
dado o devido valor às advertências que o Senhor lhes tem colocado.
A história de Sansão ensina-nos
que não podemos brincar com a tentação e menosprezá-la. O diabo existe e quer
fazer-nos desistir dos caminhos do Senhor Deus. Por isso, a melhor coisa a fazer
é o que Paulo recomendou a Timóteo e o que José fez, ou seja; fugir da tentação!
Todos nós, por melhores que pensamos ser, por mais fortes, física e moralmente que
sejamos ou por mais auto confiantes que pensamos ser, a verdade é que somos
frágeis e impotentes diante da tentação, sem a graça de Deus. Deus convida os Seus filhos a abandonarem todos os tipos de relacionamentos prejudiciais à nossa
vida cristã!
Veja estes textos inspirados: “A promessa divina a Manoá foi
cumprida no tempo devido com o nascimento de um filho, a quem foi dado o nome
de Sansão. Crescendo o rapaz, tornou-se evidente que possuía extraordinária
força física. Isto, entretanto, não dependia, conforme Sansão e seus pais bem
sabiam, de seus compactos músculos, mas sim de sua condição de nazireu, de que
o seu cabelo não cortado era símbolo. Houvesse Sansão obedecido às ordens
divinas tão fielmente como fizeram seus pais, e seu destino teria sido mais
nobre e mais feliz. Mas a associação com os idólatras o corrompeu. Achando-se a
cidade de Zorá próxima do território dos filisteus, Sansão veio a travar
relações amistosas com eles. Assim, em sua mocidade surgiram camaradagens cuja
influência lhe obscureceu toda a vida. Uma jovem que habitava na cidade
filistéia de Timnate, conquistou as afeições de Sansão, e ele decidiu fazer
dela sua esposa. A seus pais tementes a Deus, que se esforçavam por dissuadi-lo
de seu propósito, sua única resposta era: “Ela agrada aos meus olhos”. Juízes
14:3. Os pais finalmente cederam aos seus desejos, e realizou-se o casamento.”
Patriarcas e Profetas, 413
“Quantos não estão adotando a
mesma conduta de Sansão! Quantas vezes se efetuam casamentos entre os que são
tementes a Deus e os ímpios, porque a inclinação governa a escolha de marido ou
mulher! As partes não pedem conselho de Deus, nem têm em vista a Sua glória. O
cristianismo deve ter influência dominante na relação matrimonial; mas dá-se
muitas vezes o caso de que os motivos que determinam esta união não se coadunam
com os princípios cristãos. Satanás procura constantemente fortalecer o seu
poder sobre o povo de Deus, induzindo-os a entrar em aliança com seus súditos;
e a fim de realizar isto ele se esforça por despertar paixões impuras no
coração. Mas o Senhor em Sua Palavra instruiu claramente Seu povo a não se unir
àqueles nos quais não habita o amor para com Ele. “Que concórdia há entre
Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o
templo de Deus com os ídolos?” 2 Coríntios 6:15, 16. Patriarcas e Profetas, 413
QUARTA-FEIRA (20 de janeiro) RUTE
- O livro de Rute era originalmente uma parte do livro dos Juízes, mas em 450
d.C foi removido para tornar-se em um livro separado. Embora Rute não tenha sido
juíza em Israel, ela viveu no contexto e na época dos juízes, por isso é
importante analisarmos o seu exemplo de vida e história. A vida de Rute e Noemi
é uma história de determinação, perseverança e fidelidade a Deus, mesmo quando
as circunstâncias são difíceis.
O livro de Rute corresponde à
época dos Juízes, e nesta época, não havia rei em Israel, o povo fazia o que
bem entendia e agia da forma que eles achavam correto. A Bíblia diz que, “na
época em que os Juízes julgavam a terra, houve fome em Israel”. Foi neste
período de fome que Elimeleque e Noemi tomaram a decisão de se mudar para a terra de
Moabe.
Noemi e sua família mudam-se para
Moabe, onde seu marido morreu e seus filhos casaram-se-se com mulheres moabitas.
