segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 5 (1º trimestre 2016) O CONFLITO CONTINUA…

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 5 (1º trimestre 2016) O CONFLITO CONTINUA…

VERSO ÁUREO: “Então lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha dito; então disseram: Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem.” Neemias 2:18

INTRODUÇÃO (sábado 23 de janeiro) - O verso áureo apresenta Neemias recebendo a autorização do rei Artexerxes para reconstruir Jerusalém, já no final dos 70 anos de cativeiro.

A lição desta semana vai tratar de algumas histórias de pessoas que estiveram envolvidas no conflito entre o bem e o mal, mas que, embora não merecendo a graça de Deus, foram abençoadas e puderam ver os planos de Deus realizados em sua vida. Assim também nós, num momento e noutro , todos enfrentamos oposição enquanto estamos ao serviço de Deus, mas é nosso privilégio vencer no Seu poder. Deus sempre atua em favor dos Seus filhos fiéis e inspira-nos confiança para sabermos que Ele está pronto para libertar-nos das armadilhas do inimigo. É nosso dever orar para cumprirmos o nosso dever de crentes em Cristo.

Durante essa semana vamos dar uma vista de olhos nas histórias de Davi e Golias, Ezequias e Senaqueribe, Elias e os profetas de Baal, Ester e Hamã e também Neemias, na reconstrução de Jerusalém. Elias, Ezequias. Davi e Neemias ensinam-nos lições maravilhosas sobre a oração. Neemias deixa-nos uma lição de motivação em dizer: “Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem.” Neemias 2:18. Ester e Hamã são amostras de um conflito muito grande entre o bem e o mal em que todos nós estamos envolvidos.

Em todas as épocas o povo de Deus foi protegido pelo Senhor. Quando no deserto, Deus os acompanhava com uma nuvem chamada Shequinah representando a Glória de Deus. Esta nuvem durante o dia era sombra contra o calor forte do deserto e durante a noite tinha aparência de fogo, iluminando e aquecendo o povo contra o frio e a escuridão do deserto. Veja este texto: “De dia os guiou por uma nuvem, e toda a noite por uma luz de fogo.” Salmo 78:14

Assim também quando passamos pelos desertos da vida, pelo sol escaldante, frieza e escuridão, a presença do Senhor nos acompanha. Ainda que você passe “pelo vale da sombra da morte”. Salmo 23:4, não tenha medo por que “de dia não te molestará o sol nem de noite a lua”. Salmo 121:6.
Jesus esteve no deserto por quarenta dias e noites. Ali enfrentou o sol quente, frio, fome, sede e solidão. O inimigo e as feras o tentaram. Depois de tudo isso: “eis que vieram anjos e o serviram”. Mateus 4:11. Jesus passou por tudo isso para nos ensinar que passamos por desertos, mas depois temos a vitória. Jesus enfrentou o deserto para nos fortalecer. Ele sofreu por você para lhe ensinar que não estará sozinho. Portanto, quanto estiver se sentindo num deserto, lembre-se que a presença do Senhor é como um abrigo para você se proteger do calor e do frio. Jesus sacia a sua sede com a água da vida. Deus faz fluir água da rocha e chover pão do céu para lhe sustentar.

Jesus multiplicou pães duas vezes no meio do deserto; cinco pães e dois peixinhos para cinco mil pessoas, ver Mateus 14:17-21 e sete pães e alguns peixinhos para 4 mil pessoas. Ver Mateus 17:36-38. Jesus é o Pão da Vida. Ele disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne”. João 6:51.

Veja estes textos: “Deus cuida de nós com mais solicitude do que uma mãe de um filho aflito. ... Deus é um amigo quando estamos em perplexidade e aflição, protetor no infortúnio, um guarda nos mil perigos a nós invisíveis.” The Review and Herald, 11 de Setembro de 1888.

“Deus mora em toda habitação; ouve cada palavra proferida, escuta cada oração erguida ao Céu, experimenta as dores e as decepções de cada alma, e considera o tratamento dispensado a pai e mãe, irmã, amigo e semelhante. Ele cuida de nossas necessidades, e Seu amor, Sua misericórdia e graça estão continuamente a fluir para satisfazer nossa necessidade. ... Em Seu cuidado podemos repousar tranqüilos. Deus ajuda o fraco, e fortalece os que não têm nenhum vigor. Nos campos em que são maiores as provações e os conflitos e a pobreza, os obreiros de Deus precisam ter maior proteção. Aos que trabalham no calor do conflito, diz Deus: “O Senhor é a tua sombra à tua direita.” Salmo 121:5. O Maior Discurso de Cristo, 105 e 106.

