terça-feira, 25 de julho de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 (III trimestre/2017) O APELO PASTORAL DE PAULO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 (III trimestre/2017) O APELO PASTORAL DE PAULO

OBJETIVOS DA LIÇÃO: A mensagem do Espírito Santo através de Paulo passou de uma argumentação para um apelo pessoal. Paulo suplicou, como pastor, para que a igreja na Galácia se unisse a ele em uma experiência espiritual. Cada membro de igreja é convidado a aproveitar a companhia humana e espiritual do pastor da igreja e dar-lhe apoio.

VERSO ÁUREO:“Irmãos, rogo-vos que sejais como eu, porque também eu sou como vós; nenhum mal me fizestes.” Gálatas 4:12

INTRODUÇÃO (sábado 19 de agosto) - Paulo usou o método dos apelos emocionais para que o Espírito Santo atingisse o coração das pessoas. Fazer apelos no final de cada sermão é um excelente método e que deve ser utilizado nos dias de hoje pelos pregadores.

A relação entre o pastor e os membros da igreja deve ser a melhor possível. Cada qual deve respeitar a individualidade, a cultura e o estilo de cada um, mas todos devem estar unidos em torno do amor de Cristo e da missão da igreja, que é conservar a fé e esperança dos membros e evangelizar.

Paulo deixou claro que era igual aos membros das igrejas que pastoreava, como vimos no verso áureo desta semana. Mas, ele estava disposto a enaltecer a Palavra de Deus acima da amizade, como vemos em Gálatas 4:16: “Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade?” Gálatas 4:16. Este verso era como se ele estivesse dizendo: “Estão zangados comigo, porque vos digo a verdade?”

Mesmo correndo o risco de perder alguns judaizantes, que estavam sob a névoa do legalismo, Paulo preferiu enaltecer “Jesus Cristo, e este crucificado.” Assim devemos ser também. Nossos costumes e tradições devem estar sob o escrutínio da Bíblia; e, se necessitarmos de mudanças precisamos fazê-las. A verdade dita com amor, mesmo sendo incomoda alcança corações. A verdade deve ser dita de forma progressiva aos amigos e interessados. Mas quando chegar o momento de dizer toda a verdade, essa não deve ser omitida.

“A maneira como Paulo viveu entre os gálatas foi tal que ele pôde afirmar mais tarde: "Rogo-vos que sejais como eu." Gál. 4:12. Seus lábios tinham sido tocados com a brasa viva do altar, e ele foi habilitado a sobrepor-se às fraquezas do corpo e a apresentar a Jesus como a única esperança do pecador. Os que o ouviam sabiam que ele havia estado com Jesus. Assistido com o poder do alto, estava capacitado a comparar as coisas espirituais com as espirituais e a demolir as fortalezas de Satanás.” Atos dos Apóstolos, 209. Casa publicadora Brasileira

“Os pastores podem pregar sermões aprazíveis e convincentes, e fazer muito esforço para edificar a igreja, e fazê-la prosperar; mas a menos que seus membros façam individualmente sua parte como servos de Jesus Cristo, a igreja estará sempre em trevas e sem forças. Endurecido e tenebroso como se acha o mundo, a influência de um exemplo verdadeiramente coerente será uma força para o bem. É erro fatal supor que a obra de salvação de almas depende só do ministério. O humilde e consagrado crente sobre quem o Senhor da vinha colocou o encargo das almas, deve receber encorajamento daqueles a quem o Senhor deu maiores responsabilidades. Os que ocupam lugar de líderes na igreja de Deus devem sentir que a missão do Salvador é dada a todos os que crerem no Seu nome. Deus deseja enviar para a Sua vinha a muitos que não foram consagrados ao ministério pela imposição das mãos. A idéia de que o pastor deve levar toda a carga e fazer todo o trabalho, é um grande engano. Sobrecarregado de trabalho e exausto, poderá descer ao sepulcro quando, se a carga houvesse sido repartida como era o plano de Deus, poderia haver vivido. A fim de que a carga seja distribuída, devem instruir a igreja os que podem ensinar outros a seguirem a Cristo e trabalharem como Ele trabalhou.” Serviço Cristão, 52.

