COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 4 (3º trimestre 2019) MISERICÓRDIA E JUSTIÇA NOS SALMOS E EM
PROVÉRBIOS
VERSO ÁUREO:
“Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai
o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.” Salmos 82:3,4
INTRODUÇÃO
(sábado 20 de julho) - A palavra principal do estudo da lição desta semana é justiça.
Mas, a misericórdia deve vir antes da justiça ser exercida. exercer misericórdia é mais aceitável ao Senhor
do que sacrifícios!
Que
advertências nos são feitas sobre a atenção que devemos dar aos pobres,
necessitados e pessoas vulneráveis? Veja este texto: “Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem
atropeles na porta o aflito; porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e
aos que os roubam ele lhes tirará a vida.” Provérbios 22:22-23.
O seguinte
texto bíblico faz menção aos ricos que oprimem os pobres: “Eis que o jornal dos
trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído,
clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos
exércitos”. Tiago 5:4.
Existem outras referências bíblicas que mencionam a
importância dos cristãos darem a devida atenção aos pobres. Veja este outro
texto: “O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também
clamará e não será ouvido”. Prov. 21:13.
O dinheiro
hoje domina as casas de leis, as cortes e os palácios dos governos. O dinheiro
é o maior “deus” deste mundo. Por ele, as pessoas roubam, mentem, corrompem-se,
casam-se, divorciam-se, matam e morrem. O problema não é possuir dinheiro, mas
ser possuído por ele. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. Não é
pecado ser rico, pois a riqueza é uma bênção. É Deus quem nos dá sabedoria para
adquirirmos riquezas.
O problema é colocar o coração nas riquezas. A raiz de
todos os males não é o dinheiro, mas o amor ao dinheiro. Os ricos sentenciados
por Deus ajuntam para eles o que devem pagar aos trabalhadores. Algumas pessoas
fraudulentas prejudicam os pobres e ainda jogam a culpa neles e alguns ricos
até condenam os pobres nos tribunais. Ver Tiago 2:6 e 5:6.
Ao contrário
de roubar os pobres, Deus exige de nós cuidados em favor dos pobres e
necessitados. A Bíblia ensina que Deus é Deus de justiça. De fato,
"Deus é... justo e reto". Deuteronômio 32:4. Além disso, a Bíblia
sustenta a noção de justiça social na qual a preocupação e os cuidados são
mostrados em favor dos pobres e aflitos. Ver Deuteronômio 10:18, 24:17 e 27:19.
A Bíblia, muitas vezes, se refere ao órfão, à viúva e ao estrangeiro, ou seja;
pessoas que não eram capazes de cuidar de si mesmas ou não tinham um sistema de
apoio, como merecendo a nossa especial atenção. A nação de Israel foi ordenada
por Deus para cuidar dos menos afortunados da sociedade, e seu eventual
fracasso de fazer isso foi, em parte, a razão para o seu julgamento, expulsão
da terra e escravidão!
A noção
cristã de justiça social é diferente da noção contemporânea de justiça social.
As exortações bíblicas para cuidar dos pobres são mais no âmbito individual do
que das instituições e sociedade como um todo. Em outras palavras, cada cristão
é encorajado a fazer o que puder para ajudar o menor destes. A base para tais
mandamentos bíblicos encontra-se no segundo dos grandes mandamentos; "amar
ao próximo como a si mesmo." Ver Mateus 22:39.
A noção de justiça social
dos homens de hoje substitui o indivíduo pela instituição. Jesus ordena que
cada cristão se torne responsável por cuidar dos menos favorecidos da sociedade
e da igreja. A abordagem bíblica vê Cristo como Salvador e motivador do amor e
cada cristão deve seguir os Seus passos.
Quando
meditamos na parábola do bom samaritano, observamos que tanto o sacerdote como
o levita deixaram de aplicar a lei neste episódio, pois o texto da lei manda
amar ao próximo como a si mesmo. Observe a resposta dada pelo intérprete da lei
a Jesus: “E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E, respondendo
ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo
como a ti mesmo.” Lucas 10:26-27.
