COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 9 (III trimestre/2017) O APELO PASTORAL DE PAULO
OBJETIVOS
DA LIÇÃO: A mensagem do Espírito Santo através de Paulo passou de
uma argumentação para um apelo pessoal. Paulo suplicou, como
pastor, para que a igreja na Galácia se unisse a ele em uma
experiência espiritual. Cada membro de igreja é convidado a
aproveitar a companhia humana e espiritual do pastor da igreja e
dar-lhe apoio.
VERSO
ÁUREO:“Irmãos, rogo-vos que sejais como eu, porque também eu sou
como vós; nenhum mal me fizestes.” Gálatas 4:12
INTRODUÇÃO
(sábado 19 de agosto) - Paulo usou o método dos apelos emocionais
para que o Espírito Santo atingisse o coração das pessoas. Fazer
apelos no final de cada sermão é um excelente método e que deve
ser utilizado nos dias de hoje pelos pregadores.
A
relação entre o pastor e os membros da igreja deve ser a melhor
possível. Cada qual deve respeitar a individualidade, a cultura e o
estilo de cada um, mas todos devem estar unidos em torno do amor de
Cristo e da missão da igreja, que é conservar a fé e esperança
dos membros e evangelizar.
Paulo
deixou claro que era igual aos membros das igrejas que pastoreava,
como vimos no verso áureo desta semana. Mas, ele estava disposto a
enaltecer a Palavra de Deus acima da amizade, como vemos em Gálatas
4:16: “Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade?” Gálatas
4:16. Este verso era como se ele estivesse dizendo: “Estão
zangados comigo, porque vos digo a verdade?”
Mesmo
correndo o risco de perder alguns judaizantes, que estavam sob a névoa
do legalismo, Paulo preferiu enaltecer “Jesus
Cristo, e este crucificado.”
Assim
devemos ser também. Nossos costumes e tradições devem estar sob o
escrutínio da Bíblia; e, se necessitarmos de mudanças precisamos
fazê-las. A verdade dita com amor, mesmo sendo incomoda alcança
corações. A verdade deve ser dita de forma progressiva aos amigos e
interessados. Mas quando chegar o momento de dizer toda a verdade,
essa não deve ser omitida.
“A
maneira como Paulo viveu entre os gálatas foi tal que ele pôde
afirmar mais tarde: "Rogo-vos que sejais como eu." Gál.
4:12. Seus lábios tinham sido tocados com a brasa viva do altar, e
ele foi habilitado a sobrepor-se às fraquezas do corpo e a
apresentar a Jesus como a única esperança do pecador. Os que o
ouviam sabiam que ele havia estado com Jesus. Assistido com o poder
do alto, estava capacitado a comparar as coisas espirituais com as
espirituais e a demolir as fortalezas de Satanás.” Atos dos
Apóstolos, 209. Casa
publicadora Brasileira
“Os
pastores podem pregar sermões aprazíveis e convincentes, e fazer
muito esforço para edificar a igreja, e fazê-la prosperar; mas a
menos que seus membros façam individualmente sua parte como servos
de Jesus Cristo, a igreja estará sempre em trevas e sem forças.
Endurecido e tenebroso como se acha o mundo, a influência de um
exemplo verdadeiramente coerente será uma força para o bem.
É
erro fatal supor que a obra de salvação de almas depende só do
ministério. O humilde e consagrado crente sobre quem o Senhor da
vinha colocou o encargo das almas, deve receber encorajamento
daqueles a quem o Senhor deu maiores responsabilidades. Os que ocupam
lugar de líderes na igreja de Deus devem sentir que a missão do
Salvador é dada a todos os que crerem no Seu nome. Deus deseja
enviar para a Sua vinha a muitos que não foram consagrados ao
ministério pela imposição das mãos. A idéia de que o pastor deve
levar toda a carga e fazer todo o trabalho, é um grande engano.
Sobrecarregado de trabalho e exausto, poderá descer ao sepulcro
quando, se a carga houvesse sido repartida como era o plano de Deus,
poderia haver vivido. A fim de que a carga seja distribuída, devem
instruir a igreja os que podem ensinar outros a seguirem a Cristo e
trabalharem como Ele trabalhou.” Serviço
Cristão, 52.
