domingo, 4 de dezembro de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 14 (4º trimestre de 2016) ALGUMAS LIÇÕES DE JÓ

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 14 (4º trimestre de 2016) ALGUMAS LIÇÕES DE JÓ

VERSO ÁUREO: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” Tiago 5:11

INTRODUÇÃO (sábado 24 de dezembro) – Chegamos ao final de mais um trimestre e vimos muitas coisas sobre o sofrimento humano relatado no livro de Jó. Mas, ainda não entendemos todas as coisas sobre o sofrimento. Assim como a ciência tem coisas misteriosas que não entendemos, Deus é infinito e os salvos passarão toda a eternidade aprendendo sobre a Sua sabedoria. 

É bom entendermos que a maior parte do livro de Jó foi escrita em forma de poesia. E na forma poética de se expressar ocorre muita repetição. É por isso que durante este trimestre repetimos o mesmo assunto algumas vezes. A poesia tem sido descrita como a linguagem do coração, e o livro de Jó evidencia um personagem que está em grande angústia, tanto pelo sofrimento real como pela ignorância da razão do seu sofrimento. É importante que tenhamos algum conhecimento da poesia e literatura hebraica para melhor entendermos o tema.

O livro de Jó enaltece o caráter e a perfeição do Senhor, Aquele que é digno de ser adorado e louvado. A acusação de Satanás de que Jó servia Deus apenas por interesse e bênçãos que recebia é uma acusação contra o próprio Deus. O diabo estava afirmando que não há outra razão para um homem servir a Deus se não pelas bênçãos físicas, e assim Deus precisa subornar o homem com bênçãos materiais para receber adoração dele. A retidão de caráter de Jó, em face de tantos sofrimentos, desmonta os argumentos de Satanás.

O livro de Jó mostra muitas outras doutrinas e assuntos bíblicos além do tema do sofrimento da humanidade. Aborda a fé e a esperança da vida eterna que deve caracterizar os seres humanos, aponta para a vinda do Messias, menciona a condição do homem na morte, que é de inconsciência, fala da ressurreição que terá lugar para libertar eternamente os filhos de Deus de todo o sofrimento. O livro menciona sobre a paciência em face dos sofrimentos e dificuldades, menciona também que os amigos são falhos, etc…

Embora não entendemos tudo o que acontece conosco, devemos aceitar os planos de Deus para nós. O salmista menciona: “O caminho de Deus é perfeito.” Salmo 18:30. Se os caminhos de Deus são perfeitos, então podemos confiar que tudo o que Ele faz e tudo o que Ele permite também é perfeito. Isso pode nos parecer impossível, mas Deus não pensa e nem age como nós. Deus disse: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” Isaías 55:8-9. A nossa responsabilidade para com Deus é obedecer e confiar nele, submetendo-nos à Sua vontade, quer entendamos ou não, foi isso que Jó fez e teve um final feliz.

A oposição aberta e descarada do diabo contra Deus é outro tema que devemos ficar atentos. O propósito de Satanás fica bem claro nos primeiros dois capítulos de Jó. Ele vê o sofrimento como uma grande oportunidade para derrubar a fé dos servos de Deus. O diabo entende sobre a natureza humana. Ele sabe que pessoas que servem a Deus fielmente, quando tudo vai bem, podem ser tentadas por meio de alguma calamidade pessoal. Já vimos que o patriarca Jó não sabia a fonte de seu sofrimento, que estava relacionado com o grande conflito entre o bem e o mal. Às vezes, nós não temos noção da fonte das nossas dificuldades. Mas, podemos ter certeza que o diabo está torcendo para que tropecemos e nos afastemos de Deus, sabemos que  Deus está com os braços estendidos para nos ajudar, pois: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” I Coríntios 10:13.

