quinta-feira, 16 de março de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (2º trimestre) UM SACERDÓCIO REAL

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (2º trimestre) UM SACERDÓCIO REAL

VERSO ÁUREO: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." I Pedro 2:9

INTRODUÇÃO: (sábado 8 de abril) – A lição desta semana trata de um tema muito importante que é o crente encontrar, em Cristo, sentido em ter acesso direto no santuário celestial para receber as bênçãos divinas e em proclamá-las. Como o povo de Israel falhou, como povo, Deus concedeu o privilégio e a graça para cada crente exercer o sacerdócio dos santo.

O ministério de Pedro foi dedicado especialmente aos cristãos judeus, ver Gál. 2:8, mas ele não faz acepção de pessoas. Pedro foi o primeiro apóstolo a defender a inclusão dos gentios na mensagem do evangelho, ver Atos 11:17. No verso áureo Pedro está se referindo aos cristãos como sendo “um povo escolhido”. Povo tem o sentido de gente nascida de descendência comum e que vive em comunidade. Espiritualmente falando, a igreja tem uma vida em comum, pois a vida de Cristo é partilhada por todos. E têm descendência comum, pois participam do novo nascimento, sendo filhos de Deus.

O povo de Israel já havia sido escolhido, mas perdeu seus privilégios pela desobediência e dureza de coração. No Novo Testamento Deus concedeu as responsabilidades que antes pertenciam a nação judaica à comunidade cristã. “Antes vocês não eram povo...” Assim, as fronteiras do povo de Deus se abrem, incluindo pessoas de todas as origens. Amém?

Como sacerdotes, os cristãos têm acesso direto a Deus com a intermediação de Jesus e são responsáveis pela condução de outros a Ele. Na celebração final do Apocalipse, por ter comprado os homens de cada tribo e língua e povo e nação, o Cordeiro é louvado com um cântico que diz: “Tu os constituístes reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a Terra.” Apoc 5:10

Não pertencemos a casa real apenas para desfrutar o poder de Deus. Somos uma nação santa, separada do mundo, de seus vícios e corrupções. Separados para Deus. A ideia fundamental da palavra “separados” é de pureza moral e espiritual; não significa viver reclusos, sem contato com o mundo, antes pelo contrário; necessitamos estar no meio das pessoas para evangelizá-las. 

Separados significa termos costumes diferentes, hábitos segundo a vontade de Deus, independente dos hábitos e valores do mundo em que vivemos. Somos separados porque vivemos segundo uma cultura que não é daqui, temos valores que se opõem aos valores da sociedade em que vivemos. Somos cidadãos de um reino melhor, superior. Nossa mente, nossas palavras, nossos hábitos, nossas aspirações e nossos atos devem demonstrar isso!

Os cristãos são um sacerdócio real e uma casa real. “E nos constituiu reino e sacerdotes para servir a Seu Deus e Pai” Apoc. 1:6. Deus fala de um reino de sacerdotes: “Vocês serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.” Um povo assim, de sacerdotes, de reis, santo, exclusivo de Deus. “proclama as virtudes daquele que nos chamou, e temos a responsabilidade de anunciar o evangelho de Cristo às pessoas.

Que grande privilégio Deus nos dá! Não somente somos resgatados da morte. Estarmos salvos já é um privilégio sem igual. Mas Deus nos dá muito mais do que pedimos ou imaginamos. Ele nos faz ascender à categoria de povo de propriedade exclusiva de Deus, de sacerdotes, de membros da família real do Céu. Amém?

O povo de Deus deve distinguir-se como um povo que se dedica inteiramente, de todo o coração, ao Seu serviço, não buscando honra para si mesmo, e lembrando-se de que por um concerto soleníssimo, se comprometeram a servir ao Senhor, e Ele somente.” Testemunhos Seletos, vol. 3, 286.

DOMINGO (9 de abril) VIVER COMO CRISTÃOEste é o texto principal para hoje:“Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações. Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; se é que já provastes que o Senhor é benigno.” I Pedro 2:1-3.

