quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Esboço de Sermão – “Salvação Agora”

Esboço de Sermão – “Salvação Agora”
Texto Base: João 5:24

INTRODUÇÃO

1. Certo pastor realizou a Semana de Oração em uma grande igreja. Ao visitar os membros ficou surpreso com a insegurança deles quanto à salvação. Ele ouviu declarações como: “Espero ser salvo”, “desejo ser salvo”, “estou me esforçando para ser salvo”.

2. Embora aqueles membros fossem sinceros na fé, um sentimento de dúvida os pertubava: “Como podemos ter certeza da salvação?”

I – A CAUSA DA INCERTEZA

1. É verdade que, biblicamente, não podemos aceitar a doutrina de algumas denominações que pregam “uma vez salvo, salvo para sempre”. Porém, precisamos cada dia ter a certeza da nossa salvação.

2. A insegurança pode ter como causa um sentimento de culpa, transgressões não confessadas e pecados acariciados que destroem a paz interior e produzem incerteza.

3. A incerteza pode resultar da incompreensão da diferença entre tentação e pecado. Tendências pecaminosas levam alguns a repetir, em angústia, as palavras de Paulo: “Miserável homem que eu sou!” (Rm 7:14).

4. Outra razão que produz a incerteza da salvação é a incapacidade de compreender o caráter de Deus e Seu plano redentor. Muitos O imaginam como um fiscal severo, sempre pronto para encontrar falhas e nos desqualificar para a vida eterna.

II – PODEMOS TER CERTEZA?

1. O apóstolo Paulo desdobrou o tema da salvação em três tempos: a salvação como um evento passado (fomos salvos), uma experiência presente (estamos sendo salvos) e uma esperança futura (seremos salvos).

a) Esses três aspectos da salvação estão sintetizados em Romanos 5:1 e 2: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.”

2. Ou seja, a salvação deve ser compreendida como um processo contínuo.

a) Por meio da justificação o pecador arrependido foi perdoado e salvo da
culpa do pecado (passado).

b) Agora ele desfruta o gozo da experiência cristã, libertando-o do poder do pecado (presente).

c) E por ocasião da segunda vinda de Cristo, ele será libertado da presença do pecado (futuro).

3. “Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei [...]” (1Co 15:1, 2, itálico acrescentado).

a) Sim. Podemos ter a certeza de nossa salvação, se perseverarmos em seu caminho até o fim.

III – A SALVAÇÃO COMO PROCESSO

1. Salvação como evento passado é o que chamamos de justificação. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).

a) A salvação como um evento transcorrido se fundamenta na obra que Cristo consumou na cruz. O cristão contempla o passado quando, pela fé, aceitou o sacrifício vicário de Jesus.

b) Havendo alcançado o perdão, a salvação passa a ser uma experiência presente.

c) Usando a alegoria de John Bunyan, em seu conhecido livro O Peregrino, a justificação é a porta que permite o acesso ao caminho que nos conduz à vida eterna.

2. Este caminho na terminologia bíblica é conhecido como santificação. O cristão, fortalecido pelo poder divino, caminha por essa estrada ascendente – o caminho da experiência cristã.

a) Nesta jornada, a graça santificadora de Deus opera no coração dos que estão sendo salvos pelo evangelho (1Co 15:2), produzindo os frutos do Espírito.

b) A santificação é a obra de uma vida toda. “[...] libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Rm 6:22, itálico acrescentado).

3. Finalmente, como esperança futura, seremos libertados da presença do pecado e revestidos da glória de Deus em seu resplendor: a glorificação (1Co 15:51-54).

IV – SEGURANÇA DA SALVAÇÃO

1. Durante a segunda prisão do apóstolo Paulo, Nero, o déspota romano, descarregava toda a ira de seu satânico coração contra a igreja cristã.

a) Milhares de cristãos eram levados constantemente às arenas dos anfiteatros de Roma, onde eram devorados por feras famintas, diante da multidão delirante de espectadores.

2. Paulo se encontrava na prisão Mamertina, manietado com pesadas cadeias.

a) Era um homem idoso, debilitado pelos sofrimentos e árduos trabalhos de uma vida atribulada, porém comprometida com a pregação do evangelho.

b) Sabia que se aproximava o dia do seu martírio.

c) Ali ele escreveu a segunda epístola a Timóteo. Esta carta é chamada, com razão, o testamento de Paulo. Naquela escura e fria prisão, ele tomou a pena pela última vez, e escreveu: “[...] porque sei em quem tenho crido e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2Tm 1:12).

CONCLUSÃO

1. Deus havia aperfeiçoado Sua obra salvadora na vida de Paulo. O idoso apóstolo estava encerrando sua carreira confiante na salvação em Cristo Jesus: “Já agora a coroa da justiça me está guardada [...]” (2Tm 4:8).

2. Tenhamos cada dia a certeza da nossa salvação!

Autor: Enoque de Oliveira foi vice-presidente da Associação Geral – Revista do Ancião: janeiro –março 2016


Luís Carlos Fonseca

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