Como
podemos, a exemplo de Paulo, aproveitar os relacionamentos como
plataforma para a partilha da verdade, mesmo quando esta é incomoda?
Como podemos auxiliar o pastor da igreja no cuidado do rebanho?
DOMINGO
(20 de agosto) O CORAÇÃO DE PAULO – Em Gálatas 4:12-20 Paulo
continua seu discurso, porém ele muda de abordagem, pelo menos um
pouco. Paulo usou uma série de argumentos detalhados e sofisticados
teologicamente para persuadir os gálatas de seus erros, e agora ele
faz um apelo mais pessoal e pastoral. Ao contrário dos falsos
mestres, que não tinham interesse verdadeiro nos crentes da Galácia,
Paulo revela a verdadeira preocupação, a esperança e o amor de um
bom pastor para com seu rebanho rebelde. Ele não desejava apenas
corrigir a teologia, ele estava mostrando amor àqueles a quem ele
amava. Amém?
Além
disso, Paulo compara sua preocupação com os gálatas, à
preocupação e angústia que acompanham a mãe durante o parto
conforme Gálatas 4:19: “Meus
filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo
seja formado em vós.” O apóstolo tinha pensado que seu
"trabalho" anterior tinha sido suficiente para a sua
"entrega segura" quando fundou a igreja. Mas agora que os
gálatas tinham se desviado da Verdade, Paulo estava experimentando
as dores de parto mais uma vez, a fim de garantir o bem-estar do
gálatas. Incrível não é?
Eu
sei um pouco o que isso significa. Como pastor tenho visto pessoas se
rebelarem contra as doutrinas do Senhor, contra o conselho/comissão
da igreja, contra a estrutura da igreja. Até ai dá para tentar dar
a volta, mas quando tenho que tratar com casos de pessoas que estão
caindo em apostasia, e acham que não necessitam mais de Cristo; e
depois de algum esforço, percebemos que a pessoa não vai mais à
igreja, Isso dói! Tentar trazer de volta um membro que caiu em
apostasia, as vezes, é mais difícil do que conduzir alguém pela
primeira vez aos pés de Cristo.
Cada
membro de igreja recebeu o chamado de Cristo para ser um pastor em
sua influência de ação. Você tem procurado fazer o trabalho
para o qual foi chamado? Você tem o coração de pastor para
cuidar do rebanho que Deus lhe confiou como membro e oficial de igreja?
“O
apóstolo exortava os gálatas a deixar os falsos guias por quem
haviam sido desviados, e a voltar à fé que havia sido acompanhada
por inquestionáveis evidências de aprovação divina. Os homens que
os haviam procurado desviar de sua fé no evangelho eram hipócritas,
de coração não santificado e vida corrupta. Sua religião era
feita de um acervo de cerimônias, por cujas práticas esperavam
ganhar o favor de Deus. Não tinham interesse num evangelho que
requeria obediência à palavra: "Aquele que não nascer de
novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3. Sentiam que uma
religião baseada em tal doutrina requeria demasiado sacrifício, e
assim se apegavam a seus erros, enganando-se a si e aos outros”
Atos dos Apóstolos, 387 - Casa Publicadora Brasileira
“Paulo
tinha o coração cortado e sua alma estava contristada por essa
franca apostasia da parte daqueles a quem ensinara fielmente os
princípios do evangelho. Imediatamente
ele escreveu aos enganados crentes, expondo as falsas teorias que
tinham aceitado, e com grande severidade repreendia a todos os que se
estavam apartando da fé. Após saudar os gálatas com as palavras
"graça e paz da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus
Cristo", dirige-lhes estas palavras de penetrante reprovação:
"Maravilho-me de que tão depressa passásseis dAquele que vos
chamou à graça de Cristo para outro evangelho. O qual não é
outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu
vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado,
seja anátema." Gál. 1:3, 6-8. Atos
dos Apóstolos, 385
SEGUNDA-FEIRA
(21 de agosto)
O DESAFIO PARA
VIR
A SER -
Embora
Paulo não diz especificamente como ele queria que os gálatas se
tornassem como ele, a sua preocupação era com a religião dos
gálatas. O contexto não é de vanglória e orgulho pessoal. Paulo,
certamente tinha em mente o maravilhoso amor, alegria, liberdade e a
certeza de salvação que tinha encontrado em Jesus Cristo. À luz
desta maravilha da salvação, Paulo tinha aprendido a considerar as
coisas materiais
como lixo conforme Filipenses 3: 5-9.
