COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2 (2º trimestre de 2016) INÍCIO DO
MINISTÉRIO DE CRISTO
VERSO ÁUREO: “E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei
pescadores de homens.” Mateus 4:19
INTRODUÇÃO (sábado 2 de abril) – Jesus começou o Seu
ministério com 30 anos de idade. Depois do Seu batismo, Jesus selou a Sua
Missão e deu início a proclamação do Reino de Deus. É por essa razão que os
evangelistas não se importaram em escrever coisas sobre a infância
e juventude de Jesus. Os evangelhos se preocupam em anunciar o reino de Deus.
Após o batismo, Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto
para ser tentado. Jesus ficou 40 dias no deserto em plena comunhão com o Pai
para estar habilitado ao Seu ministério. Veja que Deus não tenta ninguém: “Bem-aventurado o homem que sofre
a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o
Senhor tem prometido aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou
tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Tiago
1:12,13.
Deus nos prova com dificuldades, mas nos capacita com o Espírito Santo
para sairmos vencedores. Jesus estava ciente de que qualquer caminho que
seguisse em Seu ministério, que negasse o Pai, toda a Sua missão estaria
perdida. Esse foi um dos motivos pelo qual Ele venceu o diabo, nesta e em
outras tantas oportunidades nas quais foi tentado. E, nós podemos ter vitória
também sobre a tentação. Se o mundo jaz no Maligno, ver I João 5:19, lembre-se
que maior é o que está em nós do que o que está no mundo: “Filhinhos, sois de
Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que
está no mundo.” I João 4:4
Depois que Jesus voltou do deserto da tentação e João
Batista foi preso, Ele podia iniciar Seu ministério público em Israel. João
Batista pregava no deserto da Judeia, perto de Jerusalém; o que levava os
habitantes da cidade a saírem ao encontro de João para serem batizados por ele, no rio Jordão. Ver João 1:5. A região da Judeia era de renome em
Israel e Jerusalém era o principal centro religioso. Quando Jesus voltou do
deserto, Ele não foi para Jerusalém, mas escolheu a Galileia como destino
inicial de Seu ministério.
A pregação de Jesus era acerca do Reino de Deus, que envolve
arrependimento e crença no Deus Criador e no evangelho. O Reino de Deus é o
lugar onde a Divindade exerce o Seu governo e autoridade. O arrependimento é uma
escolha, uma decisão que se passa em nossa mente, já; o crer é diferente. Para
crer devemos fazer em nossos corações, ver Romanos 10:9 e crer significa crer em Cristo e aceitar as Suas doutrinas, ver Atos 16:31. Por sua vez, crer
em Jesus significa aceitá-lo como Salvador e permanecermos unidos a Ele. Ver
João 3:15
Antes de Jesus iniciar o Seu ministério ele escolheu doze
homens para primeiro treiná-los e somente depois enviá-los à seara espiritual. Os
doze discípulos formaram o primeiro grupo de missionários cristãos. Depois deles vieram
muitos outros. Jesus escolheu líderes para exercer influência para a vida eterna.
Seriam líderes que outros continuariam o seu trabalho. Portanto, a influência
deles deveria ser no sentido da mudança do caráter das pessoas. Esses líderes
deveriam exercer influência pelo ensino e pelo exemplo de vida.
Por que Jesus
escolheu discípulos com pouca cultura acadêmica? Apesar de não serem todos
pobres, os apóstolos não eram pessoas “estudadas”. É possível que Mateus e
Judas Iscariotes tivesse um pouco mais de estudo. Foi Jesus quem escolheu Seus
apóstolos. Ele dizia: “Eu te glorifico, ó Pai, porque escondestes estas coisas
aos sábios e inteligentes, e as revelastes aos pequeninos”. Nestas palavras
podemos entender que Sua escolha por pessoas simples foi de propósito. Jesus teve
uma preocupação enorme em educar Seus discípulos para que estes entendessem a
mensagem e os ensinamentos da salvação que trazia. Foram anos viajando juntos,
convivendo juntos. A comunidade que se formou em volta do Mestre se tornou
sólida e resistiu mesmo depois de sua morte. Se Ele tivesse escolhido os
doutores da lei daquele tempo, o trabalho para os qualificar seria muito maior.