DOMINGO (24 de janeiro) DAVI, GOLIAS E BATESEBA – A lição de hoje apresenta dois enredos da vida do mesmo homem. Por um lado, Davi foi fiel a Deus quando apresentou-se para derrotar o gigante Golias, e por outro lado foi um fraco quando cometeu os pecados do homicídio e adultério.
Todos conhecem a triste história relatada em II Samuel 11:1-17 onde mostra Davi cometendo adultério com Bate-Seba, mulher do seu oficial de guerra e depois, para esconder o filho que ia nascer dessa relação, mandou matar Urias. Que vergonha!

A história de Davi sugere algumas coisas que servem para nós 1) Devemos nos dedicar ao papel que Deus nos deu. Davi não se ocupou com seus próprios deveres. Em II Samuel 8 e 10 mostram que Davi era um guerreiro bem-sucedido. Davi, além de rei era comandante do exército de Israel. Ele, corajosamente conduziu suas tropas em vitória após vitória. Mas, num determinado ano, Davi ficou para trás e mandou Joabe e seus servos à batalha. Ver II Samuel 11:1. Enquanto muitos dos homens de Israel arriscaram a vida na guerra, ele ficou na casa do rei em Jerusalém. Ele foi tentado e cometeu o pecado do adultério. Se estivesse ocupado com a guerra não teria cedido àquela tentação. Quando uma pessoa se entrega à tentação, pode se encontrar numa situação praticamente impossível, onde não tem força para resistir. É essencial aprender como evitar essas situações difíceis. Uma série de erros e pecados mentais levou Davi ao ato de adultério. A Bíblia não oferece nenhuma cena romântica para justificar o erro. Simplesmente diz: “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela” II Samuel 11:4

Quando Davi soube que Bate-Seba estava grávida, ele chamou Urias para descansar em casa com a esposa. Ele achou possível esconder seu pecado, enganando o próprio marido traído. Mas Urias não facilitou o plano de Davi. Como soldado fiel, recusou tirar férias quando os colegas estavam na batalha. Frustrado, Davi avançou das mentiras ao homicídio. O próprio Urias levou a carta que selou a morte dele e de mais alguns soldados. Neste plano sinistro, o rei envolveu mais uma pessoa. Joabe, o comandante do exército, serviu de cúmplice sem saber os motivos de Davi. As tentativas de esconder o pecado geralmente levam o pecador ao fundo do poço. Neste caso e em outros, Davi que costumava ser dedicado ao Senhor, se entregou ao pecado e à vontade do diabo. Depois que Davi se arrependeu, o próprio Deus considerou Davi “homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.” Atos 13:22. Nós devemos cuidar para evitarmos esses tipos de problemas: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.” I Coríntios 10:12. Quando respeitamos a vontade de Deus, receberemos as grandes bênçãos de felicidade nesta vida, e por toda a eternidade.

No episódio com Golias, Davi mostrou-se fiel a Deus e venceu o gigante. Ver a história no texto para hoje em I Samuel 17: 43-51. A batalha de Davi e Golias é uma das histórias mais bem-conhecidas em toda a Bíblia. Um gigante, que sempre ganhava as lutas, Golias, saía do campo dos filisteus todos os dias durante quarenta dias, desafiando o exército israelita para mandarem um soldado digno. Este gigante filisteu tinha mais ou menos três metros e usava pelo menos 55 kilos de armadura. Confiante na superioridade de seu equipamento e da sua força natural, ele propunha uma competição em que o ganhador ficaria com tudo. Ninguém aceitava a proposta! Davi aceitou o desafio, lutou com o gigante e venceu a luta, matando Golias e cortando a sua cabeça.