O amor
estava acima de qualquer regra; se a lei fosse quebrada ou transgredida pelos
religiosos, socorrendo a vitima dos salteadores, certamente que ambos não
seriam punidos pois ao mesmo tempo teriam obedecido a Lei, amando e socorrendo
o próximo que estava diante deles. O que aqui vemos é o pecado de omissão e a
indiferença com que o levita e o sacerdote trataram o episódio.
DOMINGO (21
de julho) SALMOS: CÂNTICOS DE ESPERANÇA PARA OS OPRIMIDOS – Os salmos refletem
as emoções dos autores dependendo da situação em que estavam ao escrevê-los. A
maioria do salmos são atribuídos à autoria de Davi e são cânticos que eram
expressos em forma de louvor a Deus naqueles tempos. Jesus cantava hinos para
expulsar a tristeza: “Cristo tomou sobre Si a natureza humana, para que pudesse
compreender todos os corações. Seu espírito nunca se encheu tanto dos cuidados
deste mundo que não tivesse tempo para as coisas de cima. Ele podia dar
evidências de Sua alegria, cantando salmos e hinos celestiais. Muitas vezes
ouviam os moradores de Nazaré Sua voz erguer-se em louvor e ações de graças a
Deus. Com frequência entretinha em cânticos comunhão com o Céu; e quando os
companheiros se queixavam da fadiga do trabalho, eram animados pela doce
melodia que lhe caía dos lábios. Dir-se-ia que Seu louvor banisse os anjos maus
e, como incenso, enchesse com doce fragrância o lugar em que Se achava”. O
Cristo Triunfante, 2002, 243.
A lição de
hoje mostra que nos salmos encontramos vários textos onde mencionam que os
oprimidos devem obter esperança em Deus de obter alívio do seu sofrimento. Veja
alguns textos: “Mas o Senhor está assentado perpetuamente; já preparou o
seu tribunal para julgar. Ele mesmo julgará o mundo com justiça; exercerá juízo
sobre povos com retidão. O Senhor será também um alto refúgio para o oprimido;
um alto refúgio em tempos de angústia.” Salmos 9:7-9
“Tem
misericórdia de mim, Senhor, olha para a minha aflição, causada por aqueles que
me odeiam; tu que me levantas das portas da morte; para que eu conte todos os
teus louvores nas portas da filha de Sião, e me alegre na tua salvação. Os
gentios enterraram-se na cova que fizeram; na rede que ocultaram ficou preso o
seu pé. O Senhor é conhecido pelo juízo que fez; enlaçado foi o ímpio nas obras
de suas mãos. Selá. Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que
se esquecem de Deus. Porque o necessitado não será esquecido para sempre, nem a
expectação dos pobres perecerá perpetuamente. Levanta-te, Senhor; não prevaleça
o homem; sejam julgados os gentios diante da tua face. Põe-os em medo, Senhor,
para que saibam as nações que são formadas por meros homens. Salmos 9:13-20
O Senhor
Deus expressa, de várias maneiras em Sua Palavra, Seu grande zelo pelos pobres,
necessitados e oprimidos de toda sorte. O Senhor mesmo declara que Ele é para os
oprimidos: Refúgio: Salmo 14:6; Socorro: Salmo 70:5; Libertador: Salmo 12:5 e
Provedor: Salmo 68:10.
Em Davi
podemos obter muitos exemplos de adoração, de cânticos e de louvor.
A vida do
rei Davi está relatada na bíblia por vários motivos; não apenas porque ele foi
um importante rei de Israel, mas porque podemos aprender muitas lições
espirituais através do seu exemplo, tantos bons como maus. A parte mais
importante que vemos em Davi foi a forma como ele se relacionava com o Senhor e
com as pessoas. Ele também sabia valorizar as pessoas e deixava o juízo para o
Senhor Deus. Em uma ocasião quando ele podia ter ferido Saul, ele disse: “Como
pecaria contra o ungido do Senhor?”
Como povo de
Deus somos alvo constante de Sua ajuda e misericórdia. Assim, o Senhor, nosso Deus,
deseja que Seu povo seja também misericordioso para com o próximo, em tempos de
necessidade. A indiferença para com os necessitados e o egocentrismo de muitos
de nós, servos do Senhor, são evidências de que o amor de Deus não mais habita
em nossos corações. Isso é triste dizer!