“A Palavra de Deus, assim como o caráter do seu divino Autor, apresenta mistérios que jamais poderão ser plenamente compreendidos por seres finitos. A entrada do pecado no mundo, a encarnação de Cristo, a regeneração, a ressurreição e muitos outros assuntos apresentados na Bíblia são mistérios por demais profundos para a mente humana explicar. Não temos, porém, razões para duvidar da Palavra de Deus, pois não entendemos os mistérios de Sua providência. No mundo natural, somos constantemente cercados de mistérios que não conseguimos desvendar. Mesmo as formas mais simples de vida apresentam um problema que o mais sábio dos filósofos é incapaz de explicar. Por toda parte há maravilhas que estão além da nossa compreensão. Deveríamos, então, nos surpreender ao vermos que no mundo espiritual também existem mistérios que não podemos desvendar? A dificuldade está na debilidade e na pequenez da mente humana. Deus nos deu, nas Escrituras, provas suficientes do seu caráter divino, e não devemos duvidar da Sua Palavra pelo fato de não podermos compreender todos os mistérios de Sua providência.” Caminho a Cristo, 67.

DOMINGO (25 de dezembro) POR FÉ E NÃO POR VISTA - Feliz Natal! A lição de hoje reporta-nos para a necessidade que o crente tem de viver pela fé e não pelo que vemos. Eis os textos para nosso estudo: “Porque andamos por fé, e não por vista.” II Coríntios 5:7.

“Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” II Coríntios 4:18.

“Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. ” Romanos 1:17

“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” Filipenses 3:20,21

“Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam.” I Coríntios 2:9

Não podemos ver a energia elétrica, nem o átomo e nem as ondas hertzianas do rádio, mas tudo isso existe e exerce poder sobre nós, não é verdade? Assim também não podemos ver, com os olhos físicos, nem Deus, nem a Nova Jerusalém, nem o Novo Céu e a Nova Terra, mas eles existem e podemos enxergar a eternidade pela fé. Contrários da ciência que necessita prova tudo para que algo seja verdadeiro, os crentes podem experimentar a felicidade por antecipação. Não é?

Muitas pessoas não conseguem enxergar com os olhos da fé. Existem muitas coisas boas diante de nós que estão fugindo porque não sabemos ver as coisas como elas deveriam ser vistas. Mas, quando Deus toca os nossos olhos espirituais eles se se abrirão! Amém? Imagine se você por algum motivo ficasse cego! No mundo espiritual, acontece isso com todos os que desprezam Deus; ficam cegos e necessitam receber a cura de Deus. O cego para com Deus é aquele que dá prioridade apenas para as suas coisas e para Deus ele já não tem tempo.

Devemos cuidar com as vaidades desta vida para que elas não nos tirem a visão celestial. Assim como nossos olhos físicos precisam ser cuidados para que a nossa visão seja sempre boa e apurada, o mesmo acontece com nossa visão interior espiritual, se não cuidarmos dela, ficaremos cegos aos poucos. Tantas coisas podem acontecer em nossa vida que vão tirando nossa visão interior, aquela que um dia tivemos. Ficamos cegos quando nos iludimos com as coisas deste mundo e mudamos o nosso referencial de valores, deixamos de praticar as coisas espirituais e passamos a dar prioridade ao que é material. Quando o Senhor Jesus tocar em nossos olhos espirituais eles se abrirão! Amém?

A essência central do livro de Jó é a fé; o bom e paciente Jó foi submetido a uma bateria de humilhações tanto materiais; físicas e espirituais como prova de sua fé em Deus. Jó foi um homem bom e temente a Deus que Deus o havia recompensado com saúde, riquezas, bons filhos e uma vida maravilhosa. Mas a vida de Jó deu uma reviravolta completa e ele precisou viver apenas pela fé em Deus. Assim também pode acontecer com cada um de nós. todos estamos sujeitos ao sofrimento e desilusões, e nestes momentos devemos exercer mais fé em Deus do que nos momentos bons. 

“Os que confiam em sua própria justiça, ao invés de confiar na justiça de Cristo, perderão o prêmio; eles serão pesados nas balanças do santuário, e achados em falta. Todo aquele que procura a preciosa dádiva da vida eterna deve desconfiar de sua própria força e, com muita oração, lançar seu coração desvalido sobre Cristo. Há muito pouco estudo da Palavra de Deus para clara orientação no caminho da vida. A maioria dos que professam crer em Cristo tem apenas idéias superficiais do que constitui o caráter cristão. ... Não vos enganeis a vós mesmos com a idéia de que vossa própria justiça inerente vos porá em harmonia com Deus. Não deixeis de considerar-vos como um pecador à vista de Deus. Não deixeis de olhar para Jesus erguido na cruz; e, ao olhardes, crede, e vivei; pois pela fé no sacrifício expiatório podeis ser justificados pela redenção que há em Cristo Jesus. Crede que estais perdoados, que estais justificados, não em transgressão e desobediência, mas em submissão à vontade de Deus. Se pela fé vos apegais à justiça de Cristo, então não vos descuideis de vossos pensamentos, de vossas palavras, de vossas obras. Estudai muito, e orai para que, assim como Cristo vos mostrou o caminho, Ele, por Sua graça, vos conserve no caminho. Pois somos “guardados pelo poder de Deus, mediante a fé” (1 Pedro 1:5); e mesmo a fé não vem de nós mesmos, mas também é dom de Deus.” Ellen Whitte - Exaltai-O, 271

SEGUNDA-FEIRA (26 de dezembro) UM SER MALÉVOLO – No caso do livro de Jó entendemos que o responsável para o mal foi o Satanás. Mas entendemos que nem todo o mal é gerado pelo inimigo. As más escolhas que as pessoas fazem também promovem o mal e o sofrimento. Deus não foi o causador do sofrimento de Jó, foi Satanás, com o objetivo de que o patriarca Jó visse a Deus, como um tirano e dele se afastasse.

A guerra entre o bem e o mal teve uma repercussão universal. Veja este texto inspirado: “Lúcifer semeou dúvidas entre os seres celestiais. Lúcifer no céu antes da semana da criação começou a insinuar dúvidas com respeito às leis que governavam os seres celestiais, dando a entender que, conquanto pudessem as leis ser necessárias para os habitantes dos mundos, não necessitavam de tais restrições os anjos, mais elevados por natureza." Patriarcas e Profetas, 37.

Depois que ele caiu para a terra começou a provocar dor, sofrimento e morte. O conflito na terra não está limitado apenas nas guerras, calamidades, divórcios, doenças, intrigas, doenças e morte, mas também em formas modernas do diabo enganar as pessoas. Diante das calamidades, perdas e vicissitudes de vida precisamos continuar confiando em Deus. Deus sempre nos ajuda.

Hoje Satanás tem se vestido de agentes do bem para enganar os filhos de Deus. Desde a fundação da Igreja Cristã, os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se “vestidos como ovelhas, mas, interiormente são lobos devoradores.” Mateus 7:15. A Bíblia classifica os tais como “falsos apóstolos” e “obreiros fraudulentos”, Paulo identifica-os como agentes de Satanás que se transfiguram “em ministros da justiça.” II Cor 11:13-15. Devemos, por isso, acautelar-nos deles.

No caso de Jó, vemos que Satanás foi o responsável direto pelo seu sofrimento. Tendo em conta o panorama que o livro de Jó e toda a bíblia nos oferece, não é difícil descobrirmos que o diabo é o maior responsável pelas coisas más que acontecem. O povo de Deus vive em constante batalha espiritual. O inimigo sempre trabalhou para desviar os crentes da palavra de Deus, induzindo-os a crenças falsas e práticas que desonram ao Criador. Por isso, devemos estar atentos quando um movimento religioso apresenta-se com persuasão e argumentos aparentemente convincentes.

O conflito envolve também uma guerra aberta contra a lei de Deus e as doutrinas da Bíblia Sagrada. Por exemplo; a igreja Romana declara que seu líder tem poder de Deus para perdoar os pecados e que é o representante de Deus na terra. O papa Leão XIII disse: “Temos nesta terra o lugar do Deus Todo-Poderoso.” The Great Encyclical Letters of Leo, XIII, pág. 304 ´As Grandes Cartas Encíclicas de Leão XIII´.. “O padre ora meramente para que os seus pecados sejam perdoados? Não, atuando como instrumento de Deus e ministro ordenado, ele perdoa verdadeiramente os pecados.” Reverendo William J.Cogan, Catecismo para Adultos, Chicago, IL: Adult Catechetical Teaching Aids Foundation, 1975, 78. Percebeu?

Sem contar outros erros como; a mudança do sábado para o domingo, como dia de guarda, e a compreensão equivocada do estado do homem na morte, que outras igrejas cristãs, suas filhas seguem os seus ensinos equivocados e distorcidos. Ver Apoc. 18. Isto já estava profetizado: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.” Daniel 7:25.

Um outro aspecto a considerar sobre o tema do conflito é que estamos numa guerra espiritual, e nunca podemos esquecer disso: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.” I Pedro 5:8. Se você sofre oposição, conflito ou até perseguição por causa do reino de Deus, você está em boa companhia com outros servos de Deus e o próprio Senhor. Peça a Jesus forças, pois ninguém entende melhor deste assunto do que Jesus. Se você conhece pessoas que estejam sofrendo por causa do reino de Deus, interceda com orações por elas, e encoraje-as à permanecerem fiéis.

TERÇA-FEIRA (27 de dezembro) COM AMIGOS COMO ESTES – Todos já ouvimos ou falamos: "amigos como este quero distância". A lição de hoje faz uma comparação entre os amigos de Jó que o acusaram e a mulher pecadora, apanhada em flagrante adultério, e os seus acusadores.

Em relação aos amigos de Jó, eles estavam errados em apontarem pecados ao amigo, pois Deus mesmo o tinha declarado justo e reto. E mesmo que Jó tivesse pecados para serem confessados, os amigos foram inconvenientes em falarem no luto de Jó. Os quatro amigos de Jó até falaram algumas verdades sobre o sofrimento humano, mas falaram na hora e no lugar errado. O livro de Jó ensina-nos que devemos oferecer aos outros aquilo que gostaríamos de receber, caso estivéssemos no seu lugar. Os amigos de Jó quando viam um cego de nascença, buscavam entender, como os discípulos de Jesus, onde estava a causa, quando ela nem sempre existe nos pecados de um ou outro. Devemos ajudar os outros na sua dor e não aumentar o seu sofrimento!

A lição de hoje traz o texto dos acusadores da mulher pecadora. Eis o texto: “E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” João 8:3-11.

Qual é a diferença entre os acusadores de Jó e os desta mulher? A grande diferença é que, neste caso a mulher era culpada e no caso de Jó ele não tinha culpa. Nos dois casos a grande lição que aprendo é que não estamos neste mundo para acusarmos as pessoas, mas sim para as ajudar. Jesus esnina-nos a lição do perdão e da ajuda ao próximo. O texto menciona que a Jesus, quando ensinava no templo, foi-lhe apresentada uma mulher que havia sido apanhada cometendo adultério. 

Lembraram a Jesus que a lei dizia que tal mulher deveria ser apedrejada e morta e então perguntam o que Ele pensava sobre aquilo. Ele não respondeu e começou a escrever com o dedo no ladrilho do pátio. Voltaram a questionar Jesus e Ele disse: “quem não tem pecado atire a primeira pedra”. Todos foram embora e Jesus disse à mulher: "eu também não te condeno. Vai e não peques mais". A mensagem de Deus é bem objectiva e simples: Deus perdoa quando nos arrependemos e Deus não nos acusa diante do pecado. Deus acolhe o pecador de braços abertos, convidando-o à conversão e diz: “Vai e não peques mais”.

“Em Seu ato de perdoar a essa mulher e animá-la a viver vida melhor, resplandece na beleza da perfeita Justiça o caráter de Jesus. Conquanto não use de paliativos com o pecado, nem diminua o sentimento da culpa, procura não condenar, mas salvar. O mundo não tinha senão desprezo e zombaria para essa transviada mulher; mas Jesus profere palavras de conforto e esperança. O Inocente Se compadece da fraqueza da pecadora, e estende-lhe a mão pronta a ajudar. Ao passo que os fariseus hipócritas denunciam, Jesus lhe recomenda: “Vai-te, e não peques mais”. João 8:11. Não é seguidor de Cristo aquele que, desviando os olhos, se afasta do transviado, deixando-o sem advertência prosseguir em sua degradante carreira. Os que são mais prontos a acusar a outros, e zelosos em os levar à justiça, são freqüentemente em sua própria vida mais culpados que eles. Os homens aborrecem o pecador, ao passo que amam o pecado. Cristo aborrece o pecado, mas ama o pecador. Será esse o espírito de todos quantos O seguem. O amor cristão é tardio em censurar, pronto a perceber o arrependimento, pronto a perdoar, a animar, a pôr o transviado na vereda da santidade e a nela firmar-lhe os pés.” O Desejado de Todas as Nações” 325.

QUARTA-FEIRA (28 de dezembro) MAIS DO QUE ESPINHOS E CARDOS – A vida não é fácil para ninguém. Mesmo as pessoas mais ricas e saudáveis são acometidas por problemas e até tragédias, que levam ao desanimo. Depois da queda a terra foi amaldiçoada. Eis o texto: “Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.” Gênesis 3:14-19.

Como vimos, Deus não é o autor do sofrimento, Ele jamais desejou que houvesse tristeza, lágrimas e morte. Jesus explicou isto em Mateus 13:24-30 onde compara nosso mundo a um campo onde um homem semeou a boa semente. Naquela noite um inimigo semeou ervas daninhas. Mais tarde, quando as plantas cresceram notou-se a presença das ervas más. Os servos do proprietário indagaram sobre a qualidade das sementes, mas o homem, seguro de si, esclareceu: "Um inimigo fez isto".

Sabemos que a terra era perfeita ao sair das mãos de Deus. Mas alguém tentou destruir, as belas obras de Deus, semeando ervas daninhas, e obteve êxito no que fez. Então surgem algumas perguntas: Quem é este inimigo? De onde ele veio? Por quê ele tem inimizade para com Deus? Por quê Deus não o eliminou? O inimigo tem investido contra todos, através da sua maldade, mas seus ataques, para estes últimos dias do final da história, serão terríveis contra os filhos de Deus: "Irou-se o dragão contra a mulher, e foi pelejar com os restantes de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus". Apocalipse 12:17.

Mas, temos a garantia de Deus que, dentro de pouco tempo, Deus colocará fim a esta rebelião do inimigo. Chegará o tempo em que: "Satanás será reduzido a cinzas e não mais existirá". Ezequiel 28:18-19. Em Apocalipse 20:10 lemos que o diabo será destruído pelo fogo do último dia. Temos também estas outras promessas de que o mal não voltará a contaminar o governo de Deus: "A angústia não se levantará outra vez". Naum 1:9.

“E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.” Apocalipse 22:3. Veja também outros textos que falam da nossa esperança; Hebreus 11:10 e Apoc 21:2

“Podemos esperar sofrimentos; pois os co-participantes nos Seus sofrimentos é que serão co-participantes em Sua glória. Ele adquiriu perdão e imortalidade para as pessoas que perecem; mas a nossa parte é receber essas dádivas pela fé. Crendo nEle, temos essa esperança como âncora da vida, segura e firme. Devemos compreender que podemos esperar confiantemente o favor de Deus não só neste mundo, mas também no mundo celestial, visto que Ele pagou tal preço por nossa salvação. A fé na expiação e na intercessão de Cristo nos manterá firmes e inabaláveis em meio às tentações que nos assediam na Igreja militante. Contemplemos a gloriosa esperança que nos está proposta e apossemo-nos dela pela fé. Não podemos encontrar salvação em nosso próprio ser individual; temos de olhar para Jesus, o qual é o Autor e Consumador da nossa fé, e, olhando, nós vivemos. Ellen White, Exaltai-O, 383

QUINTA-FEIRA (29 de dezembro) JESUS E JÓ – A lição de hoje faz uma comparação entre Jó e Jesus que sofreram muito e permaneceram firmes no propósito de honrar e glorificar o Pai. Compare alguns textos: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.” Jó 1:1

“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” I João 2:1

Veja o sofrimento de Jesus e compare com a dor de Jó em; Mateus 11:1-11; Mateus 26:61, Lucas 11:15 e 16 e João 18:30.

Existem muitas coisas que ficamos sem respostas. Uma delas é: por que Jesus ainda não voltou e permite tanta gente sofrer e morrer? O livro de Jó levanta muitas questões sobre o sofrimento humano, Na cruz, Satanás foi totalmente exposto perante o universo como quem ele realmente é; um assassino. A morte de Jesus traz a resposta de que necessitamos sobre a existência do pecado, de Satanás e do seu final. Quando Jesus morreu, Satanás teve a sua sentença de morte determinada. Veja este texto: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apocalipse 12:10-12.

Vejas outros textos que mencionam a derrota de Satanás com a morte de Jesus e o aceso à salvação de todos os que aceitam Jesus: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.” João 12:31,32. Na cruz Satanás foi julgado e condenado à morte. Sabemos que Satanás será destruído apenas depois do milênio, mas ele já sabe do seu fim, vai ser exterminado! Eis um texto que explica: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo.” Hebreus 2:14

Sabemos que nenhum pecado pode ser tolerado na presença de Deus, que é santo. Satanás foi expulso porque Deus não tolera o pecado em nenhuma das suas formas. Veja estee texto: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” Mateus 6:10. A crise espiritual não teve lugar somente no céu, aconteceu com toda a humanidade, no decorrer dos séculos e milênios, mas Cristo ganhou a guerra com a Sua morte na Cruz. Mediante a cruz e a ressurreição, Cristo alcançou a vitória final sobre o pecado e Satanás.

A cruz de Cristo, para além de julgar e condenar Satanás à morte, traz-nos esperança e certeza do perdão e salvação. Mas, a mesma cruz de Cristo também exige algo de nós: Veja este texto: “E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos. Marcos 8:34-38.

SEXTA-FEIRA (30 de dezembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 14 (4º trimestre de 2016) ALGUMAS LIÇÕES DE JÓ – O livro de Jó ensina-nos muitas lições sobre Deus, nós, o sofrimento, a esperança e a salvação da humanidade. Aprendemos que até mesmo os fiéis, as vezes, se sentem abandonados. Ver Jó 7:7 e Jó 10:4-6. Descobrimos que Deus entende muitas coisas que não entendemos. Aprendemos sobre a necessidade de sermos humildes diante de Deus. Ver Jó 32: 6-9; 36:23; 37: 5. Aprendemos que Satanás é o verdadeiro culpado pelos nossos problemas, pois o sofrimento é obra de Satanás, e não de Deus. Ver Jó 1:9-12; 2:7. Aprendemos também que devemos ser cuidadosos com as pessoas que estão de luto.

Aprendemos que todos os homens necessitam de um Redentor, até mesmo os mais justos precisam de arrependimento. Ver Jó 42:6. E é maravilhoso saber que nosso Redentor vive, ver Jó 19:25 e que podemos ressuscitar na volta de Cristo: “Morrendo o homem, porventura tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança.” Jó 14:14. Aprendemos também que o sofrimento nem sempre é uma punição ou castigo e que o sofrimento faz parte da vida, mas também de que Deus está no controle e que nos abençoará abundantemente no Seu tempo. Ver Hebreus 11: 35-38.

“Muitas de vossas aflições têm sido levadas a vós, na sabedoria de Deus, para conduzir-vos para mais perto do trono da graça. Não raro Ele submete Seus filhos a sofrimentos e provas. Este mundo é Sua oficina de trabalho, onde Ele nos modela para as cortes celestiais. Ele usa a plaina em nosso estremecido coração até que as arestas e irregularidades sejam removidas e estejamos aptos para ocupar nosso lugar no edifício celestial. Mediante tribulação e aflição o cristão se torna purificado e fortalecido, e adquire caráter segundo o modelo que Cristo deu.” Testimonies for the Church 4, 143
“Que as aflições que nos angustiam de maneira tão cruel, se transformem em lições instrutivas, ensinando-nos a prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação em Cristo. Sejamos animados pelo pensamento de que o Senhor logo virá. Alegre-nos o coração essa esperança.” Testemunhos Seletos 3, 434

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” Romanos 8:18.

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” II Coríntios 4:17,18


Luís Carlos Fonseca

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