COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 3 (2º trimestre) UM SACERDÓCIO REAL
VERSO
ÁUREO: “Mas
vós
sois a geração eleita, o sacerdócio
real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz." I
Pedro 2:9
INTRODUÇÃO:
(sábado 8 de abril) – A lição desta semana trata de um tema
muito importante que é o crente encontrar, em Cristo, sentido em ter
acesso direto no santuário celestial para receber as bênçãos divinas e em proclamá-las. Como o povo de Israel falhou, como povo, Deus concedeu
o privilégio e a graça para cada crente exercer o sacerdócio dos
santo.
O
ministério de Pedro foi dedicado especialmente aos cristãos judeus, ver Gál. 2:8, mas ele não faz acepção de pessoas. Pedro foi o
primeiro apóstolo a defender a inclusão dos gentios na mensagem do
evangelho, ver Atos 11:17. No verso áureo Pedro está se referindo
aos cristãos como sendo “um povo escolhido”.
Povo tem o sentido de gente nascida de
descendência comum e que vive em comunidade. Espiritualmente
falando, a igreja tem uma vida em comum, pois a vida de Cristo é
partilhada por todos. E têm descendência comum, pois participam do
novo nascimento, sendo filhos de Deus.
O
povo de Israel já havia sido escolhido, mas perdeu seus
privilégios pela desobediência e dureza de coração. No Novo
Testamento Deus concedeu as responsabilidades que antes pertenciam a nação judaica à
comunidade cristã. “Antes vocês não eram povo...” Assim,
as fronteiras do povo de Deus se abrem, incluindo pessoas de todas as
origens. Amém?
Como
sacerdotes, os cristãos têm acesso direto a Deus com a
intermediação de Jesus e são responsáveis pela condução de
outros a Ele. Na celebração final do Apocalipse, por ter comprado os
homens de cada tribo e língua e povo e nação, o Cordeiro é
louvado com um cântico que diz: “Tu os constituístes reino e
sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a Terra.” Apoc
5:10
Não pertencemos a casa real apenas para desfrutar o poder de Deus. Somos uma nação
santa, separada do mundo, de seus vícios e corrupções. Separados
para Deus. A ideia fundamental da palavra “separados” é de
pureza moral e espiritual; não significa viver reclusos, sem contato
com o mundo, antes pelo contrário; necessitamos estar no meio das pessoas para evangelizá-las.
Separados
significa termos costumes diferentes, hábitos segundo a vontade de
Deus, independente dos hábitos e valores do mundo em que vivemos.
Somos separados porque vivemos segundo uma cultura que não é daqui,
temos valores que se opõem aos valores da sociedade em que vivemos.
Somos cidadãos de um reino melhor, superior. Nossa mente, nossas
palavras, nossos hábitos, nossas aspirações e nossos atos devem
demonstrar isso!
Os
cristãos são um sacerdócio real e uma casa real. “E
nos constituiu
reino e sacerdotes para servir a Seu Deus e Pai” Apoc. 1:6. Deus fala de um reino de sacerdotes: “Vocês serão para Mim um
reino de sacerdotes e uma nação santa.” Um povo assim, de
sacerdotes, de reis, santo, exclusivo de Deus. “proclama as
virtudes daquele que nos chamou, e temos a responsabilidade de
anunciar o evangelho de Cristo às pessoas.
Que grande privilégio Deus nos dá! Não somente somos resgatados da
morte. Estarmos salvos já é um privilégio sem igual. Mas Deus nos
dá muito mais do que pedimos ou imaginamos. Ele nos faz ascender à
categoria de povo de propriedade exclusiva de Deus, de sacerdotes, de
membros da família real do Céu. Amém?
“O
povo de Deus deve distinguir-se como um povo que se dedica
inteiramente, de todo o coração, ao Seu serviço, não buscando
honra para si mesmo, e lembrando-se de que por um concerto
soleníssimo, se comprometeram a servir ao Senhor, e Ele somente.”
Testemunhos Seletos, vol. 3, 286.
DOMINGO
(9 de abril) VIVER COMO CRISTÃO – Este
é o texto principal para hoje:“Deixando,
pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e
todas as murmurações. Desejai afetuosamente, como meninos novamente
nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades
crescendo; se é que já provastes que o Senhor é benigno.” I
Pedro 2:1-3.
O
crente, nascido de novo tem responsabilidades espirituais e morais
perante Deus e os homens. Ele despoja-se
das coisas da carne, vive e
pratica
as virtudes do Espírito Santo. Pedro
usa a figura de linguagem de um bebê com fome de leite e isto
significa que a vida cristã não significa apenas abandonar as
coisas más, mas também em buscar as coisas boas.
Pedro
indica aos leitores da sua carta a fonte desse alimento espiritual.
Veja
estes textos importantes:
“Porque
a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada
alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do
espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração. Heb
4:12
“Jesus,
porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as
Escrituras, nem o poder de Deus. Mat.
22:29
“E
que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem
fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus. Toda
a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para
redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para
que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra. II
Tim. 3.15-17
Infelizmente,
a maioria de nós já cometeu alguma atitude que pode ser
classificada como hipocrisia. Fazemos isso quando acusamos alguém de
fazer algo que nós mesmos fazemos ou já fizemos, quando fingimos
ser alguém que não somos, etc...O
desejo de agradar
as
pessoas, a
qualquer custo, de obter vantagens, de passar uma imagem
incorruptível, de tentar desviar o foco dos próprios erros, de
viver uma vida censurável sem ser descobertos, pode levar muitos a
agir com hipocrisia. Reconhecer
nossa realidade é o primeiro passo para progredirmos em qualquer
âmbito da vida, inclusive
no abandono de pecados conhecidos e acariciados.
Se
desejarmos ter qualidades que ainda não temos, precisamos mudar a
forma como nos relacionamos com Deus. As
virtudes cristãs não
surgem de uma hora para outra. O arrependimento é
necessário nessa mudança. Quem é religioso sabe que Deus está
sempre disposto à
ajudar. O
crente é convidado à leitura da Bíblia
e oração para acrescentar as virtudes cristãs à sua vida.
Se
tivermos
dificuldade em
moldar a
nossa
vida, segundo o
padrão de Deus, devemos contar
com o
auxílio
dos nossos familiares, amigos e
líderes da
igreja ou até psicólogos crentes para aproximarmos de Cristo.
Quando decidirmos assumir ser quem realmente somos, e buscarmos a
ajuda de Deus, através da ligação com Ele, seremos livres,
pois a Bíblia menciona: “e conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará”
Ele
[Jesus] disse que a exata verdade deve ser a lei da linguagem. “Seja,
porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não.” ..Mateus
5:37.
Essas palavras condenam todas aquelas frases sem sentido e palavras
desnecessárias, que beiram a profanidade. Condenam os enganosos
cumprimentos, a evasiva da verdade, as frases lisonjeiras, os
exageros, as falsidades no comércio, coisas comuns na sociedade e no
comércio do mundo. Elas ensinam que ninguém que busque parecer o
que não é, ou cujas palavras não exprimam o sentimento real do
coração, pode ser chamado verdadeiro. Tudo
quanto os cristãos fazem deve ser tão transparente como a luz do
Sol. A verdade é de Deus; o engano, em todas as suas múltiplas
formas, é de Satanás. ... Não podemos falar a verdade, a menos que
nossa mente seja continuamente dirigida por Aquele que é a verdade.”
O
Maior Discurso de Cristo, 67 e 68.
SEGUNDA-FEIRA
(10 de abril) A PEDRA VIVA – Este
é o texto para o estudo de hoje:
“E,
chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos
homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
Vós
também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis
a Deus por Jesus Cristo.
Por
isso também na Escritura se contém:Eis que ponho em Sião a pedra
principal da esquina, eleita e preciosa;e quem nela crer não será
confundido.
E
assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes,a
pedra que os edificadores reprovaram,essa foi a principal da
esquina.” I Pedro 2:4-7.
Pedro
mostrou aos seus leitores, os crentes que estavam dispersos, que
Jesus é a solução para todos os problemas do homem. Pedro menciona
alguns textos do Velho Testamento que fazem referência para Jesus
Cristo. Veja Isaías 28:16; Isaías 8:14 e 15 e Salmo 118:22 .
A
tese de Pedro era que, mesmo Jesus tendo sido rejeitado, foi
necessário para resolver o problema do pecado, concedendo salvação
à todos os que aceitam. Pedro menciona que os crentes devem fazer
parte do edifício da igreja onde Cristo é a principal Pedra de
esquina.
O
crente deve ser uma pedra viva, pois uma pedra
morta é aquela que está no chão jogada, sozinha e
que ainda não foi lapidada para
encaixar em outras
pedras. Para ela ser uma pedra viva tem de ser lapidada e colocada
para encaixar e estar
junta com outras pedras. Aí ela vai ser uma pedra viva. Vai estar
preparada e vai unir-se as outras pedras. Quando isso acontece ela é uma pedra viva, pois
foi
lapidada e unida com as outras pedras.
Veja
este texto: "Assim, pois, não
sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos
santos e membros da família de Deus, edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo
Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem
ajustado cresce para templo santo no Senhor" Efésios
2:19-21
Se
deixarmos o Espírito Santo fazer o Seu trabalho e quebrantar o nosso
ser, de modo que sejamos para O seu louvor, então seremos úteis
para Deus e um testemunho para os outros.
Isto
não é fácil, mas
é possível.
Devemos
então oferecer
a nossa
vida como um sacrifício vivo e aceitável a Deus por Jesus Cristo.
Vivamos
em obediência a Deus e vejamos
esse trabalho maravilhoso durante a
nossa
vida
aqui
como peregrinos
e forasteiros.
O
que significa “oferecer sacrifícios espirituais”, conforme II
Pedro 2:5?
Nós,
os crentes,
fomos escolhidos
para um propósito: para oferecermos sacrifícios espirituais, ver
Hebreus
13:15-16, e para proclamarmos os louvores daquele
que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Então, pela
vida, ver
II Pedro
2:5; Tito 2:11-14 e
Efésios 2:10 e pela palavra, ver
I
Pedro
2:9
e
3:15,
nosso propósito é servir a Deus. Assim como o corpo de crentes é
templo do Espírito Santo, ver I Coríntios 6:19-20, também Deus nos
chamou para O
servir
do
nosso coração primeiramente oferecendo nossas vidas como
sacrifícios vivos, ver Romanos 12:1-2.
Assim como o sacerdócio do
Velho Testamento deveria ser livre de corrupção, como simbolizado
por ser cerimonialmente limpo, também Cristo nos colocou na posição
de santos perante o Pai. Ele nos chama a viver vidas santas para que possamos ser também um “sacerdócio santo” I Pedro 2:5. Devemos
viver para servirmos o próximo que necessita da salvação em Cristo.
Amém?
TERÇA-FEIRA
(11 de abril) O POVO DA ALIANÇA DE DEUS -
Aliança
é um acordo entre duas partes. No caso da lição de hoje Deus fez
uma aliança com o seu povo, e Pedro tomou emprestado o termo do Velho
Testamento para descrever o que Deus pretendia fazer com a igreja
Cristã. No passado Deus fez aliança com o
seu povo. Houve o Concerto Adâmico, conforme Gênesis 3:15; o Concerto
com Noé, conforme Gênesis 9; Concerto Abraâmico, conforme Gênesis
12:1-3, Gálatas 3: 6-9; Concerto do Sinai, conforme Êxodo 20:2;
Concerto Davídico, conforme Ezequiel 37:24-27 e o Novo Concerto,
conforme Jeremias 31:31-34 e o Concerto da Cruz de Cristo conforme o
Novo Testamento relata.
A
Bíblia menciona várias alianças, no plural, conforme Romanos 9:4 e
Gálatas 4:24, mas a ideia é de apenas um concerto que é o concerto
da Salvação e resgate do ser humano. A Bíblia chama de o “Concerto
Graça”.
No
Novo Concerto, Cristo era o próprio Sacerdote e Sumo-Sacerdote. No
passado, o sacerdote era o representante apontado por Deus. Israel e
Judá confiavam nos sacerdotes levíticos e nos seus sacrifícios de
animais para o perdão dos pecados do povo, mas era Deus que
perdoava: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões
por amor de mim e dos teus pecados não me lembro." Isa. 43:25.
Somos
salvos unicamente pela graça. Ver Efésios 2:8. No Novo Testamento a salvação é apresentada e concedida pela fé e graça. A graça é
um atributo de Deus, exercido para com as indignas criaturas humanas.
A lei de Moisés já ensinava claramente que não era Israel quem
dava o sangue expiatório sobre seus altares a Deus, mas pelo
contrário, dizia: "Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para
fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará
expiação em virtude da vida." Lev. 17:11.
O conceito de graça,
na teologia cristã, significa; “favor imerecido” e livremente
concedido por Deus aos pecadores que são por meio dela redimidos e
santificados. Graça, no hebraico “hen” e no grego “charis”
está associada exclusivamente com a atuação de Cristo. Pela morte
expiatória de Cristo, foi revelado o ilimitado favor de Deus à
humanidade. Graça é conceder à alguém algo que não merece, no
caso; vida eterna. Os anjos, que nada conhecem de pecado, não
compreendem o que seja a aplicação da graça para com eles; mas,
nossa pecaminosidade requer a concessão da graça por parte de um
Deus misericordioso. Foi a graça que enviou nosso Salvador à
procurar-nos, errantes e restituir-nos ao Seu redil.
Veja
este texto inspirado: “Se a fé e as obras adquirissem o dom da
salvação para alguém, o Criador estaria em obrigação para com a
criatura. Eis aqui uma oportunidade para a falsidade ser aceita como
verdade. Se alguém pode merecer a salvação por alguma coisa que
faça, encontra-se, então, na mesma posição que os católicos para
fazer penitência por seus pecados. A salvação, nesse caso,
consiste em parte numa dívida, que pode ser quitada com o pagamento.
Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a
salvação, então ela tem de ser inteiramente pela graça, recebida
pelo homem como pecador, porque ele aceita a Jesus e crê nEle. A
salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé
está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada
logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem
caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para
ele.” Fé e Obras, 17
Todas
as alianças ou pactos humanos tiveram e tem condições e prazos
para serem cumpridos, e todos eles acabaram e acabam um dia, mas
Jesus nos propôs uma Aliança de vida eterna, quando derramou o Seu
próprio sangue, o sangue do pacto, o sangue da Nova Aliança. A
diferença do pacto humano para a Nova Aliança com Deus é que esta
jamais será anulada, é para a eternidade. Amém?
Hoje
Deus quer fazer ou refazer uma aliança com você. E, principalmente
Deus quer fazer uma aliança de Salvação com você, uma aliança
que permitirá você se achegar diretamente a Deus, ter intimidade
com Ele, ouvir Sua voz, sentir Sua presença, conhecer a Sua vontade
e obedecer-lhe.
Lembre-se que a nossa parte na aliança é a
obediência aos mandamentos de Deus
QUARTA-FEIRA (12 de abril) UM SACERDÓCIO REAL – Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, já fez o único sacrifício pelo pecado, de uma vez por todas, Hebreus 10:12, e não há mais qualquer sacrifício pelos pecados que possa ser feito, Hebreus 10:26. Mas como os sacerdotes no passado ofereciam outros tipos de sacrifícios no templo, fica então claro, vendo I Pedro 2:5,9, que Deus escolheu os cristãos para “para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Pedro 2:5-9 fala de dois aspectos do sacerdócio do crente. O primeiro é que os crentes são privilegiados. Ser escolhido por Deus para ser um sacerdote era um privilégio. Hoje todos os crentes foram escolhidos por Deus: “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” verso 9
No
tabernáculo do Velho Testamento e no
templo,
havia lugares onde somente os sacerdotes tinham acesso. Dentro do
santíssimo,
atrás de um grosso véu, somente o sumo sacerdote tinha acesso, e
isto, somente uma vez ao ano, no dia
da Expiação, quando ele fazia um oferecimento em favor dos pecados
de todo o povo. Mas, por causa da morte de Jesus Cristo na cruz do
Calvário, todos os crentes agora têm direto acesso ao trono de Deus
através de Jesus Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote. Ver Hebreus
4:14-16.
Que
privilégio sermos capazes de ter acesso ao trono de Deus,
diretamente, e não através de qualquer sacerdote terreno! Quando
Cristo voltar e a Nova Jerusalém vier à terra, ver
Apocalipse
21, os crentes verão a Deus face a face e lá O servirão, ver Apocalipse 22:3-4. Mais uma vez, que privilégio, especialmente para
nós, que antes
éramos “não um povo”... “sem esperanças”... destinados à
destruição por causa dos
nossos
pecados!
Os
crentes são chamados “reis e sacerdotes” e um “sacerdócio
real” como reflexo de sua posição privilegiada de herdeiros do
reino do Todo Poderoso Deus e do Cordeiro. Por causa desta
proximidade privilegiada com Deus, nenhum outro mediador se faz
necessário. Os
crentes
são chamados sacerdotes porque a salvação não é meramente um
“seguro contra incêndio” para escaparmos da
destruição final pelo fogo.
Antes, os crentes são chamados por Deus para servi-Lo ao oferecer
sacrifícios espirituais, sendo pessoas zelosas e
de
boas obras. Como sacerdotes do Deus vivo, devemos dar louvores Àquele
que nos deu o grande dom do sacrifício de Seu Filho em nosso lugar,
e em resposta, devemos dividir esta maravilhosa graça com outros,
pregando-lhes
o evangelho.
“Muitos
dos crentes a quem Pedro dirigiu suas cartas estavam vivendo no meio
do paganismo, e muito dependia de permanecerem fiéis à alta vocação
de sua profissão de fé. O apóstolo insistia em seus privilégios
como seguidores de Cristo Jesus. “Vós sois a geração eleita”,
escreveu, “o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido
para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para
a Sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas
agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia,
mas agora alcançastes misericórdia” I
pedro 2:9,10 “Amados,
peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das
concupiscências carnais que combatem contra a alma; tendo o vosso
viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de
vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação”I
pedro 2:11 e 12 O
apóstolo esboça com clareza a atitude que deveriam os crentes
sustentar em relação às autoridades civis: “Sujeitai-vos pois a
toda a ordenação humana por amor do Senhor: quer ao rei, como
superior; quer aos governadores, como por Ele enviados para castigo
dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a
vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos
homens loucos; como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da
malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a
fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.” Atos
dos Apóstolos, 293
QUINTA-FEIRA
(13 de abril) PROCLAMANDO OS LOUVORES – O
texto principal para hoje é este; e mostra
qual é a missão da igreja cristã
: “Vós,
que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que
não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes
misericórdia.” I Pedro 2:10.
Este
povo, que recebeu o privilégio de proclamar os louvores de Deus, deve
fazer a sua parte na pregação do evangelho. O antigo Israel tinha o
privilégio e a missão de levar ao mundo a salvação oferecida por
Jeová.
Hoje
os crentes foram incumbidos desta missão. Leia
os seguintes textos: Deut. 4:6; 26: 18 e 19; Isaías
60:1-3 e Zacarias 8:23.
O
verdadeiro louvor e adoração a Deus não se limita ao que fazemos
na igreja ou em adoração aberta. A verdadeira adoração e o
verdadeiro louvor, que podemos oferecer a Deus, é o reconhecimento de
Deus e todo o Seu poder e glória em tudo o que fazemos. A forma mais
elevada de louvor e adoração é a obediência a Deus e à Sua
Palavra. Para fazer isso, devemos conhecer a Deus; não podemos ser
ignorantes dele, ver Atos 17:23.
A
adoração serve para glorificar e exaltar a Deus e para mostrar a
nossa lealdade e admiração ao nosso Pai. A outra parte que os
crentes devem fazer é anunciar a glória de Deus às pessoas. Se
somos sacerdócio real, devemos
oferecer sacrifícios
espirituais aceitáveis a Deus. Se somos raça eleita, um povo que
espera sua posse, devemos proclamar o Seu louvor: A esse povo que
formei para mim; o meu louvor relatarão.” Isaías 43:21.
Todos
os crentes são chamados para servir, pois fomos criados para servir!
Encontramos
este texto precioso na Bíblia:
“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para
fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as
praticarmos”. Efésios 2:10
O
próprio Jesus deixou-nos o maior exemplo de serviço voluntário.Ele
disse dele mesmo: “Bem como o Filho do homem não veio para ser
servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de
muitos.” Mateus 20:28.
Fomos
criados para dar nossa contribuição em favor do mundo e não apenas
para consumir os produtos existentes no mundo. Deus nos criou para
fazermos a diferença! O que importa não é quanto tempo vivemos mas
sim como vivemos. Deus nos diz que fomos criados e salvos para servir
e que recebemos dons e que fomos moldados para servir. Deus chamou
todos os crentes para o serviço em Sua obra. No entanto, muitas
vezes a nossa falta de conhecimento e limitação pessoal faz que nos
sintamos impossibilitados de nos envolvermos na obra do Senhor. Deus
quer nos usar, e precisamos estar disponíveis para que Ele nos use!
Deus chama pastores e obreiros bíblicos, mas chama também os irmãos
leigos e voluntários para estarmos unidos na Missão de socorrer as
pessoas em suas necessidades físicas e espirituais.
John
Wesley disse assim: “Faça todo o bem que puder, com todos os
meios que tiver, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares
onde estiver, para todas as pessoas que precisar, enquanto puder”.
O
cristão verdadeiro não é apenas aquele que tem a verdade, mas é
aquele que a ama e proclama com a vida e com os lábios. Portanto, de
uma forma ou de outra, todos devem se envolver com a pregação do
evangelho de Jesus Cristo de forma direta e indireta com a pregação; distribuição de materiais, livros, dvds, sites de evangelismo,
estudos bíblicos, levantamento de interessados, produção de
conteúdo cristão. Mas todos podem ser cristãos no lar, no trabalho,
na sociedade, desenvolvendo os frutos do Espírito: “Mas o fruto do
Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5:22.
Devemos
servir pelo senso de missão.Temos uma grande responsabilidade em nossas
mãos. Deus nos chama para sermos restauradores de brechas. Ver
Isaías 58:6-12. Este é o nosso principal desafio! Em II
Crônicas 29:11 encontramos este texto:
“Agora, filhos meus, não sejais negligentes; pois o Senhor vos tem
escolhido para estardes diante dele para o servirdes, e para serdes
seus ministros..”. Portanto, o nosso compromisso e
responsabilidade deve ser alcançar aqueles que não conhecem a
Jesus.
James
Hannington, nascido em 1847, foi missionário em Uganda onde morreu
como mártir em favor do evangelho de Cristo. Ele dedicou a sua
fortuna na pregação da Palavra. David Livingstone também ofereceu
a sua vida em favor do evangelho de Cristo no interior do Continente
Africano. Muitos outros fizeram a mesma coisa, viveram em função da
Missão de Cristo; atendendo ao chamado para servir.
Qual é o seu
envolvimento com a missão de Cristo?
SEXTA-FEIRA
(14 de abril) LEITURA ADICIONAL DA
LIÇÃO 3 (2º trimestre) UM
SACERDÓCIO REAL – Pedro cita
várias passagens do Antigo Testamento para lembrar aos seus leitores
o estatuto especial eles tem perante Deus, enquanto membros da
comunidade da nova aliança de Deus, que veio dar continuação ao
ministério dos israelitas. Missão construída sobre Jesus Cristo.
Nós
que possuímos o sacerdócio de Deus e o honramos, fazemos parte dos
que foram reservados para este período especial da história. O
apóstolo Pedro descreveu em
I Pedro 2:9 sobre a nossa missão. Como
podemos nos tornar dignos de ser chamados de “sacerdócio real”?
Há
tempos a traz li a história de certo atleta. Em julho de 1976, o maratonista Garry Bjorklund estava determinado a integrar a equipe
olímpica norte-americana na prova de 10.000 metros nas Olimpíadas
de Montreal. Porém, na metade da corrida classificativa, perdeu o
tênis esquerdo, mas ele continuou mesmo sem o tênis. Sabia que
teria de correr mais rápido do que nunca. Tinha consciência de que
seus concorrentes agora tinham uma vantagem sobre ele. Percorreu a
pista cheia de buracos nas pedras, com um pé calçado e o outro
descalço, e terminou em terceiro lugar, o que o classificou para
disputar a corrida pela medalha de ouro. Seu tempo de corrida foi o
melhor que jamais tinha alcançado. Ele realizou o esforço necessário
para atingir sua meta.
Como
filhos
de Deus somos portadores
do sacerdócio real
e, com certeza, atravessamos
períodos na vida em que podemos
cair. Quando
isso acontecer, espero que perseveremos e façamos um esforço ainda
maior para alcançar os
nossos objetivos espirituais.
“A
igreja é muito preciosa aos olhos de Deus. Ele não a avalia por
suas prerrogativas exteriores, mas pela sincera piedade que a
distingue do mundo. Estima-a segundo o crescimento dos membros no
conhecimento de Cristo, segundo o progresso na experiência
espiritual. Cristo
anseia receber de Sua vinha os frutos da santidade e desinteresse.
Espera os princípios de amor e benignidade. Toda a beleza da arte
não pode ser comparada à do temperamento e caráter que devem ser
revelados nos representantes de Cristo. A atmosfera de graça que
circunda a alma do crente, o Espírito Santo que opera na mente e no
coração, é que o faz um cheiro de vida para vida, e faculta a Deus
o abençoar Sua obra.
Uma
congregação pode ser a mais pobre da Terra. Pode não ter atrativo
algum de pompa exterior; mas se os membros possuírem os princípios
do caráter de Cristo, terão Sua paz no espírito. Os anjos
unir-se-ão a eles na adoração. O louvor e ação de graças de
corações reconhecidos ascenderão a Deus como suave sacrifício.
O
Senhor deseja que façamos menção de Sua bondade e falemos de Seu
poder. É honrado pela expressão de louvores e ações de graças.
Diz: “Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará.”
Quando jornadeava pelo deserto, o povo de Israel louvava a Deus com
cânticos sacros. Os mandamentos e promessas de Deus eram postos em
música, e durante toda a viagem cantavam-nos os viajantes
peregrinos. E em Canaã, quando se congregassem nas festas sagradas,
as maravilhosas obras de Deus deviam ser relembradas e oferecidas
ações de graças ao Seu nome. Deus desejava que toda a vida de Seu
povo fosse uma vida de louvor. Assim Seu caminho deveria tornar-se
conhecido na Terra e “em todas as nações”, a Sua “salvação”.
Parábolas
de Jesus, 158.
Luís
Carlos Fonseca
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