Os Salmos, em geral, são muitas vezes lamentos e clamores a Deus para que o
socoore e que não demore tanto. O próprio Jesus usou partes de alguns deles em
seus momentos mais difíceis antes da morte, como quando clamou “Deus meu, Deus
meu, por que Me desamparaste?” Salmo 22:1. Devemos lembrar sempre que depois da
tempestade sempre vem a brisa. Amém?
“Nos Salmos,
Davi fala de Deus como sendo um refúgio e uma torre forte, refúgio e fortaleza;
a Ele podemos correr e ser salvos. Quão precioso é o pensamento de que Deus é o
nosso refúgio e Ele será nosso auxílio em todos os momentos e lugares, e de que
em toda emergência temos Deus junto conosco. Ele diz que enviará Seus anjos
para cuidarem de nós e nos guardarem em todos os nossos caminhos. … Em nosso
Deus temos um ajudador, e Nele confiaremos. Devemos olhar constantemente nessa
direção, crendo que os anjos de Deus estão ao nosso redor, e que o Céu está em
comunicação conosco, porque esses mensageiros celestes sobem e descem pela
escada de brilhante resplendor” Meditação Matinal; o Cristo Triunfante, 332.
SEGUNDA-FEIRA
(22 de julho) “FAZ ALGUMA COISA, Ó DEUS!" -
A lição de hoje tem como base o salmo 82: “Deus está na
congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses. Até quando julgareis
injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? Fazei justiça ao pobre e ao
órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado;
tirai-os das mãos dos ímpios. Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas;
todos os fundamentos da terra vacilam. Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós
filhos do Altíssimo. Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos
príncipes. Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações.”
Salmos 82:1-8
O Salmo 82 é
a acusação de Deus aos juízes injustos que dominavam sobre Israel.
Possivelmente foi composto num período em que havia muita deslealdade e
corrupção na administração da justiça. O salmo é dividido em três partes: 1)
Deus é introduzido como Supremo Juiz v. 1; 2) Deus denuncia os juízes
injustos e os julgamentos corruptos v. 2-7; e 3) o salmista implora que Deus
se levante para julgar v. 8.
Este Salmo é
a acusação de Deus aos juízes injustos que dominavam sobre Israel.
Possivelmente foi composto num período em que havia muita deslealdade e
corrupção na administração da justiça. O salmo é dividido em três partes: 1)
Deus é introduzido como Supremo Juiz v. 1; 2) Deus denuncia os juízes
injustos e os julgamentos corruptos v. 2-7; e 3 o salmista implora que Deus se
levante para julgar v. 8. Até quando …
tomareis partido? Em Israel era proibido mostrar parcialidade por causa de
circunstâncias ou posição ver Lev 19:15; Deut 1:17; Atos 10:34
A indignação
do escritor acontece, por causa da omissão desses juízes que tem feito com que
o inocente, o pobre, o órfão, o aflito e o necessitado sejam tratados
injustamente. Não é diferente do que vemos todos os dias na sociedade. Negros,
minorias religiosas e pobres sofrem abruptamente com este tipo de injustiça. O
caminho que o Salmista nos aponta é o de clamar a Deus que nos socorra.
Ele
pede que o Senhor Se levante e julgue as causas dessas pessoas e as livre da
aflição. Um
tratamento igualitário por parte da justiça é um direito do cidadão, contudo, a
maldade do ser humano, sem Deus, e a influência do diabo, nos últimos dias da
humanidade na terra, fazem com que o sofrimento em diversas áreas da sociedade,
sejam aumentados.
Como podemos
ajudar os probres e viúvas? Cuidar das necessidades físicas e espirituais das
viúvas e dos órfãos sempre foi uma parte integrante da adoração de Deus. Quando
os israelitas colhiam seus cereais ou suas frutas, não deviam recolher as
sobras no campo, fazendo eles mesmos uma respiga. A respiga devia ficar “para o
residente forasteiro, para o menino órfão de pai e para a viúva”. Deuteronómio
24:19-21.
