Reuniões de oração na igreja, não é uma opção, mas sim uma necessidade
Nestes dias muito se tem falado sobre reavivamento e
reforma, e a igreja Adventista do 7º Dia tem tomado consciência deste
importantíssimo tema, e algumas ações espirituais tem sido realizadas neste
sentido.
Mas, tenho notado que alguns membros da igreja respondem apenas à estes picos
espirituais, sem darem continuidade a uma vida de oração, em conjunto, no corpo
da igreja. E nas reuniões de oração aparecem sempre os mesmos irmãos. Alguns irmãos nunca são vistos nas reuniões de oração.
Alguns
trabalham na hora do culto, outros estudam fora da cidade, e não podem assistir a estas reuniões.
Mas o que dizer dos outros, que também não aparecem nos
cultos de oração? Por que será que aqueles que trabalham e estudam fora, também
não aparecem nas reuniões de reavivamento no período das suas férias ou folga? O que
fazem estes na hora que seus irmãos estão reunidos na igreja, em oração?
Em Mateus 18:18 lemos: "Em verdade vos digo que tudo o
que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra
será desligado no céu." Mateus 18:18. E o verso 17 menciona claramente que
a igreja recebe de Deus autoridade para muitas coisas, inclusive para ser canal
de bênçãos aos seus fiéis.
O texto abaixo mostra claramente que Deus concede
uma bênção especial aos que estão unidos: “Oh! quão bom e quão suave é que os
irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce
sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o
orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a
vida para sempre.” Salmo 133:1-3.
Os grifos acima refletem a necessidade de estarmos unidos na
igreja como irmãos. Quando estamos na igreja, recebemos uma bênção "especial" que já foi ordenada por Deus. As reuniões de sábado são importantes, pois o sábado
pertence a Deus e não a nós. Mas como filhos de Deus, necessitamos também de
participar das reuniões de oração promovidas pela igreja, como; os cultos de
oração, vigílias, semanas de reavivamento e outros momentos de consagração.
A necessidade que a igreja tem de receber o Espírito Santo expressa a
intensidade de poder de Deus liberada. O poder de Deus é recebido pela igreja quando
a igreja entra em acordo com a Sua vontade. Satanás sabe que, se o trabalho
espiritual não for edificado sobre o fundamento da oração, este não terá valor
e o resultado final será um fracasso.
Depois que você toma a decisão ou faz
planos para ter uma vida de oração mais rica, Satanás começa uma nova
estratégia; ele fará que você fique mais ocupado e amontoará trabalhos e
necessidades sobre você para que não tenha tempo e nem vontade de ir à igreja para orar. Portanto, sua
estratégia é fazer com que fique ocupado com outras coisas e negligencie a oração conjunta.
“Os que estão realmente buscando a comunhão com Deus, serão
vistos nas reuniões de oração, fiéis ao dever.” Caminho à Cristo, 98
“A promessa é feita com a condição de que sejam oferecidas
pela igreja orações unidas, e em resposta a estas orações, poder-se-á esperar
um poder maior do que aquele que vem em resposta à oração privada. O poder dado
será proporcional à unidade dos membros e do seu amor por Deus e uns pelos
outros.” Carta 32, 1903, aos irmãos
Farnsworth, a 28 de Janeiro de 1903.
"Os irmãos devem colocar-se ao lado uns dos outros,
unindo as suas orações junto ao trono da graça, para que consigam mover o braço
do Onipotente. O céu e a terra estarão então intimamente ligados na obra, e
haverá alegria e júbilo na presença dos anjos de Deus." Fundamentos da
Educação Cristã, 210.
Jesus mencionou que podemos nos reunir tendo apenas dois ou
três irmãos: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no
meio deles.” Mateus 18:20. A medida que vamos mantendo a reunião de oração
ativa, o número de membros e visitas vai aumentando. Ao nos reunirmos nessas
ocasiões para orar, temos que cuidar para não impedirmos a ação divina nas
respostas às nossas orações.
Qualquer mágoa ou ressentimento contra alguém,
relutância em perdoar, intolerância, orgulho, presunção, egoísmo, pecados
encobertos não confessados, preconceitos, desonestidade no dia-a-dia para com
as pessoas e para com Deus, desentendimentos familiares não solucionados; todas
essas coisas são alguns dos motivos que impedem nossas orações de chegar ao
trono da graça divina porque, “nossas iniquidades fazem separação entre nós e o
vosso Deus.” Isaias 59:2
É necessário haver harmonia entre os adoradores nessas
ocasiões. Tomemos como exemplo a maneira de orar dos cristãos primitivos. Eles
não oravam timidamente e duvidando, mas o faziam com a inabalável certeza de
que Deus podia manifestar Seu grande poder nesses momentos de fervorosa
comunhão.
Nestas reuniões devemos ter a coragem de pedir até milagres.
Porque ao orarmos à semelhança dos primeiros cristãos, poderemos até
experimentar o que eles experimentaram. Pois, “tendo eles orado, tremeu o lugar
onde estavam reunidos” Atos 4:31
Não nos esqueçamos de que o Espírito Santo foi dado quando os crentes estavam reunidos em oração.
Portanto, a união dos crentes nessas ocasiões não deve ser apenas mais uma
opção ocasional. Deve ser sim, uma condição, uma necessidade constante.
Veja estes textos:
“Todos estes perseveravam unânimes em oração” Atos 1:14. “Os que forem
trasladados no fim do tempo serão os que comungam com Deus na Terra” Ellen G.
White, Filhos e Filhas de Deus, 20. Portanto, em nossa vida de comunhão, vamos
dar um lugar de honra aos cultos de oração.
Desejo que a sua vida de oração seja reavivada para que você
receba o verdadeiro reavivamento e reforma.
Luís Carlos Fonseca.
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