segunda-feira, 9 de maio de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (2º trimestre de 2016) JESUS EM JERUSALÉM

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (2º trimestre de 2016) JESUS EM JERUSALÉM

VERSO ÁUREO: “Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?” Mateus 21:42

INTRODUÇÃO (sábado 28 de maio) - A lição desta semana trata especialmente sobre a presença de Jesus em Jerusalém, fala da profecia relativa ao Seu ministério e morte, que também aconteceu em Jerusalém e menciona parte da última semana que Jesus passou na cidade, antes da Sua morte.

Quando Jesus entrou montado em um jumentinho em Jerusalém, conforme Mateus 21:1-11, era domingo e toda a cidade se alvoroçou e então alguns perguntaram: “Quem é este?” Alguém respondeu: "Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia". O profeta Zacarias já havia profetizado que Jesus iria entrar montado num jumentinho: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu Rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta”. Zac. 9.9 e Mat. 21:4 e 5. Ainda no domingo Jesus expulsou os vendilhões do templo. Ver Mateus 21:12-17

Na segunda-feira, conforme Mateus 21:18-22, Jesus tornou à Jerusalém e quando caminhava em sua direção encontrou uma figueira, e desejou Se alimentar dos seus frutos, mas só encontrou folhas, então disse: “Nunca mais coma alguém fruto de ti”. Marcos 11:14. Neste dia, pela segunda vez, purificou o templo de sacerdotes corruptos que vendiam animais para sacrifício de forma indevida.

Na terça-feira, quando voltavam à Jerusalém, Seus discípulos viram que a figueira se tinha secado desde as raízes e se espantaram, mas Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus; porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede em receber, tê-las-eis. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas”. Marcos 11:22-26. Já no templo, os principais sacerdotes, escribas e anciãos se aproximaram dele e perguntaram com que autoridade fazia essas coisas. Esse foi um dia de grandes ensinamentos; Jesus calou a boca dos algozes e ninguém ousava perguntar-lhe mais nada, então Ele começou a censurar-lhes. São três capítulos; Mateus 23-25, de grandes discursos e Jesus termina dizendo: “Irão estes para a morte eterna, mas os justos, para a vida eterna”. Mateus 25:46. Antes de terminar a terça-feira, Jesus disse aos Seus discípulos: “Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa”. Mat. 26:1 e 2. Ou seja; a Páscoa começava ao pôr-do-sol da quinta-feira, que já começava a sexta-feira da paixão. Neste dia Jesus foi ungido por Maria em Betânia. Jesus elogiou a oferta da viúva pobre. Ver Marcos 12:41-44. Alguns gregos visitaram o templo que desejaram ver Jesus. Ver João 12:20-36

Na quarta-feira foi o dia que Judas Iscariotes negociou a venda de Jesus por 30 moedas de prata. Ver Lucas 22:4. Antes, Judas desfrutava de comunhão íntima com Jesus, porém depois O abandonou e O traiu. Neste dia não encontramos nenhum relato de Jesus, mas Ele foi ao monte e passou em oração pois sabia das grandes provas que teria que passar. Jesus chorou, no Monte das Oliveiras. Ele lamentou ser rejeitado por Jerusalém e se entristeceu pela destruição iminente da cidade. Ver Lucas 19:41-44

Na quinta-feira a tarde, Jesus iniciou a celebração da Páscoa apenas com os Seus discípulos, quando introduziu as cerimônias da santa ceia e lava-pés. Ver Mateus 26:17-30 e João 13. Pela manhã prepararam tudo, e à tarde a santa ceia foi celebrada, conforme registra Marcos 14:16,17: “E, saindo os seus discípulos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a Páscoa. E, chegada à tarde, foi com os doze. E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há-de trair-me." Logo em seguida, Jesus passou a confortar os Seus discípulos conforme João 14:1-16. Leia o capítulo 16 e veja quantas maravilhas Jesus prometeu. No versículo 33 Ele diz: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Depois Ele foi para o Jardim do Getsemani e teve lugar todos os acontecimentos descritos na Palavra. Depois da ceia, antes de Jesus sair do cenáculo onde celebrou a ceia, cantou um hino e, então, saiu com os onze ao Monte das Oliveiras, e de lá foram ao lugar chamado Getsêmani e disse: “Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito”. Mat. 26:36,37. Jesus suava gotas de sangue intercedendo por todos nós. Judas traiu Jesus com um beijo. Ver Lucas 22:47 e 48. Então levaram Jesus à prisão sendo julgado e torturado pelos soldados até ao amanhecer de sexta.

Na sexta, antes do sol nascer, Jesus foi humilhado, torturado e interrogado pelos sacerdotes, e pela manhã O entregaram a Pilatos que mandou crucifica-lo. Ainda na sexta-feira, Ele foi sepultado no túmulo de José, senador da república, ver Lucas 23:50, natural de Arimatéia. O corpo de Jesus esteve presente no túmulo os três dias inclusivos: algumas horas da sexta-feira, sábado o dia todo e algumas horas do domingo, quando ressuscitou pela madrugada.

Durante o sábado Jesus permaneceu no túmulo e foi vigiado. Os guardas que vigiavam é uma grande prova de que ninguém tirou o corpo de Jesus de lá. Isso foi muito bom para provar que Jesus ressuscitou mesmo. Pois, após a ressurreição de Cristo tentaram dizer que o corpo tinha sido tirado de lá: "E no dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dentre os mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro. E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes. E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra". Mat 27:62-66. No domingo Jesus saiu triunfante da sepultura. Amém?

DOMINGO (29 de maio) UMA VINDA PROFETIZADA - A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém foi profetizada no Antigo Testamento, e era mais uma prova de que Jesus de Nazaré era mesmo o Messias prometido. O profeta Zacarias, que com o profeta Isaías foi um dos mais messiânicos de todos os profetas do A.T, profetizou dizendo: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta”. Zacarias 9:9

O salmista também profetizou dizendo as mesmas palavras que a multidão disse na entrada triunfal: ”Bendito aquele que vem em nome do Senhor; nós vos bendizemos desde a casa do Senhor.” Salmo 118:26.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém está relatada em Lucas 19:28-40 e em Mateus 21:1-11 e é mais uma prova de que Deus cumpre as Suas promessas. Os profetas anunciaram o local exato do nascimento de Jesus, que nasceria de uma virgem, e como Jesus deveria chamar, e assim aconteceu. Veja os textos: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Miquéias 5:2.

“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” Isaías 7:14.

Existe cerca de 300 referências sobre a primeira vinda de Cristo no Velho Testamento e 8 vezes mais sobre a segunda vinda, ou seja, há mais de 2.400 referências sobre a segunda vinda em toda a Bíblia. As profecias bíblicas mostram que estamos muito próximos da volta de Jesus. Basta olharmos para as profecias de Jesus para constatarmos essa realidade. Ver Mateus 24.

A história e a arqueologia provam a primeira vinda de Cristo. Assim também devemos acreditar nas promessas da Sua segunda volta. Quer estejamos preparados, ou não; quer queiramos, ou não; e quer aceitemos, ou não, Jesus vai voltar e levar consigo os Seus filhos para morar com Ele.

Quando Jesus Se aproximava de Jerusalém, Ele foi aclamado como Rei. Aquela cerimônia de entrar montado em um jumentinho, e as pessoas gritando: “hosanas, hosanas, bendito o rei que vem em nome do Senhor!”, era uma cerimônia de coroação de um rei em Israel. Naquela época a nação de Israel era dominada pelo império romano, e os romanos escolhiam procuradores que governassem a nação e recebessem os impostos. Os judeus, em geral e também os discípulos, esperavam que Jesus estabelecesse o Seu reino terrestre e expulsasse os romanos.

Se Jesus conseguisse atravessar os portões de Jerusalém, Ele seria coroado Rei, e com certeza começaria ali uma grande revolução política, mas Jesus não veio fazer revolução política, Ele sabia o que estava fazendo; o Seu reino é o reino dos céus. O salmista declarou que Jesus é o Rei da gloria: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da glória. Quem é este rei da glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da glória. Quem é este Rei da glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da glória.” Sal 24:7-10. João na ilha de Patmos também declarou: “E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores”. Apoc. 19:16.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém apresenta um grande contraste: Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores possuiu um jumentinho por trono. Jesus, o Rei dos reis escolheu um burrinho para entrar em Jerusalém. Jesus nunca foi dirigido por critérios meramente humanas, mas por motivos divinos. Jesus revelou a  Sua humildade, isto aconteceu para que se cumprissem as palavras do profeta Zacarias em Zac. 9:9. O ser humano é vaidoso e soberbo e quer ser mais do que os outros, quer chamar a atenção e espera receber honras passageiras. Mas, Jesus usou um jumentinho para nos ensinar que na humildade está o verdadeiro Cristianismo e que “a humildade precede a honra.” Prov 18:12

SEGUNDA-FEIRA (30 de maio) JESUS NO TEMPLO – Ainda no domingo, Jesus realizou a primeira purificação do templo descrita por Mateus. João relata a purificação do templo logo no início do ministério de Jesus, enquanto os outros evangelistas relatam acontecendo na última semana, antes de Cristo morrer. Com isso entendemos que houve dois momentos que Cristo purificou os vendilhões do templo.

Este é o texto para o estudo de hoje: “E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; e disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões. E foram ter com ele no templo cegos e coxos, e curou-os. Vendo, então, os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se, e disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor? E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite.” Mateus 21:12-17

Quem eram os cambistas e vendilhões do templo? Eram pessoas autorizadas pelos anciãos e sacerdotes que se estabeleciam no templo para trocar moedas e vender animais para sacrifícios, especialmente na época da Pascoa, quando se reuniam em torno de 300 mil peregrinos. No tempo do ministério de Jesus, o imposto anual do templo era de duas dracmas, uma didracma. Ver Mat. 17:24.

Os cambistas trocavam o dinheiro padrão grego e romano por dinheiro hebraico. Uma vez que judeus de terras muito distantes vinham à Jerusalém para celebrar a Pascoa e pagavam este imposto nessa ocasião, eram necessários os serviços dos cambistas, para trocar moedas estrangeiras em dinheiro aceitável como pagamento do imposto do templo. E as taxas eram muito altas! As pessoas que vinham de longe compravam animais e outros itens relacionados com as cerimônias para serem oferecidos a Deus no templo. O preço que os sacerdotes colocavam para os animais era exorbitante, e, para além disso, eles vendiam os animais que erram desprezados anteriormente pelo próprio templo, por apresentar alguns defeitos. De acordo com a Míxena, Shekalim 1:3, uma coleção de ensinos e de tradições rabínicos, no dia 15 de adar, ou cerca de um mês antes da Páscoa, os cambistas montavam seus negócios nas províncias. Mas no dia 25 de adar, quando os judeus e prosélitos de muitas outras terras começavam a chegar a Jerusalém, os cambistas se estabeleciam na área do templo.  

A purificação do templo é também um convite para purificarmos o templo da nossa vida para que o Espírito Santo possa habitar e reinar soberano em nós. Quando nos aproximamos de Cristo desejosos de aprendermos dele, somos beneficiados com a Sua doce presença e Ele estando em nós eliminará os nossos pecados.

Veja estes textos inspirados: “Homem algum pode de si mesmo expulsar a turba má que tomou posse do coração. Unicamente Cristo pode purificar o templo da alma. Não forçará, porém, a entrada. Não vem ao templo do coração como ao de outrora; mas diz: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa”. Apocalipse 3:20. Ele virá, não somente por um dia; pois diz: “Neles habitarei, e entre eles andarei: [...] e eles serão o Meu povo”. 2 Coríntios 6:16. “Subjugará as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar”. Miquéias 7:19. Sua presença purificará e santificará a alma, de maneira que ela seja um santo templo para o Senhor, e uma “morada de Deus em Espírito”. Efésios 2:21, 22. D.T.N, 104.

“Quanto mais nos achegarmos a Jesus e mais claramente discernirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claramente discerniremos a extraordinária malignidade do pecado, e tanto menos teremos a tendência de nos exaltar. Aqueles a quem o Céu considera santos, são os últimos a alardear sua própria bondade. O apóstolo Pedro tornou-se um fiel servo de Cristo e foi grandemente honrado com luz e poder divinos; e tomou parte ativa na edificação da igreja de Cristo; entretanto, Pedro jamais se esqueceu da tremenda experiência de sua humilhação; seu pecado foi perdoado; contudo bem sabia que unicamente a graça de Cristo lhe podia valer naquela fraqueza de caráter que lhe ocasionou a queda. Em si mesmo nada achava de que se gloriar.” Parábola de Jesus, 80.

TERÇA-FEIRA (31 de maio) SEM FRUTO – Na segunda-feira, da última semana da vida de Cristo, Ele e os discípulos tornaram à Jerusalém e quando caminhavam encontraram uma figueira, e Cristo desejou Se alimentar dos seus frutos, mas só encontrou folhas, então disse: “Nunca mais coma alguém fruto de ti”. Eis o texto: “E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome; e, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente. E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira? Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim será feito; e, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis.” Mateus 21:18-22

Aquela não era estação de figos maduros, senão em certas localidades, Marcos disse: “Não era tempo de figos”. Marcos 11:13. Mas Jesus tinha esperança de encontrar alguns figos. O ato de Cristo em amaldiçoar a figueira, surpreendeu os discípulos. Este episódio está relacionado com a vida do povo judeu que não havia percebido a chegada do Messias, e quando Ele chegou, O rejeitaram. A maldição da figueira foi uma parábola viva. Aquela árvore estéril, ostentando sua pretensiosa folhagem ao próprio Cristo, era um símbolo da nação judaica. O Salvador desejava tornar claras aos Seus discípulos a causa e a certeza da condenação de Israel.

Nada mais irritava os judeus do que ouvirem de que os privilégios da nação de Israel, como povo de Deus, estavam para ser removidos. Deus iria, de forma efetiva, estender os benefícios do reino à pessoas de todas as tribos, povos e raças do mundo. Jesus na Sua humilhação, culminando com sua crucificação, é a Pedra na qual os incrédulos tropeçaram. Ele era tanto escândalo para os judeus como loucura para os gentios. Na sua exaltação, todavia, Ele era e é a Pedra que reduzirá a pó todos os Seus inimigos incluindo-se ai as lideranças religiosas daquele tempo e de agora.

Jesus foi morto fora de Jerusalém pois os lavradores arrastaram-no para fora da vinha. Ver Mat. 21:39. Em Hebreus 13:12 menciona que Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta. Jesus perguntou aos religiosos: “Quando, pois, vier o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?” Eles responderam: “Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos”. Os fariseus se auto sentenciaram.

Como o povo judeu rejeitou Cristo, Ele passou para nós o privilégio de O representar. Veja este texto: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” I Pedro 2:9,10.

A igreja de Cristo, mesmo ocupando uma posição bem mais privilegiada do que o Israel antigo, precisa cuidar para não perder a sua posição! Devemos cuidar para não perder a posição que Deus nos confiou: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.” Apoc. 2:5.

A advertência da figueira seca serve para todos os tempos. O ato de Cristo em amaldiçoar a árvore que Ele mesmo criou, fica como aviso para todos os crentes, Ninguém pode viver o evangelho sem obedecer os mandamentos de Cristo e sem servir o próximo. Mas há muitos que não vivem segundo a misericordiosa e abnegada vida de Cristo. Alguns que se julgam excelentes cristãos não compreendem o que significa o serviço para Deus. Seus planos e cogitações, tem a finalidade de agradar só a si e a sua família. Tem uma vida sem fruto para o reino de Deus! Deus é cheio de misericórdia e bondade, mas mesmo para a graça existe um limite.

Veja este texto inspirado: “Mas há muitos que não vivem segundo a misericordiosa, abnegada vida de Cristo. Alguns que se julgam excelentes cristãos não compreendem o que significa o serviço para Deus. Seus planos e cogitações têm por fim agradar a si mesmos. Agem sempre com referência a si próprios. O tempo só é de valor para eles quando podem ajuntar para si mesmos. Em todos os negócios da vida, é esse o seu objetivo. Trabalham não para os outros, mas para si mesmos. Deus os criou para viverem num mundo onde deve ser executado serviço altruísta. Era Seu desígnio que ajudassem a seus semelhantes por todos os modos possíveis. Mas é tão grande o eu que não podem ver nenhuma outra coisa. Não se põem em contato com a humanidade. Os que assim vivem para si, são como a figueira, toda presunção, mas sem frutos. Observam as formas de culto, mas sem arrependimento nem fé. Em profissão, honram a lei divina, mas faltam na obediência. Dizem, mas não fazem. Na sentença proferida contra a figueira, demonstra Cristo quão aborrecível é a Seus olhos essa vã pretensão. Diz Ele que o pecador declarado é menos culpado do que o que professa servir a Deus, mas não produz fruto para Sua glória.” Desejado de Todas as Nações, 409

QUARTA-FEIRA (1º de junho) A PEDRA – O estudo de hoje está baseado em Mateus 21:33-46. Eis o texto: “Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe. E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos. E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro. Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo. E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho. Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança. E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram. Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos. Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos. E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó. E os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas palavras, entenderam que falava deles; e, pretendendo prendê-lo, recearam o povo, porquanto o tinham por profeta.” Mateus 21:33-46

Quem eram; o dono da vinha, os lavradores maus, os servos e o filho? Nesta parábola, o pai de família ou o dono da vinha representava Deus, a vinha representava a nação judaica que tinha sido abençoada para produzir frutos para o reino de Deus, o valado representava a Lei de Deus que devia servir de proteção contra o pecado e corrupção das nações pagãs. Jesus usou o símbolo da torre para representar o templo. O dono da vinha fez tudo que era possível para prosperidade da mesma. Em Isaías encontramos uma referência ao cuidado de Deus para com o Seu povo e igreja. “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que lhe não tenha feito?” Isaías 5:4.

Os lavradores maus eram os líderes judeus que mataram os profetas que o Senhor Deus lhes havia enviado em busca de frutos, assim os judeus fizeram morrer os profetas que Deus mandou para os chamar ao arrependimento. Neste caso, os servos são representados pelos profetas. Os judeus já estavam planejando tirar a vida de Jesus, que tinha sido o último a cobrar os maus lavradores. Na retribuição dada aos ingratos lavradores, estava descrita a sorte dos que haviam de condenar Cristo à morte.

Jesus foi claro em dizer que a Pedra Principal, que era Ele, tinha sido rejeitada. Ellen White menciona: “Essa profecia repetiram os judeus muitas vezes nas sinagogas, aplicando-a ao Messias que havia de vir. Cristo era a pedra de esquina da dispensação judaica, e de todo o plano da salvação. Essa pedra fundamentais os edificadores judaicos, os sacerdotes e príncipes de Israel, estavam agora rejeitando. O Salvador chamou-lhes a atenção para as profecias que lhes mostrariam seu perigo. Buscou, por todos os meios possíveis, mostrar-lhes claramente a natureza do ato que estavam para praticar. E Suas palavras tinham outro desígnio. Ao fazer a pergunta: “Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?” Mateus 21:40 era intuito de Cristo que os fariseus respondessem como fizeram. Tinha em vista que eles mesmos se condenassem. Suas advertências, deixando de despertá-los para o arrependimento, selar-lhes-iam a condenação, e Ele queria que vissem que eles próprios haviam trazido sobre si a ruína. Intentava mostrar-lhes a justiça de Deus em retirar-lhes os privilégios nacionais, o que já começara e terminaria, não somente na destruição do templo e da cidade, mas na dispersão da nação.” Desejado de Todas as Nações, 418.

Incluído na parábola, conforme Mateus 21:42, Jesus citou a profecia de Salmo 118:22-23 que diz: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos.” Esta profecia é uma referência semelhante em Isaías 28:16, que se tornaram pontos importantes na pregação apostólica. Além de três dos relatos do evangelho incluírem o comentário de Jesus. Ver Mateus 21:42; Marcos 12:10 e Lucas 20:17, pregadores como Pedro e Paulo desenvolveram e aplicaram o mesmo tema. Nas construções antigas, a pedra angular era a pedra de esquina que servia para alinhar toda a construção. Os construtores de Israel julgavam Jesus uma pedra inadequada para o tipo de construção que eles queriam. Deus O julgou perfeito para edificar a igreja conforme a planta divina. Amém?

Pedro fez a aplicação direta quando repreendeu os líderes em Jerusalém: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.” Atos 4:11. Algumas décadas depois, Pedro usou o mesmo princípio para dar ênfase a importância da santidade dos cristãos Ver I Pedro 2:4-10. Pedro mencionou a rejeição da pedra angular pelos descrentes, mas fez seu apelo aos crentes. Para os servos do Senhor, a mesma pedra é “eleita e preciosa”.

Você é uma pedra viva? “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” I Pedro 2:4-5.

QUINTA-FEIRA (2 de junho) O CUSTO DA GRAÇA – A lição de hoje conta a parábola das bodas, que nos ensina que a salvação é pela graça. Ler em Mateus 22:1.15. Um homem rico decidiu celebrar as bodas do seu filho e enviou os convites através de seus servos. Naquele tempo era costume entregar os convites pessoalmente. O rei reafirmou o convite através de outros servos. Naquele tempo era costume relembrar os convidados no dia da festa. O rei supervisionou todos os preparativos das bodas. Depois ele fez o convite final: “vinde às bodas” Mas, os convidados não deram atenção. Em primeiro lugar não quiseram ir. Depois, no dia das bodas, em vez de atender ao convite preferiram ir cuidar dos seus próprios negócios com alguns, tendo ainda a ousadia de espancar a até matar alguns dos servos.

Qual foi a reação do rei? A reação do rei envolve dois aspectos: O rei mandou então matar aqueles criminosos e incendiar a cidade deles. E ordenou que seus servos ajuntassem todas as pessoas que eles encontrassem e as levassem para as bodas. Os servos obedeceram e agora foram bem sucedidos. Todo tipo de pessoa se ajuntou, então, para celebrar as bodas e a sala ficou cheia.

O rei notou a presença de um indivíduo que não estava vestido de forma adequada e o rei ordenou então que o estranho fosse lançado fora da festa. Deus nos convida e deseja que atendamos ao Seu convite para o arrependimento. Deus deseja que recebamos o perdão gracioso que Ele tem para nos oferecer. Esse é o significado das roupas nupciais. Somos todos salvos exclusivamente pela graça de Deus. A tentativa humana de ajudar Deus no processo de salvação é semelhante à tentativa do homem que estava presente nas bodas sem estar bem vestido. Foi posto para fora!

Qual é a nossa situação? “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.” Isaías 64:6. E mais; temos que prestar muita atenção às palavras de Jesus quando disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao pai senão por mim.” João 14:6. Aqueles que se aproximam de Deus, respeitando as regras estabelecidas por Deus, podem dizer como o profeta Isaías: “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça.” Isaías 61:10. Amém?

A salvação, assim como o arrependimento, são dons que o ser humano recebe de Deus. Se é um presente ninguém pode recusar. Presentes se aceitam. O homem não tem mérito nenhum na sua salvação. Ela vem inteiramente de Deus. Até o arrependimento e a confissão vem de Deus. Veja estes textos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16.

“Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” Romanos 2:4

“E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apocalipse 19:8

Se juntássemos tudo que é bom e santo, nobre e belo no homem, e apresentássemos o resultado aos anjos de Deus, como se desempenhasse uma parte na salvação da alma humana ou na obtenção de mérito, a proposta seria rejeitada como traição. Encontrando-se na presença de seu Criador e contemplando a glória insuperável que envolve Sua Pessoa, eles consideram o Cordeiro de Deus dado desde a fundação do mundo a uma vida de humilhação, a ser rejeitado por homens pecaminosos, e a ser desprezado e crucificado. Quem pode avaliar a imensidão desse sacrifício!” Fé e Obras, 24.

"Sabemos que Cristo virá em breve e devemos estar preparados para O receber e devemos estar sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante e para isso; e devemos deixar o poder de Deus nos converter e atuar em nosso coração. Temos de estudar a vida de Cristo e imitar o Seu carácter. Somos convidados a demorar o pensamento na perfeição do amor de Deus, e ser transformados em Sua imagem. “Não entrará no reino de Deus ninguém cuja vontade não tenha sido levada em cativeiro à vontade de Cristo.” Nos Lugares Celestiais, 292

SEXTA-FEIRA (3 de junho) LEITURA E ADICIONAL DA LIÇÃO 10 (2º trimestre de 2016) JESUS EM JERUSALÉMPor que caminhos temos andado? Se temos trilhado caminhos distantes de Deus, temos um desafio; que é voltar à Pedra angular verdadeira. “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” I Coríntios 3:10. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” Salmo 127:1. Voltar a Jesus significa mais do que a aceitação dele como Salvador. Significa o compromisso em obedecê-Lo como Senhor, aquele que tem toda autoridade, ver Mateus 28:18-19; Colossenses 3:17; I Pedro 4:11 e  II João 9. É essencial respeitar a Pedra angular para construir conforme a planta original dada por Deus.

Como a salvação é de graça, devemos procurar alcançá-la. No Novo Testamento, a salvação é sinônimo do perdão dos pecados, e o seguinte texto nos assegura que nossos pecados são perdoados quando nos aproximamos de Cristo em contrição: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." I João 1:9. Todo cristão deveria ter certeza do perdão e consequentemente da salvação, os quais são ofertas da graça. A consciência do perdão torna-nos dedicados. Leva-nos a amar Jesus mais e a viver em serviço dedicado a Ele. O amor torna-se um poderoso incentivo à vida consagrada e, ao mesmo tempo; é o único e autêntico obstáculo ao pecado.

Quem é a pedra angular? Vivemos em uma sociedade em que as conveniências humanas são mais valorizadas do que a verdade, onde o espírito ecumênico se tornou mais importante do que o Senhor Jesus, esquecendo totalmente o sentido da nossa santificação. Alguns grupos têm focado suas obras sociais de maneira que enfatizam o segundo mandamento acima do primeiro, ver Mateus 22:36-40. Muitas igrejas desviam sua atenção de sua missão espiritual e concentram seus recursos e suas obras em atividades sociais. Diante de igrejas que negam a divindade de Cristo e que colocam outros livros acima da Bíblia Sagrada encontramos os Mórmos que dizem que o livro de Mórmon é a pedra de esquina: “é o mais correto que existe sobre a face da Terra e a pedra angular de nossa religião e [que] um homem pode se aproximar mais de Deus observando os seus preceitos do que pelos de qualquer outro livro.” History of the Church, 4:461. Encontramos também os católicos que dizem que Pedro é  pedra descrita em Mateus. E Jesus onde fica?

“Por mais de um milênio abusara a nação judaica da misericórdia de Deus e atraíra Seus juízos. Rejeitaram-Lhe as advertências e mataram-Lhe os profetas. Por esses pecados tornou-se responsável o povo do tempo de Cristo, seguindo o mesmo caminho. Na rejeição de suas presentes misericórdias e advertências, residia a culpa daquela geração. Com as cadeias que a nação estivera por séculos a forjar, o povo do tempo de Cristo prendera a si mesmo. Em todos os séculos se concede aos homens seu período de luz e privilégios, um tempo de prova, em que se podem reconciliar com Deus. Há, porém, um limite a essa graça. A misericórdia pode interceder por anos e ser negligenciada e rejeitada; vem, porém, o tempo em que essa misericórdia faz sua última súplica. O coração torna-se tão endurecido que cessa de atender ao Espírito Santo de Deus. Então a suave, atraente voz não mais suplica ao pecador, e cessam as reprovações e advertências. Chegara aquele dia para Jerusalém. Jesus chorou em agonia sobre a condenada cidade, mas não a podia livrar. Esgotaria todos os recursos. Rejeitando o Espírito de Deus, Israel rejeitara o único meio de auxílio. Nenhum outro poder havia pelo qual pudesse ser libertado. A nação judaica era um símbolo do povo de todos os séculos, que desdenha os rogos do Infinito Amor. As lágrimas de Cristo, ao chorar sobre Jerusalém, foram derramadas pelos pecados de todos os tempos. Nos juízos proferidos contra Israel, os que rejeitam as reprovações e advertências do Santo Espírito de Deus podem ler sua própria condenação.” Desejado de Todas as Nações, 409 e 410

Luís Carlos Fonseca


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