Ele
ansiava que os gálatas tivessem a mesma experiência espiritual que
ele tinha.
É
errado dizer: “Estou Salvo?” Em Gálatas 4:12,
Paulo não pede que os gálatas o imitem, antes pede que eles venham
a se tornar como ele. Isto não é presunção, é o desejo de ver a
igreja santificada. Alguns cristãos não gostam de dizer: “Eu
estou salvo em Cristo” por julgarem que o atributo de salvação
pertence apenas a Deus. Mas a lição de hoje mostra-nos que podemos
perfeitamente saber, se estamos sendo guiados pelo Espírito Santo ou
não. É certo que há um conceito em teologia que mostra o
contrário; diz assim: “Quanto mais próximos de Deus nos
encontramos mais pecadores nos consideramos, e quanto
mais distantes de Deus, mais santos nos achamos.”
Aqui
Paulo estava tratando da teologia que separava os judaizantes do
restante da igreja, e ele tinha convicção, gerada pelo Espírito,
de que estava certo. Ao mantermos comunhão íntima com Jesus,
recebemos também esta mesma convicção. Amém?
Paulo
era também evangelista e expressava o desejo de que as pessoas se
convertessem à Jesus, como ele. Ele disse assim à Agripa: “E
disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não
somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se
tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.”
Atos 26:29. Há casos de pessoas que assistem aos cultos e
frequentam à igreja, e que necessitam de converter-se à Cristo,
como foi o caso de Agripa, Festo e outros e que mesmo diante de
apelos pastorais de Paulo, não aceitaram.
Paulo
trabalhou com crentes fiéis, alertando-os a permanecerem firmes na
verdade recebida, mas teve que tratar com os dissidentes judaizante.
Em nossos dias tais
condições ocorrem com frequência, pois
se formam dissidências
contra a Igreja
Adventista do Sétimo Dia, e grupos se aprofundam no erro, persistem
nele, e já não conseguem facilmente ser orientados para mudar de
direção. São pessoas que
fazem guerra aberta contra as doutrinas bíblicas defendidas pela
IASD.
Isso
tem acontecido com alguma frequência e nós devemos estar
preparados, através do Espírito Santo, para sabermos tratar estes
casos com muito amor, mas também com alguma dose de energia e
firmeza. É a guerra de
Satanás
contra o povo de Deus.
Faz parte dessas batalhas o anúncio do evangelho de Cristo
ao mundo inteiro, pois a guerra é espiritual.
“A
Bíblia pouco tem a dizer em louvor ao homem. Pouco espaço é
concedido para se narrarem as virtudes, mesmo dos melhores homens que
já viveram. Este silêncio não é sem motivo; não é destituído
de ensinos. Todas as boas qualidades que os homens possuem são dom
de Deus; suas boas ações são realizadas pela graça de Deus
mediante Cristo. Visto que tudo devem a Deus, a glória do que quer
que sejam ou façam, a Ele pertence somente; não são senão
instrumentos em Suas mãos. Mais que isto, conforme ensinam todas
as lições da história bíblica, é coisa perigosa louvar ou
exaltar o homem; pois se alguém vem a perder de vista sua inteira
dependência de Deus, e a confiar em sua própria força, é certo
que cairá. O homem está a lutar com adversários mais fortes do que
ele. “Não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim
contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das
trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos
lugares celestiais.” É impossível a nós, em nossa própria
força, sustentar o conflito; e o que quer que desvie de Deus a
mente, o que quer que leve à exaltação própria ou presunção,
está certamente a preparar o caminho para a nossa derrota. O
conteúdo da Bíblia visa a inculcar desconfiança na força humana e
incentivar a confiança no poder divino.” Patriarcas
e Profetas, 529 Casa Publicadora Brasileira
O
que precisa ser mudado na sua vida para tornar a ser melhor membro e
evangelista? Sua vida espiritual melhorou, está na mesma situação
ou piorou, desde que aceitou Jesus?
