segunda-feira, 20 de março de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (II trimestre 2017) RELAÇÕES SOCIAIS

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (II trimestre 2017) RELAÇÕES SOCIAIS

VERSO ÁUREO: Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.” I Pedro 4:8

INTRODUÇÃO (sábado 15 de abril) – A carta de Pedro aborda alguns problemas sociais que a igreja estava enfrentado no tempo do apóstolo. Por exemplo: Como os cristãos deveriam viver com um governo opressivo e corrupto? Pedro mostrou para os leitores a necessidade de respeitar os governantes e de orar por eles. 

Naquele tempo havia escravidão e um governo totalitário. Hoje a maioria dos governos ocidentais são democráticos, mas como reagimos diante da corrupção de alguns governantes? Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” Romanos 13:1.
Que postura um cristão deve tomar em relação ao governo instituído? A primeira atitude é a oração em favor daqueles que os governam. Jeremias assim escreveu: Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz." Jer. 29:7


Jeremias lembrava seus ouvintes que todos deveriam orar pela paz da cidade. Obviamente, as pessoas diretamente envolvidas com a paz na cidade são seus governantes. Orar pela cidade significa orar por aqueles que a governam. Devemos orar por sua conversão e mudanças de atitude no governo ou para que o Senhor intervenha, os retire do poder e abençoe a nação com pessoas que O temam para nos governar.

Podemos, também, pacificamente protestar contra intenções ou ações dos que nos governam; vereadores, prefeitos, governantes, deputados, senadores e até presidentes, que se colocam acima da Palavra de Deus. O governador da época de João Batista foi repreendido por ele por causa de sua conduta de vida. Por causa de uma vida de adultério e de “todas as maldades”, Lucas 3:19. que o governador Herodes cometia, João Batista pacificamente protestou.

Outro assunto importante é como os cônjuges de hoje devem agir um com o outro, especialmente com aqueles que são descrentes. A relação conjugal em que apenas um é crente e o outro é descente deve ser tratada com bastante cautela, visto que se trata de uma aliança unida e testemunhada por Deus. No primeiro século, a situação da mulher era bem diferente da posição que ela desfruta nas modernas sociedades ocidentais. Ela não tinha alguns direitos básicos, por exemplo; não possuía existência independente do seu marido; não podia tomar decisões próprias; vivia debaixo dos caprichos do pai, quando era solteira, e dos caprichos do marido, quando era casada.

O que representava para uma mulher casada se tornar cristã, no contexto bíblico? A sua situação poderia se tornar extremamente complicada. As religiões dos gregos e romanos eram essencialmente idólatras e pagãs. Havia o culto ao imperador, as religiões de mistério e a religião tradicional dos gregos e romanos. O paganismo e a idolatria, em geral, eram a religião de todos eles. Quando a mulher se tornava cristã, isso implicava abandonar a religião do marido, o que representava uma afronta à autoridade dele. Ela não podia fazer isso sem a permissão dele. As mulheres tinham de seguir a religião do marido. Uma mulher casada que desejasse se tornar cristã tinha que saber que estava correndo o risco de ser espancada pelo marido, ser expulsa de casa e casos deste tipo eram muito frequentes naquela época.

O que as mulheres cristãs não podiam fazer?  Não podiam divorciar-se. Pedro não diz que aquelas mulheres deviam se separar de seus maridos. É importante salientar isso. Hoje há correntes dentro do cristianismo defendendo que mulheres cristãs, casadas com maridos descrentes, devem se separar para servir a Deus, para se dedicar integralmente a Jesus Cristo e à Sua igreja. O marido descrente é visto como um empecilho e um obstáculo à fé da esposa. Contudo, o casamento jamais pode ser dissolvido em nome de uma maior dedicação a Deus ou em nome de uma espiritualidade. 

Lembremos que as instruções dadas por Pedro servem para todas as mulheres, mais especialmente àquelas que são casadas com maridos descrentes. Busque força e graça em Jesus para conviver e fazer bem ao seu cônjuge que é incrédulo.

O governo sob que Jesus viveu era corrupto e opressivo; clamavam de todo lado os abusos, extorsões, intolerância e abusiva crueldade. Não obstante, o Salvador não tentou nenhuma reforma civil. Não atacou nenhum abuso nacional, nem condenou os inimigos da nação. Não interferiu com a autoridade nem com a administração dos que se achavam no poder. Aquele que foi o nosso exemplo, conservou-Se afastado dos governos terrestres. Não porque fosse indiferente às misérias do homem, mas porque o remédio não residia em medidas meramente humanas e externas. Para ser eficiente, a cura deve atingir o próprio homem, individualmente, e regenerar o coração”. O Desejado de Todas as Nações, 358.