O crente, nascido de novo tem responsabilidades espirituais e morais perante Deus e os homens. Ele despoja-se das coisas da carne, vive e pratica as virtudes do Espírito Santo. Pedro usa a figura de linguagem de um bebê com fome de leite e isto significa que a vida cristã não significa apenas abandonar as coisas más, mas também em buscar as coisas boas.

Pedro indica aos leitores da sua carta a fonte desse alimento espiritual. Veja estes textos importantes:Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Heb 4:12

Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Mat. 22:29

E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. II Tim. 3.15-17

Infelizmente, a maioria de nós já cometeu alguma atitude que pode ser classificada como hipocrisia. Fazemos isso quando acusamos alguém de fazer algo que nós mesmos fazemos ou já fizemos, quando fingimos ser alguém que não somos, etc...O desejo de agradar as pessoas, a qualquer custo, de obter vantagens, de passar uma imagem incorruptível, de tentar desviar o foco dos próprios erros, de viver uma vida censurável sem ser descobertos, pode levar muitos a agir com hipocrisia. Reconhecer nossa realidade é o primeiro passo para progredirmos em qualquer âmbito da vida, inclusive no abandono de pecados conhecidos e acariciados.

Se desejarmos ter qualidades que ainda não temos, precisamos mudar a forma como nos relacionamos com Deus. As virtudes cristãs não surgem de uma hora para outra. O arrependimento é necessário nessa mudança. Quem é religioso sabe que Deus está sempre disposto à ajudar. O crente é convidado à leitura da Bíblia e oração para acrescentar as virtudes cristãs à sua vida.

Se tivermos dificuldade em moldar a nossa vida, segundo o padrão de Deus, devemos contar com o auxílio dos nossos familiares, amigos e líderes da igreja ou até psicólogos crentes para aproximarmos de Cristo. Quando decidirmos assumir ser quem realmente somos, e buscarmos a ajuda de Deus, através da ligação com Ele, seremos livres, pois a Bíblia menciona: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”

Ele [Jesus] disse que a exata verdade deve ser a lei da linguagem. “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não.” ..Mateus 5:37. Essas palavras condenam todas aquelas frases sem sentido e palavras desnecessárias, que beiram a profanidade. Condenam os enganosos cumprimentos, a evasiva da verdade, as frases lisonjeiras, os exageros, as falsidades no comércio, coisas comuns na sociedade e no comércio do mundo. Elas ensinam que ninguém que busque parecer o que não é, ou cujas palavras não exprimam o sentimento real do coração, pode ser chamado verdadeiro. Tudo quanto os cristãos fazem deve ser tão transparente como a luz do Sol. A verdade é de Deus; o engano, em todas as suas múltiplas formas, é de Satanás. ... Não podemos falar a verdade, a menos que nossa mente seja continuamente dirigida por Aquele que é a verdade.” O Maior Discurso de Cristo, 67 e 68.

SEGUNDA-FEIRA (10 de abril) A PEDRA VIVAEste é o texto para o estudo de hoje:E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura se contém:Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa;e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes,a pedra que os edificadores reprovaram,essa foi a principal da esquina.” I Pedro 2:4-7.

Pedro mostrou aos seus leitores, os crentes que estavam dispersos, que Jesus é a solução para todos os problemas do homem. Pedro menciona alguns textos do Velho Testamento que fazem referência para Jesus Cristo. Veja Isaías 28:16; Isaías 8:14 e 15 e Salmo 118:22 .

A tese de Pedro era que, mesmo Jesus tendo sido rejeitado, foi necessário para resolver o problema do pecado, concedendo salvação à todos os que aceitam. Pedro menciona que os crentes devem fazer parte do edifício da igreja onde Cristo é a principal Pedra de esquina.

O crente deve ser uma pedra viva, pois uma pedra morta é aquela que está no chão jogada, sozinha e que ainda não foi lapidada para encaixar em outras pedras. Para ela ser uma pedra viva tem de ser lapidada e colocada para encaixar e estar junta com outras pedras. Aí ela vai ser uma pedra viva. Vai estar preparada e vai unir-se as outras pedras. Quando isso acontece ela é uma pedra viva, pois foi lapidada e unida com as outras pedras.

Veja este texto: "Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor" Efésios 2:19-21

Se deixarmos o Espírito Santo fazer o Seu trabalho e quebrantar o nosso ser, de modo que sejamos para O seu louvor, então seremos úteis para Deus e um testemunho para os outros. 
Isto não é fácil, mas é possível. Devemos então oferecer a nossa vida como um sacrifício vivo e aceitável a Deus por Jesus Cristo. Vivamos em obediência a Deus e vejamos esse trabalho maravilhoso durante a nossa vida aqui como peregrinos e forasteiros.

O que significa “oferecer sacrifícios espirituais”, conforme II Pedro 2:5?

Nós, os crentes, fomos escolhidos para um propósito: para oferecermos sacrifícios espirituais, ver Hebreus 13:15-16, e para proclamarmos os louvores daquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Então, pela vida, ver II Pedro 2:5; Tito 2:11-14 e Efésios 2:10 e pela palavra, ver I Pedro 2:9 e 3:15, nosso propósito é servir a Deus. Assim como o corpo de crentes é templo do Espírito Santo, ver I Coríntios 6:19-20, também Deus nos chamou para O servir do nosso coração primeiramente oferecendo nossas vidas como sacrifícios vivos, ver Romanos 12:1-2.

 Assim como o sacerdócio do Velho Testamento deveria ser livre de corrupção, como simbolizado por ser cerimonialmente limpo, também Cristo nos colocou na posição de santos perante o Pai. Ele nos chama a viver vidas santas para que possamos ser também um “sacerdócio santo” I Pedro 2:5. Devemos viver para servirmos o próximo que necessita da salvação em Cristo. Amém?  
TERÇA-FEIRA (11 de abril) O POVO DA ALIANÇA DE DEUS - Aliança é um acordo entre duas partes. No caso da lição de hoje Deus fez uma aliança com o seu povo, e  Pedro tomou emprestado o termo do Velho Testamento para descrever o que Deus pretendia fazer com a igreja Cristã. No passado Deus fez aliança com o seu povo. Houve o Concerto Adâmico, conforme Gênesis 3:15; o Concerto com Noé, conforme Gênesis 9; Concerto Abraâmico, conforme Gênesis 12:1-3, Gálatas 3: 6-9; Concerto do Sinai, conforme Êxodo 20:2; Concerto Davídico, conforme Ezequiel 37:24-27 e o Novo Concerto, conforme Jeremias 31:31-34 e o Concerto da Cruz de Cristo conforme o Novo Testamento relata.

A Bíblia menciona várias alianças, no plural, conforme Romanos 9:4 e Gálatas 4:24, mas a ideia é de apenas um concerto que é o concerto da Salvação e resgate do ser humano. A Bíblia chama de o “Concerto Graça”.

No Novo Concerto, Cristo era o próprio Sacerdote e Sumo-Sacerdote. No passado, o sacerdote era o representante apontado por Deus. Israel e Judá confiavam nos sacerdotes levíticos e nos seus sacrifícios de animais para o perdão dos pecados do povo, mas era Deus que perdoava: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro." Isa. 43:25.

Somos salvos unicamente pela graça. Ver Efésios 2:8. No Novo Testamento a salvação é apresentada e concedida pela fé e graça. A graça é um atributo de Deus, exercido para com as indignas criaturas humanas. A lei de Moisés já ensinava claramente que não era Israel quem dava o sangue expiatório sobre seus altares a Deus, mas pelo contrário, dizia: "Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida." Lev. 17:11.

O conceito de graça, na teologia cristã, significa; “favor imerecido” e livremente concedido por Deus aos pecadores que são por meio dela redimidos e santificados. Graça, no hebraico “hen” e no grego “charis” está associada exclusivamente com a atuação de Cristo. Pela morte expiatória de Cristo, foi revelado o ilimitado favor de Deus à humanidade. Graça é conceder à alguém algo que não merece, no caso; vida eterna. Os anjos, que nada conhecem de pecado, não compreendem o que seja a aplicação da graça para com eles; mas, nossa pecaminosidade requer a concessão da graça por parte de um Deus misericordioso. Foi a graça que enviou nosso Salvador à procurar-nos, errantes e restituir-nos ao Seu redil.

Veja este texto inspirado: “Se a fé e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma oportunidade para a falsidade ser aceita como verdade. Se alguém pode merecer a salvação por alguma coisa que faça, encontra-se, então, na mesma posição que os católicos para fazer penitência por seus pecados. A salvação, nesse caso, consiste em parte numa dívida, que pode ser quitada com o pagamento. Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a salvação, então ela tem de ser inteiramente pela graça, recebida pelo homem como pecador, porque ele aceita a Jesus e crê nEle. A salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele.” Fé e Obras, 17

Todas as alianças ou pactos humanos tiveram e tem condições e prazos para serem cumpridos, e todos eles acabaram e acabam um dia, mas Jesus nos propôs uma Aliança de vida eterna, quando derramou o Seu próprio sangue, o sangue do pacto, o sangue da Nova Aliança. A diferença do pacto humano para a Nova Aliança com Deus é que esta jamais será anulada, é para a eternidade. Amém?

Hoje Deus quer fazer ou refazer uma aliança com você. E, principalmente Deus quer fazer uma aliança de Salvação com você, uma aliança que permitirá você se achegar diretamente a Deus, ter intimidade com Ele, ouvir Sua voz, sentir Sua presença, conhecer a Sua vontade e obedecer-lhe. 

Lembre-se que a nossa parte na aliança é a obediência aos mandamentos de Deus

QUARTA-FEIRA (12 de abril) UM SACERDÓCIO REAL – Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, já fez o único sacrifício pelo pecado, de uma vez por todas, Hebreus 10:12, e não há mais qualquer sacrifício pelos pecados que possa ser feito, Hebreus 10:26. Mas como os sacerdotes no passado ofereciam outros tipos de sacrifícios no templo, fica então claro, vendo I Pedro 2:5,9, que Deus escolheu os cristãos para “para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Pedro 2:5-9 fala de dois aspectos do sacerdócio do crente. O primeiro é que os crentes são privilegiados. Ser escolhido por Deus para ser um sacerdote era um privilégio. Hoje todos os crentes foram escolhidos por Deus: “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” verso 9

No tabernáculo do Velho Testamento e no templo, havia lugares onde somente os sacerdotes tinham acesso. Dentro do santíssimo, atrás de um grosso véu, somente o sumo sacerdote tinha acesso, e isto, somente uma vez ao ano, no dia da Expiação, quando ele fazia um oferecimento em favor dos pecados de todo o povo. Mas, por causa da morte de Jesus Cristo na cruz do Calvário, todos os crentes agora têm direto acesso ao trono de Deus através de Jesus Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote. Ver Hebreus 4:14-16.

Que privilégio sermos capazes de ter acesso ao trono de Deus, diretamente, e não através de qualquer sacerdote terreno! Quando Cristo voltar e a Nova Jerusalém vier à terra, ver Apocalipse 21, os crentes verão a Deus face a face e lá O servirão, ver Apocalipse 22:3-4. Mais uma vez, que privilégio, especialmente para nós, que antes éramos “não um povo”... “sem esperanças”... destinados à destruição por causa dos nossos pecados! 
Os crentes são chamados “reis e sacerdotes” e um “sacerdócio real” como reflexo de sua posição privilegiada de herdeiros do reino do Todo Poderoso Deus e do Cordeiro. Por causa desta proximidade privilegiada com Deus, nenhum outro mediador se faz necessário. Os crentes são chamados sacerdotes porque a salvação não é meramente um “seguro contra incêndio” para escaparmos da destruição final pelo fogo. Antes, os crentes são chamados por Deus para servi-Lo ao oferecer sacrifícios espirituais, sendo pessoas zelosas e de boas obras. Como sacerdotes do Deus vivo, devemos dar louvores Àquele que nos deu o grande dom do sacrifício de Seu Filho em nosso lugar, e em resposta, devemos dividir esta maravilhosa graça com outros, pregando-lhes o evangelho.

Muitos dos crentes a quem Pedro dirigiu suas cartas estavam vivendo no meio do paganismo, e muito dependia de permanecerem fiéis à alta vocação de sua profissão de fé. O apóstolo insistia em seus privilégios como seguidores de Cristo Jesus. “Vós sois a geração eleita”, escreveu, “o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” I pedro 2:9,10 Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma; tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação”I pedro 2:11 e 12 O apóstolo esboça com clareza a atitude que deveriam os crentes sustentar em relação às autoridades civis: “Sujeitai-vos pois a toda a ordenação humana por amor do Senhor: quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por Ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.” Atos dos Apóstolos, 293

QUINTA-FEIRA (13 de abril) PROCLAMANDO OS LOUVORES –  O texto principal para hoje é este; e mostra qual é a missão da igreja cristã : “Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” I Pedro 2:10.

Este povo, que recebeu o privilégio de proclamar os louvores de Deus, deve fazer a sua parte na pregação do evangelho. O antigo Israel tinha o privilégio e a missão de levar ao mundo a salvação oferecida por Jeová.

Hoje os crentes foram incumbidos desta missão. Leia os seguintes textos: Deut. 4:6; 26: 18 e 19; Isaías 60:1-3 e Zacarias 8:23.

O verdadeiro louvor e adoração a Deus não se limita ao que fazemos na igreja ou em adoração aberta. A verdadeira adoração e o verdadeiro louvor, que podemos oferecer a Deus, é o reconhecimento de Deus e todo o Seu poder e glória em tudo o que fazemos. A forma mais elevada de louvor e adoração é a obediência a Deus e à Sua Palavra. Para fazer isso, devemos conhecer a Deus; não podemos ser ignorantes dele, ver Atos 17:23.  
A adoração serve para glorificar e exaltar a Deus e para mostrar a nossa lealdade e admiração ao nosso Pai. A outra parte que os crentes devem fazer é anunciar a glória de Deus às pessoas. Se somos sacerdócio real, devemos oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus. Se somos raça eleita, um povo que espera sua posse, devemos proclamar o Seu louvor: A esse povo que formei para mim; o meu louvor relatarão.” Isaías 43:21.

Todos os crentes são chamados para servir, pois fomos criados para servir! Encontramos este texto precioso na Bíblia: “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos”. Efésios 2:10

O próprio Jesus deixou-nos o maior exemplo de serviço voluntário.Ele disse dele mesmo: “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” Mateus 20:28.

Fomos criados para dar nossa contribuição em favor do mundo e não apenas para consumir os produtos existentes no mundo. Deus nos criou para fazermos a diferença! O que importa não é quanto tempo vivemos mas sim como vivemos. Deus nos diz que fomos criados e salvos para servir e que recebemos dons e que fomos moldados para servir. Deus chamou todos os crentes para o serviço em Sua obra. No entanto, muitas vezes a nossa falta de conhecimento e limitação pessoal faz que nos sintamos impossibilitados de nos envolvermos na obra do Senhor. Deus quer nos usar, e precisamos estar disponíveis para que Ele nos use! Deus chama pastores e obreiros bíblicos, mas chama também os irmãos leigos e voluntários para estarmos unidos na Missão de socorrer as pessoas em suas necessidades físicas e espirituais.

John Wesley disse assim: “Faça todo o bem que puder, com todos os meios que tiver, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares onde estiver, para todas as pessoas que precisar, enquanto puder”.

O cristão verdadeiro não é apenas aquele que tem a verdade, mas é aquele que a ama e proclama com a vida e com os lábios. Portanto, de uma forma ou de outra, todos devem se envolver com a pregação do evangelho de Jesus Cristo de forma direta e indireta com a pregação; distribuição de materiais, livros, dvds, sites de evangelismo, estudos bíblicos, levantamento de interessados, produção de conteúdo cristão. Mas todos podem ser cristãos no lar, no trabalho, na sociedade, desenvolvendo os frutos do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5:22.

Devemos servir pelo senso de missão.Temos uma grande responsabilidade em nossas mãos. Deus nos chama para sermos restauradores de brechas. Ver Isaías 58:6-12. Este é o nosso principal desafio! Em II Crônicas 29:11 encontramos este texto: “Agora, filhos meus, não sejais negligentes; pois o Senhor vos tem escolhido para estardes diante dele para o servirdes, e para serdes seus ministros..”. Portanto, o nosso compromisso e  responsabilidade deve ser alcançar aqueles que não conhecem a Jesus.

James Hannington, nascido em 1847, foi missionário em Uganda onde morreu como mártir em favor do evangelho de Cristo. Ele dedicou a sua fortuna na pregação da Palavra. David Livingstone também ofereceu a sua vida em favor do evangelho de Cristo no interior do Continente Africano. Muitos outros fizeram a mesma coisa, viveram em função da Missão de Cristo; atendendo ao chamado para servir. 

Qual é o seu envolvimento com a missão de Cristo?

SEXTA-FEIRA (14 de abril) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 3 (2º trimestre) UM SACERDÓCIO REAL – Pedro cita várias passagens do Antigo Testamento para lembrar aos seus leitores o estatuto especial eles tem perante Deus, enquanto membros da comunidade da nova aliança de Deus, que veio dar continuação ao ministério dos israelitas. Missão construída sobre Jesus Cristo.

Nós que possuímos o sacerdócio de Deus e o honramos, fazemos parte dos que foram reservados para este período especial da história. O apóstolo Pedro descreveu em I Pedro 2:9 sobre a nossa missão. Como podemos nos tornar dignos de ser chamados de “sacerdócio real”?

Há tempos a traz li a história de certo atleta. Em julho de 1976, o maratonista Garry Bjorklund estava determinado a integrar a equipe olímpica norte-americana na prova de 10.000 metros nas Olimpíadas de Montreal. Porém, na metade da corrida classificativa, perdeu o tênis esquerdo, mas ele continuou mesmo sem o tênis. Sabia que teria de correr mais rápido do que nunca. Tinha consciência de que seus concorrentes agora tinham uma vantagem sobre ele. Percorreu a pista cheia de buracos nas pedras, com um pé calçado e o outro descalço, e terminou em terceiro lugar, o que o classificou para disputar a corrida pela medalha de ouro. Seu tempo de corrida foi o melhor que jamais tinha alcançado. Ele realizou o esforço necessário para atingir sua meta.

Como filhos de Deus somos portadores do sacerdócio real e, com certeza, atravessamos períodos na vida em que podemos cair. Quando isso acontecer, espero que perseveremos e façamos um esforço ainda maior para alcançar os nossos objetivos espirituais.

A igreja é muito preciosa aos olhos de Deus. Ele não a avalia por suas prerrogativas exteriores, mas pela sincera piedade que a distingue do mundo. Estima-a segundo o crescimento dos membros no conhecimento de Cristo, segundo o progresso na experiência espiritual. Cristo anseia receber de Sua vinha os frutos da santidade e desinteresse. Espera os princípios de amor e benignidade. Toda a beleza da arte não pode ser comparada à do temperamento e caráter que devem ser revelados nos representantes de Cristo. A atmosfera de graça que circunda a alma do crente, o Espírito Santo que opera na mente e no coração, é que o faz um cheiro de vida para vida, e faculta a Deus o abençoar Sua obra. Uma congregação pode ser a mais pobre da Terra. Pode não ter atrativo algum de pompa exterior; mas se os membros possuírem os princípios do caráter de Cristo, terão Sua paz no espírito. Os anjos unir-se-ão a eles na adoração. O louvor e ação de graças de corações reconhecidos ascenderão a Deus como suave sacrifício. O Senhor deseja que façamos menção de Sua bondade e falemos de Seu poder. É honrado pela expressão de louvores e ações de graças. Diz: “Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará.” Quando jornadeava pelo deserto, o povo de Israel louvava a Deus com cânticos sacros. Os mandamentos e promessas de Deus eram postos em música, e durante toda a viagem cantavam-nos os viajantes peregrinos. E em Canaã, quando se congregassem nas festas sagradas, as maravilhosas obras de Deus deviam ser relembradas e oferecidas ações de graças ao Seu nome. Deus desejava que toda a vida de Seu povo fosse uma vida de louvor. Assim Seu caminho deveria tornar-se conhecido na Terra e “em todas as nações”, a Sua “salvação”. Parábolas de Jesus, 158.


Luís Carlos Fonseca

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