COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 (1º trimestre de 2016) O GRANDE
CONFLITO E A IGREJA PRIMITIVA
VERSO ÁUREO: “Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e
informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e
reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” Atos 4:13
INTRODUÇÃO (sábado 20 de fevereiro) – A lição desta semana
vai tratar das dificuldades que os primeiros apóstolos tiveram em iniciar o
evangelho de Cristo, logo após a Sua ressurreição e ascensão aos céus. Durante
o ministério de Cristo, os discípulos não compreenderam muito bem qual era a
missão de Cristo, foi somente depois do Pentecostes que eles se tornaram
ousados em pregar, como vemos no verso áureo e no livro de Atos dos Apóstolos.
As crenças dos primeiros cristãos eram muito simples: Todos
os seus pensamentos sobre a vida cristã tinham como centro a pessoa de Cristo:
Criam em Deus, o Pai; em Jesus como Filho de Deus, Senhor e Salvador; criam no
Espírito Santo; no perdão dos pecados e na 2ª vinda de Jesus. Longe de
ser uma igreja perfeita, os crentes primitivos tinham muitos defeitos. Aliás, o
próprio Novo Testamento foi escrito tendo em vista as necessidades surgidas no
dia a dia da Igreja. As epístolas, na maioria das vezes, foram escritas para
corrigir a postura doutrinária de uma determinada igreja local ou para combater
uma heresia instalada O Apocalipse foi escrito para ajudar uma igreja perseguida,
demonstrando o senhorio de Jesus na história. Os Evangelhos foram escritos
cerca de 60 d.C, uma vez que a geração que conviveu com Jesus estava morrendo e
o testemunho escrito seria mais duradouro e menos susceptível a distorções do que
o testemunho oral.
O primeiro grande desafio da Igreja Cristã foram as
perseguições. A princípio o governo romano considerava a igreja Cristã como uma das
seitas do judaísmo, e como tal, uma religião ilícita. Posteriormente, com o
crescimento do Cristianismo, Roma passou a ver a igreja como distinta do
judaísmo. À medida que crescia, o Cristianismo passou a sofrer cada vez mais
oposição por parte da sociedade pagã, dos judeus e do próprio Estado romano.
A oposição ao Cristianismo estava baseada em rumores e falsas interpretações dos ritos
cristãos. Ouvia-se ente o povo pagão e judeu que os cristãos participavam de
festas onde havia orgias com incestos, inclusive, interpretando mal o fato de
os cristãos se chamarem de irmãos e praticarem o “ágape”, sexo entre todos. Cria também o povo, que os cristãos comiam a carne de recém-nascidos, isto devido ao que ouviam
falar sobre a Ceia, na qual comiam a carne de Jesus, juntamente com os relatos
do nascimento de Cristo. Juntando isso ao ciúme dos judeus, os cristãos
primitivos foram fortemente perseguidos e muitos foram mortos, como foi o caso
do Estevão, o primeiro mártir cristão.
A oposição dos judeus vinha do Sinédrio com a força dos
fariseus e saduceus, tendo Saulo de Tarso como um grande impulsionador: “E
também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande
perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersas
pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos.” Atos 8:1. Em face a
essas ameaças, internas e externas, a igreja respondeu de várias formas. No
plano externo, a igreja perseguida fugia das perseguições físicas e no plano
interno, a igreja primeiro tratou de definir um Cânon, ou seja, uma lista dos
livros considerados inspirados que são os 66 livros que temos hoje.
Satanás imaginava que, por intermédio da perseguição,
pudesse impedir o crescimento da Igreja. A morte de Estêvão fez com que muitas
pessoas se convertessem ao Evangelho, inclusive, diversos judeus religiosos,
pois observaram a convicção com que o primeiro mártir do Cristianismo entregou
sua vida a Jesus. Cristo declarou que se o grão de trigo não morrer, jamais
produzirá frutos. A morte de Estêvão foi como uma boa semente plantada em uma
excelente terra. O próprio apóstolo Paulo foi influenciado por este martírio,
pois; como uma das testemunhas, consentiu com aquele apedrejamento e jamais se
esqueceu daquele jovem tão convicto de sua salvação. Satanás hoje mudou de
tática, pois sabe que a perseguição traz o crescimento da Igreja. Adotou o
comodismo como a fórmula ideal para impedir o desenvolvimento da obra de Deus,
e tem alcançado o seu objetivo em muitos corações.