Ele teria que transformar homens cheios de si, com conhecimentos em grande
parte errados, orgulhosos e prepotentes, em verdadeiros servos de Deus.
Escolhendo aqueles homens humildes e simples a obra de talhá-los foi mais
fácil.
Como os seguintes
textos nos ajudam a compreender porque Jesus escolheu pessoas comuns e não
letradas e poderosas? “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que
tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode
ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor.” Sofonias 2:3
“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou
manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.”
Mateus 11:29
“Eis que eu sou contra ti, ó soberbo, diz o Senhor Deus dos
Exércitos; porque veio o teu dia, o tempo em que te hei-de castigar.” Jeremias
50:31
Pense nisso:
Ninguém é insubstituível. Quando desaparecermos alguém ocupará o nosso lugar.
Jesus deixou atrás de Si os Seus discípulos. A quem estamos a dar formação
para contribuir com a conclusão da obra?
DOMINGO (3 de abril) JOÃO BATISTA E A “VERDADE PRESENTE” – A
lição de hoje menciona o ministério de João Batista que preparou o caminho para
Jesus, e a mensagem principal dele era o arrependimento, e essa mensagem
continua atual. Eis o texto: “E,
naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e
dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Porque este é o
anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai
o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.” Mateus 3:1-3
João proclamava o arrependimento para o perdão dos pecados,
v 3 e esta mensagem era pregada com muito poder e de uma maneira peculiar de João e diferente dos
mestres daqueles dias e as pessoas comuns se aglomeravam para ouvi-la. Elas
eram instruídas a produzir frutos dignos de arrependimento. Muitos eram os
pecados das pessoas e Deus pedia que as pessoas deixassem de praticar os
pecados e se voltassem para Ele, pois Ele é o Criador.
A entrada de João em cena, proclamando esta mensagem, era o
cumprimento de Isaías 40:3-5. Ver Mateus 3:3; Marcos 1:2-3 e Lucas 3:4-6. Era
costume daquela época se fazerem grandes preparativos quando um rei visitava
uma região. Percorriam-se grandes extensões para nivelar as estradas e tornar o
percurso do rei o mais fácil possível. É bom lembrarmos também que João Batista
foi confundido com Elias por ter um discurso e maneira de vestir e viver
parecidos.
Entre as pessoas que saíam para serem batizadas havia muitos
fariseus e saduceus, ver Mat. 3:7. João os confrontou ao chamá-los de “raça de
víboras.” Ver Mat 3:7 e Luc. 3:7. João os ordenou a demonstrar sua sinceridade
de coração ao produzirem frutos dignos de arrependimento. Aqueles judeus
estavam consumidos do orgulho religioso por sua etnia, com Abraão como seu
ancestral; então, ele imediatamente se reporta a isso. Ver er Mat 3:9. Ter
Abraão como pai não é o suficiente para agradar a Deus. A etnia não é o
suficiente como foi demonstrado com Ismael e Esaú. Ver Romanos 9: 8-13.
Hoje, os filhos de Deus são convidados por Cristo à pregar a “verdade presente”. Qual é a
verdade presente? Resume-se em duas palavras; arrependimento e obediência. Jesus Cristo usou uma parábola para mostrar
que alguns ouvem a verdade, mas não conseguem entender as palavras do evangelho
do Senhor. Veja este texto: “A todo
o que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o maligno e arrebata o que
lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado à beira do caminho.” Mat.
13:19.
A Palavra é como uma faca de dois gumes bem afiados. Ela corta e fere,
apesar de que, na maioria das vezes, ela é um bálsamo para nossos corações.