TERÇA-FEIRA
(22 de agosto) TAMBÉM SOU COMO VÓS – Este verso não é
contraditório? “Irmãos, rogo-vos que sejais como eu, porque
também eu sou como vós; nenhum mal me fizestes.” Gálatas 4:12.
Até aqui temos visto que Paulo fez um esforço em dizer que as
pessoas deviam tornar-se como ele; cristão zeloso e fiel; mas, na
outra parte do verso ele diz:“porque também eu sou como vós.”
A final, os judaizantes eram como Paulo, ou
Paulo como eles? Aqui Paulo está dizendo que, embora sendo um
judeu, ele tornou-se em um gentio para pregar-lhes o evangelho. Em I
aos Coríntios menciona que Paulo variava o método de pregação
conforme a pessoas ou raça: “E fiz-me como judeu para os
judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei,
como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo
da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não
estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para
ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para
ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios
chegar a salvar alguns.” I Coríntios 9:20-22. Ficou mais
fácil de compreender a lição de hoje?
Quando
a verdade é contextualizada junto das pessoas com quem é
partilhada, tem mais chances de atingir o coração. E Paulo tinha
esta facilidade. É certo que Paulo não podia permitir descuidos da
maneira como vivia a fé, pois os seus oponentes mantinham um
controle muito apertado sobre a sua conduta. Qualquer deslize por
parte de dele, seria fatal para o seu sucesso, como pastor.
“Paulo
não aproximava-se
dos judeus de maneira a despertar-lhes os preconceitos. Não lhes
dizia, a princípio, que deviam crer em Jesus de Nazaré; mas
insistia nas profecias que falavam de Cristo, Sua missão e obra.
Levava seus ouvintes passo a passo, mostrando-lhes a importância de
honrar a lei de Deus. Dava a devida honra à lei cerimonial,
mostrando que fora Cristo que instituíra a ordem judaica e o serviço
sacrifical. Levava-os, então, até ao primeiro advento do Redentor,
e mostrava que, na vida e morte de Cristo, se havia cumprido tudo
como estava especificado nesse serviço sacrifical. Dos gentios,
Paulo se aproximava exaltando a Cristo, e apresentando as exigências
da lei. Mostrava como a luz refletida pela cruz do Calvário dava
significação e glória a toda a ordem judaica….Assim variava o
apóstolo sua maneira de trabalhar, adaptando sua mensagem às
circunstâncias em que se achava. Alguns há, hoje, que não se
convencerão seja qual for o método de apresentar a verdade; e o
obreiro de Deus deve estudar cuidadosamente métodos melhores, a fim
de não despertar preconceitos nem combatividade. Eis onde alguns têm
fracassado. Seguindo suas inclinações naturais, têm fechado portas
pelas quais, com outra maneira de agir, poderiam ter encontrado
acesso a corações e, por intermédio desses, a outros ainda….Os
obreiros de Deus devem ser homens de múltiplas facetas; isto é,
devem possuir largueza de caráter. Não devem ser homens apegados a
uma só ideia, estereotipados em sua maneira de agir, incapazes de
ver que sua defesa da verdade deve variar segundo a espécie de
pessoas entre as quais trabalham, e as circunstâncias que se lhes
deparam.” Obreiros Evangélicos, págs
117 a 119 .
Que
tipo de testemunho temos dado às pessoas, e que métodos temos usado
para atingir os seus corações?
QUARTA-FEIRA
(23 de agosto) O ENTÃO E AGORA – A lição de hoje menciona o
tempo, entre o período em que Paulo era bem tratado na igreja da
Galácia, e alguns anos depois, quando alguns desejaram e voltaram a
praticar os ritos desnecessários enaltecendo mais a tradição do
que a Cristo:“E vós sabeis que primeiro vos anunciei o
evangelho estando em fraqueza da carne; e não rejeitastes, nem
desprezastes isso que era uma tentação na minha carne, antes me
recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo.” Gálatas
4:13-14.
O
tempo passa e as coisas se repetem; até parece que este texto foi
escrito nos dias de hoje e para nós. Quantas vezes, como igreja, precisamos nos reunir
para tratar de disciplina de membros, ou outros assuntos porque
alguns tornam-se endurecidos para com as coisas de Deus! E como
algumas pessoas mudam facilmente de ideia! As mesmas pessoas que
defendem um princípio, dali a pouco estão quebrando-o.