Depois da morte dos filhos, Noemi voltou para Belém. Uma das noras de Noemi,
Rute, decidiu ir com ela. A vida de Rute ensina-nos fidelidade e bondade que são
essenciais para que a família prospere e tenha a proteção do Senhor. Um dia,
Noemi chamou as suas duas noras e disse:
Veja
este texto: “Disse Noemi às suas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua
mãe; e o Senhor use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos
e comigo. O Senhor vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido.
E, beijando-as ela, levantaram a sua voz e choraram. E disseram-lhe: Certamente
voltaremos contigo ao teu povo. Porém Noemi disse: Voltai, minhas filhas. Por que
iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos sejam por
maridos? Voltai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter
marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite
tivesse marido e ainda tivesse filhos, esperá-los-íeis até que viessem a ser
grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, que
mais amargo me é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do Senhor se
descarregou contra mim.” Rute 1:8-13
Noemi não tinha nada para
oferecer à Rute; não tinha dinheiro, não havia feito promessas, não podia
conceder-lhe um novo casamento, estava velha, mas Rute resolveu acompanhar Noemi. Veja a resposta de Rute: “Disse, porém,
Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde
quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu
povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; onde quer que morreres morrerei eu,
e ali serei sepultada. Faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que
não seja a morte me separar de ti.” Rute 1:16,17.
Rute desejou ter em sua vida
o mesmo Deus de Noemi. O testemunho de Noemi e seu exemplo de vida
influenciaram Rute ao ponto dela desejar servir o mesmo Deus de Noemi. “O teu
Deus será o meu Deus”. Pense um pouco: Será que o seu testemunho faz com que as pessoas em sua
casa, no seu trabalho e em outros lugares queiram ouvir falar do seu Deus? Ou
será que o nosso testemunho tem afastado as pessoas do desejo de quererem ouvir
acerca do nosso Deus?
A fidelidade de Rute a Noemi e ao
Deus de Noemi é um grande exemplo para nós. Nos dias de hoje, há filhos que
abandonam idosos em asilos ou lares de terceira idade, que deixam de assisti-los na sua velhice. Rute não
era assim. Foi um exemplo de amor e fidelidade, e é claro ela converteu-se ao
Deus Criador dos céus e da terra. Rute demonstrou que era fiel nas pequenas
coisas da vida pois viu um exemplo em Noemi. Veja
este texto de Cristo: “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem
é injusto no pouco também é injusto no muito.” Lucas 16:10. Rute atraiu a fidelidade de Deus e de outras pessoas para si. Salmo 100:5 diz: “Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura
para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade.”.
Rute, além de ser fiel era também
uma mulher generosa. Certa vez um homem rico, chamado Boaz, disse à Rute: “E
respondeu Boaz, e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra,
depois da morte de teu marido; e deixaste a teu pai e a tua mãe, e a terra onde
nasceste, e vieste para um povo que antes não conheceste.” Rute 2:11. A Bíblia
menciona que Boaz ajudou Rute generosamente permitindo que ela colhesse alimentos em suas propriedades.
Quando somos generosos com as pessoas, recebemos o mesmo.
O bem que desejamos que outros façam por nós é o bem que devemos fazer aos
outros. Esta é a regra de ouro do
evangelho: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam,
fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” Mateus 7:12.
Na Genealogia de Jesus, em Mat.
1:5-6, aparece o nome de Rute como avó de Davi, de quem descendeu Jesus. Veja: “E Salmom gerou, de Raabe, a
Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; e Jessé gerou ao rei
Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.” Mateus 1:5,6.
Rute não era israelita, mas ali está o seu nome. Rute passou a ser eternamente
lembrada, porque decidiu não recuar, abandonando Deus. Deus exalta aos
humildes, honra os fiéis, dá força aos fracos e ânimo aos de espírito
abatido!
Um tema importante no livro de
Rute é o da redenção, que se aplica a todos nós. Rute era estrangeira, não
tinha filhos e era viúva, o que a deixou na total pobreza, sem nenhuma fonte de
sustento. Mas, Rute aceitou o evangelho de Deus com fé e uniu-se ao povo do
Senhor. Embora não pudesse se livrar de sua situação de pobreza, no final foi redimida
por um parente, Boaz, um homem de Belém.