A lição de hoje desafia-nos a permanecermos firmes no Senhor para não cairmos em tentações e nos desviamos dos caminhos de Deus como Davi fez. Veja estes textos inspirados: “A sensualidade é o pecado da época. A religião de Cristo, porém, manterá as linhas de controle sobre todas as espécies de liberdade ilegal; os poderes morais manterão as linhas de controle sobre cada pensamento, palavra e ato. O engano não será encontrado nos lábios do verdadeiro cristão. Não condescenderá com nenhum pensamento impuro, palavra alguma pronunciada que se aproxime da sensualidade, nenhum ato que tenha a menor aparência do mal. Não procurem saber quão perto podem andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitem a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Seu capital é seu caráter. Acariciem-no, como fariam a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder da resistência têm de ser acariciado firme e constantemente. Medicina e Salvação, 142, 143.

"Toda paixão não santificada deve ser mantida sob o domínio da razão santificada através da graça que Deus outorga abundantemente em cada emergência. Porém, que não se crie uma emergência, que não haja ato voluntário que coloque alguém onde será assaltado pela tentação, nem dê o menor motivo para que outros o achem culpado de imprudência. Carta 18, 1891. Ellen White, Carta aos Jovens Namorados, 65

SEGUNDA-FEIRA (25 de janeiro) FAZER VOLTAR OS SEUS CORAÇÕES PARA TRÁS – A lição de hoje menciona o episódio de Elias no monte Carmelo desafiando o povo a servir o Senhor Deus. Uma grande parte do povo de Israel tinha conhecimento de Deus, mas tinha caído em apostasia. Agora, o profeta Elias desafiou o povo assim: “Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” I Reis 18:21. Ver a história em I Reis 18: 21-39.

Aquele era um tempo muito difícil para o reino do Norte, cuja sede era Samaria. A maior parte do povo tinha abandonado o Senhor Deus. Ver I Reis19:10. Elias passou a desafiar o deus da fertilidade, Baal. Dizer que não ia chover era um desafio direto a esse deus. Os ritos ao deus Baal davam ênfase ao lucro e a fertilidade. Por mais de três anos não choveu e houve uma grande seca. Depois Elias desafiou o rei para poder enfrentar o povo e desafiar Baal. Diante do desafio, somente o Deus Criador pôde manifestar-Se.

Em uma grande demonstração de coragem e fé, Elias desafiou 850 falsos profetas, que eram sustentados pela esposa do rei, a enfrentá-lo no Monte Carmelo. Eles aceitaram o desafio, e o povo de Israel foi testemunhar a grande disputa. Este era o mesmo povo que Elias procurava reconverter. Ele queria mostrar-lhes a grande diferença entre o Deus verdadeiro e os falsos deuses que o rei deles adorava. "Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o" I Reis 18:21.

Deus mostrou ao povo a diferença. Elias e os profetas de Baal prepararam dois sacrifícios, construíram altares, puseram lenha neles e prepararam seus sacrifícios de novilhos. Elias convidou os profetas de Baal a serem os primeiros a oferecer seus sacrifícios, exceto que eles não acenderiam o fogo. Eles deveriam orar ao seu deus para que mandasse fogo para consumir o sacrifício. Elias sabia que Deus podia fazer isto, porque já tinha consumido outros sacrifícios em gerações anteriores. Mas, e Baal, poderia produzir fogo? Seus profetas oraram, dançaram, e até se feriram para obter sua atenção, mas Baal não respondeu. Elias escarneceu-os, sugerindo que deveriam gritar mais alto para acordar seu deus. Eles berraram com mais força, mas o impotente Baal nada fez. Elias preparou seu sacrifício. Para ter certeza de que ninguém pudesse reclamar que ele tivesse usado de algum engano, ele pediu que fosse trazida água para molhar totalmente o sacrifício, a madeira e o altar. Eles trouxeram tanta água que o rego que ele tinha escavado em volta do altar ficou cheio. Somente a ação de Deus poderia incendiar este sacrifício e eliminar a água. Somente Deus pode desafiar a lei da física. E foi exatamente isto que aconteceu. Elias orou: "Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles" I Reis 18:37. E Deus respondeu: "Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!" I Reis 18:38-39. Os falsos profetas que tinham enganado o povo foram mortos!

Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Muitos crentes hoje necessitam responder à mesma pergunta que Elias fez no Monte Carmelo. Talvez quando você ler isto, perceberá que é um daqueles que tentam ficar em cima do muro, quando se apresenta a palavra de Deus. De um lado, você vê as crenças costumeiras e as tradições religiosas do povo. Talvez você tenha confiança no fato que foi batizado e educado na fé tradicional de seus pais. Mas Deus convida você a voltar o seu coração para trás e, não só aceitar Jesus como Salvador, mas também obedecer as doutrinas e mandamentos da Sua Palavra. Deus oferece-nos a oportunidade para ficarmos livres da confusão das religiões criadas pelos homens. Mas precisamos ser corajosos para colocar em prática o que estamos aprendendo. Tiago disse: "Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” Tiago 1:21-22.

Você já sentiu-se só defendendo o nome de Deus? Veja estes textos: “Diante do rei Acabe e dos falsos profetas, e rodeado das tribos reunidas de Israel está Elias, o único que apareceu para reivindicar a honra de Jeová. Aquele a quem todo o reino tinha responsabilizado por sua carga de flagelo, está agora perante eles, aparentemente sem defesa na presença do soberano de Israel, dos profetas de Baal, dos homens de guerra e dos milhares que o rodeavam. Mas Elias não está sozinho. Acima e ao redor dele estão as forças protetoras do céu; anjos magníficos em poder. Profetas e Reis, 71

“Então Aquele que conhece cada coração corrigiu a impressão mantida por Elias de que ele era o único a permanecer fiel ao culto a Deus. “Também conservei em Israel”, disse Deus, “sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.” 1 Reis 19:18. Cristo Triunfante, 180.

TERÇA-FEIRA (26 de janeiro) PALAVRAS DE DESAFIO – A lição de hoje menciona a tentativa de invasão à Jerusalém através do rei da Assíria, Senaqueribe. O Reino de Judá viu o perigo das forças inimigas quando a capital de Israel, Samaria foi tomada pelo rei assírio, Sargão II, em 722 a.C, o que o levou o reino do sul pagar altos impostos ao reino da Assíria. Ironicamente, a destruição do reino do norte pelos assírios causou um grande florescimento do reino de Judá, ao sul. A população cresceu, alimentada pelos refugiados hebreus do norte e, Jerusalém, antes uma pequena cidade de um reino pobre e isolado no sul, tornou-se o grande centro de influência entre todos os hebreus. Mais tarde, devido à recusa do rei Ezequias em continuar pagando tributos à Assíria, o rei Senaqueribe invadiu o reino de Judá e sitiou Jerusalém, mas sem a conquistar.

E Deus repreendeu a Assíria por ter usado palavras desafiadoras. Veja os principais versos para o estudo de hoje: “Por meio de teus mensageiros afrontaste o Senhor, e disseste: Com a multidão de meus carros subi ao alto dos montes, aos lados do Líbano, e cortarei os seus altos cedros e as suas mais formosas faias, e entrarei nas suas pousadas extremas, até no bosque do seu campo fértil. II Reis 19:23

“Esta é a palavra que o Senhor falou dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza, de ti zomba; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti. A quem afrontaste e blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os teus olhos ao alto? Contra o Santo de Israel?” II Reis 19:21,22

O exército assírio já havia destruído as 10 tribos do norte e agora  foi lutar contra o reino de duas tribos, cuja sede era Jerusalém.  Senaqueribe mandou cartas ao rei Ezequias. São as cartas que Ezequias apresentou a Deus, elas zombavam de Jeová e mandavam Ezequias desistir. Por isso, Ezequias orou: “Ó Jeová, salve-nos do rei da Assíria. Assim, todas as nações saberão que só Jeová é Deus.”. Deus escutou a oração de Ezequias e enviou um anjo que matou 185 mil soldados inimigos: “Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres. Então Senaqueribe, rei da Assíria, partiu, e se foi, e voltou e ficou em Nínive.” II Reis 19:35,36

Senaqueribe enviou Rabsaqué, seu principal oficial, à Jerusalém para começar uma campanha de propaganda destinada a persuadir os homens de Judá a desistir sem lutar. Três capítulos registram o discurso de Rabsaqué: II Reis 18; II Crônicas 32 e Isaías 36.