Qual é a sua atitude
diante das dificuldades da vida, defende ou despreza Deus?
DOMINGO (21 de fevereiro) UM NOVO COMEÇO – Este é o texto para o estudo de hoje:
“Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor,
restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence
saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e
até aos confins da terra.” Atos 1:6-8.
Para os discípulos, parecia que os três anos e meio que
estiveram com Cristo, não tinha valido de nada, pois não entenderam sobre a Sua
morte. Eles queriam um reino visível, em vez do espiritual. Os discípulos
necessitaram de “um novo começo”. Somente depois da ressurreição e
ascensão de Jesus é que os apóstolos de Cristo entraram na dimensão espiritual
e compreenderam o que lhes aguardava; consagração, dependência total de Deus e
uma vida livre de preconceitos e cheia de perseguições por causa do evangelho.
Cento e vinte discípulos ficaram reunidos no cenáculo orando
e meditando. Foram dez dias de intensa comunhão com o Pai. Durante esse período, eles foram sendo misteriosamente transformados, do desejo de um reino terrestre
para um reino espiritual e celestial. Até a ascensão de Cristo, eles ainda
sonhavam com o poder político terrestre, mas foram transformados pelo poder do
Espírito Santo e tiveram que recomeçar. Hoje muitos sonham da mesma
maneira que os discípulos sonhavam, construindo a vida aqui como se não
existisse o céu e a eternidade! Após aprenderam com o Espírito Santo sobre a
eternidade, eles anunciariam o Reino de Deus com poder! Agora eles estavam
transformados. Eles eram aquilo que Jesus esperava que fossem!
Os discípulos necessitaram de ter um novo começo, e nós
também necessitamos. Recomeçar significa começar de novo, ou seja, voltar ao
ponto que houve problema. Onde você
parou? Onde sua motivação foi furtada? Deus diz em Romanos 12:2: “Não se
amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para
que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus.”
Quantos crentes estão voltando para a velha vida, para os
compromissos mundanos e para o pecado! Afastam-se dos outros discípulos, saem
da igreja e isolam-se. Este pode ser o princípio da apostasia. Precisamos
esquecer o passado negativo e avançar! Assim como Jesus mostrou um recomeço
para os discípulos, Ele continua conosco, embora não o reconheçamos de
imediato. Ele não desistiu de nós. Sua presença vem acompanhada por Sua palavra, e Ele continua falando ao nosso coração através do Espírito Santo. Cuidado com os sinais da apostasia! Quais são eles? Deixar de participar das reuniões de oração. Deixar de devolver os dízimos e ofertas. Começar encontrar defeitos nos irmãs e na igreja e não participar da escola sabatina.
Após o recomeço:
“Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e
Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos.” Atos 1:14
“Os discípulos de Cristo tinham profundo senso da própria
ineficiência e, com humilhação e oração, uniam sua fraqueza a Sua força, sua
ignorância a Sua sabedoria, sua indignidade a Sua justiça e sua pobreza a Sua
inesgotável riqueza. Assim fortalecidos e equipados, não hesitaram em avançar a
serviço do Mestre. Pouco tempo após a descida do Espírito Santo, e
imediatamente depois de um período de fervorosa oração, Pedro e João, subindo
ao templo para adorar, viram à porta Formosa, um coxo, de quarenta anos de
idade, cuja vida, desde o seu nascimento, tinha sido de dor e enfermidade. Esse
infeliz havia durante muito tempo desejado ver Jesus para ser curado, mas
encontrava-se quase ao desamparo, e estava muito afastado do cenário dos
labores do grande Médico. Seus rogos finalmente induziram alguns amigos a
levá-lo à porta do templo, mas chegando ali, soube que Aquele em quem suas
esperanças se centralizavam havia sido morto cruelmente.” Atos do Apóstolos, 32
SEGUNDA-FEIRA (22 de fevereiro) PENTECOSTES – O Pentecostes
era a Festa das Colheitas, ver Êx 23:16; 34:22, celebrada 50 dias após as
Primícias, ver Lev 23:15-21. Veja a relação: “Cristo é as primícias dos que
dormem” I Co 15:20. Ler Atos 2:1-4. O Pentecostes aconteceu 50 dias após a
morte de Cristo, e Jesus quando ascendeu ao céu; 10 dias antes do Pentecostes,
pois Ele ficou na terra 40 dias após a Sua morte, disse aos discípulos: “Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra.” Atos 1:8. O Pentecostes foi na terra a confirmação da
exaltação de Jesus no céu. Logo, a autoridade que Ele confere está baseada na
autoridade do trono de Jesus e é ministrada a todo aquele que, como servo
obediente, reconhece a Sua divindade e
aceita o Espírito Santo como Deus na vida.
Os discípulos estavam no mesmo lugar, v. 1, não apenas num
lugar geográfico, mas num mesmo espírito. No Pentecostes, os discípulos
receberam o Espírito Santo como resultado de sua disposição em recebê-Lo, ver
Atos 1:12, 14. Ellen G. White escreveu:
“Os discípulos oraram com intenso fervor para ser habilitados a se aproximar
dos homens e, em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a
Cristo. Pondo de parte todas as divergências, todo desejo de supremacia,
uniram-se em íntima comunhão cristã” Atos dos Apóstolos, 37
Somos portadores de uma mensagem de fé e esperança para ser
pregada ao mundo, ver Mat. 28:19, 20. Por isso, diariamente necessitamos buscar
o cumprimento da promessa do Espírito Santo em nossa vida. Veja este texto inspirado: “A nós hoje, tão certamente como aos
primeiros discípulos, pertence a promessa do Espírito. Deus dotará hoje homens
e mulheres com poder do alto, assim como dotou aqueles que, no dia de
Pentecostes, ouviram a palavra de salvação. A promessa do Espírito Santo não é
limitada a algum século ou etnia. Cristo declarou que a divina influência do
Espírito deveria estar com Seus seguidores até o fim." Serviço Cristão, 250.
Contrário do que alguns pensam, a igreja cristã começou
muito forte. A igreja teve o seu início 40 dias depois da ressurreição de
Jesus, quando os discípulos foram para o cenáculo, pois Jesus tinha prometido que
iria construir a Sua igreja a partir do Pentecostes, ver Mateus 16:18, e com a
vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes, conforme Atos 2:1-4, a Igreja
começou oficialmente. Três mil pessoas responderam ao sermão de Pedro naquele
dia e escolheram seguir a Cristo, e logo depois mais 5 mil pessoas foram
batizadas e agregadas a igreja. Os novos convertidos ao Cristianismo eram ex- judeus e ex-pagãos, e a igreja foi implantada, primeiramente, em Jerusalém. Por
causa disso, o Cristianismo foi visto, de início, como um culto parecido com os
fariseus, saduceus e essênios. No entanto, a pregação dos apóstolos era
completamente diferente dos ensinamentos dos outros grupos judeus. Eles tinham
o poder do Espírito Santo!
Eis alguns textos inspirados:“A obra do Espírito
sobre a pessoa revelar-se-á em cada ato daquele que lhe experimentou o poder
salvador. Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida.
Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a
humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria
substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que
suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem
quando, pela fé, a pessoa se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum
pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus. É impossível à mente finita
compreender a obra da redenção. Seu mistério excede ao conhecimento humano;
todavia, aquele que passa da morte para a vida percebe que é uma divina
realidade.” Desejado de Todas as Nações, 112
Evangelismo através
do Pentecostes: “A formação de pequenos grupos como base de esforço
cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. Se há na igreja
grande número de membros, convém que se organizem em pequenos grupos a fim de
trabalhar, não somente pelos membros da própria igreja, mas também pelos
incrédulos. Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade,
organizem-se num grupo de obreiros. Mantenham indissolúvel seu laço de união,
apegando-se uns aos outros com amor e unidade, animando-se mutuamente para
avançar, adquirindo cada qual ânimo e força do auxílio dos outros” Testemunhos
Seletos, vol. 3, 84.
TERÇA-FEIRA (23 de fevereiro) ENFRENTANDO OS SADUCEUS - Os
fariseus eram em sua maioria empresários de classe média e, tinham contato constante com o homem comum. Os fariseus eram muito mais
estimados pelo homem comum do que os saduceus. Apesar de serem uma minoria no
Sinédrio, eles pareciam controlar o processo decisório do Sinédrio muito mais
do que os saduceus, já que tinham o apoio do povo.
Quem eram os Saduceus
e no que acreditavam? Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, os
saduceus eram aristocratas. Eles, geralmente eram ricos e ocupavam cargos
poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de sumo sacerdote. Eles
também ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho chamado de Sinédrio. Eles
trabalhavam muito duro para manter a paz e para seguir as decisões de Roma.
Religiosamente, os saduceus eram mais conservadores, na área
de doutrina, do que os fariseus. Os fariseus enxergavam a tradição oral como
tendo autoridade igual à Palavra escrita de Deus, enquanto os saduceus
consideravam apenas a Palavra Escrita como sendo de Deus. Segue uma breve lista de suas crenças que contradizem as Escritura: 1)
Eles eram extremamente auto-suficientes, ao ponto de negar o envolvimento de
Deus na vida quotidiana. 2) Eles
negavam qualquer ressurreição dos mortos. Ver Mateus 22:23; Marcos 12:18-27 e
Atos 23:8. 3) Eles negavam qualquer
vida depois da morte, defendendo a crença de que a alma perecia com a morte;
eles acreditavam que não há qualquer penalidade ou recompensa depois da vida
terrena. 4) Eles negaram a
existência de um mundo espiritual, ou seja, anjos e demônios. Ver Atos 23:8.
Porque os saduceus estavam mais preocupados com a política
do que com a religião, eles não se preocuparam com Jesus até quando as coisas
chegaram ao ponto de que Jesus iria chamar a atenção indesejada de Roma. Foi a
esta altura que os fariseus e saduceus se uniram e planejaram a morte de
Cristo. Ver João 11:48-50; Marcos 14:53 e Marcos 15:1. Os saduceus deixaram de
existir em 70 d.C. Já que este grupo existia por causa de seus laços políticos
e sacerdotais, e quando Roma destruiu Jerusalém e o templo em 70 d.C., os
saduceus também foram destruídos.
Os fariseus, em contraste com os saduceus, acreditavam
que: 1) Deus controlava todas as
coisas mas que decisões tomadas por indivíduos também contribuíam para o que
acontecia no curso da vida de uma pessoa. 2)
Eles acreditavam na ressurreição dos mortos. Ver Atos 23:6. 3) Eles acreditavam em uma vida depois
da morte, com a devida recompensa e punição individual. 4) Eles acreditavam na
existência de anjos e demônios. Ver Atos 23:8.
Quando os apóstolos começaram fazer milagres em nome do
Cristo ressurrecto, os saduceus, que não acreditavam na ressurrreição, ficaram
irados e começara uma forte perseguição aos filhos de Deus. Veja este texto inspirado: “Quando os
sacerdotes e príncipes constataram que Cristo era mais louvado do que eles.
Quando os saduceus, que não acreditavam na ressurreição, ouviram os apóstolos
dizer que Cristo tinha ressuscitado dos mortos, ficaram cheios de raiva.
Achavam que se fosse permitido os apóstolos pregarem um Salvador ressuscitado e
realizarem milagres em Seu nome, a doutrina de que não haveria ressurreição seria
rejeitada por todos e a seita dos saduceus em breve estaria extinta.” Atos dos
Apóstolos, 55
Que pontos em sua vida
podem estar impedindo do Cristo ressureto ser proclamado ao mundo? Leia o
texto para hoje: Atos 4: 1-30
QUARTA-FEIRA (24 de fevereiro) O APEDREJAMENTO DE ESTEVÃO - Porque Estevão foi apedrejado? Conforme
Atos 6:9-15 foi porque ele aceitou o evangelho de Cristo e passou a não dar
mais importância aos rituais do templo e da lei de Moisés, que os judeus
continuavam em cumprir. A atitude de Estevão enraiveceu Saulo e outros, que
instigaram perseguição, desde sua ida ao Conselho dos judeus até a morte de
Estevão. Estevão foi considerado o primeiro mártir do Cristianismo, mas a
partir dele muitos outros morreram por causa de Cristo. O próprio Paulo disse: “E também todos os que piamente querem viver
em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Tim. 3:12
Em Atos 7:2-53 mostra a poderosa mensagem que Estevão anunciou
e a ira dos seus oponentes. Veja este
texto: “E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os
dentes contra ele.” Atos 7:54. Mas a sua mensagem, que vinha de Deus, alcançou muitos
corações. Leia Atos 2: 37-41.
A verdade é que Estevão foi apedrejado. Deus
tinha ajudado Estêvão a fazer maravilhosos milagres. Os homens maus não
gostaram disso e discutiram com ele por ensinar às pessoas a verdade. Mas Deus
deu muita sabedoria ao Estêvão, e este mostrou àqueles homens que eles estavam
ensinando coisas falsas. Com isso, ficaram ainda mais zangados e chamaram outros
para mentirem sobre ele. O sumo sacerdote perguntou a Estêvão: “Estas coisas
são verdade?” Ele respondeu ao dar um bom discurso bíblico, como lemos no texto
de lição de hoje. Estevão contou como homens maus tinham odiado os profetas de
Jeová. Então disse: “Vocês são
iguais àqueles homens. Mataram o servo de Deus, Jesus, e não obedeceram às leis
de Deus.” Isto zangou ainda mais os chefes religiosos! Mas Estêvão levantou a
cabeça e disse: “Vejo Jesus em pé à direita de Deus no céu.” Diante disso, os
homens taparam os ouvidos e avançaram contra Estêvão. Pegaram-no e arrastaram-no
para fora da cidade e o apedrejaram.
O que você faz quando alguém lhe faz algum mal? Procura
retribuir-lhe o mal ou pede que Deus julgue? Estêvão e Jesus colocaram nas mãos
de Deus. Eles foram bondosos com os que não os trataram bem. Devemos imitar o
seu exemplo!
Comentários inspirados: “Os discípulos se multiplicaram grandemente em Jerusalém, e
muitos sacerdotes obedeciam à fé. Estêvão, cheio de fé, estava fazendo grandes
maravilhas e milagres entre o povo. Os líderes judeus foram tomados de grande
ira ao verem sacerdotes virando as costas a suas tradições e aos sacrifícios e
ofertas, e aceitando a Jesus como o grande sacrifício. Com poder do alto,
Estêvão reprovava os incrédulos sacerdotes e anciãos, e exaltava a Jesus
perante eles. Eles não podiam resistir à sabedoria e poder com que Estêvão
falava, e ao verificarem que não podiam de maneira alguma prevalecer contra
ele, assalariaram homens para testemunhar falsamente que o tinham ouvido
proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Instigaram o povo e se
apossaram de Estêvão, e, mediante falsas testemunhas, acusaram-no de falar
contra o templo e a lei.” Primeiros Escritos, 197
“Vi que Estêvão foi um poderoso homem de Deus, suscitado
especialmente para preencher um importante lugar na igreja. Satanás exultou com
sua morte; pois ele sabia que os discípulos sentiriam sobremaneira a sua perda.
Mas o triunfo de Satanás foi breve; pois nesse grupo, testemunhando a morte de
Estêvão, havia um a quem Jesus estava para revelar-Se. Saulo não tomou parte no
lançamento de pedras em Estêvão, mas consentiu em sua morte. Ele era zeloso na
perseguição à igreja de Deus, caçando-os, aprisionando-os em suas casas e
entregando-os a quem os mataria. Saulo era um homem de habilidade e educação;
seu zelo e erudição tornava-o altamente estimado pelos judeus, ao mesmo tempo
que era temido por muitos dos discípulos de Cristo. Seus talentos eram
eficazmente empregados por Satanás em promover sua rebelião contra o Filho de
Deus, e os que criam nEle. Mas Deus pode quebrar o poder do grande adversário e
libertar os que são por ele levados cativos. Cristo havia separado Saulo como
“um vaso escolhido” para pregar o Seu nome, para fortalecer os discípulos em
sua tarefa e mais ainda para preencher o lugar de Estêvão.” Primeiros Escritos,
199
Você estaria disposto
a morrer em favor de Cristo, como Estevão?
QUINTA-FEIRA (25 de fevereiro) MUDANÇA DE ATITUDES – A lição
de hoje trata do preconceito em relação a outras religiões que os discípulos precisaram vencer. Eles já tinham percebido que o reino de Cristo não é deste mundo e
agora precisavam aceitar que a salvação era para todos e não apenas para
algumas pessoas como os judeus, por exemplo!
A visão de Pedro em Atos 10 foi
eficaz, pois o lençol cheio de animais, se repetiu por três vezes, voltando-se a recolher ao Céu. Ver Atos 10: 15 e 16. Os versos 17 e 18 relatam que Pedro
estava desconcertado com aquela visão, e, tentando chegar a uma conclusão
razoável para colocar em ordem os seus desencontrados pensamentos, quando;
alguém bateu a porta. De que religião
eram aqueles homens? Eram pagãos ou gentios e servos de Cornélio, conforme instrução
de Deus. Atenção agora para o verso seguinte: “...Eis que três varões te
buscam.” Pedro foi avisado de que deveria descer e se apresentar aos
estrangeiros, pois foi Deus quem os havia enviado.
A que horas do dia
Pedro teve a visão? Foi ao meio dia. Deus lhe deu a visão exatamente na
hora em que Pedro estava com fome, para melhor aguçar a lição que desejava
ensinar ao apóstolo. O apetite é um grande teste. No verso 22, os homens
falaram a Pedro a respeito de Cornélio, da aprovação de Deus para com ele e do
anjo que os enviou à sua procura. Pedro então, imediatamente recebeu-os em
casa, e no dia seguinte, tomando alguns irmãos de Jope, rumaram à Cesaréia, a
fim de realizar um grandioso trabalho missionário, conforme a leitura do verso
23. Um dia depois, chegaram ao seu destino, e maravilhados contemplaram um
grupo de gentios, sedentos do evangelho, almejando a salvação; bem como trilhar
os caminhos de Deus, segundo se compreende da leitura dos versos 24-27.
Diante deste quadro, Pedro conteve as lágrimas, cumprimentou
os gentios afetuosamente, e se preparou para lhes anunciar as boas novas da
salvação. Sinceridade, submissão e humildade são características daqueles que
verdadeiramente almejam fazer a vontade de Deus e que estão se preparando para
o céu; sob essa bandeira que deve ser a minha e a sua atitude para com a
Bíblia! Ouçamos o apóstolo Pedro: “E
disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou
chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou
imundo.” Atos 10:28. Como foi clara a verdade divina ensinada ao apóstolo
Pedro! Deus ama todos os homens e quer salvar a todos indistintamente. Morreu
por todos; judeus e gentios. A cruz atrai todas as raças e une todos os povos. Amém? O verdadeiro Cristianismo é a única religião que congrega todos os povos sob as asas de Cristo.
Quem era Cornélio?
“Cornélio era centurião romano. Era homem rico e de nobre nascimento, e seu
cargo era de confiança e honra. Gentio de nascimento, ensino e educação, pelo
contato com os judeus adquirira o conhecimento de Deus, e O adorava com coração
verdadeiro, mostrando a sinceridade de sua fé pela compaixão para com os
pobres. Era conhecido longe e perto pela sua beneficência, e sua vida reta o
fazia de boa reputação entre judeus e gentios. Sua influência era uma bênção a
todos os que com ele entravam em contato. O relato inspirado descreve-o como um
homem “piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas
esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus”. Atos 10:2 Atos dos Apóstolos, 73
O episódio não terminou aqui. Quando a igreja em Jerusalém
soube do que tinha acontecido na casa de Cornélio, levantou-se contra Pedro,
por ele se ter misturado com gente impura, os gentios. A igreja Intimou-o a se
retratar. O apóstolo então, cheio do Espírito Santo, apresentou-se diante da igreja-mãe, e relatou como Deus lhe mostrou, através de uma visão de animais,
em um lençol, que todas as pessoas, de toda tribo, raça e língua, desde que O
temam e guardem os Seus mandamentos, são dignas do amor, da graça e da salvação
pelo sacrifício eterno de Jesus. E muito mais! Deus não somente revelou Seu
amor pelos gentios como os agraciou com o derramamento do Espírito Santo. Ver o
testemunho de Pedro em Atos 11:1-17.
Não houve reação contra a argumentação de Pedro, pois Deus
estava dirigindo todas as situações, e portanto a posição da Igreja-mãe não
poderia ser diferente. Veja a reação da igreja de Jerusalém: “E ouvindo estas
coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos
gentios deu Deus o arrependimento para a vida.” Atos 11:18. A Igreja de
Jerusalém foi humilde e sincera.
O que a vida e
conversão de Cornélio nos ensina sobre qualidades cristãs que devemos
desenvolver e preconceitos que devemos vencer?
SEXTA-FEIRA (26 de fevereiro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 9
(1º trimestre de 2016) O GRANDE CONFLITO E A IGREJA PRIMITIVA – Tendo como base
a lição de ontem, devemos tomar muito cuidado para que as tradições e ideias
humanas não tomem o lugar da verdade revelada por Deus na Bíblia. O progresso
da mensagem do evangelho não deve ser detido por preconceitos e preferências
pessoais, mas sim devemos estar desbloqueados para anunciar o evangelho à todas
as pessoas, pois para Deus “não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não
há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gálatas 3:28. E,
“É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos
gentios, certamente.” Romanos 3:29. Não conseguimos vencer os preconceitos
pessoais por nós mesmos, somente com a ação do Espírito Santo agindo em nós.
“Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a
vida”. Atos 11:18. Assim, sem controvérsias, foi vencido o preconceito,
abandonou-se o exclusivismo estabelecido pelo costume durante séculos, e
abriu-se o caminho para que o evangelho fosse proclamado aos gentios.” Atos dos
Apóstolos, 78
“O concílio que decidiu esse caso era composto dos apóstolos
e mestres que se haviam destacado no trabalho de fundar igrejas cristãs
judaicas e gentias, juntamente com delegados escolhidos de vários lugares.
Estavam presentes anciãos de Jerusalém e delegados de Antioquia, e as igrejas
mais influentes estavam representadas. O concílio se conduziu de acordo com os
ditames de iluminado juízo e com a dignidade de uma igreja estabelecida pela
vontade divina. Como resultado de suas deliberações, todos eles viram que o
próprio Deus dera resposta à questão, concedendo aos gentios o Espírito Santo;
e sentiram que era sua parte seguir a orientação do Espírito.” Atos dos
Apóstolos, 108
O discurso de Estêvão era a sua defesa das acusações dos
judeus. Ele sabia que já estava sentenciado à morte antes mesmo do julgamento e
nada, senão uma ação divina, podia mudar essa situação e livrá-lo da atitude
fanática daqueles religiosos. O cenário estava armado, testemunhas haviam sido
subornadas para deporem contra ele. Sabendo que as acusações eram falsas, de
nada valia, nessa circunstância, procurar se defender. Estevão aproveitou para
apresentar a defesa em forma de pregação da Palavra de Deus. A atitude de
Estêvão e a maneira como foi martirizado enquadram no contexto de Mateus
5.10-12. Ele, como muitos ao longo da história do Cristianismo, selaram sua fé
com o próprio sangue.
Hoje, a situação não é diferente. Em muitos países,
vários missionários são executados sumariamente, por causa do Evangelho. É
tarefa da Igreja orar por estes heróis da fé, pois esta luta não é carnal, mas
contra as hostes de Satanás. Mas, a vitória é nossa, em nome de Jesus! Ele
mesmo disse em Mat 5:11-12: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos
injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim
perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.”
O crente padece alguns tipos de sofrimento por causa de
Cristo: perseguição física, como foi o caso de Estevão. Perseguição através das
injúrias. Esse sofrimento não contém necessariamente violência física, mas
machuca a alma dos crentes. Esse tipo de sofrimento é muito dolorido porque é
humilhante. O sofrimento através de mentiras. No caso de Cristo, o texto da
Escritura diz que “os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum
testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte”. Mat. 26:59.
Disseram que ele era “um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e dos
pecadores”. Mat 11:19.
Não é diferente hoje com os filhos que são tementes e
fiéis a Deus. Eles e a igreja verdadeira de Cristo são alvo da mentira ou falsas acusações, porque o objetivo do
inimigo de nossas almas é derrubar os cristãos, principalmente aqueles que
estão em evidência, na ministração fiel da Palavra de Deus, conforme a palavra, e não de acordo com as tradições dos homens. Existe também o Sofrimento por
causa da nossa ligação com Jesus.
Luís Carlos Fonseca
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