Devido a sua demonstração de fé e à
bondade de seu redentor, Rute casou-se novamente, foi plenamente aceita como
israelita, tornou-se dona de certa riqueza e foi abençoada com filhos. Assim
como Rute, não podemos salvar a nós mesmos, mas podemos confiar no Redentor
Jesus Cristo. Amém?
QUINTA-FEIRA (21 de janeiro)
SAMUEL e ELI – Este é o texto principal para hoje: “Eram, porém, os filhos de
Eli filhos de Belial; não conheciam ao Senhor. Porquanto o costume daqueles
sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém algum sacrifício, estando-se
cozendo a carne, vinha o moço do sacerdote, com um garfo de três dentes em sua
mão; e enfiava-o na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e
tudo quanto o garfo tirava, o sacerdote tomava para si; assim faziam a todo o
Israel que ia ali a Siló. Também antes de queimarem a gordura vinha o moço do
sacerdote, e dizia ao homem que sacrificava: Dá essa carne para assar ao
sacerdote; porque não receberá de ti carne cozida, mas crua.” I Samuel 2:12-15.
A lição de hoje menciona sobre o
sacerdote e juiz Eli que não cuidava da sua própria casa e seus filhos davam um
péssimo exemplo. Por outro lado, no mesmo lugar, havia Samuel que ainda era
menino e crescia procurando ser obediente nos caminhos do Senhor.
Samuel mostra que os filhos de
Eli; Hofni e Finéias, eram encarregados de receber e sacrificar os animais no tabernáculo
do povo israelita. Foram eles que sacrificaram quando Ana e Elcana foram
apresentar-se diante do Senhor como era costume anual deles. O texto bíblico
também fala que Eli já era avançado em idade e que, por certo, após sua morte,
seus filhos deveriam continuar o ministério sacerdotal. Naquela época Israel
enfrentava a guerra com os filisteus e os dois filhos de Eli foram mortos, os
filisteus capturaram a arca da aliança e Eli, com 98 anos de idade, morreu
quando ouviu as notícias. Ver I Samuel 4 14-18.
Samuel foi o último juiz, pois
marcou o ponto de transição entre o período dos juízes e o 1º rei, Saul.
Samuel, por ser temente a Deus, conseguiu fazer a transição de forma estável e
com as bênçãos de Deus.
Veja estes textos: “A juventude de nossos tempos pode tornar-se tão
preciosa à vista de Deus, como o foi a de Samuel. Mediante a fiel manutenção de
sua integridade cristã, podem os jovens exercer forte influência na obra de
reforma. Necessita-se de tais homens neste tempo. Deus tem uma obra para cada
um deles. Jamais alcançaram os homens maiores resultados em favor de Deus e da
humanidade do que os que podem ser conseguidos em nosso tempo por aqueles que
forem fiéis ao encargo que Deus lhes confiou.” Patriarcas e Profetas, 422
“Eli era sacerdote e juiz em
Israel. Ocupava as posições mais elevadas e de maior responsabilidade que havia
entre o povo de Deus. Como homem divinamente escolhido para os sagrados deveres
do sacerdócio, e posto no país como a autoridade judiciária mais elevada, era
ele olhado como um exemplo, e exercia grande influência sobre as tribos de
Israel. Mas, embora tivesse sido designado para governar o povo, não governava
a sua própria casa. Eli era um pai transigente. Amando a paz e a comodidade,
não exercia a sua autoridade para corrigir os maus hábitos e paixões de seus
filhos. Em vez de contender com eles ou castigá-los, submetia-se à sua vontade
e os deixava seguir seu próprio caminho. Em vez de considerar a educação de
seus filhos como uma das mais importantes de suas responsabilidades, tratou
desta questão como se fosse de pequena relevância. O sacerdote e juiz de Israel
não foi deixado em trevas quanto ao dever de restringir e governar os filhos
que Deus dera aos seus cuidados. Mas Eli recuou deste dever, porque o mesmo
implicava contrariar a vontade de seus filhos, e tornaria necessário puni-los e
repudiá-los. Sem pesar as terríveis consequências que se seguiriam à sua
conduta, condescendeu com seus filhos no que quer que desejassem, e
negligenciou a obra de os habilitar para o serviço de Deus e para os deveres da
vida.” Patriarcas e Profetas, 423
SEXTA-FEIRA (22 de janeiro) –
LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO: CONFLITO E CRISE. OS JUÍZES – O livro de juízes
apresenta um olhar de como Deus acompanha o Seu povo ao longo da história,
mesmo no meio dos mais graves acontecimentos, como; as guerras contra os povos
inimigos. Em função da desobediência e da idolatria, vem o castigo de Deus para
conduzir-nos ao arrependimento. Até certo ponto cada um dos crentes pode ser
considerado um juiz que é convidado por Deus para conduzir as pessoas aos pés
de Cristo.