Nos Dias
iniciais da igreja cristã, cuidar dos aflitos e dos realmente necessitados, por causa da perda dos pais ou do marido, era um aspecto que distinguia a
adoração verdadeira. O apóstolo Tiago escreveu com vivo interesse assim: “A
forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai
é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas na sua tribulação, e manter-se sem
mancha do mundo.” Tiago 1:27.
TERÇA-FEIRA
(23 de julho) AS PROMESSAS DE UM REI – O salmo 101 foi escrito pelo rei Davi e
tem mensagens para líderes políticos nacionais e para liderados: “Cantarei a
misericórdia e o juízo; a ti, SENHOR, cantarei. Portar-me-ei com inteligência
no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração
sincero. Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se
desviam; não se me pegará a mim. Um coração perverso se apartará de mim; não
conhecerei o homem mau. Aquele que murmura do seu próximo às escondidas, eu o
destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não suportarei. Os
meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que
anda num caminho reto, esse me servirá. O que usa de engano não ficará dentro
da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os meus olhos. Pela
manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do Senhor
todos os que praticam a iniquidade.” Salmos 101:1-8.
Comentadores
da Bíblia descrevem este Salmo como um juramento de posse. Ele poderia ser
intitulado; posicione-se e faça algo! Ele é dividido em três seções simples. A
primeira, compreendida apenas pelo primeiro verso, é a introdução. As próximas
secções indicam posicionamento e ação, indicando o padrão moral que um
governante deveria defender e o que ele deveria praticar.
O rei Davi
faz uma declaração de lealdade e serviço a Deus. Ele promete ao Senhor que
haverá justiça e pureza em sua vida, em sua casa, e em todo o reino. Davi
declara-se contra a corrupção, o suborno e a injustiça. A integridade será a
marca do seu reino e seu procedimento busca a glória de Deus.
Ele diz que não
fará aliança com os ímpios, apenas os fiéis da terra o servirão, isto é,
aqueles que temem ao Senhor Deus. Como é bom quando os líderes do povo temem ao
Senhor. A bênção de Deus é derramada sobre a nação e todos prosperam. O Senhor
nos convida a seguir o caminho reto, e para conseguir, precisamos da direcção de
Deus na nossa vida.
Seguir o
caminho da integridade v.2, odiar o mal v.3, afastar-se dos perversos, não se
envolver com o mal v.4 ou com a mentira v.7 são atributos de quem ama a verdade
e a santidade dos dons de Deus através da contemplação do que é Eterno. Fazer o
bem são consequências de contemplar e amar a Deus, que é a Fonte do bem! Assim,
teremos não só o prazer de fazer o bem ainda hoje, mas a satisfação de termos
sido luz coerente à todos os que contemplarem toda a nossa vida.
Davi teve a
consciência de nomear governantes íntegros. O rei não tolerava a corrupção. Ele
se negava a ser contaminado pelo sistema corrupto. O coração do salmista era
guardado por se manter distante da injustiça e por reprovar aqueles que a
praticavam. Assim é que deviam ser todos os governantes. Imagine se cada governante
das nações fossem bondosos e justos no exercício do poder!
Devemos orar
pelos Devemos governares: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações,
intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos
os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em
toda a piedade e honestidade; porque isto é bom e agradável diante de Deus
nosso Salvador.” Timóteo 2:1-3.
“Devem os
pais exercer incessante vigia, para que não se percam de Deus os seus filhos.
Os votos de Davi registrados no Salmo 101, devem ser os de todos sobre quem
repousam as responsabilidades de zelar pelas influências do lar. Declara o
salmista: "Não porei coisa má diante dos meus olhos; aborreço as ações
daqueles que se desviam; nada se me pegará. Um coração perverso se apartará de
mim: não conhecerei o homem mau. Aquele que difama o seu próximo às escondidas,
eu o destruirei: aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o
suportarei. Os meus olhos procurarão os fiéis da Terra, para que estejam
comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá. O que usa de engano não
ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os
meus olhos." Sal. 101:3-7. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág.
119.
QUARTA-FEIRA
(24 de julho) ANDANDO COM O SENHOR – A lição de hoje comenta sobre o salmo 146
que mostra a necessidade de que temos de andar com Deus: "Louvai ao Senhor. Ó
minha alma, louva ao Senhor. Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei
louvores ao meu Deus enquanto eu for vivo. Não confieis em príncipes, nem em
filho de homem, em quem não há salvação. Sai-lhe o espírito, volta para a
terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos. Bem-aventurado aquele que
tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está posta no Senhor seu
Deus. O que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles, e o que guarda
a verdade para sempre; o que faz justiça aos oprimidos, o que dá pão aos
famintos. O Senhor solta os encarcerados. O Senhor abre os olhos aos cegos; o
Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama os justos; o Senhor guarda os
estrangeiros; sustém o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios. O
Senhor reinará eternamente; o teu Deus, ó Sião, de geração em geração. Louvai
ao Senhor.” Salmo 146:1-10.
No salmo
146, o salmista Davi faz uma comparação entre a fidelidade de Deus e a fraqueza
humana e nos fala do por que de nossa confiança estar em Deus e não em homens.
Após condicionar sua alma a louvar ao Senhor enquanto viver, vs. 1 e 2 ele
começa a ministrar a sua alma, cantando, que ela não deve confiar em príncipes,
governantes, pessoas de influência que possuem algum tipo de autoridade,
tampouco nos filhos dos homens, pois neles não há salvação, vs.3.
Salvação é a
única necessidade real de qualquer ser humano; as demais lacunas que existem na
vida de uma pessoa decorrem da falta da salvação. Uma vez que esse problema é
resolvido, todas as outras coisas se ajustam através do conhecimento e prática
da palavra.
Empenhar
nossa confiança em homens que não podem garantir o seu próprio dia, pois, se sair deles o espírito, tornam ao pó e logo cai por terra todos os seus
desígnios, vs. 4 atrairá para nós prejuízo. Os príncipes e reis desta terra,
podem até ocupar um cargo de autoridade e exercer alguma influência, mas nada
que seja eterno como o nosso Deus, por isso, não há segurança, a palavra deles
está condicionada a existência deles nesta terra. Vs. 5, afirma que mais que bem-aventurado é aquele que tem o Senhor por seu apoio, que coloca todas as suas
expectativas nele. Esse Senhor é o criador de todas as coisas. Ele sempre
terá respostas e soluções para todas as situações, e como se não bastasse
tantas virtudes em um único Deus, a Sua palavra nos diz no último versículo
deste salmo que Ele reina para sempre! Amém?
QUINTA-FEIRA
(25 de julho) PROVÉRBIOS: MISERICÓRDIA PARA COM OS NECESSITADOS – A Bíblia diz
que ajudar o próximo é uma parte muito importante da vida do crente. Ajudar o
próximo é expressar o amor de Deus. Existem muitas formas de ajudar o próximo. Jesus
disse que o segundo maior mandamento, depois de amar a Deus, é amar ao próximo
como a si mesmo. Mateus 22:37-39. O amor verdadeiro se expressa em ações. Quem
não ajuda seu próximo nas necessidades não o ama de verdade. I João 3:16-17.
O cuidado de
Deus com os oprimidos não aparece apenas nos Salmos. O livro de Provérbios traz
uma advertência muito séria: "Não explore os pobres por serem pobres, nem
oprima os necessitados no tribunal, pois o Senhor será o advogado deles, e
despojará da vida os que os despojarem" Prov 22:22,23. Mais adiante, lê-se
que não se deve mudar de lugar os antigos marcos de propriedade nem invadir as
terras dos órfãos, "pois aquele que defende os direitos deles é forte. Ele
lutará contra você para defendê-los. Prov 23:10,11.
O livro de
Provérbios é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia, vem
depois do livro de Salmos e antes de Eclesiastes. Conforme declara a sua
introdução, tem como propósito ensinar a alcançar sabedoria, a disciplina e uma
vida prudente e a fazer o que é correto, justo e digno.
Uma boa parte do livro
é apresentada a vontade do rei Salomão em ajudar os pobres e necessitados do
reino. Em suma, ensina a aplicar e fornecer instrução moral. Provérbio é uma
frase curta, bem construída, que expressa uma verdade adquirida através da
experiência e que se impõe pela forma breve e pela agudez das observações.
Provérbios
trata também da preocupação e a atenção de Deus para com os pobres: Veja
outros textos sobre este assunto: “O que trabalha com mão displicente
empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece.” Provérbios 10:4
“O pobre, do
sulco da terra, tira mantimento em abundância; mas há os que se consomem por
falta de juízo.” Provérbios 13:23
“O que
oprime o pobre insulta àquele que o criou, mas o que se compadece do
necessitado o honra.” Provérbios 14:31
“Ao
trabalhar por outros, experimenta-se uma doce satisfação, uma paz íntima que
será suficiente recompensa. Quando movidos por alto e nobre desejo de fazer bem
a outros, encontrarão a verdadeira felicidade no fiel desempenho dos múltiplos
deveres da vida. A verdadeira felicidade encontra-se somente em ser bom e fazer
o bem. Nossa felicidade será proporcional a nosso trabalho altruísta movido
pelo divino amor, pois no plano da salvação Deus indicou a lei da ação e
reação. O trabalho beneficente promove a saúde. Os que dão demonstração prática
de beneficência por seus atos de simpatia e compaixão para com os pobres, os
sofredores e desafortunados, não só aliviam os sofredores, mas contribuem
grandemente para a sua própria felicidade, e estão no caminho que assegura saúde
da alma e do corpo. Isaías descreveu claramente a obra que Deus aceitará e pela
qual abençoará o Seu povo. Chamo a vossa atenção para os infalíveis resultados
de se dar ouvidos à admoestação do Senhor para que se cuide dos aflitos: “Então
romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença.” Beneficência
Social, 302.
SEXTA-FEIRA
(26 de julho) LEITURA ADICIONLA E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (3º trimestre 2019)
MISERICÓRDIA E JUSTIÇA NOS SALMOS E EM PROVÉRBIOS – Deus poderia resolver o
problema da pobreza sozinho, mas Ele concedeu bens a Seus filhos para que
olhem pelos pobres. Para Deus não haveria problema algum em cuidar dos pobres e
necessitados, doentes, idosos, órfãos, viúvas, e gente de toda espécie de
problemas e dificuldades. Ele poderia dar conta de tudo. Mas, anjos e humanos
são convidados à ajudar os necessitados. Amém?
Quando
meditamos na parábola do bom samaritano, observamos que tanto o sacerdote como
o levita deixaram de aplicar a lei neste episódio, pois o texto da lei manda
amar ao próximo como a si mesmo. Observe a resposta dada pelo intérprete da lei
a Jesus: “E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E, respondendo
ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo
como a ti mesmo.” Lucas 10:26-27.
O amor
estava acima de qualquer regra; se a lei fosse quebrada ou transgredida pelos
religiosos, socorrendo a vítima dos salteadores, certamente que ambos não
seriam punidos pois ao mesmo tempo teriam obedecido a Lei, amando e socorrendo
o próximo que estava diante deles. O que aqui vemos é o pecado de omissão e a
indiferença com que o levita e o sacerdote trataram o episódio.
Podemos
estar certos; não nos faltarão recursos para cuidarmos das pessoas, quando
decidimos servir Deus ajudando as pessoas. Deus nos dará condições para que
falemos de Seu grande amor para o pecador. Todos os que chegam ao Pai celeste
através de Jesus, são tratados com muito carinho! Ele tem recursos abundantes
para investir no pecador. Somos instrumentos nas mãos de Deus para levar a
Palavra de Deus aos corações das pessoas.
“As pessoas
que administram o dinheiro devem aprender uma lição com a história de Salomão.
Aqueles que são abastados encontram-se em constante perigo de pensar que o
dinheiro e a posição lhes garantirão o respeito, e que não precisam ser tão
meticulosos. Mas a exaltação própria nada mais é que uma bolha. Usando mal os
talentos que lhe foram dados, Salomão afastou-se de Deus. Quando Deus dá
prosperidade às pessoas, devem elas acautelar-se contra seguir as imaginações
de seu coração, a fim de que não ponham em risco a simplicidade de sua fé e se
deteriorem na experiência religiosa” Meditação matinal o Cristo Triunfante, 158.
Luís Fonseca
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