Um
pastor quando chega na igreja é tratado “como anjo”, mas
depois de um tempo, já não tem a mesma autoridade. Nem sempre
porque ele mudou, mas porque as pessoas mudam o seu relacionamento
com Deus, e projetam para a liderança da igreja uma atitude hostil.
E o pastor acaba por ser um alvo mais fácil. Cada dia devemos nos
perguntar: “estou tendo o cuidado de estudar a bíblia e de orar
cada dia, para não perder o primeiro amor?”
É
curioso que Paulo, em todos os tempos desde que aceitou o evangelho,
manteve-se fiel ao chamado. Ele não mudou, mesmo em face dos
sofrimentos. A lição de hoje traz o texto: “Temos,
porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do
poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas
não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas
não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo,
para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos, e
assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor
de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa
carne mortal, de maneira que em nós opera a morte, mas em vós
a vida.” II Coríntios 4:7-12 . Ver também II Cor. 12:7-10
Alguns
cristãos
tem o relacionamento com Deus, do antes e do depois dos sofrimentos.
Como
temos portado perante Deus em face dos sofrimentos?
“Paulo
fazia muitas coisas. Era professor sábio. Suas muitas cartas estão
repletas de instrutivas lições, expondo princípios corretos.
Trabalhava com as mãos, pois era fazedor de tendas, e desta maneira
ganhava seu pão de cada dia. Sentia pesada responsabilidade pelas
igrejas. Esforçava-se muito fervorosamente para apresentar aos
membros os seus erros, a fim de que os pudessem corrigir, e não
fossem enganados e desviados de Deus. Estava sempre procurando
ajudá-los em suas dificuldades; e no entanto declara: “Uma coisa
faço.” ... Muitas eram as responsabilidades de sua vida, no
entanto sempre tinha presente essa “uma coisa”. A constante
intuição da presença de Deus constrangia-o a manter os olhos fitos
em Jesus, Autor e Consumador de sua fé. Carta 135, 1897. O grande
propósito que constrangia Paulo a prosseguir em face das durezas e
dificuldades, deveria levar cada obreiro cristão a consagrar-se
inteiramente ao serviço de Deus. Atrações mundanas se apresentarão
para afastar sua atenção do Salvador, mas ele deve prosseguir em
direção ao alvo, mostrando ao mundo, aos anjos e aos homens que a
esperança de ver a face de Deus compensa todos os esforços e
sacrifícios que a concretização dessa esperança requer.” Atos
dos Apóstolos, 484.
QUINTA-FEIRA
(24 de agosto)
DIZENDO A VERDADE – Este
é o texto para hoje:
“Fiz-me
acaso vosso inimigo, dizendo a verdade?” Gálatas 4:16. Vejamos
outros exemplos de Alguém que teve que dizer a verdade e não foi
aceito: “E
a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram
mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” João
3:19
“Disse-lhe
Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho
do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do
céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo:
Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem
ouvistes agora a sua blasfêmia.” Mateus 26:64-65. Ver também
Jeremias 36:17-23
Dizer
a verdade tem os dois lados da moeda: primeiro, precisamos usar de
todo tato para dizer a verdade. Não é aconselhável dizer que o
papa, a estrutura da igreja Romana e os Estados Unidos constituem as
bestas do Apocalipse 13 logo no primeiro estudo bíblico que fazemos,
ou na primeira visita que um católico nos faz. E, no momento certo
toda a verdade deve ser dita. Segundo, ao dizermos toda a verdade;
devemos estar preparados para uma possível atitude hostil de quem a
ouve.
A
lição de hoje traz um texto onde menciona alguns que se opõe à
verdade: “Eles
têm zelo por vós, não como convém; mas querem excluir-vos, para
que vós tenhais zelo por eles. É bom ser zeloso, mas sempre do bem,
e não somente quando estou presente convosco. Meus filhinhos, por
quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em
vós; eu bem quisera agora estar presente convosco, e mudar a minha
voz; porque estou perplexo a vosso respeito.” Gálatas 4:17-20.