Senaqueribe representa Satanás em várias situaçãos: 1) Quando se apresentou como sumo-rei. Veja o texto: "Então, Rabsaqué se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as palavras do sumo rei, do rei da Assíria. Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar. Nem tampouco Ezequias vos faça confiar no Senhor, dizendo: O Senhor certamente nos livrará, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria". Isaías 36:13-15. 2) Quando Senaqueribe inverteu a verdade em erro. Veja este texto: "Acaso, não vos incita Ezequias, para morrerdes à fome e à sede, dizendo: O Senhor, nosso Deus, nos livrará das mãos do rei da Assíria? Não é Ezequias o mesmo que tirou os seus altos e os seus altares e falou a Judá e a Jerusalém, dizendo: Diante de apenas um altar vos prostrareis e sobre ele queimareis incenso?" II Crônicas 32:11-12. 3) Quando mentiu dizendo que ia em nome do Senhor. Veja este texto: "Acaso, subi eu, agora, sem o Senhor contra este lugar, para o destruir? Pois o Senhor mesmo me disse: Sobe contra a terra e destrói-a" II Reis 18:25. 4) Quando prometeu bênçãos: "Não deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz o rei da Assíria: Fazei as pazes comigo e vinde para mim; e comei, cada um da sua própria vide e da sua própria figueira, e bebei, cada um da água da sua própria cisterna. Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras e de mel, para que vivais e não morrais..." I Reis 18:31-32

Que cuidados devemos ter para não sermos enganados pelo diabo nos nossos dias? O reino do sul foi salvo e o povo teve paz por um tempo. Mas, morrendo Ezequias, seu filho Manassés tornou-se rei. Este e o filho dele, Amom, eram reis muito maus e iniciaram o descalabro do reino do Sul, que depois foi destruído através dos bablônios.

QUARTA-FEIRA (27 de janeiro) O DECRETO DE MORTE – A lição de hoje analisa a história do povo judeu nos dias do rei Assuero e da rainha Ester. O livro de Ester não revela especificamente o nome do seu autor. A tradição mais popular diz que foram ou Esdras ou Neemias o seu autor, mais provavelmente, Neemias; porque tinha bom conhecimento dos costumes persas. O livro de Ester foi provavelmente escrito entre os anos 460 e 350 a.C.

Os acontecimentos mencionados no livro de Ester aconteceram quando a maior parte do povo de Judá ainda estava cativo na Pérsia. Apenas 50 mil dos judeus tinham voltado no fim dos 70 anos da profecia, com o decreto de Ciro; mas, a grande maioria, talvez 1 milhão, espalhados por todo o império Persa, tinha escolhido permanecer na Pérsia. Dario já tinha deixado o reinado e o rei Xerxes I ou Artaxerxes, que era conhecido como Assuero, estava no trono. Susã era a cidade onde o rei da Pérsia, Assuero, vivia. Depois que Assuero mandou sua esposa embora, a rainha Vasti; ele procurou uma nova esposa para se tornar rainha. O palácio organizou um concurso onde as mulheres do reino foram convidadas à irem até Susã com o propósito de que uma delas preenchesse o lugar de Vasti. Ver Ester 2:1-4. Ester, que foi criada por Mardoqueu, seu primo, um dos cativos que também foi levado de Jerusalém por Nabucodonosor, ganhou o concurso. ver Ester 2:5-7. Ester, após obter a graça, primeiro; de “Hegai, guarda das mulheres", ver Ester 2:9, depois a graça "de todos que a viram", Ester 2:15 e por fim, e mais importante, a graça do próprio rei, Ester 2:17, ganhou a competição e tornou-se rainha. Um fato curioso é que Ester não revelou a ninguém que era judia, conforme a ordem dada por Mardoqueu. Então ninguém, nem mesmo o rei sabia qual era a nacionalidade e religião de Ester.

A finalidade do Livro de Ester é mostrar a providência de Deus, especialmente no que diz respeito ao Seu povo escolhido, Judá. O Livro de Ester registra a instituição da festa de Purim e a obrigação de sua observação permanente. Esse livro era lido durante essa festa para comemorar a grande libertação da nação judaica causada por Deus através de Ester. Os judeus ainda hoje lêem Ester durante Purim.