Existe muita gente que não gosta de ouvir verdades. Só se interessam em ouvir
mensagens e revelações de coisas boas. No entanto, gosto sempre de afirmar que Deus é amor, mas também é justiça e, principalmente verdade!
Na igreja apostólica, a decisão pela obediência à vontade de
Deus, recebeu da parte do inimigo e de seus instrumentos os mais hediondos atos
de crueldade. Estevão, bem como outros discípulos, pagaram com a vida o preço
da lealdade e obediência. O verdadeiro filho de Deus deixa ser guiado em toda a
verdade: Falando sobre a missão do Espírito Santo, na liderança da vida de
todos os que aceitam a Jesus, encontramos este texto: “Mas, quando vier aquele
Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir.” João
16:13.
Há, pelo menos 4 verdades presentes contidas na bíblia, que
são esquecidas ou adulteradas por muitas religiões: 1) Salvação e intercessão somente através de Jesus Cristo. A Bíblia
Sagrada é clara em mencionar que Jesus é o único que pode perdoar pecados,
mediar entre o ser humano e Deus e receber homenagens espirituais. Aqui está a
mensagem de arrependimento. 2) Não
existe e não existirá um inferno a arder eternamente. A Bíblia Sagrada
menciona sobre o juízo final quando os salvos e os perdidos receberão as suas
recompensas, mas a Palavra de Deus não diz que haverá um fogo devorador que
nunca se apagará onde os perdidos estarão a arder eternamente. A Bíblia
menciona sim que haverá um momento em que os perdidos serão destruídos com
fogo. Dizer que os perdidos morrerão queimados é uma coisa, e dizer que ficarão
ardendo eternamente é outra coisa muito diferente. 3) A inconsciência na morte - A que a Bíblia compara a morte? Jesus
comparou a morte ao sono. No estado do sono ninguém se lembra de nada. Assim
aquele que morre não vai nem para o céu e nem para o fogo imediatamente. Ficam
a aguardar a ressurreição, e de forma inconsciente. Se estivessem em algum
desses lugares, dispensaria a ressurreição, pois já estariam a viver a recompensa.
Jesus voltará para dar a recompensa para os salvos e aos perdidos. 4) O Sábado Bíblico. A Bíblia faz
diferença entre os sábados cerimoniais e o sábado do 4º mandamento da lei de
Deus. O sábado do mandamento continua em vigor!
Você tem vivido e
pregado a "verdade presente" como João Batista?
SEGUNDA-FEIRA (4 de abril) O CONTRASTE NO DESERTO – Este é o texto chave para o estudo de hoje:
“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo
diabo.” Mateus 4:1. Antes da Sua encarnação, Jesus sempre foi Deus co-igual,
co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo. Ele sempre foi revestido
de glória e majestade, ver João 17:5. Ele é o Criador de todas as coisas,
visíveis e invisíveis. Ver Col. 1:16. Ele sempre foi adorado pelos anjos nas cortes
celestiais. E agora no deserto Jesus inverteu a posição com Satanás. Lúcifer,
quando no céu, tinha íntimo relacionamento com Cristo mas, devido o seu pecado,
ele foi lançado na terra e no deserto as posições ficam invertidas. Satanás era o príncipe temporário deste mundo, e Jesus sendo humilhado com as tentações.
Nós também somos tentados como Jesus o foi e quando o
Espírito nos leva para o deserto, Ele tem como objetivo nos fortalecer. É no
sofrimento que desenvolvemos nossa dependência de Deus. Quando Deus permite as
provações e tentações, Ele tem dois propósitos: ou nos fortalecer pela
dependência de Deus e assim crescer; ou percebermos que somos impotentes para
vencermos sozinhos, podemos não ter cometido nenhum pecado, mas estávamos em
pecado por estarmos longe de Deus. E assim, definitivamente perdidos! Por outro
lado, não devemos procurar a tentação. Pedro procurou a tentação e falhou
vergonhosamente, assim como muitos outros.
As tentações sempre vieram a Jesus como pensamentos
inicialmente coerentes. Ao ficar quarenta dias sem comer, provavelmente já
tinha desmaiado algumas vezes de fome ao ponto de temer pela própria vida. Na
primeira tentação, se Jesus tivesse usado o Seu poder divino em proveito próprio
para transformar pedras em pães, como poderia ser um exemplo perfeito a nos
indicar que também podemos vencer?
Na segunda tentação, seguindo a ordem de Mateus, Satanás
levou Jesus para o alto do templo e mostrou-lhe o povo judeu, principalmente os
líderes, e insinuou como seria bom para o ministério de Jesus se eles vissem Jesus sendo sustido pelos anjos. Certamente creriam que Ele era um ser divino,
com uma mensagem a ser ouvida, se fizesse uma demonstração pública do Seu
poder. Veja este texto: "Jesus
recusou sair do caminho da obediência. Conquanto manifestasse perfeita
confiança em Seu Pai, não se colocaria, sem que Lhe fosse ordenado, em situação
que tornasse necessária a interposição do Pai para O salvar da morte. Não
forçaria a Providência a vir em Seu socorro, deixando assim de dar ao homem um
exemplo de confiança e submissão." O Desejado de Todas as Nações, 124
Na terceira tentação Mateus menciona que Satanás levou Jesus
ao um lugar muito alto e mostrou, numa visão panorâmica, todo o mundo com sua
glória. Com certeza escondeu as suas misérias. O mundo não era de Satanás para
oferecer a Jesus. Satanás roubou a autoridade que Deus tinha dado a Adão para
governar a terra, mas esta autoridade estava subordinada a Deus. Certamente
Jesus lembrou-Se do que o Senhor tinha dito à Nabucodonosor em Daniel 4:7:
"O Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer".
Do mesmo modo, quando Satanás nos prometer a felicidade, lembremos que ele não
tem a felicidade para nos assegurar. Certamente, atrás da propaganda de cigarro
tem o câncer; atrás do sexo fácil tem a doenças, gravidez indesejadas e
casamentos infelizes.
Jesus não deixou levar-Se pelo impulso da emoção. Jesus
preferiu confiar antes na Palavra, e saiu vitorioso. Após usar a Palavra para
Se defender da tentação, Jesus pôde expulsar Satanás. Em Tiago 4:7-8 lemos:
"Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." O
problema de alguns crentes em Cristo é que querem resistir o diabo e expulsá-lo,
mas não se submetem a Deus.
De acordo com Filipenses 2:5-8 Jesus experimentou o
contraste, Ele esvaziou-Se em nosso favor. Do
que Cristo Se esvaziou? Certamente não foi da existência na forma de Deus. Ele
continuou sendo o Filho de Deus, mas Cristo renunciou Seu ambiente de glória.
Ele pôs de lado sua majestade e glória, por um período para resgatar o ser
humano dos seus pecados., ver Jo 17:5, mas permaneceu Deus. Ele jamais deixou
de ser o possuidor da natureza divina. Mesmo em Seu estado de humilhação, Ele
jamais Se despojou de Sua divindade. Somente “Deus-homem” podia salvar o homem.
TERÇA-FEIRA (5 de abril) A TENTAÇÃO – Este é o texto para hoje: “E, chegando-se a ele o tentador, disse:
Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém,
respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a
palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e
colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus,
lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a
teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em
alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu
Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe
todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se,
prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está
escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” Mateus 4:3-10.
Por que Jesus
precisou ser tentado? Deus tinha um propósito ao permitir que Jesus fosse
tentado no deserto; "foi levado pelo Espírito ao deserto". Um dos
propósitos da tentação de Cristo é assegurar-nos de que temos um sumo sacerdote
capaz de Se relacionar conosco em todas as nossas debilidades e fraquezas, ver
Hebreus 4:15, porque Ele mesmo foi tentado em todos os pontos nos quais também somos.
A natureza humana do nosso Senhor permite que Ele compreenda as nossas próprias
fraquezas por ter sido submetido à fraqueza também. Veja este texto: "Porque,
tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer
aqueles que também estão sendo tentados.” Hebreus 2:18. A palavra grega
traduzida por tentado aqui significa pôr à prova. Então, quando somos colocados à
prova e testados pelas circunstâncias da vida, podemos ter certeza de que Jesus
entende e fica do nosso lado como alguém que sofreu as mesmas provações.
As tentações de Jesus seguem três padrões que são comuns a
todos os homens. A 1º tentação fala da concupiscência da carne, ver Mateus
4:3-4, a qual inclui todos os tipos de desejos físicos. Jesus rebateu esta
tentação citando Deuteronômio 8:3. A segunda tentação menciona acerca da
soberba da vida, ver Mateus 4:5-7, e aqui o diabo tentou usar uma passagem da
Escritura contra Ele, ver Salmo 91:11-12, mas novamente o Senhor respondeu com
a Escritura em sentido contrário, ver Deut. 6:16, afirmando que seria errado
abusar de Seus próprios poderes. A terceira tentação foi acerca da
concupiscência dos olhos. Ver Mateus 4:8-10. O diabo já tinha o controle sobre
os reinos do mundo, ver Efésios 2:2, mas estava pronto a dar tudo a Cristo em
troca de Sua lealdade. Jesus respondeu: "Retire-se, Satanás! Pois está
escrito: Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto" Mateus 4:10 e
Deut.6:13.
Temos um Deus que não nos deixará ser tentado além do que
podemos suportar; Ele proverá uma saída. Ver I Coríntios 10:13. Podemos,
portanto, ser vitoriosos e agradecer ao Senhor pelo livramento da tentação. A
experiência de Jesus no deserto nos ajuda a enxergar essas tentações comuns que
tentam nos impedir de servir a Deus de forma eficaz. Jesus sabiamente nos
ensina que não devemos colocar em risco a nossa vida cedendo as tentações
do inimigo, devemos sim é cuidar sabiamente dos dons que recebemos e não
jogá-los fora ou trata-los de maneira negligente ou descuidada. Por fim, o
diabo se foi, mas somente quando terminou toda a tentação. Provavelmente, assim
também é conosco: o tentador fica em nossa vida por um período com um objetivo
claro: para tirarmos conclusões, ensinamentos e, principalmente orar para o
diabo fugir de nós: “Portanto, sujeitai-vos a Deus. Resisti ao Diabo, e ele
fugirá de vós!” Tiago 4:7
Pense nisso: “A
tentação é um estímulo a pecar, e isto não procede de Deus, mas de Satanás, e
do mal que há em nosso próprio coração. “Deus não pode ser tentado pelo mal, e
a ninguém tenta.” Tiago 1:13. O Maior Discurso de Cristo, 116
“É perigoso deter-nos a considerar as vantagens que
poderemos colher em ceder às sugestões de Satanás. O pecado implica em desonra
e ruína para toda alma que com ele condescende; sua natureza, porém, é de molde
a cegar e iludir, e nos engodará com lisonjeiras perspectivas. Caso nos
aventuremos no terreno do inimigo, não temos nenhuma garantia de proteção
contra o seu poder. Cumpre-nos, no que de nós depender, cerrar toda entrada
pela qual ele possa encontrar acesso à alma.” O Maior Discurso de Cristo, 118
QUARTA-FEIRA (6 de abril) A TERRA DE ZEBULON E NAFTALI – Este é o texto para hoje: “Jesus,
porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia; e, deixando
Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e
Naftali; Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A
terra de Zebulom, e a terra de Naftali, Junto ao caminho do mar, além do
Jordão, a Galiléia das nações; o povo, que estava assentado em trevas, viu uma
grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz
raiou. Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é
chegado o reino dos céus.” Mateus 4:12-17
Zebulom e Naftali eram dois filhos de Jacó, ver Gên. 35:23-26,
e os seus descendentes se estabeleceram na região norte da Palestina, na
Galiléia. Essas tribos pertenciam ao antigo reino do Norte, com sede em
Samaria, que tinham abandonado Deus e por isso, caíram em apostasia. Portanto,
a Galiléia era uma região desprezada pelos judeus que viviam no sul, porque
tinha uma população mista, em sua maioria gentílica, com poucos judeus, por
isso o termo; “Galiléia dos gentios”. Gentio em grego é Ethnos e dá a ideia de
povos não judeus, pagãos, desconhecedores de Deus. Ali Jesus cumpriu a profecia
de Isaías 9 realizando a maior parte do Seu
ministério
Sabemos que da Galiléia surgiram vários grupos com
lideranças isoladas, buscando a libertação do jugo romano. Foi na Galiléia que
nasceu o grupo dos zelotes que, pelos anos 68 a 70, se rebelaram contra os romanos
provocando a destruição de Jerusalém, fato muito importante tanto para os judeus,
como para os cristãos. Essa região era considerada o lugar onde alguns bandidos
se escondiam e causavam problemas sociais, eram pessoas consideradas
subversivas e de segunda categoria, aos olhos dos poderosos de Jerusalém.
Tratava-se sempre de uma ameaça ao poder estabelecido. Jesus foi criado nesta
região. Daí que muitas vezes tratavam-no como o Galileu. Sua residência era em
Nazaré, cidade pequena, onde em dia de Sábado Jesus deu início ao seu trabalho
de pregar as boas novas do reino de Deus. Luc. 4:14-21.
Nazaré pertencia a
Galileia. “Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele a quem
Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os profetas: Jesus de Nazaré, filho
de José. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe
Filipe: Vem e vê.” João 1: 45, 46.
Percebemos que Nazaré era uma vila
insignificante na Galiléia. Nem sequer é mencionada no Velho Testamento ou nos
escritos do historiador Flávio Josefo ou de qualquer outro rabino judeu. Como
poderia vir o Messias de uma cidade tão insignificante e cheia de problemas?
Jesus foi pregar às pessoas que viviam na sombra da morte. O que isso significa? À sombra da morte
moravam os que viviam na região que foi dada à Zebulom e à Naftali. A mesma
região, que o Senhor foi desprezado, testemunharia o aparecimento da verdadeira
Luz. À sombra da morte sofriam sob o jugo dos romanos Viviam tão aflitos como os seus antepassados viveram debaixo do jugo dos midianitas, pois tinham
que pagar caríssimos impostos. À sombra da morte, as únicas alegrias eram as do
trabalho honesto e árduo da ceifa ou da desgraça do despojo. Sem contar com as
doenças e desgraças que o pecado causava, especialmente naquela época. À sombra
da morte também vivemos nós. Mas, Jesus promete estar conosco para nos consolar
neste mundo cheio de trevas morais e espirituais.
Jesus é a luz do mundo que ilumina o coração e revela o
caminho para o Pai. Essa Luz é tão forte que alguns querem fugir dela, para que
ninguém veja os seus pecados e sujeira interior. Então ficam no escuro, no
esconderijo da alma e nunca são iluminados por Ele. Veja este texto: "Deus enviou o seu filho ao mundo, não para
condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê
não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do
Filho Unigénito de Deus. Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os
homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem
pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras
sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja
claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus.” João
3:17-21.
QUINTA-FEIRA (7 de abril) O CHAMADO DOS PESCADORES - A lição
de hoje mostra Jesus escolhendo e capacitando os Seus discípulos para serem
líderes espirituais. Como Jesus tinha pouco tempo para passar na terra, Ele
apressou-Se em capacitar primeiramente 12, e depois 70 discípulos. Os
discípulos de Jesus eram pessoas comuns a quem Deus usou de maneira
extraordinária. Os Evangelhos registram as constantes falhas; dificuldades e
dúvidas, principalmente dos 12 apóstolos, mas após testemunharem a ressurreição
e a ascensão de Jesus ao Céu, o Espírito Santo transformou estas pessoas em
homens e mulheres poderosos que “viraram o mundo de cabeça para baixo”. Atos
17:6.
Assim começou o
chamado dos discípulos e depois continuou até completar os 12: “E Jesus,
andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e
André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; e
disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles,
deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois
irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai,
Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os; eles, deixando imediatamente o
barco e seu pai, seguiram-no.” Mateus 4:18-22. Depois continuou. Os discípulos
passaram mais de 3 anos com Jesus para aprenderem com Ele.
O que é necessário para ser um verdadeiro discípulo e líder espiritual
de Jesus? Duas coisas:
A) Conhecer as Suas
doutrinas. Os discípulos de Cristo aprenderam aos Seus pés qual era a
vontade de Deus contida em Sua palavra. Assim como Jesus é puro, Ele pede
pureza em seguirmos os Seus mandamentos. Veja
estes textos: "Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa
santificação: que vos abstenhais da imoralidade." I Tessalonicenses 4:3.
“Se me amais, guardai os meus mandamentos.” João 14:15
B) Passar tempo com o
Mestre. É-nos dito que Jesus passava momentos preciosos em comunhão com o
Pai. Veja estes textos: “E,
levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um
lugar deserto, e ali orava.” Marcos 1:35
“Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou
a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu
doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos.” Lucas 6: 12-13
Podemos e devemos ser líderes espirituais no nosso lar, na
igreja e na sociedade; mas precisamos, como os discípulos, obedecer as
doutrinas como estão na Bíblia e passar momentos em íntima comunhão com o
Mestre Jesus. Embora Jesus tenha passado pouco tempo na terra, Ele aproveitou
todo o tempo possível para fazer discípulos. Cristo sabia que para o
Cristianismo crescer forte; homens e mulheres deviam estar bem alicerçados no
conhecimento teórico e prático do evangelho.
O primeiro
grupo de líderes a ser estabelecido foram os discípulos. Depois deles vieram muitos outros. Jesus escolheu
líderes para exercer influência para a vida eterna. Seriam líderes que outros
continuariam o seu trabalho. Portanto, a influência deles deveria ser no
sentido da mudança do caráter das pessoas. Esses líderes deveriam exercer
influência pelo ensino e pelo exemplo de vida.
Como posso fazer
discípulos? Entre outras coisas, devo mostrar, pelo exemplo, que vivo com
Jesus, depois; convidando amigos e familiares para irem à igreja comigo,
oferecendo literaturas bíblicas, dando estudos bíblicos e participando de
pequenos grupos de oração e de evangelismo.
Porque Jesus escolheu
pescadores? Pela paciência que o pescador deve ter. A pesca exige espera e
paciência para que o peixe venha e morda a isca. Pela coragem. O pescador não
pode ter medo da água, do vento, do frio ou qualquer outro perigo.
Pela perseverança.Se o pescador chegar ao lugar da pescaria e desanimar no primeiro
instante, ele não consegue pegar nada. O pescador deve ter o conhecimento do
local, do rio, do peixe, da isca, do anzol, da rede, da rede e das
estações.
"A obediência pronta, implícita desses homens, sem promessas
de remuneração, parece notável; mas as palavras de Cristo eram um convite que
encerrava um poder para pregarem o evangelho. Cristo faria desses humildes pescadores, ligados
com Ele, o meio de tirar homens do serviço de Satanás, levando-os ao serviço de
Deus. Nessa obra eles se tornariam Suas testemunhas, levando ao mundo Sua
verdade sem mistura de tradições e sofismas de homens. Mediante a prática de
Suas virtudes, o andar e trabalhar com Ele, haviam de se qualificar para serem
pescadores de homens. Assim foram os primeiros discípulos designados para a
obra do ministério evangélico. Durante três anos, trabalharam junto ao
Salvador, e, por Seus ensinos, obras e exemplo, prepararam-se para levar avante
a obra que Ele começara. Pela simplicidade da fé, pelo serviço puro, humilde,
os discípulos foram ensinados a assumir responsabilidades na causa de Deus.”
Obreiros Evangélicos, 24
SEXTA-FEIRA (8 de abril) LEITURA COMPLEMENTAR DA LIÇÃO 2 (2º trimestre de 2016) INÍCIO DO MINISTÉRIO DE CRISTO - Ninguém
é indispensável. Quando desaparecermos alguém ocupará o nosso lugar. Jesus
deixou atrás de Si os Seus discípulos. A
quem estamos nós a dar formação para contribuir para a conclusão da obra?
No passado Jesus utilizou-Se de pessoas humildes e mansas para ensinar-lhes a salvação.
Os apóstolos, embora simples, exerceram uma influência que veio diretamente do
céu. Hoje também não é diferente. Somente poderemos ser discípulos verdadeiros
se mantivermos o nosso coração isento de orgulho, egoísmo e inveja. Que Deus
tenha misericórdia de mim para eu ser um bom discípulo e um discipulador
disponível e abençoado! Amém?
Veja estes textos:
“O Espírito veio sobre os discípulos, que expectantes oravam, com uma plenitude
que alcançou cada coração. O Ser infinito revelou-Se em poder a Sua igreja. Era
como se por séculos esta influência estivesse sendo reprimida, e agora o Céu se
regozijasse em poder derramar sobre a igreja as riquezas da graça do Espírito.
E sob a influência do Espírito, palavras de penitência e confissão
misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados. Eram ouvidas
palavras de gratidão e de profecia. Todo o Céu se inclinou na contemplação da
sabedoria do incomparável e incompreensível amor. Absortos em admiração, os
apóstolos exclamaram: “Nisto está a caridade!” I João 4:10. Eles se apossaram
do dom que lhes era repartido. E que se seguiu? A espada do Espírito, de novo
afiada com poder e banhada nos relâmpagos do Céu, abriu caminho através da
incredulidade. Milhares se converteram num dia”. Atos dos Apóstolos, 37 e 38.
“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação
dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao
mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja
refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a
quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua
glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja
será a seu tempo manifesta, mesmo aos “principados e potestades nos Céus”
(Efés. 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus”. Atos dos
Apóstolos, 9.
“Por toda parte a luz
da verdade deve brilhar, para que os corações possam despertar e converter-se.
Em todos os países deve ser proclamado o evangelho. Os servos de Deus devem
trabalhar em lugares vizinhos e distantes, alargando as porções cultivadas da
vinha, e indo às regiões além. Devem trabalhar enquanto dura o dia; pois vem a
noite, na qual nenhum homem pode trabalhar. Aos pecadores deve-se apontar um
Salvador erguido numa cruz, fazendo-se ouvir por muitas vozes o convite: “Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1:29. Devem-se organizar
igrejas, e elaborar planos para que a obra seja feita pelos membros das igrejas
recém-organizadas. Ao saírem os obreiros cheios de zelo e do amor de Deus, as
igrejas em sua própria terra serão reavivadas, pois o êxito dos obreiros será
considerado, por todos os membros da igreja, como objeto de profundo interesse
pessoal.” Obreiros Evangélicos, 25
“O exaltado Filho de Deus, assumindo a humanidade, vem para
perto do homem, pondo-Se como substituto do pecador. Identifica-Se com os
sofrimentos e aflições dos homens. Foi tentado em todos os pontos, como o é o
homem, para que pudesse saber como socorrer aos tentados. Cristo venceu em
favor do pecador.” Mensagens Escolhidas, vol 1, 279.
Luís Carlos Fonseca
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