O livro de Rute corresponde à
época dos Juízes, e nesta época, não havia rei em Israel, o povo fazia o que
bem entendia e agia da forma que eles achavam correto. A Bíblia diz que, “na
época em que os Juízes julgavam a terra, houve fome em Israel”. Foi neste
período de fome que Elimeleque tomou a decisão de se mudar para a terra de
Moabe. Elimeleque vendo a situação do país, a fome, pegou sua esposa e seus
filhos e foram para Moabe, onde havia muita idolatria, um local de pecado, onde
as pessoas adoravam a um deus que não era o Deus verdadeiro.
A mudança
geográfica não significa que os problemas vão terminar. Mudar de casa, de
cidade e de igreja não vai resolver o problema. Pensar em fugir, não resolverá o
problema. Deus não quer que tomemos decisão de agir desta forma. Deus não quer
que tomemos decisões precipitadas. Temos que buscar a orientação de Deus para
tomarmos as melhores decisões.
Sansão é símbolo de pessoas que
tem forças físicas, mentais e poder econômico, mas não tem poder moral e
espiritual. Sansão termina sua vida sendo levado ao templo de Dagon, onde foi
levado entre os dois pilares que sustentavam o enorme palácio. Muitos filisteus
se juntaram para ver sua derrota e foram assistir a sua humilhação. Diante de
tamanha humilhação, ele orou ao Senhor que lhe devolvesse por um momento a
força que havia perdido, para que pudesse, num último esforço, derrotar os
filisteus que o aprisionaram, ainda que para isso morresse. Ele morreu e honrou
ao Deus de seu povo. Assim foi feito. Mesmo cego e preso, Sansão teve sua força
restituída e conseguiu derrubar os pilares do templo destruindo-o e heroicamente, matando os filisteus, e morreram com eles Dalila e
ele próprio.
“Fisicamente falando, Sansão foi
o homem mais forte da terra; mas no domínio de si mesmo, na integridade e
firmeza, foi um dos mais fracos. Muitos tomam erradamente as paixões fortes
como caráter forte; mas a verdade é que aquele que é dominado por suas paixões
é homem fraco. A verdadeira grandeza do homem é medida pela força dos
sentimentos que ele domina, e não pelos sentimentos que o dominam.” Patriarcas
e Profetas, 417
“Justamente aqueles que Deus Se propõe usar como Seus
instrumentos para uma obra especial, Satanás, empregando seu máximo poder
procura transviar. Ele nos ataca em nossos pontos fracos, procurando, pelos
defeitos do caráter, obter domínio sobre o homem todo; e sabe que, se tais defeitos
são acalentados, terá bom êxito. Mas ninguém precisa ser vencido. O homem não é
deixado só a vencer o poder do mal pelos seus fracos esforços. O auxílio está
às mãos, e será dado a toda alma que realmente o desejar. Anjos de Deus, que
sobem e descem pela escada que Jacó viu em visão, auxiliarão a toda alma, que o
deseje, a subir mesmo aos mais altos Céus.” Patriarcas e Profetas, 417
Luís Carlos Fonseca
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