Nos capítulos 3 e 4, após Hamã decidir destruir todos os judeus, ele precisava estabelecer uma data para isto, para obter a permissão do Rei. Ele fixou a data; no décimo terceiro dia do décimo segundo mês, ver Ester 3:13 e que, após ele afirmar que os judeus não cumpriam as leis do rei e depois de oferecer ao rei uma grande quantia de dinheiro, 10.000 talentos de prata, ele finalmente obteve a aprovação de seus planos. Ver Ester 3:8-11, texto sugerido para leitura de hoje. A ordem em relação à destruição dos judeus foi escrita e enviada à todas as províncias do rei, causando grande lamentação entre todos os judeus. Ver Ester 3:12-15, 4:3. O próprio Mardoqueu estava tão triste que "rasgou as suas vestes, e vestiu-se de saco e de cinza, e saiu pelo meio da cidade" clamando "com grande e amargo clamor". Ester 4:1. Ester, que ainda não sabia sobre o decreto ficou muito triste quando soube que Mardoqueu, seu primo "pai adotivo", estava muito amargurado e enviou um dos seus servos até ele para descobrir qual era o motivo. Ver Ester 4:4-6. Por meio deste servo, Mardoqueu a fez saber tudo o que tinha acontecido, pedindo-lhe também para ir ao rei e rogar por seu povo. Ver Ester 4:7-9. Como você deve lembrar, Ester, sendo rainha, tinha uma grande posição no reino. Contudo, no princípio ela ficou relutante em fazer o que Mardoqueu havia pedido, uma vez que não era permitido a ninguém ir até o rei sem ser convidado. Ver Ester 4:10-12.

Os acontecimentos se seguiram em rápida sucessão; a apresentação de Ester perante o rei, o assinalado favor a ela mostrado, os banquetes do rei e da rainha com Hamã como o início da festa, o sono perturbado do rei, a honra pública mostrada a Mardoqueu, e a humilhação, queda e enforcamento de Hamã, após a descoberta de seu engano. Deus operou maravilhosamente por Seu penitente povo; e um decreto em contrapartida baixado pelo rei, permitindo-lhes lutar por sua vida, foi rapidamente comunicado a toda parte do reino por correios a cavalo, que “apressuradamente saíram, impelidos pela palavra do rei”. E “em toda a província, e em toda a cidade, aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, entre os povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles”. Ester 8:14, 16. O povo judeu teve a proteção de Deus e ganhou a guerra, pois desse povo descendeu o nosso Salvador!

Veja estes textos: “No dia apontado para a sua destruição, “os judeus nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para pôr as mãos naqueles que procuravam o seu mal; e nenhum podia resistir-lhes, porque o seu terror caiu sobre todos aqueles povos”. Anjos magníficos em poder tinham sido comissionados por Deus para proteger Seu povo, enquanto eles se punham “em defesa de sua vida”. Ester 9:2, 16. Profetas e Reis, 308

“O decreto que finalmente sairá contra o remanescente povo de Deus será muito semelhante ao que Assuero promulgou contra os judeus. Hoje os inimigos da verdadeira igreja vêem no pequeno grupo de guardadores do sábado, um Mardoqueu à porta. A reverência do povo de Deus por Sua lei, é uma constante repreensão aos que têm deixado o temor do Senhor, e estão pisando o Seu sábado.” Profetas e Reis, 605.

Pense nisso: Como o tema da verdadeira adoração a Deus está relacionado no livro de Ester? E por que, tantas vezes tendemos a desconfiar das pessoas que são diferentes de nós?

QUINTA-FEIRA (28 de janeiro) NEEMIAS – A história de Neemias é maravilhosa! Quem foi Neemias? Foi um dos judeus do cativeiro que na sua juventude foi nomeado para o cargo de copeiro real no palácio de Susã, pelo rei Artaxerxes Longimanus. Neemias foi um jovem, figura importante na história pós-exílio dos judeus, tal como registrada na Bíblia, e que, acredita-se, teria sido o autor primordial do livro de Neemias. Era filho de Hacalias, e provavelmente pertencia à tribo de Judá, e seus ascendentes residiam em Jerusalém antes de seu serviço na Pérsia. Ver Neem. 2:3. Neemias mantinha um excelente relacionamento com o rei, e temos como evidência a longa licença que lhe foi concedida durante a restauração de Jerusalém.

Neemias é uma referência administrativa da Bíblia, seu nome significa:“consolação do Senhor.”  Neemias foi um grande líder. Um dia Neemias lembrou a ruína do seu povo e apesar de viver confortavelmente, no palácio real, sentiu-se incomodado com o sofrimento do povo que vivia em Jerusalém. Neemias orou e pediu a direção à Deus, interpelando o próprio rei.. Ver Neem. 1:2-4 e Neem. 2.5.

Qual foi a missão de Neemias? Liderou a reconstrução dos muros de Jerusalém e da cidade e também realizou importantes reformas religiosas exercendo papel fundamental na restauração e restauração da Lei de Deus. Com certeza, que construir é mais fácil do que reconstruir! Foi nessa tarefa que Neemias se esbarrou em alguns problemas relacionados com homens maus e dirigidos pelo inimigo. Homens estes que procuraram inibir o esforço do grande líder, para que ele desistisse. Se você quer crescer e ser abençoado por Deus, você encontrará também alguns obstáculos na sua vida! Quantas vezes na nossa vida material, relacional e espiritual, necessitamos recomeçar. Após uma queda é necessário levantar a cabeça e seguir em frente. Os problemas aparecem todos os dias, quase em toda hora, e em quaisquer circunstâncias. Para tanto, precisamos perceber o problema, afastá-los e resolvê-los.

Que problemas enfrentou Neemias? 1º Problema: Sambalath, dirigido pelo inimigo, quis atrapalhar a reconstrução. Este homem não pertencia ao povo de Israel e procurou dificultar as obras de reconstrução. Veja este texto: “Quando Sambalat soube que estávamos reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicularizou... disse: "O que aqueles frágeis judeus estão fazendo? Será que vão restaurar o seu muro? Irão oferecer sacrifícios? Irão terminar a obra num só dia? Será que vão conseguir ressuscitar pedras de construção daqueles montes de entulho e de pedras queimadas; Tobias, o amonita, que estava ao seu lado, completou: "Pois que construam! Basta que uma raposa suba lá, para que esse muro de pedras desabe!" Neem.  4:1-3. Por que isso acontece? Quando alguém se propõe a fazer o que Deus quer, o inimigo se arma e contra-ataca. Se você tomou a iniciativa de buscar ao Senhor, ele começa a fazer suas ameaças. Começa a zombar. Quem ele vai usar? Seus amigos, parentes, familiares e até alguns irmãos da igreja ou de outras igrejas cristãs. Quando você dá ouvidos à zombaria do inimigo, você não cresce! O que fazer diante dos problemas? Façamos como Neemias: Entreguemos à Deus as ofensas. Ver Neemias 4:4. Confiemos em Deus e continuemos a fazer  o trabalho. Ver Neemias 4:6.

2º Problema: Os povos vizinhos se uniram para tentar atrapalhar as obras. Ver Neem. 4: 7-11. É sempre assim, quando um indivíduo não consegue espalhar o mal, ele procura forças em pessoas iguais a ele. Eles reuniram todas as forças, diz o texto, para atacar o povo. Vamos entender o contexto: Eles estavam reparando as brechas dos muros. O que significa isso? Os muros representavam a segurança de uma cidade. Brechas nos muros representavam fragilidade. Então quanto mais brechas fechadas, mais segurança para o povo e para cidade. O que aconteceu com Neemias e com o povo de Deus acontece com todos os filhos de Deus; surgem os ataques, as acusações, o desrespeito ou as tentativas de ataque; e junto com tudo isso, vem às tentativas de confusão: Confusão em casa, na escola, no trabalho e na igreja também. Quando se dá abertura para o diabo, ele entra e faz a sua obra de destruição. O crente necessita abrir a porta do coração  para Jesus.

O que fez Neemias? Ele colocou o povo posicionado para lutar nos lugares que apresentavam maior fragilidade. Ver Neemias 4.13. Precisamos também ter atenção com os nossos pontos fracos. Onde há mais indícios de ataque, posicione-se! Tenha cuidado dobrado! Fique alerta! Procure estar pronto para guardar até mesmo os lugares onde você acha que não sofrerá pressão. Se o seu problema é ver sites indecentes na internet, fique perto apenas de pessoas de bons princípios, para a sua proteção. Se o seu problema é beber bebidas alcoólicas, não ande com pessoas que bebem, etc...

