domingo, 16 de julho de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (III TRIMESTRE/2017) O CAMINHO PARA A FÉ

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (III TRIMESTRE/2017) O CAMINHO PARA A FÉ

OBJETIVOS DESTA LIÇÃO: Lembrar que a letra da lei, mesmo sendo sem vida, nos protege e aponta para Cristo. Sentir amor e respeito pela lei dos 10 mandamentos, pois ela serve de espelho para mostrar os nossos pecados. Estar escondidos em Cristo para que Ele nos dê forças para obedecermos a lei.

VERSO ÁUREO: “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.” Gálatas 3:22

INTRODUÇÃO (sábado 5 de agosto) - Para que as pessoas iniciem no caminho espiritual, devem percorrer alguns caminhos específicos. Por exemplo; para obtermos o perdão dos nossos pecados, precisamos percorrer o caminho do arrependimento. Como resultado, somos lavados e remidos pelo sangue de Cristo, o que torna nossas vestes espirituais alvas como a neve.

O caminho que devemos percorrer para que nossa fé seja ativada, no mundo espiritual, é o caminho do amor. Como consequência, temos a graça de Deus transbordando abundantemente em nossa vida. Mas, antes da fé e do amor vem o conhecimento da Palavra de Deus. A Palavra é que suscita a fé como vemos no texto a seguir: “Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Romanos 10:16-17.

Após este lindo relacionamento de fé e amor com Deus, somos incluídos na família de Deus: “Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.“ Gálatas 5:6.

Qual é o caminho para a fé? É a comunhão diária com Deus através do estudo da bíblia, oração e meditação nas coisas de Deus. Algumas pessoas, possuem uma fé pequena, mas obtém maravilhosos resultados espirituais. Outras pessoas tem uma fé sobrenatural, mas lutam o tempo todo e o dia inteiro, e vivem uma vida de tensão espiritual. Muitas vezes, recebem pouco de Deus. Muitos podem pensar que Deus os está colocando à prova. Outros, que há um pecado oculto. E muitas outras teorias. Mas não é nada disso. O que determina a felicidade gerada pela fé humilde, é a comunhão com Deus.

“A suposta fé em Cristo que leva a pessoa a se esquivar da obrigação de obedecer a Deus não é fé, mas presunção. “Pela graça sois salvos, mediante a fé”. Entretanto, “a fé, se não tiver obras, por si só está morta”. Jesus Cristo disse acerca de Si mesmo, antes de vir à Terra: “Agrada-Me fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; dentro do Meu coração, está a Tua lei”. E antes de subir ao Céu, Ele declarou: “Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço” Diz a Escritura: “Sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos. [...] Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou”. “Pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os Seus passos”. Caminho a Cristo, 39

“Quão longe estamos de representar o caráter de Cristo! Precisamos, porém, apropriar-nos de Seus méritos pela fé viva, e invocá-Lo como nosso Salvador. Ele morreu no Calvário para nos salvar. Cada um devia fazer disso uma ação individual entre Deus e seu caráter, como se fosse a única pessoa do mundo. Quando exercemos fé pessoal, nosso coração não será frio como uma cunha de ferro; estaremos aptos a compreender o que quis dizer o salmista quando escreveu: “Bem-aventurado aquele... cujo pecado é coberto." The Review and Herald, 12 de março de 1888. 

“Se pela fé avançarmos passo a passo no caminho reto, seguindo o Grande Líder, a luz iluminará o nosso caminho; e as circunstâncias serão de molde a remover as dificuldades. A aprovação de Deus dará esperança, e anjos ministradores cooperarão conosco, trazendo luz, graça, coragem e alegria.” Testemunhos para a Igreja, vol 6, 130

DOMINGO (6 de agosto) A LEI E A PROMESSA - Este é o texto principal para o estudo de hoje: “É a lei, então, contra as promessas de Deus? De modo nenhum; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.” Gálatas 3:21

Os israelitas, infelizmente, acostumados aos ásperos conceitos religiosos dos egípcios, unicamente podiam compreender que eram pecadores, e que tanto necessitavam da salvação, mas com uma condição, se chegassem a ter uma clara visão da Lei Moral de Deus, e também através das leis cerimoniais. E como lhes foram apresentados detalhadamente os estatutos cerimoniais, puderam ver a forma que Deus tinha idealizado para a salvação dos Seus filhos como vemos em Filipenses 2:15: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.” Mas, mesmo no Sinai, Deus já havia publicado a lei moral em tábuas de pedras para que se lembrassem de guardar a lei moral que sempre esteve em vigor, desde o Jardim do Éden e mesmo no céu.

Paulo sempre teve o cuidado de nunca diminuir a lei de Deus. Apercebendo-se de que os seus escritos poderiam levar os leitores a terem uma visão distorcida da lei em relação a promessa, o apóstolo faz a pergunta e ele mesmo responde:“É a lei, então, contra as promessas de Deus? De modo nenhum...” A lei de Deus nunca se choca com a promessa ds graça. As duas tem apenas propósitos e funções diferentes no plano geral, traçado por Deus para salvar a humanidade.

Alguns judeus pensavam que a lei podia dar vida espiritual como vemos no verso para hoje. Esses religiosos interpretaram mal algumas promessas de Deus, onde a lei apenas nos mostra o caminho para alcançarmos a fé e a promessa. A lei apenas regula a vida do crente, mas quem dá vida é Deus, e a atuação do Espírito Santo na nossa vida. Paulo procurou provar a incapacidade da lei em dar vida quando escreveu o verso áureo desta semana: “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado...” . Veja também Levítico 18:5 e Deut. 6:24

Embora a lei não nos possa salvar, o que seria de nós, se vivéssemos em plena desobediência?

“Este mesmo concerto foi renovado a Abraão, na promessa: “Em tua semente serão benditas todas as nações da Terra”. Esta promessa apontava para Cristo. Assim Abraão a compreendeu e confiou em Cristo para o perdão dos pecados. Foi esta fé que lhe foi atribuída como justiça. O concerto com Abraão mantinha também a autoridade da lei de Deus. O Senhor apareceu a Abraão e disse: “Eu sou o Deus todo-poderoso, anda em Minha presença e sê perfeito”. Gên 17:1. O testemunho de Deus concernente a Seu fiel servo foi: “Abraão obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas leis”. Gên 26:5. E o Senhor lhe declarou: “Estabelecerei o Meu concerto entre Mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente depois de ti”.

"Se bem que este concerto houvesse sido feito com Adão e renovado a Abraão, não poderia ser ratificado antes da morte de Cristo. Existira pela promessa de Deus desde que se fez a primeira indicação de redenção; fora aceito pela fé; contudo, ao ser ratificado por Cristo, é chamado um novo concerto....A lei de Deus foi a base deste concerto, que era simplesmente uma disposição destinada a levar os homens de novo à harmonia com a vontade divina, colocando-os onde poderiam obedecer à lei de Deus.” Patriarcas e Profetas, 266, 267

SEGUNDA-FEIRA (7 de agosto) “GUARDADOS DEBAIXO DA LEI” - O que significa estar guardado sob a lei? É o mesmo que estar sob a sua condenação: “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.” Gálatas 3:23

A lei expõe e revela nossa incapacidade de atender às exigências divinas, pois ela nos confronta com o padrão de Deus. Ela nos mostra a verdadeira maneira de adorá-lo, estabelece as diretrizes segundo as quais devemos viver e regulamenta nossas relações com nosso próximo.

Além disso, a lei é o fundamento que um dia norteará a sentença que receberemos quando nossa vida for julgada por Deus. Pela lei, reconhecemos quem é Deus e como nós devemos ser e nos portar. Mas, existe uma coisa que a lei não pode realizar: ela não consegue nos salvar. Ela nos expõe diante de Deus e mostra que somos pecadores culpados. Essa é sua função. As pessoas que viveram antes de Cristo, estavam debaixo dos rudimentos da lei, Pois se Cristo não tivesse vindo, todos estariam perdidos para sempre e condenados pelos rudimentos da lei.

Graças a Deus, Cristo cumpriu o pacto e morreu pela humanidade; e a ética espiritual estabelecida por Jesus Cristo supera tudo que já houve em matéria de lei moral e toda e qualquer possibilidade dentro da ética humana. Jesus exige que cumpramos normas diametralmente opostas ao nosso comportamento natural.

Essa ética estabelecida por Jesus só pode ser seguida por pessoas que nasceram de novo, que entregaram todo o seu ser ao Senhor: “Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei” Heb 10:16. A Bíblia diz, ainda, acerca dos renascidos: “Deus “...nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” II Cor. 3:6.

Alguns judaizantes, que ainda insistiam em ficar debaixo da lei, estavam como que dizendo que o sacrifício de Cristo não era importante. Hoje, quando alguns, inconscientemente, enaltecem o dízimo, a guarda do sábado, a frequência aos cultos e os seus cargos na igreja, relacionados com as suas capacidades pessoais;acima da comunhão com Jesus, estão como que dizendo que ainda permanecem “debaixo da lei” É a tal tentativa de salvação pelas boas obras.

Devemos estar guardados debaixo da graça de Cristo. E isso significa manter comunhão com Cristo. Ser perfeito o contexto bíblico não é ficar dizendo quer já é santo por que realiza coisas boas. O verdadeiro santo nunca diz que é santo. Ele mantém comunhão com Cristo. Veja como isso é comprovado por Deus: “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15:4,5

A vitória sobre o pecado só é possível através de Cristo, atuando em minha vida, e nunca através daquilo que eu posso realizar: “Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu." I João 3:6

A fé não é somente você crer em Jesus e pronto: Está salvo... A fé não está apenas relacionada à justificação, ela também está ligada com a santificação e isso é muito importante, pois muitos usam a lei com instrumento de santificação; só que isso é impossível...Não existe auto-santificação, é sempre Deus que santifica.

“Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.”Romanos 7:6. A lei serviu de aio ou guia, mas depois da manifestação de Jesus; nascemos de novo e passamos a ser guiados pelo Espírito de Deus e se nascemos de novo, somos filhos de Deus. Novamente: Tudo isso é pela fé, inclusive a obediência da lei.

TERÇA-FEIRA (8 de agosto) A LEI COMO NOSSA “GUARDA” – É bom lembrarmos que Paulo, em Gálatas, trata com os judaizantes, por isso ele dizia que estar sob a lei era uma espécie de condenação, mas uma outra ênfase dada à lei muda totalmente de significado. A lição de hoje mostra outros significados de estar sob a lei:

A palavra grega traduzida por “guardados” sob a lei, significa literalmente “protegidos”. A lei nunca pode ser comparada à maldição, ao contrário; ela sempre foi uma bênção, como vemos no texto a seguir: “E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus.” Deuteronômio 28:1-2

“Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados = protegidos debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.” Gálatas 3:23. Encarando desta maneira, fica fácil entendermos que estava longe do pensamento de Paulo dizer que a lei dos 10 mandamentos não precisa mais de ser guardada. O próprio Paulo enalteceu o valor da lei quando diz: “ E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.” Romanos 7:12. Amém? 

Que benefícios trouxe a lei moral e cerimonial para o povo de Israel? “Qual é pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.” Romanos 3:1-2. Eles foram guiados pela existência das referidas leis.

Pense em uma coisa boa que é mal usada. Um medicamento para tratar uma certa doença só pode ser usado para aquela doença. Toda a problemática criada em torno de Gálatas era porque Paulo estava usando o evangelho puro de Cristo para tratar o problema dos judaizantes que queriam ser salvos pela lei.

“Como Supremo Governador do Universo, Deus tem ordenado leis para o governo, não somente de todos os seres vivos, mas para todo o funcionamento da natureza. Todas as coisas, sejam grandes ou pequenas, animadas ou inanimadas, acham-se sob leis que se não podem desconsiderar. Não há exceção a essa regra; pois coisa alguma criada pela divina mão tem sido esquecida pela mente divina. ... unicamente ao homem, a obra-prima da criação, deu o Senhor uma consciência para compreender as sagradas reivindicações da lei divina, e um coração capaz de amá-la como santa, justa e boa; e do homem requer-se obediência pronta e perfeita." The Signs of The Times, 15 de abril de 1888

A obediência à lei de Deus nos concede liberdade e felicidade: “Antes da manifestação do mal, havia paz e alegria por todo o Universo. Tudo estava em perfeita harmonia com a vontade do Criador. O amor a Deus era supremo; imparcial, o amor de uns para com outros. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai um na natureza, no caráter e no propósito e o único Ser em todo o Universo que poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. Por Cristo, o Pai efetuou a criação de todos os seres celestiais. “NEle foram criadas todas as coisas que há nos céus ... sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades” (Colossenses 1:16); e tanto para com Cristo, como para com o Pai, todo o Céu mantinha lealdade...

Sendo a lei do amor o fundamento do governo de Deus, a felicidade de todos os seres criados dependia de sua perfeita harmonia com seus grandes princípios de justiça. Deus deseja de todas as Suas criaturas serviço de amor, homenagem que brote de uma apreciação inteligente de Seu caráter. Ele não tem prazer em uma submissão forçada, e a todos confere vontade livre, para que possam prestar-Lhe serviço voluntário.” O Grande Conflito, 493  
QUARTA-FEIRA (9 de agosto) A LEI COMO O NOSSO AIOO que significa aio? Deriva da palavra grega “Paidagogos” que para o português é pedagogo. Paidagogos era um escravo na sociedade romana, colocado numa posição de autoridade sobre os filhos do seu dono e senhor; a partir da idade dos 7 anos até a maturidade da criança. O aio ficava responsável pela criança, desde de dar banho, servir refeições , levar e buscar à escola, até a segurança e integridade física dos filhos do seu senhor. E, esses paidagogos exerciam o papel com muita rigidez. Não eram os professores, nem os pais, mas serviam para cuidar da criança. É claro que esta função era temporária. Quando o filho chegava à maioridade já não estava mais sujeito ao aio. Quando Cristo chegou, a lei deixou de exercer a mesma autoridade que exercia! Amém?

Em Gálatas, Paulo mostra que as pessoas que estavam sujeitas a lei dos mandamentos no passado já não permanecem subordinadas a este "aio" com a chegada de Cristo. Ele afirma que a lei cumpriu sua função temporária. Por isso, ela não tem o mesmo domínio depois da chegada da fé em Cristo. Ele disse: "Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio" Gálatas 3:23-25.

O aio representa a lei revelada através dos dez mandamentos e diversas outras regras dadas aos judeus. As leis cerimoniais foram abolidas na cruz, a lei moral continua em vigor, mas não tem a força que tinha do que antes de Jesus. A fé representa o evangelho de Jesus Cristo. As boas novas de salvação em Cristo já foram reveladas, e ninguém precisa guardar as leis cerimoniais do Velho Testamento.

No primeiro século, houve muitos problemas entre cristãos porque alguns não entenderam este fato. Continuaram guardando a lei de Moisés, insistindo, por exemplo, que a circuncisão era necessária para ter comunhão com Deus. Paulo procurou corrigir este erro. Mas os 10 mandamentos continuam em vigor!

Espírito de Profecia: “Nesta passagem(Gálatas 3:24), o Espírito Santo, através do apóstolo, refere-se especialmente à lei moral. A lei revela-nos o pecado, levando-nos a sentir a nossa necessidade de Cristo.” Mensagens Escolhidas. Vol 1, 234

“Perguntam-me acerca da lei em Gálatas. Que lei é o aio que nos deve levar a Cristo? Respondo: Tanto o código cerimonial como o moral, dos Dez Mandamentos. Cristo foi a base de toda a economia judaica. A morte de Abel foi conseqüência de recusar-se Caim a aceitar o plano de Deus na escola da obediência, isto é, salvar-se pelo sangue de Jesus Cristo, simbolizado pelas ofertas sacrificais que apontavam para Cristo. Caim recusou-se a derramar o sangue que tipificava o sangue de Cristo, o qual ia ser derramado pelo mundo. Toda essa cerimônia foi preparada por Deus, e Cristo tornou-Se o fundamento de todo o sistema. Este é o princípio da obra da lei, como aio a levar pecaminosos instrumentos humanos à consideração de Cristo — o fundamento de toda a organização judaica. Todos os que prestavam serviço em relação com o santuário, eram constantemente educados acerca da intervenção de Cristo em favor da raça humana. Esse serviço destinava-se a criar em todo coração humano o amor à lei de Deus, que é a lei de Seu reino. O oferecimento de sacrifícios devia ser uma lição objetiva do amor de Deus revelado em Cristo — a Vítima sofredora e agonizante, que tomou sobre Si o pecado do qual era culpado o homem; o Inocente Se fez pecado por nós.” Mensagens Escolhidas Vol 1, pág 233

QUINTA-FEIRA (10 de agosto) A LEI E O CRENTE – “ Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.” Gálatas 3:25.

Agora fica fácil entender a lição de hoje. Já que fomos salvos por Cristo através do Seu sangue, torna-se diferente o nosso relacionamento com a lei. Antes, o povo de Deus guardava a lei das ordenanças para alcançar o tipo, que é Cristo. Aquelas leis foram abolidas. O povo guardava os 10 mandamentos para obter favor perante Deus; depois de Cristo, os verdadeiros cristãos guardam a lei porque foram resgatados e salvos do poder do pecado. Guardam como forma de gratidão. Fácil de entender não é?

O texto de hoje mostra a bênção que Cristo proporcionou na vida dos Seus filhos: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne. Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Romanos 8:1-4

Como vive e anda um crente carnal e um espiritual? “Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?” I Coríntios 3:3

Na visão de Deus, e inspirada pelo Espírito Santo nas Escrituras, o crente carnal, anda em inveja, ciúmes e contendas. O nome carnal já identifica qual a situação deste crente diante de Deus, isto é: aquele que anda na carne, mesmo dizendo-se um crente. O apóstolo Paulo, testemunha na Palavra de Deus, da sua situação quando vivia neste tipo de vida: "Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte" Romanos 7.5.

Paulo aprovava a lei de Deus, e considerava-a espiritual; mas sendo carnal, estava vendido sob o pecado. Nesta situação, ele não conseguia fazer o bem que queria, mas o mal que não queria, isto é o que fazia, pois ele disse: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim” Romanos 7.14-17.

Nesta passagem o apóstolo Paulo mostra claramente qual a situação de um crente carnal. Todo crente carnal não consegue fazer o bem que quer, mas somente o mal que não quer, por causa do pecado que habita nele. O crente carnal não consegue obedecer a lei dos 10 mandamentos.

Qual tem sido a sua situação, carnal ou espiritual? Jesus nos disse que “pelos seus frutos os conhecereis”. Não existe ninguém que esteja na carne, e que não manifeste pelas suas obras. “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus” Gálatas 5.19-21. Somos convidados a vivermos no Espírito Santo e a produzirmos os Seus frutos. Ver Gálatas 5:22

SEXTA-FEIRA (11 de agosto) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 7 (III TRIMESTRE/2017) O CAMINHO PARA A FÉ - Nenhuma pessoa é salva por obedecer a lei de Deus e isso não seria viável, seria ilógico. A lei tem como finalidade evitar que alguém erre, mas se errar, a lei tem por objetivo fazer saber que precisa de um Salvador, e se não quiser o Salvador, a lei exerce a função condenar à morte. Assim Jesus voluntariou-Se para providenciar o escape da condenação da lei pela fé que o crente venha exercer nele.

Ao mesmo tempo que a lei atua como protetora e disciplinadora, ela aponta para Jesus. Jesus cumpriu os requisitos da lei, assim também devemos nós fazer o mesmo. No viver diário cada crente é convidado a deixar o Espírito santo viver na nossa vida. Passamos a amar a lei a medida que nos relacionamos com Jesus.

“Muitos recusam obedecer aos mandamentos de Deus; dão, porém, muita importância à fé. Mas a fé precisa ter um fundamento. Todas as promessas de Deus são feitas sob condições. Se fazemos Sua vontade, se andamos na verdade, então podemos pedir o que quisermos, e nos será feito. Enquanto procurarmos diligentemente ser obedientes, Deus ouvirá nossas petições; mas Ele não nos abençoará na desobediência. Se resolvemos desobedecer a Seus mandamentos, podemos exclamar: “Fé, fé, basta ter fé!”, e a segura Palavra de Deus dará a resposta: “A fé sem as obras é morta” Semelhante fé será apenas como o bronze que soa e como o címbalo que retine.” Ellen White

“Se pela fé avançarmos passo a passo no caminho reto, seguindo o Grande Líder, a luz iluminará o nosso caminho; e as circunstâncias serão de molde a remover as dificuldades. A aprovação de Deus dará esperança, e anjos ministradores cooperarão conosco, trazendo luz, graça, coragem e alegria.” Testemunhos para a Igreja, vol 6, 130

O meu desejo é que produzamos os frutos espirituais para termos prazer na comunhão com Cristo e na obediência aos Seus mandamentos.

Luís Carlos Fonseca


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