Como podemos, a exemplo de Paulo, aproveitar os relacionamentos como plataforma para a partilha da verdade, mesmo quando esta é incomoda? Como podemos auxiliar o pastor da igreja no cuidado do rebanho?

DOMINGO (20 de agosto) O CORAÇÃO DE PAULO – Em Gálatas 4:12-20 Paulo continua seu discurso, porém ele muda de abordagem, pelo menos um pouco. Paulo usou uma série de argumentos detalhados e sofisticados teologicamente para persuadir os gálatas de seus erros, e agora ele faz um apelo mais pessoal e pastoral. Ao contrário dos falsos mestres, que não tinham interesse verdadeiro nos crentes da Galácia, Paulo revela a verdadeira preocupação, a esperança e o amor de um bom pastor para com seu rebanho rebelde. Ele não desejava apenas corrigir a teologia, ele estava mostrando amor àqueles a quem ele amava. Amém?

Além disso, Paulo compara sua preocupação com os gálatas, à preocupação e angústia que acompanham a mãe durante o parto conforme Gálatas 4:19: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós.” O apóstolo tinha pensado que seu "trabalho" anterior tinha sido suficiente para a sua "entrega segura" quando fundou a igreja. Mas agora que os gálatas tinham se desviado da Verdade, Paulo estava experimentando as dores de parto mais uma vez, a fim de garantir o bem-estar do gálatas. Incrível não é?

Eu sei um pouco o que isso significa. Como pastor tenho visto pessoas se rebelarem contra as doutrinas do Senhor, contra o conselho/comissão da igreja, contra a estrutura da igreja. Até ai dá para tentar dar a volta, mas quando tenho que tratar com casos de pessoas que estão caindo em apostasia, e acham que não necessitam mais de Cristo; e depois de algum esforço, percebemos que a pessoa não vai mais à igreja, Isso dói! Tentar trazer de volta um membro que caiu em apostasia, as vezes, é mais difícil do que conduzir alguém pela primeira vez aos pés de Cristo.

Cada membro de igreja recebeu o chamado de Cristo para ser um pastor em sua influência de ação. Você tem procurado fazer o trabalho para o qual foi chamado? Você tem o coração de pastor para cuidar do rebanho que Deus lhe confiou como membro e oficial de igreja?

“O apóstolo exortava os gálatas a deixar os falsos guias por quem haviam sido desviados, e a voltar à fé que havia sido acompanhada por inquestionáveis evidências de aprovação divina. Os homens que os haviam procurado desviar de sua fé no evangelho eram hipócritas, de coração não santificado e vida corrupta. Sua religião era feita de um acervo de cerimônias, por cujas práticas esperavam ganhar o favor de Deus. Não tinham interesse num evangelho que requeria obediência à palavra: "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3. Sentiam que uma religião baseada em tal doutrina requeria demasiado sacrifício, e assim se apegavam a seus erros, enganando-se a si e aos outros” Atos dos Apóstolos, 387 - Casa Publicadora Brasileira

“Paulo tinha o coração cortado e sua alma estava contristada por essa franca apostasia da parte daqueles a quem ensinara fielmente os princípios do evangelho. Imediatamente ele escreveu aos enganados crentes, expondo as falsas teorias que tinham aceitado, e com grande severidade repreendia a todos os que se estavam apartando da fé. Após saudar os gálatas com as palavras "graça e paz da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo", dirige-lhes estas palavras de penetrante reprovação: "Maravilho-me de que tão depressa passásseis dAquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho. O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." Gál. 1:3, 6-8. Atos dos Apóstolos, 385

SEGUNDA-FEIRA (21 de agosto) O DESAFIO PARA VIR A SER - Embora Paulo não diz especificamente como ele queria que os gálatas se tornassem como ele, a sua preocupação era com a religião dos gálatas. O contexto não é de vanglória e orgulho pessoal. Paulo, certamente tinha em mente o maravilhoso amor, alegria, liberdade e a certeza de salvação que tinha encontrado em Jesus Cristo. À luz desta maravilha da salvação, Paulo tinha aprendido a considerar as coisas materiais como lixo conforme Filipenses 3: 5-9. Ele ansiava que os gálatas tivessem a mesma experiência espiritual que ele tinha.

É errado dizer: “Estou Salvo?” Em Gálatas 4:12, Paulo não pede que os gálatas o imitem, antes pede que eles venham a se tornar como ele. Isto não é presunção, é o desejo de ver a igreja santificada. Alguns cristãos não gostam de dizer: “Eu estou salvo em Cristo” por julgarem que o atributo de salvação pertence apenas a Deus. Mas a lição de hoje mostra-nos que podemos perfeitamente saber, se estamos sendo guiados pelo Espírito Santo ou não. É certo que há um conceito em teologia que mostra o contrário; diz assim: “Quanto mais próximos de Deus nos encontramos mais pecadores nos consideramos, e quanto mais distantes de Deus, mais santos nos achamos.”

Aqui Paulo estava tratando da teologia que separava os judaizantes do restante da igreja, e ele tinha convicção, gerada pelo Espírito, de que estava certo. Ao mantermos comunhão íntima com Jesus, recebemos também esta mesma convicção. Amém?

Paulo era também evangelista e expressava o desejo de que as pessoas se convertessem à Jesus, como ele. Ele disse assim à Agripa: “E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.” Atos 26:29. Há casos de pessoas que assistem aos cultos e frequentam à igreja, e que necessitam de converter-se à Cristo, como foi o caso de Agripa, Festo e outros e que mesmo diante de apelos pastorais de Paulo, não aceitaram.

Paulo trabalhou com crentes fiéis, alertando-os a permanecerem firmes na verdade recebida, mas teve que tratar com os dissidentes judaizante. Em nossos dias tais condições ocorrem com frequência, pois se formam dissidências contra a Igreja Adventista do Sétimo Dia, e grupos se aprofundam no erro, persistem nele, e já não conseguem facilmente ser orientados para mudar de direção. São pessoas que fazem guerra aberta contra as doutrinas bíblicas defendidas pela IASD.

Isso tem acontecido com alguma frequência e nós devemos estar preparados, através do Espírito Santo, para sabermos tratar estes casos com muito amor, mas também com alguma dose de energia e firmeza. É a guerra de Satanás contra o povo de Deus. Faz parte dessas batalhas o anúncio do evangelho de Cristo ao mundo inteiro, pois a guerra é espiritual.

“A Bíblia pouco tem a dizer em louvor ao homem. Pouco espaço é concedido para se narrarem as virtudes, mesmo dos melhores homens que já viveram. Este silêncio não é sem motivo; não é destituído de ensinos. Todas as boas qualidades que os homens possuem são dom de Deus; suas boas ações são realizadas pela graça de Deus mediante Cristo. Visto que tudo devem a Deus, a glória do que quer que sejam ou façam, a Ele pertence somente; não são senão instrumentos em Suas mãos. Mais que isto, conforme ensinam todas as lições da história bíblica, é coisa perigosa louvar ou exaltar o homem; pois se alguém vem a perder de vista sua inteira dependência de Deus, e a confiar em sua própria força, é certo que cairá. O homem está a lutar com adversários mais fortes do que ele. “Não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais.” É impossível a nós, em nossa própria força, sustentar o conflito; e o que quer que desvie de Deus a mente, o que quer que leve à exaltação própria ou presunção, está certamente a preparar o caminho para a nossa derrota. O conteúdo da Bíblia visa a inculcar desconfiança na força humana e incentivar a confiança no poder divino.” Patriarcas e Profetas, 529 Casa Publicadora Brasileira

O que precisa ser mudado na sua vida para tornar a ser melhor membro e evangelista? Sua vida espiritual melhorou, está na mesma situação ou piorou, desde que aceitou Jesus?

TERÇA-FEIRA (22 de agosto) TAMBÉM SOU COMO VÓSEste verso não é contraditório? “Irmãos, rogo-vos que sejais como eu, porque também eu sou como vós; nenhum mal me fizestes.” Gálatas 4:12. Até aqui temos visto que Paulo fez um esforço em dizer que as pessoas deviam tornar-se como ele; cristão zeloso e fiel; mas, na outra parte do verso ele diz:“porque também eu sou como vós.” 

A final, os judaizantes eram como Paulo, ou Paulo como eles? Aqui Paulo está dizendo que, embora sendo um judeu, ele tornou-se em um gentio para pregar-lhes o evangelho. Em I aos Coríntios menciona que Paulo variava o método de pregação conforme a pessoas ou raça: “E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.” I Coríntios 9:20-22. Ficou mais fácil de compreender a lição de hoje?

Quando a verdade é contextualizada junto das pessoas com quem é partilhada, tem mais chances de atingir o coração. E Paulo tinha esta facilidade. É certo que Paulo não podia permitir descuidos da maneira como vivia a fé, pois os seus oponentes mantinham um controle muito apertado sobre a sua conduta. Qualquer deslize por parte de dele, seria fatal para o seu sucesso, como pastor.

“Paulo não aproximava-se dos judeus de maneira a despertar-lhes os preconceitos. Não lhes dizia, a princípio, que deviam crer em Jesus de Nazaré; mas insistia nas profecias que falavam de Cristo, Sua missão e obra. Levava seus ouvintes passo a passo, mostrando-lhes a importância de honrar a lei de Deus. Dava a devida honra à lei cerimonial, mostrando que fora Cristo que instituíra a ordem judaica e o serviço sacrifical. Levava-os, então, até ao primeiro advento do Redentor, e mostrava que, na vida e morte de Cristo, se havia cumprido tudo como estava especificado nesse serviço sacrifical. Dos gentios, Paulo se aproximava exaltando a Cristo, e apresentando as exigências da lei. Mostrava como a luz refletida pela cruz do Calvário dava significação e glória a toda a ordem judaica….Assim variava o apóstolo sua maneira de trabalhar, adaptando sua mensagem às circunstâncias em que se achava. Alguns há, hoje, que não se convencerão seja qual for o método de apresentar a verdade; e o obreiro de Deus deve estudar cuidadosamente métodos melhores, a fim de não despertar preconceitos nem combatividade. Eis onde alguns têm fracassado. Seguindo suas inclinações naturais, têm fechado portas pelas quais, com outra maneira de agir, poderiam ter encontrado acesso a corações e, por intermédio desses, a outros ainda….Os obreiros de Deus devem ser homens de múltiplas facetas; isto é, devem possuir largueza de caráter. Não devem ser homens apegados a uma só ideia, estereotipados em sua maneira de agir, incapazes de ver que sua defesa da verdade deve variar segundo a espécie de pessoas entre as quais trabalham, e as circunstâncias que se lhes deparam.” Obreiros Evangélicos, págs 117 a 119 .

Que tipo de testemunho temos dado às pessoas, e que métodos temos usado para atingir os seus corações?

QUARTA-FEIRA (23 de agosto) O ENTÃO E AGORA – A lição de hoje menciona o tempo, entre o período em que Paulo era bem tratado na igreja da Galácia, e alguns anos depois, quando alguns desejaram e voltaram a praticar os ritos desnecessários enaltecendo mais a tradição do que a Cristo:“E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne; e não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne, antes me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo.” Gálatas 4:13-14.

O tempo passa e as coisas se repetem; até parece que este texto foi escrito nos dias de hoje e para nós. Quantas vezes, como igreja, precisamos nos reunir para tratar de disciplina de membros, ou outros assuntos porque alguns tornam-se endurecidos para com as coisas de Deus! E como algumas pessoas mudam facilmente de ideia! As mesmas pessoas que defendem um princípio, dali a pouco estão quebrando-o.

Um pastor quando chega na igreja é tratado “como anjo”, mas depois de um tempo, já não tem a mesma autoridade. Nem sempre porque ele mudou, mas porque as pessoas mudam o seu relacionamento com Deus, e projetam para a liderança da igreja uma atitude hostil. E o pastor acaba por ser um alvo mais fácil. Cada dia devemos nos perguntar: “estou tendo o cuidado de estudar a bíblia e de orar cada dia, para não perder o primeiro amor?”

É curioso que Paulo, em todos os tempos desde que aceitou o evangelho, manteve-se fiel ao chamado. Ele não mudou, mesmo em face dos sofrimentos. A lição de hoje traz o texto: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos, e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal, de maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.” II Coríntios 4:7-12 . Ver também II Cor. 12:7-10

Alguns cristãos tem o relacionamento com Deus, do antes e do depois dos sofrimentos. Como temos portado perante Deus em face dos sofrimentos?

“A fim de levá-los ao verdadeiro conhecimento de sua condição, Ele permite que o fogo da aflição os atinja, para que sejam purificados. As provações da vida são obreiras de Deus. ... O fogo não nos consumirá, mas somente removerá a escória, e sairemos sete vezes purificados, tendo a semelhança do Divino. Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis e alegreis. I Pedro 4: 12 e 13. Meditações Matinais. A Minha Consagração Hoje, 84 e 85


“Paulo fazia muitas coisas. Era professor sábio. Suas muitas cartas estão repletas de instrutivas lições, expondo princípios corretos. Trabalhava com as mãos, pois era fazedor de tendas, e desta maneira ganhava seu pão de cada dia. Sentia pesada responsabilidade pelas igrejas. Esforçava-se muito fervorosamente para apresentar aos membros os seus erros, a fim de que os pudessem corrigir, e não fossem enganados e desviados de Deus. Estava sempre procurando ajudá-los em suas dificuldades; e no entanto declara: “Uma coisa faço.” ... Muitas eram as responsabilidades de sua vida, no entanto sempre tinha presente essa “uma coisa”. A constante intuição da presença de Deus constrangia-o a manter os olhos fitos em Jesus, Autor e Consumador de sua fé. Carta 135, 1897. O grande propósito que constrangia Paulo a prosseguir em face das durezas e dificuldades, deveria levar cada obreiro cristão a consagrar-se inteiramente ao serviço de Deus. Atrações mundanas se apresentarão para afastar sua atenção do Salvador, mas ele deve prosseguir em direção ao alvo, mostrando ao mundo, aos anjos e aos homens que a esperança de ver a face de Deus compensa todos os esforços e sacrifícios que a concretização dessa esperança requer.” Atos dos Apóstolos, 484.

QUINTA-FEIRA (24 de agosto) DIZENDO A VERDADEEste é o texto para hoje: “Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade?” Gálatas 4:16. Vejamos outros exemplos de Alguém que teve que dizer a verdade e não foi aceito: “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” João 3:19

“Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia.” Mateus 26:64-65. Ver também Jeremias 36:17-23

Dizer a verdade tem os dois lados da moeda: primeiro, precisamos usar de todo tato para dizer a verdade. Não é aconselhável dizer que o papa, a estrutura da igreja Romana e os Estados Unidos constituem as bestas do Apocalipse 13 logo no primeiro estudo bíblico que fazemos, ou na primeira visita que um católico nos faz. E, no momento certo toda a verdade deve ser dita. Segundo, ao dizermos toda a verdade; devemos estar preparados para uma possível atitude hostil de quem a ouve.

A lição de hoje traz um texto onde menciona alguns que se opõe à verdade: “Eles têm zelo por vós, não como convém; mas querem excluir-vos, para que vós tenhais zelo por eles. É bom ser zeloso, mas sempre do bem, e não somente quando estou presente convosco. Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós; eu bem quisera agora estar presente convosco, e mudar a minha voz; porque estou perplexo a vosso respeito.” Gálatas 4:17-20.

Quem não atrapalha já ajuda! Que cuidados devemos ter para não sermos nós a causar danos ao evangelho de Cristo? Como temos tratado aqueles que erram?

Sabemos que Paulo precisava salvar os gálatas, convertidos do paganismo ao cristianismo, da tendência de retorno ao passado. Eles não estavam retornando ao paganismo anterior, mas indo à práticas que os levariam para a escravidão da lei. E não foi para escravizar que a lei de Deus foi concedida, mas para libertar. “Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” Tiago 1:25 .

Alguns judeus cristãos, ainda ligados às formalidades de uma obediência cega e não inteligente, ligados a procedimentos que se não bem entendidos se tornam meras ordens sem sentido, estavam querendo levar os gálatas ao ponto onde eles se encontravam quando obedeciam as suas regras e dogmas judaicos e pagãos. Os judaizantes o faziam com sutilezas, lisonjas e fala sedutora. Nisso se faziam de amigos, mas, percebendo ou não, eram traidores. E o seu objetivo era separar os gálatas de Paulo, pois ele era a principal fonte de sabedoria para os libertar daqueles formalismos caducos. E Paulo foi direto e falou a verdade a todos.

SEXTA-FEIRA (25 de agosto) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 9 (III trimestre/2017) O APELO PASTORAL DE PAULO – Depois de Paulo ter implantado o verdadeiro evangelho de Cristo na região da Galácia, tendo em vista a apostasia de alguns membros, Paulo lança um apelo emocional pastoral, como de pai para filhos, na tentativa de recuperá-los para Cristo. Amém?

“A situação era crítica. Os males que haviam sido introduzidos ameaçavam destruir rapidamente as igrejas da Galácia. Paulo tinha o coração cortado e sua alma estava contristada por essa franca apostasia da parte daqueles a quem ensinara fielmente os princípios do evangelho. Imediatamente ele escreveu aos enganados crentes, expondo as falsas teorias que tinham aceitado, e com grande severidade repreendia a todos os que se estavam apartando da fé. Após saudar os gálatas com as palavras "graça e paz da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo", dirige-lhes estas palavras de penetrante reprovação: "Maravilho-me de que tão depressa passásseis dAquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho. O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." Gál. 1:3, 6-8....

Os ensinos de Paulo estavam em harmonia com as Escrituras, e o Espírito Santo tinha dado testemunho de seu trabalho; por isso ele advertia a seus irmãos a não atentarem para coisa alguma que contradissesse as verdades que lhes havia ensinado. Nas igrejas da Galácia, aberta e desmascaradamente estava o erro suplantando a mensagem do evangelho. Cristo, o verdadeiro fundamento da fé, fora virtualmente renunciado pelas obsoletas cerimônias do judaísmo. O apóstolo viu que para que os crentes da Galácia fossem salvos das perigosas influências que os ameaçavam, as mais decisivas medidas deviam ser tomadas, dadas as mais penetrantes advertências. Atos dos Apóstolos, 383-385

 
"Uma importante lição que todo ministro de Cristo deve aprender, é a de adaptar seu trabalho às condições daqueles a quem busca beneficiar. Ternura, paciência, decisão e firmeza são igualmente necessárias; mas devem ser exercidas com o necessário discernimento. Tratar sabiamente com diferentes classes de mentalidades, sob circunstâncias e condições variadas, é uma obra que requer sabedoria e juízo iluminado e santificado pelo Espírito de Deus. Atos dos apóstolos, 385, 386
“As fervorosas palavras de súplica do apóstolo não ficaram sem fruto. O Espírito Santo operou com forte poder, e muitos cujos pés se haviam desviado para caminhos estranhos, retornaram a sua primeira fé no evangelho. Daí em diante ficaram firmes na liberdade com que Cristo os havia libertado.! Atos dos Apóstolos, 388.
Luís Carlos Fonseca


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