3º Problema- O inimigo inventou mentiras a respeito de Neemias. Ver Neemias 6:5-8. É curioso não é? Quando alguém não gosta de você, por algum motivo, irá tentar manchar a sua reputação para denegrir a sua imagem de cristão. Sambalath pela 5ª vez investiu contra a reconstrução dos muros e enviou uma carta mentirosa à Neemias conforme o texto acima. Aquele homem mau, quis jogar Neemias contra o Rei Artaxerxes. A sua vida pode estar em ordem. Pode estar tudo certo com a sua família; mas, você será criticado pelo inimigo, para tentar destruir a sua moral. O inimigo vai usar pessoas para julgar o seu trabalho e sua vida o tempo todo. As pessoas irão confrontar as suas idéias. Lembra-se da história de José, no Egito? A mulher de Potifar o acusou de ter feito sexo com ela, sem que ele tivesse feito.

Neemias discerniu a voz de Deus entre as vozes do mal. Ver Neemias 6.10-13. Tobias e Sambalate tinham contratado aquele homem para prejudicar Neemias e o povo de Deus. Precisamos manter uma boa comunhão com Deus para ouvirmos a Sua voz. Abraão, quando quase sacrificou Isaque, ia matar Isaque porque sabia que aquela era a voz de Deus.

“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” I João 4.1.

Cada cristão tem o privilégio e o dever de manter a comunhão com Deus para saber discernir a voz de Deus entra muitas vozes do mal. Diante dos obstáculos da vida, recuamos ou avançamos?

SEXTA-FEIRA (29 de janeiro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 5: O CONFLITO CONTINUA… O ser humano vive em constante conflito com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com a natureza. O pecado levou o homem a distanciar-se de Deus e com isso a paz, tão necessária, desaparece. Não temos paz na política, na economia, na vida social ou na família. Não temos paz em lugar nenhum porque, naturalmente, o homem não tem paz no coração. Hoje, as pessoas sofrem de doenças mentais e emocionais como nunca. Alguém disse: “Washington tem inúmeros monumentos à paz. Depois de cada guerra, constroem um”. Na verdade, a paz dos homens é aquele breve momento em que todos param para recarregar as armas.

 Depois da segunda guerra mundial, o mundo ficou preocupado em desenvolver um agência para a paz mundial, por isso, em 1945, surgiram as Nações Unidas com o lema: “Libertar as nações vindouras do flagelo da guerra”. Desde então, não tem havido um dia de paz na terra. Nem um! O século XX começou com profundo otimismo humanista. Mas veio a primeira guerra mundial e cerca de 30 milhões de pessoas morreram. Logo veio a segunda guerra mundial e houve 60 milhões de pessoas mortas. Hoje vivemos terríveis guerras étnicas, tribais e religiosas. O mundo é um barril de pólvora.

O crente é convidado por Deus para ser um pacificador. Ele nos chamou à paz. Ver I Co 7:15. Somos chamados para termos paz com Deus, temos a paz de Deus e somos portadores da paz. Devemos evitar os conflitos e levar a paz. Quando Tiago e João pediram para Jesus mandar fogo do céu sobre os samaritanos, Jesus lhes repreendeu: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”. Lucas 9:55. Deus diz que “honroso é para o homem o desviar-se de contendas.” Prov, 20:3. É honroso evitar os conflitos pessoais e fora de nós. Salomão disse que “como o abrir de uma represa, assim é o começo da contenda.” Quando uma represa arrebenta, há uma inundação catastrófica, que traz perigo, prejuízo e morte. Lembra da represa Mariana de Minas Gerais?

Jesus diz que feliz é o pacificador, aquele que não gera conflitos, mas que acaba com eles, buscando reconciliação, pois o pacificador poupa a si mesmo de tormentos e alivia a carga do seu próximo. Jesus disse: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” Mateus 5:9

“Pacificadores! Que tesouro é um pacificador na família; que bênção na igreja! Os pacificadores podem ser tentados, mas sua vida está escondida com Cristo em Deus. Olham a Jesus, copiando Seu modelo. ... Recebem a paz que Cristo dá.” Nossa Alta Vocação 174

“A verdadeira natureza de nossa religião não se encontra na posição que ocupamos, mas no espírito benigno, na bondade e na paz que manifestamos. Nossa religião manifestar-se-á no círculo doméstico pela atmosfera que circunda a alma e traz felicidade à família.” Nossa Alta Vocação, 175

Luís Carlos Fonseca

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