Quem
não atrapalha já ajuda! Que cuidados devemos ter para não
sermos nós a causar danos ao evangelho de Cristo? Como
temos tratado aqueles que erram?
Sabemos
que Paulo precisava salvar os gálatas, convertidos do paganismo ao
cristianismo, da tendência de retorno ao passado. Eles não estavam
retornando ao paganismo anterior, mas indo à práticas que os
levariam para a escravidão da lei. E não foi para escravizar que a
lei de Deus foi concedida, mas para libertar. “Mas aquele que
considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela
persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante,
esse será bem-aventurado no que realizar” Tiago 1:25 .
Alguns
judeus cristãos, ainda ligados às formalidades de uma obediência
cega e não inteligente, ligados a procedimentos que se não bem
entendidos se tornam meras ordens sem sentido, estavam querendo levar
os gálatas ao ponto onde eles se encontravam quando obedeciam as
suas regras e dogmas judaicos
e pagãos.
Os
judaizantes o
faziam com sutilezas, lisonjas e fala sedutora. Nisso se faziam de
amigos, mas, percebendo ou não, eram traidores. E o seu objetivo era
separar os gálatas de Paulo, pois ele era a principal fonte de
sabedoria para os libertar daqueles formalismos caducos.
E
Paulo foi direto e falou a verdade a todos.
SEXTA-FEIRA
(25 de agosto) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 9 (III
trimestre/2017) O
APELO PASTORAL DE PAULO – Depois de Paulo ter implantado o
verdadeiro evangelho de Cristo na região da Galácia, tendo em vista a
apostasia de alguns membros,
Paulo lança um apelo emocional pastoral, como de pai para filhos, na
tentativa de recuperá-los para Cristo. Amém?
“A
situação era crítica. Os males que haviam sido introduzidos
ameaçavam destruir rapidamente as igrejas da Galácia. Paulo
tinha o coração cortado e sua alma estava contristada por essa
franca apostasia da parte daqueles a quem ensinara fielmente os
princípios do evangelho. Imediatamente
ele escreveu aos enganados crentes, expondo as falsas teorias que
tinham aceitado, e com grande
severidade repreendia a todos os que se estavam apartando da fé.
Após saudar os gálatas com as palavras "graça e paz da parte
de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo", dirige-lhes
estas palavras de penetrante reprovação: "Maravilho-me de que
tão depressa passásseis dAquele que vos chamou à graça de Cristo
para outro evangelho. O qual não é outro, mas há alguns que vos
inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que
nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro evangelho além do
que já vos tenho anunciado, seja anátema." Gál. 1:3, 6-8....
Os
ensinos de Paulo estavam em harmonia com as Escrituras, e o Espírito
Santo tinha dado testemunho de seu trabalho; por isso ele advertia a
seus irmãos a não atentarem para coisa alguma que contradissesse as
verdades que lhes havia ensinado. Nas igrejas da Galácia, aberta e
desmascaradamente estava o erro suplantando a mensagem do evangelho.
Cristo, o verdadeiro fundamento da fé, fora virtualmente renunciado
pelas obsoletas cerimônias do judaísmo. O apóstolo viu que para
que os crentes da Galácia fossem salvos das perigosas influências
que os ameaçavam, as mais decisivas medidas deviam ser tomadas,
dadas as mais penetrantes advertências. Atos dos Apóstolos, 383-385
"Uma
importante lição que todo ministro de Cristo deve aprender, é a de
adaptar seu trabalho às condições daqueles a quem busca
beneficiar. Ternura, paciência, decisão e firmeza são igualmente
necessárias; mas devem ser exercidas com o necessário
discernimento. Tratar sabiamente com diferentes classes de
mentalidades, sob circunstâncias e condições variadas, é uma obra
que requer sabedoria e juízo iluminado e santificado pelo Espírito
de Deus. Atos dos apóstolos, 385, 386
“As
fervorosas palavras de súplica do apóstolo não ficaram sem fruto.
O Espírito Santo operou com forte poder, e muitos cujos pés se
haviam desviado para caminhos estranhos, retornaram a sua primeira fé
no evangelho. Daí em diante ficaram firmes na liberdade com que
Cristo os havia libertado.! Atos dos Apóstolos, 388.
Luís
Carlos Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário