COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (2º trimestre de 2016) FILHO DE DAVI
VERSO ÁUREO: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome
Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” Mateus 1:21
INTRODUÇÃO (sábado 26 de março) – As lições deste trimestre
vão falar sobre Jesus Cristo, através da ótica de Mateus. Quem foi Mateus? Foi
um dos discípulos de Cristo, ex-cobrador de impostos, também conhecido como Levi Mateus e que escreveu o primeiro
evangelho. O estilo do livro é o que seria esperado de um homem que tinha sido um
cobrador de impostos. Mateus tem um grande interesse em contabilidade. Ver Mat.
18:23-24 e 25:14-15. O seu livro é muito ordenado e conciso.
Ao invés de escrever
em ordem cronológica, Mateus organizou este Evangelho através de seis discursos.
Ei-los: Mateus começa o evangelho com a genealogia, nascimento e
início da vida de Cristo nos dois primeiros capítulos. Depois o livro menciona
o ministério de Jesus. As descrições dos ensinamentos de Cristo estão
organizadas na forma de discursos, como o Sermão da Montanha nos capítulos 5 a
7. O capítulo 10 envolve a missão e propósito dos discípulos; o capítulo 13 é uma
coleção de parábolas, o capítulo 18 menciona a missão da igreja, o capítulo 23 começa um discurso sobre hipocrisia e o futuro. Os capítulos 21 a 27 discutem a
prisão, tortura e execução de Jesus. O capítulo final descreve a ressurreição e
a grande comissão. Quando o livro de Mateus foi escrito? Como um apóstolo,
Mateus escreveu este livro no início do período da igreja, provavelmente por
volta de 50 d.C. Essa foi uma época em que a maioria dos cristãos eram judeus
convertidos, assim, o foco de Mateus neste evangelho é compreensível.
Como o propósito de Mateus é apresentar Jesus Cristo como
Rei e Messias de Israel, ele cita o Antigo Testamento mais do que os outros
três escritores dos evangelhos. Mateus tem a intenção de provar aos judeus que
Jesus Cristo é o Messias prometido. Mais do que qualquer outro evangelista.
Mateus cita mais de 60 vezes passagens proféticas do Antigo Testamento,
demonstrando como Jesus as cumpriu. Eis alguns textos sobre o Velho Testamento:
Mateus 1:22-23, 2:5-6, 2:15, 4:13-16, 8 :16-17, 13:35 e 21:4-5. Veja os versos correspondentes no A.T: Nascimento virginal, Isaías 7:14; em Belém, Miqueias
5:2; Seu retorno do Egito após a morte de Herodes, Oseias 11:1; Seu ministério
aos gentios, Isaías 9:1-2 e 60:1-3; Suas curas milagrosas do corpo e alma,
Isaías 53:4; Suas lições na forma de parábolas, Salmo 78:2 e Sua entrada
triunfal em Jerusalém, Zacarias 9:9.
Por que Jesus é chamado de Filho de Davi? Temos no Novo Testamento 17 versículos que descrevem Jesus como o Filho de Davi. Mas,
como é que Jesus poderia ser o filho de Davi se Davi viveu cerca de 1000 anos
antes de Jesus? É que Cristo, o Messias, foi o cumprimento da profecia da
descendência de Davi, Ver II Samuel 7:14-16. Jesus era o Messias prometido, o
que significa que Ele era da descendência de Davi. Mateus capítulo 1 dá uma
prova genealógica de que Jesus, na Sua humanidade, foi um descendente direto de
Davi por intermédio de José, o pai legal de Jesus. Já a genealogia em Lucas dá
a linhagem de Jesus através de Sua mãe, Maria. Jesus é um descendente de Davi,
por adoção, através de José e pelo sangue por meio de Maria. Jesus foi
intitulado de Senhor e Filho de Davi várias vezes por pessoas que, pela fé,
buscavam perdão ou cura. A mulher cuja filha estava sendo atormentada por um
demônio, Mateus 15:22, os dois homens cegos à beira do caminho, Mateus 20:30 e
o cego Bartimeu, Marcos 10:47, todos clamaram ao filho de Davi por ajuda.
Inclusive os fariseus também compreenderam o significado das
pessoas chamando Jesus de Filho de Davi, mas eles rejeitaram Cristo. Jesus
confundiu os escribas e fariseus ao pedir-lhes que explicasse o significado do
filho de Davi. Como é que o Messias podia ser o filho de Davi quando o próprio
Davi se referiu a Ele como "meu Senhor?", ver Marcos 12:35-37. Eles
calaram-se. A despeito de haver várias religiões atribuindo poderes aos seus
líderes e fundadores, Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus e o único meio de
salvação para o mundo, ver Atos 4:12, é também o filho de Davi, tanto no
sentido físico quanto no sentido espiritual. Que prioridade ocupa o Filho de
Davi em sua vida?
“Perdemos muitas bênçãos preciosas por deixar de levar
nossas necessidades, cuidados e tristezas ao nosso Salvador. É Ele o
maravilhoso Conselheiro. Observa a Sua igreja com intenso interesse, e com o
coração cheio de terna simpatia. Penetra na profundeza de nossas necessidades.
Não cesseis de orar. Se a resposta demora, esperai por ela. Coloque todos os
vossos planos aos pés do Redentor. Ascendam a Deus vossas orações insistentes.
Não podemos jamais cansar a Cristo por nossas súplicas sinceras. Não confiamos
em Deus quanto devíamos. Deixemos por dizer qualquer palavra de queixume. Falemos
de fé e ânimo enquanto esperamos por Deus. ... Tende medo de duvidar, para que
isso não se torne um hábito que destrua a fé. O trato do Pai celestial pode
parecer escuro, misterioso e inexplicável; não obstante nEle devemos confiar.
Toda oração sincera que se faça, vai misturada com a eficácia do sangue de
Cristo.” Ellen White, Carta 123, 1904. M.M O cuidado
de Deus, 158
DOMINGO (27 de março) UM LIVRO DAS ORIGENS - Os judeus
mantinham os registros de todas as coisas relacionadas com contratos, nascimentos e falecimentos. Eles eram
muito cuidadosos com seus registros, principalmente com os nascimentos e as
genealogias. Em Mateus 1 encontramos a genealogia de Jesus a partir de Abraão.
Em Lucas 3, encontra-se uma genealogia que vem desde Adão. A genealogia de
Jesus é a única fornecida nas Escrituras Gregas Cristãs. Parte desta genealogia
aparece em I Crônicas 1 a 3, desde Adão, passando por Salomão e Zorobabel. Os
livros de Gênesis e de Rute, em conjunto, fornecem a linhagem de Adão a Davi. A
diferença entre quase todos os nomes na genealogia de Jesus registrada por
Lucas, em comparação com a apresentada por Mateus, é resolvida pelo fato de que
Lucas traçou a linhagem de Jesus através de Natã, filho de Davi, em vez de
através de Salomão, conforme fez Mateus. Ver Luc. 3:31 e Mat 1:6, 7
Por que Mateus omite alguns nomes contidos em outros
registros? Em primeiro lugar, para se provar uma genealogia, não é necessário
dar o nome de cada elo na linhagem. Por exemplo, Esdras, para provar sua
linhagem sacerdotal, em Esdras 7:1-5, omitiu diversos nomes constantes na lista
da linhagem sacerdotal em I Crônicas 6:1-15. Obviamente, não era essencial dar
o nome de todos estes antepassados para satisfazer os judeus quanto à linhagem
sacerdotal dele. Algo similar ocorre com Mateus: Sem dúvida, ele usou o registro
público e copiou dele, se não todos os nomes, pelo menos os necessários para
provar que Jesus descendia de Abraão e de Davi. Ele tinha também acesso às
Escrituras Hebraicas, que podia consultar junto com os registros públicos
oficiais. Veja e compare Rute 4:12, 18-22, com Mat. 1:3-6. As listas, tanto de Mateus como de Lucas, eram de nomes
publicamente reconhecidos como autênticos pelos judeus daqueles tempos. Os
escribas e os fariseus, bem como os saduceus, eram ferrenhos inimigos do Cristianismo, e eles se valeriam de qualquer argumento possível para
desacreditar Jesus, mas é digno de nota que nunca questionaram estas
genealogias.
Deus mantém livros sob o seu controle. No livro da vida
estão escritos os nomes das pessoas que aceitam Jesus e são batizadas; os
nomes dos salvos. Veja estes textos: “O que vencer será vestido de vestes
brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e
confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” Apoc. 3:5.
“E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que
ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e
com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.” Fil. 4:3
“E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de
Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os
mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as
suas obras.” Apoc. 20:12
Nosso nome na genealogia de Cristo. Para fazermos parte da
genealogia de Jesus Cristo, precisamos crer na Sua salvação. Em outras
palavras; crer na Sua salvação é a única maneira de fazermos parte de Sua
genealogia. Nosso Deus e Pai não enviou Seus anjos para nos salvar, Ele enviou
o Seu único Filho para nos salvar dos nossos pecados. Ele fez uma aliança onde
todos aqueles que cressem em Jesus seriam perdoados de todos os seus pecados de
uma vez por todas. Dentro desse contexto; Mateus 1:1 diz: “Livro da genealogia
de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” Aqui, a genealogia de Jesus
Cristo traz o significado espiritual de como podemos nos tornar filhos de Deus
através da fé que nos leva a conhecer e crer em Jesus Cristo, fazendo com que
sejamos assim libertos do poder das trevas. Todos que são parte da
genealogia de Jesus são aqueles que receberam a misericórdia de Deus, e não
aqueles que tinham algo para se vangloriar de si mesmos. Eles eram humildes e
sentiam-se fracos, mas creram na Palavra de Deus. Assim, se tornaram filhos e
herdeiros da herança celestial: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome.” João 1:12.
Amém?
SEGUNDA-FEIRA (28 de março) UMA LINHAGEM REAL - Mateus faz
referência a Davi e Abraão, como parte da linhagem de Jesus. Qual o propósito em começar um Evangelho
com uma genealogia? Mateus começa o seu livro com a genealogia de Cristo. Jesus
nasceu numa época de muito tumulto social e político, por causa da opressão
romana. Mateus vai começar a contar a história de vida de Jesus. Mas, para
começar ele volta para o passado distante. Ele acha na história de um povo
escolhido por Deus um plano para a salvação da humanidade, através de Jesus, um
descendente da linhagem real. Mateus faz
uma comparação interessante entre Davi e Jesus. Em Davi a família ascendeu para
o poder real, em Jesus o Rei dos reis é restaurado o reino de Davi e
de Deus no coração humano.
Geralmente, os judeus tomavam muito cuidado para que as
genealogias do Antigo Testamento fossem preservadas e mantidas fora da
contaminação de povos pagãos. Mas, a genealogia de Mateus, tem o objetivo de mostrar
que a linhagem de Abraão até Jesus, o filho de Davi, foi cruzada vez após vez
pelo sangue de gentios. Interessante não
é?
Veja esta
interessante ligação: A aliança com o povo Judeu foi feita, de
início com Abraão, ver Gen. 12:1-3; 17:7 e 22:18, uma ligação que Paulo viu como
básico para o Cristianismo, ver Gal. 3:16. O mais importante é que Deus
prometeu, ver Gênesis 22:18, que pela descendência de Abraão, todas as nações da
terra seriam abençoadas; portanto com esta referência a Abraão, Mateus preparou
os seus leitores para as palavras finais deste descendente de Abraão; Jesus
Cristo, e de Cristo vêm a Grande Comissão de fazer discípulos de todas as
nações, ver Mateus 28:19. Jesus, o Messias, veio para cumprir as promessas do
reino de Davi e Abraão, independentemente da genealogia ter passado por
gentios, prova de que a pregação do evangelho é para todas as pessoas, pois
Deus não tem preconceitos e deseja que todos sejam salvos.
Outro ponto a considerar:
Todos os descendentes, desde Abraão e Davi até Cristo, cometeram pecados Davi e
Abraão também pecaram, mas não devemos confiar e nem olhar para o passado falho de ninguém.
A nossa confiança deve estar em Cristo e em Suas misericórdias, pois Cristo foi
o único que não cometeu pecados. Os erros dos nossos pais não impediram Jesus
de ser Rei, porque Deus é maior do que nosso passado. Quando erramos, precisamos
lembrar que Deus é maior do que todos nossos erros. Se procuramos em Jesus a
resposta, Ele pode nos libertar das cadeias do nosso passado. Amém?
Veja que interessante!
"Vós, porém, sois linhagem escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo
exclusivo de Deus, para anunciardes as grandezas daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz". I Pedro 2:9.
"E nos constituiu reis e sacerdotes para servir a seu
Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém".
Apocalipse 1:6
Quando olhamos pelo prisma de Deus passamos de perdedores à
vitoriosos em Cristo. Tudo o que precisamos fazer é parar de focar as nossas
fraquezas e ter uma visão maior da vida. As circunstâncias adversas que
vivemos, as fraquezas e os fracassos não é o fim da vida. As dificuldades são
pequenos parênteses e necessitamos nos agarrar nas promessas da Palavra de Deus,
que nos enche de esperança, para suportarmos as provas da vida e deixar para
trás toda fraqueza. Paulo disse:
"quando sou fraco e que sou forte!" Ele estava querendo dizer: quando
eu me quebranto e dependo somente do Senhor, somente assim eu me torno forte. No
mundo de hoje somos chamados para a frente de batalha com a coroa de Rei e as
vestes sacerdotais.
Um sacerdote é alguém que tem uma alta responsabilidade
espiritual e pode fazer mudar o curso da história. É alguém que pode deter a
ira de Deus e levar salvação aos outros. Você foi escolhido por Jesus antes da
fundação do mundo, e sendo descendente do Rei, tem direito a herança do Rei; a
vida eterna! Analise os seguintes textos e procure compreender a tese que
Mateus queria defender em relação a Cristo como rei: II Samuel 7:16 e 16;
Isaías 9:6 e 7 Isaías 11: 1 e 2 e Atos 2: 29 e 30.
TERÇA-FEIRA (29 de março) O INÍCIO DA ÁRVORE GENEALÓGICA DE
JESUS – A palavra genealogia deriva de duas palavras do grego; raça e logia e pode
ser traduzida por "estudo da raça humana", da origem, da descendência e das
relações entre famílias. A lição de hoje vai dar ênfase nas mulheres que são
mencionadas na genealogia de Mateus. A presença de nomes femininos na
genealogia de Mateus é um fato incomum e surpreendente, pois nos registros
genealógicos dos livros canônicos normalmente não aparecem o nome das mulheres.
Qual a ligação das
mulheres mencionadas com o nascimento de Jesus no contexto judaico-cristão?
O propósito principal do livro de Mateus é testificar que Jesus era o Messias
da promessa e que Sua missão consistia em trazer o reino de Deus até os homens.
Na cultura dos hebreus, as genealogias preservavam as identificações tribais e
as possessões sob forma de terras, sendo muito importante para uma cultura
nitidamente agrícola. E os registros genealógicos judaicos contêm informações
que se estendem por um período de mais de três mil e quinhentos anos, desde Adão até o cativeiro babilônico. Após o cativeiro babilônico, os judeus
mostraram-se muito cuidadosos em preservar seus registros genealógicos. Por exemplo; o historiador judeu Flávio Josefo em “De vita sua, 998” afirma que era capaz de
provar que descendia da tribo de Levi, mediante registros públicos disponíveis.
O que chama a atenção na genealogia do evangelho de Mateus é
a citação dos nomes de algumas senhoras. 1) A primeira mulher citada na genealogia de Jesus é Tamar. A história
dessa mulher está registrada em Gênesis 38:1-30. Tudo começou quando
Judá, um dos filhos de Jacó se apartou dos seus irmãos e foi viver na casa de
Hira, o adulamita. Nessa terra, um lugar onde havia várias cavernas no
território ao sudeste do que veio a ser a cidade de Jerusalém, ele casou-se com
a filha de um cananeu chamado Sua. Casualmente, a história não menciona o nome
de sua mulher cananéia. Desse casamento nasceram-lhe três filhos. Er, Onã e
Selá. No devido tempo Judá casou o seu filho primogênito. A esposa escolhida
para Er chamava-se Tamar. Er veio a falecer e Tamar se tornou viúva e sem
filhos. Pela lei levirato Tamar foi entregue como esposa de Onã. Onã não quis ter
filhos e depois faleceu e ela se tornou em uma viúva sem filhos e ela tramou o
plano de se passar por prostituta para ter filhos e receber o reconhecimento da
sociedade. Mateus conhecia muito bem todos os detalhes humanos e irregulares
dessa história. Tamar não foi citada por acaso e sua história continua a fala-nos.
2) A segunda
mulher mencionada na genealogia foi Raabe. Esta história bíblica está no livro de Josué 2:1-24 e 6:22-27. Raabe era prostituta por
profissão. Esta história relata a espionagem militar no momento da conquista da
terra por Josué.
3) A terceira mulher
citada na genealogia é Rute. Esta história bíblica está no livro
de Rute. A história de Rute, contada no livro com seu nome, é uma verdadeira
lição de fé, esperança e amor. Ela era uma estrangeira que aceitou o Deus de Israel
4) A
quarta mulher citada na genealogia é Bateseba. Esta história bíblica está no livro de II Samuel 11. Bateseba era uma mulher hitita, esposa de Urias,
oficial do rei Davi. Vivia com o seu esposo em Jerusalém, perto do palácio do
rei. Ela era muito muito bonita e tão bonita, que o rei Davi se encantou por
ela. Aproveitando que Urias estava longe, o rei mandou
chamá-la ao palácio, e se uniram.
O motivo mais óbvio porque Mateus citou o nome de mulheres
estrangeiras na genealogia de Jesus é que isso desenvolve o princípio de
rompimento com o judaísmo e a abertura da missão do Messias aos gentios. Tamar
é símbolo do ser humano que quando se sente machucado e ferido não pensa duas
vezes para machucar a quem o feriu. Raabe simboliza muito mais do que uma
pessoa que entrega seu corpo por dinheiro. Prostituição não é somente vender o
corpo por dinheiro, significa também vender os princípios por cultura, os valores por
status, o respeito próprio por uma profissão, ou por um emprego. A história
bíblica diz que Raabe sentia-se completamente perdida. Bateseba, pressionado
por Salomão cedeu ao adultério. A respeito de Rute, se alguém devia ter
vergonha de seus antepassados, era ela. Mas um dia chegou à sua vida um homem
temente a Deus. E a vida deste jovem foi a inspiração que Rute precisava para
sair da vida de idolatria do povo moabita.
Enquanto as pessoas daquele tempo teriam vergonha de colocar
o nome de uma mulher na sua árvore genealógica, Deus colocou quatro mulheres na
família de Jesus. E não são quatro fontes de virtude. Todas conheceram o outro
lado da vida. Deus é maravilhoso! Não importa o nosso passado, Deus aceita-nos
no presente e promete-nos um futuro maravilhoso! Não importa quão infeliz
sentíamos, antes de conhecer Jesus, Ele renova a nossa vida com o Seu amor, e assim como transformou a vida daquelas quatro mulheres Jesus também nos transforma. Deus não tem
preconceitos!
QUARTA-FEIRA (30 de março) ENQUANTO NÓS ÉRAMOS AINDA
PECADORES – A lição de hoje vai abordar sobre a fragilidade da natureza humana
e a grande amor de Deus em nos salvar, quando somos humildes e aceitamos a Sua
salvação. A ênfase do estudo de hoje é que quanto mais próximo o crente está de
Deus mais incapaz e pecador ele se sente. Nada de bom que você faça vai tornar
você justo e santo, pois as obras humanas são consideradas “trapos de
imundícia”. Você não está autorizado por Deus para se gabar de nada que faça,
nem sequer das suas orações. Jesus disse que quando oramos, devemos entrar no
quarto, e “em segredo” orar a Deus, e quando jejuarmos e darmos ofertas e
dízimos, as pessoas não precisam ficar sabendo. A justiça é de Deus e não do
ser humano. Ela se baseia não naquilo que fazemos, mas naquilo que Jesus fez e
faz por nós. Ir à igreja, participar na missão, viver o estilo de vida
solicitado por Deus e ter uma vida devocional com Deus é uma obrigação cristã.
Dizer: “eu sou” ou “eu faço” é uma atitude de orgulho e o orgulho é pecado.
Cristo é que salva, somos apenas o alvo do seu amor
Eis os textos
sugeridos: “Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois
já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do
pecado; como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” Romanos 3:9,10
“Mas Deus prova o seu
amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Romanos 5:8
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e
perverso; quem o conhecerá?” Jeremias 17:9
Eclesiastes 7:20 diz:
“Não há homem justo sobre a face da terra que faça o bem e que não peque.” E
I João 1:8 menciona: “Se dissermos
que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está
em nós”.
Por isso, precisamos desesperadamente do perdão de Deus. Se nossos
pecados não fossem perdoados, passaríamos a eternidade sem Deus, destruídos
para sempre. Graças a Deus que nos concede o Seu perdão! A lição de hoje menciona que os antepassados de Cristo,
descritos em Sua genealogia eram pessoas repletas de defeitos, mas que a medida
que foram conhecendo o plano de Deus para elas, deixaram ser moldados pelo
poder do Espírito Santo. O maior problema do ser humano é o orgulho. Orgulho é
dar a nós mesmos a glória que pertence só a Deus. Orgulho é, em essência, o
louvor próprio. Nada que realizamos nesse mundo seria possível se não fosse
Deus capacitando-nos e sustendo-nos. Por isso é que devemos dar a Deus glória,
por que só Ele é digno de recebê-la. A prova do orgulho e da indisponibilidade está
nos judeus tradicionais, como; os fariseus, escribas e sacerdotes que não
reconheceram Jesus como o Messias. Veja este texto: “Bem-aventurados os
humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.” Mateus 5:3.
Para Deus todas as pessoas são iguais; são alvo dos mesmos
cuidados, merecem as mesmas oportunidades e são responsabilizadas por seus atos.
Deus não nos avalia por nossos sucessos profissionais na vida e também não
busca pessoas infalíveis para o Seu reino. No episódio entre Saul e Davi, Deus
escolheu Davi porque o seu coração estava vazio das influências corruptoras do
mal. Ele tinha o seu coração vazio e pronto para ser preenchido por Deus. No
caso de Moisés foi a mesma coisa. Ele ficou 40 anos no deserto de Midiã, para
esvaziar o coração das influências do mal, adquiridas no Egito. Louvado seja Deus
por isso! O que Deus enxerga é o coração. E quando olhava para o coração de
Davi, Moisés e outros, e o nosso; Ele via e vê um vazio que podia e pode ser
preenchido pelo Espírito Santo.
No processo de crescimento espiritual, não podemos olhar
para os defeitos dos outros ao nosso redor, mas para aquilo que Cristo fez e
pode fazer por nós. Qual é o propósito
da vida cristã? A cruz não é apenas o ponto inicial de nossa vida cristã;
ela é a sua fonte. Para descobrirmos o propósito de nossa vida precisamos olhar
para cruz de Cristo e não para as palavras filosóficas de homens. Alguns têm
fracassado porque não depositam a confiança na Palavra de Cristo. Este é o
propósito de Deus para a nossa vida. Em Deus, a nossa vida encontra o seu
verdadeiro propósito e sentido. Veja estes textos: “Vocês foram comprados por
alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus…”. I Cor 6:20
“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por
causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a
suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi
todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo."
Filip. 3:7 e 8.
No crescimento espiritual, também somos desafiados a sair de
onde estamos para um nível melhor e superior. O apóstolo Pedro, falando desse esforço, diz: “Por isso mesmo,
empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude, à virtude o conhecimento; ao
conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à
perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor.” II
Ped. 1:5-7. No início dessa epístola, ele apresenta uma escada de crescimento
cristão, e no fim da carta diz: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” II Ped. 3:18.
QUINTA-FEIRA (31 de março) O NASCIMENTO DO FILHO DIVINO DE
DAVI – O nascimento de Jesus foi anunciado pelo anjo em Mateus e em Lucas. Em
Lucas a anunciação foi feita à Maria. Em Mateus, o anjo apareceu em sonho a
José; “filho de Davi”, com a intenção teológica de demonstrar a origem davídica
de Jesus, através da genealogia inicial. Jesus é o Messias, o Cristo dos
judeus-cristãos para quem Mateus escreveu. João iniciou seu Evangelho afirmando a eternidade do Verbo em Deus. Sem origem e existia desde o princípio, Jesus criou o
mundo.
Por que Jesus foi
chamado de Filho de Davi? Certamente que Jesus não é filho literal de Davi,
que viveu cerca de 1000 anos antes que Cristo nascesse em Belém. Jesus é filho
de Maria, concebido por obra do Espírito Santo, como lemos em Lucas 1: 26. O
título "filho de Davi" é dado a Jesus por causa da Sua genealogia,
isto é; Ele é descende de Davi. E essa descendência é sublinhada pelo Evangelho
de Mateus. Mateus inicia exatamente assim: "Livro da origem de Jesus
Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” Mateus 1:1
Temos no Novo Testamento desessete versículos que descrevem Jesus
como o Filho de Davi. Mas, como é que
Jesus poderia ser o filho de Davi se Davi viveu cerca de 1000 anos antes de
Jesus? É que Cristo foi o cumprimento da profecia da
descendência de Davi, Ver II Samuel 7:14-16. Jesus era o Messias prometido, o
que significa que Ele era da descendência de Davi. Mateus capítulo 1 dá uma
prova genealógica de que Jesus, na Sua humanidade, foi um descendente direto de
Davi por intermédio de José, o pai legal de Jesus. Já a genealogia em Lucas dá
a linhagem de Jesus através de Sua mãe, Maria. Jesus é um descendente de Davi,
por adoção através de José e pelo sangue por meio de Maria.
Jesus foi
intitulado de Senhor, Filho de Davi várias vezes por pessoas que, pela fé,
buscavam perdão ou cura. A mulher cuja filha estava sendo atormentada por um
demônio, Mateus 15:22, os dois homens cegos à beira do caminho, Mateus 20:30 e
o cego Bartimeu, Marcos 10:47, todos clamaram ao filho de Davi por ajuda.
Inclusive os fariseus também compreenderam o significado das pessoas chamando
Jesus de Filho de Davi, mas eles rejeitaram Cristo.
Mais importante do que Jesus ser descendente carnal de Davi, é a razão
teológica e profética que existe por trás desse título dado ao Messias. Davi é
o rei a quem foi feita uma promessa, através de Natã, que é enfatizada em toda
a Bíblia. Eis o texto: "A tua casa e a tua realeza subsistirão para sempre diante de
ti, e o seu trono se estabelecerá para sempre." II Samuel 7: 16.
Que linda promessa sobre Cristo!
Em
Daniel 2:44 encontramos: “Mas,
nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais
destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará
e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre.” Em Daniel 7:13 e 14 lemos assim: “Eu estava olhando nas minhas
visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e
dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado
domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o
servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino
tal, que não será destruído."
O sonho de Nabucodonosor, a visão de Daniel e as palavras do
profeta Natã a Davi não indicam diferentes reinos eternos, mas referem-se ao
mesmo reino. O reino de Cristo! Portanto, o Filho de Davi, nasceu, viveu,
morreu, ressuscitou, foi ao céu, intercede por nós e voltará para levar os Seus
filhos para o Seu reino eterno, de glória! O reino de Deus sempre foi um tema
importante e uma prioridade nos ensinos de Jesus. A frase; “o reino de Deus”
ocorre mais de 40 vezes em Mateus, 16 vezes em Marcos, cerca de 40 vezes em
Lucas e três vezes em João. Onde quer que aparece o termo “o reino de Deus”,
seja na oração do Senhor, no Sermão do Monte ou nos outros ensinos e parábolas
de Cristo, o reino de Deus é uma expressão daquilo que Deus fez pela raça
humana na história, ao lidar com o problema do pecado e dar uma conclusão
decisiva ao grande conflito com Satanás. O reino de Deus é diferente de
qualquer reino que o mundo já tenha conhecido, e é por isso que ele não é um
reino terreno.
Veja este texto:
“O reino de Deus não vem com aparência exterior. Vem mediante a suavidade da
inspiração de Sua Palavra, pela operação interior de Seu Espírito, a comunhão
da alma com Aquele que é sua vida. A maior manifestação de Seu poder se observa
na natureza humana levada à perfeição do caráter de Cristo.” A Ciência do Bom
Viver, 36
SEXTA-FEIRA (1º de abril) LEITURA COMPLEMENTAR DA LIÇÃO 1
(2º trimestre de 2016) FILHO DE DAVI - Todos compareceremos diante do tribunal
de Deus. Todas as confissões religiosas cristãs, e mesmo várias não cristãs mesmo interpretando o tema de formas diferentes, concordam que haverá o juízo.
Em Eclesiastes 3:17 menciona que tanto os justos como os injustos serão
julgados: “Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há
um tempo para todo o propósito e para toda a obra.” Em Romanos 14:10 menciona
esta mesma realidade: “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que
desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de
Cristo.”
A lição desta semana menciona sobre a genealogia de Cristo e
vimos que a palavra genealogia deriva de duas palavras do grego; raça e logia e
pode ser traduzida por "estudo da raça humana", da origem, da descendência e das
relações entre famílias. Os nomes das pessoas eram colocados em livros e
ficavam bem guardados. Deus também mantém livros sob o Seu controle, onde relata
fatos a respeito de todas as pessoas, independentemente da sua religião, pois
todos somos criaturas de Deus e terrmos que prestar contas a Criador. Deus tem o livro memorial onde são escritos os atos de bondade que fazemos aos outros: “Então aqueles que
temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; e o Senhor atentou e
ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o
Senhor, e para os que se lembraram do seu nome.” Mal. 3:16.
Deus tem o livro dos pecados não confessados e nem
abandonados diante de Si. A coisa mais linda e solene que considero, é que os
nossos pecados, quando confessados a Deus, eles são perdoados, e
consequentemente são apagados dos registros deste livro. Se Deus quando perdoa,
esquece; logo, os pecados são apagados: “Eis que está escrito diante de
mim: não me calarei; mas eu pagarei, sim, pagarei no seu seio. As vossas
iniquidades, e juntamente as iniquidades de vossos pais, diz o Senhor, que
queimaram incenso nos montes, e me afrontaram nos outeiros; assim lhes tornarei
a medir as suas obras antigas no seu seio.” Isaías 65: 6 e 7
“Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens
disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás
justificado, e por tuas palavras serás condenado.” Mat. 12:36 e 37.
Mas Deus tem diante de Si o livro da vida. Neste livro estão
escritos os nomes das pessoas que aceitaram Jesus e foram batizadas; os
nomes dos salvos. Veja estes textos:
“O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o
seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante
dos seus anjos.” Apoc. 3:5.
“E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que
ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e
com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.” Fil. 4:3.
Porque Mateus incluiu as quatro mulheres na genealogia de
Cristo? Uma das possibilidades é que, como coletor de impostos, ele era encarado
com desprezo por seus vizinhos e sabia o que era ser um pecador e depois um
redimido. Mateus identifica-se com estas quatro mulheres e as inclui como
exemplo do poder transformador de Deus que agora enviou o Messias para salvar Seu povo de seus pecados. Outra possibilidade é que Mateus poderia estar
pensando na universalidade da missão de Jesus. O concerto de Deus com Abraão
incluía a promessa, ver Gên 12:3. As quatro mulheres demonstram o compromisso
de Deus em cumprir aquela promessa que tem seu cumprimento definitivo no
convite do Evangelho cristão para que todos creiam em Jesus e sejam salvos.
“A genealogia de nossa raça, conforme é dada pela inspiração,
remonta sua origem não a uma linhagem de micróbios, moluscos e quadrúpedes a se
desenvolverem, mas ao grande Criador. Posto que formado do pó, Adão era filho
“de Deus”. Lucas 3:38… Ele foi posto, como representante de Deus, sobre as
ordens inferiores de seres. Estes não podem compreender ou reconhecer a
soberania de Deus, todavia foram feitos com capacidade de amar e servir ao
homem. Diz o salmista: “Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das Tuas
mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: [...] os animais do campo, as aves dos
céus, [...] e tudo o que passa pelas veredas dos mares”. Salmos 8:6-8.
Patriarcas e profetas, 17 e 18
Luís Carlos Fonseca
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