DOMINGO (16 de abril) A IGREJA E O ESTADO – Este é o verso para hoje: “Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos; como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei.” I Pedro 2:13-17.

Como sabemos, a primeira coisa que o crente deve fazer é orar em favor dos govenantes: "Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, PARA QUE TENHAMOS UMA VIDA QUIETA E SOSSEGADA, em toda a piedade e honestidade; porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador." I Timóteo 2:1-3. 

Mas, quando os governantes oprimem a nossa consciência, devemos obedecer a Deus, e Pedro nos deu um bom exemplo de como podemos discordar dos que nos governam e, até mesmo, chegarmos a descumprir suas ordens. Ver Atos 5:28 e 29

As primeiras palavras do texto acima trazem uma ordem das autoridades da época para que Pedro e os demais apóstolos não pregassem. Ou seja, quando uma lei claramente contrária à Palavra de Deus foi dada, a resposta de Pedro foi: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.”. Em termos de política, a igreja Adventista do 7º Dia se baseia em pelo menos três princípios fundamentais.

Um deles é o princípio da separação entre igreja e estado, o que leva a cada uma dessas entidades a cumprir suas respectivas funções sem interferir nos negócios da outra. A igreja adventista crê que só poderá preservar esse princípio por meio de uma postura denominacional sem compromissos partidários, não se posicionando nem a favor e nem contra quaisquer regimes ou partidos políticos. Essa postura é extensiva à igreja e à todas as suas instituições.

Outro princípio fundamental é que o nível de justiça social de um país é diretamente proporcional ao nível de justiça individual de cada um dos seus cidadãos, e que esta justiça individual, por sua vez, deriva do interior da própria pessoa. Reconhecendo as dimensões sociais do pecado, a igreja Adventista apoia e mesmo participa de projetos sociais e educacionais que beneficiam a vida comunitária sem entrarem em conflito com os princípios bíblicos. Muitos desses projetos são levados a efeito em nome da sua agência humanitária ADRA (Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), outros pela ASA (Ação Solidária Adventista)


O cristianismo não isenta os cristãos dos seus deveres civis, e isso está evidente na ordem de Cristo: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Marcos 12: 17. O Novo Testamento apresenta várias orientações a respeito do dever cristão de honrar os governos civis como instituídos por Deus, ver Romanos 13:1-7; Tito 3:1 e 2 e I Pedro 2:13-17. O outro princípio que a igreja adota é aquele que já apresentamos; somente quando tais governos obrigam seus súditos a transgredirem as leis divinas é que o cristão deve assumir a postura de que “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” Atos 5:29.

As melhores orientações sobre esse assunto são encontradas nas seguintes fontes; “Nossa Atitude Quanto à Política” do livro Obreiros Evangélicos, páginas 391-396, e trechos do livro Fundamentos da Educação Cristã, páginas 475 a 484, de Ellen White. Faça uma consulta!

SEGUNDA-FEIRA (17 de abril) SENHORES E ESCRAVOSEste é o texto para hoje: “Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus. Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente.” I Pedro 2:18-23

De acordo com o Dr. Marvin Vincent, “em muitas cidades da Ásia Menor, o número de escravos ultrapassava o de homens livres.No império romano, as pessoas possuíam dois níveis sociais que se encaixavam; escravos ou livres. Em muitas ocasiões, escravos eram melhor tratados, cuidados e alimentados do que os homens livres. Famílias de escravos possuíam a segurança do cuidado de seus senhores enquanto famílias livres, em momentos de seca ou escassez de alimento, acabavam padecendo fome e necessidades.

A escravidão nos dias de Pedro não era baseada em etnias ou raças. Qualquer ser humano podia se tornar em um escravo e qualquer escravo podia se tornar um homem livre. Homens livres e escravos viviam e trabalhavam juntos no século I, e eram, socialmente, distinguidos apenas por seus status social de escravo ou de livre. Há inúmeros relatos de pessoas que, podendo alcançar sua liberdade, preferiam continuar vivendo com seus senhores, como escravos, pela segurança que isso lhes trazia.

Como o cristianismo torna todos os homens irmãos uns dos outros, não deveria haver ameaças ou opressão por parte dos senhores sobre seus escravos irmãos, principalmente aqueles que consentissem em viver como escravos para fugir da fome e proteger sua família. 

Seja na na família, no trabalho, nos estudos, na igreja ou em qualquer relação social devemos agir e viver dispensando amor e respeito pelas pessoas.  É a Deus que prestaremos contas e é a Ele que amamos com todo nosso coração. Por isso, devemos pensar nele antes de quaisquer decisões que venhamos a tomar em relação ao nosso próximo.  
A carta de Paulo a Filemom mostra a influência do evangelho nas relações entre senhores e servos. A escravidão era instituição estabelecida em todo o império romano, e tanto senhores como escravos eram encontrados na maioria das igrejas pelas quais Paulo trabalhou. Nas cidades, onde os escravos eram muitas vezes muito mais numerosos do que a população livre, leis de terrível severidade eram consideradas necessárias para mantê-los em sujeição. Um romano rico possuía, não raro, centenas de escravos de toda categoria, de todas as nações e de toda habilidade. Com pleno controle sobre a vida e o corpo dessas desajudadas criaturas, podiam infligir-lhes o castigo que desejassem. Se um deles, por vingança ou autodefesa, ousasse levantar a mão para seu proprietário, toda a família do ofensor poderia ser cruelmente sacrificada. O mais leve erro, acidente ou descuido eram, muitas vezes, punidos sem misericórdia. Alguns senhores, mais humanos que outros, eram mais indulgentes para com seus servos; mas a grande maioria dos ricos e nobres, procedendo sem restrição à luxúria, paixão e apetite, tornava seus escravos miseráveis vítimas de capricho e tirania. A tendência de todo o sistema era desesperadamente degradante. Atos dos Apóstolos, 257

Quando convertido, o escravo tornava-se membro do corpo de Cristo, e como tal, devia ser amado e tratado como irmão, co-herdeiro com seu senhor das bênçãos de Deus e dos privilégios do evangelho. Por outro lado, os servos deviam cumprir seus deveres, “não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus”. O cristianismo cria um forte laço de união entre o senhor e o servo, o rei e o súdito, o ministro do evangelho e o degradado pecador que encontrou em Cristo a purificação do pecado. Foram lavados no mesmo sangue, vivificados pelo mesmo Espírito; e são feitos um em Cristo Jesus. Atos dos Apóstolos, 258

TERÇA-FEIRA (18 de abril) MULHERES E MARIDOSEste é o texto para hoje: Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; considerando a vossa vida casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos; como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, fazendo o bem, e não temendo nenhum espanto. Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” I Pedro 3:1-7

A Palavra de Deus pede às mulheres que sejam submissas aos maridos. Onde fica a prática do amor e da igualdade de filhas e filhos de Deus? Para compreendermos este texto necessitamos voltar no tempo e conhecer a realidade das mulheres no contexto em que a carta de Pedro foi escrita.

No mundo greco-romano, no tempo em que foi escrita a primeira carta de Pedro, podemos distinguir vários grupos de mulheres: Havia as mulheres da aristocracia que, embora ricas e livres, eram dominadas pelos homens da família: pai, marido ou tutor. Havia mulheres que possuíam grandes riquezas, e isso lhes possibilitava participar da vida pública e agir como benfeitoras de outros grupos e pessoas. Havia mulheres livres nas famílias de pequenos proprietários e comerciantes. Haviam as mulheres pobres que podiam trabalhar como vendedoras, comerciantes, tecelãs, copeiras e até como prostitutas.  Havia também as que trabalhavam ao lado de seus maridos, especialmente na zona rural.

Além das mulheres livres, podemos mencionar as mulheres libertas e as escravas. As libertas eram as que haviam nascido escravas ou, por um motivo ou outro, foram submetidas a essa condição e conseguiram comprar sua liberdade. Conforme o direito romano, a mulher dependia do pai ou do marido. Quando a mulher ficava sob o poder do marido, passava para a categoria de filha na nova família. E as escravas não tinham qualquer liberdade! Pedro estava reforçando a posição que a mulher devia tomar naquele tempo.

Jesus abriu espaço para a atuação das mulheres na sociedade e na igreja. Essa mesma prática passou a fazer parte do dia a dia das comunidades cristãs. O livro dos Atos dos Apóstolos e outros textos do Novo Testamento mencionam a presença de mulheres assumindo posição de liderança. Veja os seguintes exemplos: As mulheres presentes no começo do cristianismo; Tabita, Maria; a mãe de João Marcos, Lídia, Dâmaris, as filhas de Filipe, Febe, Priscila, Júnia entre outras. Ver Atos 1:14; 9:36; 12:12-14; 16:13-5:40; 17:34; 21:8-9; Rom. 16:3-15. Há muitos outros textos que falam da presença ativa das mulheres nas comunidades cristãs, como a carta aos Romanos, onde Júnia é chamada de diaconisa, Rom 16:1. O espaço religioso se tornou um lugar ideal para as mulheres exercerem a sua liberdade com responsabilidade.

A esposa deve respeitar o marido. O marido deve amar sua esposa e mostrar desvelo por ela; e unindo-se nos votos matrimoniais como um só ser, sua crença em Cristo deve fazer que sejam um com Ele. Que pode agradar mais a Deus do que ver os que assumem a relação matrimonial buscarem juntos aprender de Jesus a tornarem-se mais e mais imbuídos do Seu Espírito? Manuscrito 36, 1899. Tendes agora deveres por cumprir, que não tínheis antes de vosso casamento. “Revesti-vos, pois, ... de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade.” Andai em amor, como também Cristo vos amou.” “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja. ... De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela.” O Lar Adventista, 114

QUARTA-FEIRA (19 de abril) RELACIONAMENTOS SOCIAIS – Leia I Pedro 2:11 até 3:7 e verá os relacionamentos sociais que os crentes são convidados a desenvolver com respeito e amor.

Já vimos que Pedro escreveu sobre como deve ser o relacionamento dos cristãos com as autoridades, as quais foram nomeadas por Deus para reger as nações, como deve ser a postura deles com os patrões, baseando-se no exemplo de Cristo como a maior motivação e como deve ser o relacionamento entre marido e mulher no casamento.

O apóstolo ensina que a submissão a Deus e humildade entre nós deve nortear todos estes relacionamentos. Agora, na lição de hoje, Pedro traça um resumo de tudo o que ensinou antes. Ele reitera algumas lições preciosas que considera importante: A postura dos cristãos diante dos irmãos na fé, a postura dos cristãos diante dos seus opositores, a postura dos cristãos perante a vida e o contraste entre os justos e aqueles que praticam o mal.

1) A postura diante dos irmão: “E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.” I Pedro 3:8

2) A postura diante dos inmigos e dos que praticam o mal : “Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção.” I Pedro 3:9

Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.” I Pedro 3:12

3) A postura diante da vida: "Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano. Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.” I Pedro 3:10 e 11.

Veja outros relacionamentos que os crentes devem desenvolver: Em I aos Coríntios 7: 12-16 menciona que as mulheres casadas com descrentes devem santificar os maridos. Em Romanos 13: 1-7 Paulo menciona que os crentes devem ser submissos às autoridades. Em Efésios 5:22-33 mostra o respeito e amor que os cônjuges devem demonstrar um para o outro. Em Gálatas 3:27 e 28 mostra que o crente não pode ter preconceitos de raças: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”

Sofremos uma perda quando negligenciamos o privilégio de reunir-nos para fortalecer e animar uns aos outros no serviço de Deus. As verdades da Sua Palavra perdem o atrativo e a importância para nossa mente. Nosso coração deixa de ser iluminado e comovido por Sua influência santificadora, e nossa espiritualidade declina. Perdemos muito em nossas relações como cristãos por falta de simpatia um pelos outros. Aquele que se fecha em si mesmo não está preenchendo a posição designada por Deus. O cultivo adequado dos elementos sociais de nossa natureza desenvolve a simpatia de uns em relação aos outros e é uma maneira de nos fazer crescer e fortalecer-nos para o serviço de Deus.” Caminho a Cristo, 64

QUINTA-FEIRA (20 de abril) O CRISTIANISMO E A ORDEM SOCIAL - Como podemos relacionar a obediência às autoridades com o serviço social que prestamos em favor das pessoas? Compare os seguintes textos; Atos 5: 27-32; I Pedro 2: 13-17; Mateus 22: 39 e Levítico 19:18.

Os crentes de todas as gerações têm vivido sob governos antagônicos, repressivos e pagãos. Isso era especialmente verdadeiro em relação aos crentes do primeiro século que, sob regimes políticos impiedosos, sustentaram a sua fé sob imenso estresse cultural. E Jesus disse que devemos pagar impostos aos governantes. A vontade de Deus deve estar relacionada em todos os aspectos da vida. Ver Mateus 6:33. 

Os planos e propósitos de Deus são fixos, e a Sua vontade é inviolável. Ele realizará a Sua vontade, a qual nenhum governo pode contrariar. Ver Daniel 4:34-35. Na verdade, é Deus quem "remove reis e estabelece reis" Daniel 2:21. Apesar de homens maus abusarem do seu poder político por terem uma intenção perversa, Deus o usa para o bem, trabalhando "para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Romanos 8:28. Os apóstolos ordenaram os cristãos do primeiro século, assim como nós hoje, a proclamar o evangelho e dar testemunho de forma clara do poder transformador do Evangelho.

O propósito original da igreja, dado por Deus, não se encontra em ativismo político, mas sim em proclamar o evangelho de Cristo, e começa pelas obras sociais, levando auxílio às pessoas que necessitam. A nossa missão não reside na mudança da nação através de uma reforma política, mas na mudança de coração através da Palavra de Deus. Somente quando os corações dos crentes em uma cultura são alterados por Cristo é que a cultura local começa a refletir essa mudança. Você faz a diferença através de suas atitudes sociais? 

Ellen G. White menciona como Jesus fazia e como devemos nos relacionar com as pessoas. Veja estes textos: “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” A Ciência do Bom Viver, 143

Vão a seus vizinhos e se aproximem deles, até que o coração deles seja aquecido por seu interesse e amor altruísta. Simpatizem com eles, orem por eles, fiquem atentos às oportunidades para lhes fazer o bem, sempre que seja possível, abram a Palavra de Deus a essas mentes escurecidas. Sejam vigilantes, como quem tem que prestar contas a Deus pelos seres humanos. Aproveitem ao máximo o privilégio que Deus lhes dá de trabalhar lado a lado com Ele em Sua vinha. Não deixem de falar a seus vizinhos e lhes mostrar toda bondade que esteja ao seu alcance, a fim de que por todos os meios possam salvar alguns.” Review and Herald, 13/03/1888.

Os estudos mostram que, aproximadamente 80% das pessoas que se unem à igreja, foram atraídas por meio de relacionamentos familiares ou com amigos. Na prática da evangelização necessitamos de duas coisas; doutrinas bíblicas e amizade. Jesus deu provas da eficácia da amizade em Seu ministério. Devemos fazer o mesmo. Por isso é necessário participarmos das campanhas da ADRA, distribuição de literaturas da igreja, clube de desbravadores, rastreios de saúde, feira de saúde e serviço voluntário onde auxiliamos pessoas e instituições com recursos, tempo e habilidades. Não devemos esquecer de participarmos de pequenos grupos de estudos da Bíblia, de classes batismais e de estudos bíblicos, pois estes métodos auxiliam na colheita de almas para o reino de Cristo. 

Jesus encontrava as pessoas onde elas estavam e ministrava às suas necessidades. Jesus empregava formas diferentes de abordagem, ao encontrar os diferentes indivíduos no lugar em que eles estavam, com suas diversas necessidades. Em várias ocasiões Jesus ofereceu alimento físico, Mat 14:15-20, cura divina, Mat 14:14, sociabilização, João 2:1-5, segurança emocional, João 4:4-12 e espiritualidade, João 3:1, 2.

Veja este texto: “Durante Seu ministério, Jesus dedicou mais tempo a curar os enfermos do que a pregar. Seus milagres testificavam da veracidade de Suas palavras, de que não veio para destruir, mas para salvar.” A Ciência do Bom Viver, 19.

Até que ponto a fidelidade nos dízimos e ofertas contribuem para a realização do atendimento às pessoas?

SEXTA-FEIRA (21 de abril) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 4 (II trimestre 2017) RELAÇÕES SOCIAISPedro descreve a vontade de Deus quanto a maneira como um cristão deve relacionar-se com as pessoas em seus vários níveis. Pedro menciona Jesus e alguns personagens do Velho Testamento como padrões para os cristãos seguirem.

De que modo Pedro apresenta Cristo como nosso modelo nos relacionamentos sociais? “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” I Pedro 2:21-24

"Quando as leis dos homens se chocam com a Palavra e a lei de Deus, cumpre-nos obedecer a estas, sejam quais forem as conseqüências. À lei de nossa terra que exige entregarmos um escravo a seu senhor, não devemos obedecer; e cumpre-nos sofrer as conseqüências de violar essa lei. O escravo não é propriedade de homem algum. Deus é seu legítimo senhor, e o homem não tem nenhum direito de tomar a obra de Deus em suas mãos, e pretender que é propriedade sua.Vi que o Senhor tem ainda que ver com as leis do país. Enquanto Jesus está no santuário, o refreador Espírito de Deus é sentido por governantes e pelo povo. Mas Satanás domina em grande parte a massa do mundo, e não fossem as leis do pais, experimentaríamos muito sofrimento. Foi-me mostrado que, quando é realmente necessário, e eles são chamados a testemunharem de modo legal, não é violação da Palavra de Deus que Seus filhos tomem solenemente a Deus para testemunhar de que o que dizem é verdade, e coisa alguma senão a verdade.” Testemunhos para a Igreja, vol 1, 201 e 202

Luís Carlos Fonseca



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