COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 5 (3º trimestre de 2019) O CLAMOR DOS PROFETAS
VERSO ÁUREO:
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti,
senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o
teu Deus?” Miquéias 6:8
INTRODUÇÃO
(sábado 27 de julho) – Num sentido geral, profeta é uma pessoa que recebe a
mensagem de Deus através de visões ou sonhos e proclama essa verdade aos
outros. A palavra grega prophetes pode significar "aquele que
proclama" ou "defensor". Os profetas também são chamados de
"videntes" por causa de sua percepção espiritual ou de sua capacidade
de ver o futuro.
Nos tempos bíblicos,
os profetas frequentemente tinham um papel de ensino e revelação, declarando a
verdade de Deus em questões contemporâneas, ao mesmo tempo revelando detalhes
sobre o futuro. O ministério de Isaías, por exemplo, tocou tanto no presente
quanto no futuro. Ele pregou corajosamente contra a corrupção de seus dias, ver
Isaías 1:4 e deu grandes visões do futuro de Israel, ver Isaías 25:8.
Os profetas
tinham a tarefa de falar fielmente a Palavra de Deus para o povo. Eles foram
fundamentais para guiar a nação de Israel e estabelecer a futura igreja cristã. A casa de
Deus é edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo,
Cristo Jesus, a Pedra angular” Efésios 2:20.
Mais de 130
profetas são mencionados na Bíblia, inclusive 16 mulheres. Além disso, muitos
outros profetizaram, como os 70 anciãos de Israel, ver Números 11:25 e os 100
profetas resgatados por Obadias, ver I Reis 18:4. O primeiro profeta nomeado na
Bíblia é Abraão. Em Gênesis 20:7, Deus falou a Abimeleque em sonhos, dizendo:
“Agora, pois, restitui a mulher a seu marido, pois ele é profeta e intercederá
por ti, e viverás...” Deus revelou-Se a Abraão em numerosas ocasiões.
Há várias
profecias do Antigo Testamento sobre Jesus Cristo. Alguns intérpretes dizem que
existem centenas de profecias messiânicas. Veja a seguir as que são
consideradas as mais claras e mais importantes:
Quanto ao
nascimento de Jesus. Encontramos em Isaías 7:14: "Portanto o Senhor mesmo
vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será
o seu nome Emanuel." Em Isaías 9:6 lemos: "Porque um menino
nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o
seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da
Paz."
Miqueias 5:2 relata: "Mas tu, Belém Efrata, posto que
pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que
há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os
dias da eternidade."
Quanto ao
ministério e morte de Jesus, Zacarias 9:9 menciona: "Alegra-te
muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu
rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um
jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta."
Salmo 22:16-18
profetiza: "Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me
cerca; transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos.
Eles me olham e ficam a mirar-me. Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a
minha túnica lançam sortes."
A profecia sobre Jesus que provavelmente é a
mais clara é o capítulo 53 do livro de Isaías. Isaías 53:3-7 é especialmente
inequívoco.
Os profetas
tinham como principal missão convocar o povo ao arrependimento e também clamar a liderança à dar atendimento justo aos pobres e necessitados. Mas, os
profetas enviados por Deus eram desprezados e sua mensagem ignorada. Isaías
descreveu sua nação como um “povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que
não querem ouvir a lei do Senhor. Eles dizem aos videntes: Não tenhais visões;
e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas
aprazíveis, profetizai-nos ilusões” Isaías 30:9-10. Jesus lamentou que Jerusalém
tinha matado os profetas que Deus lhes tinha enviado. Ver Lucas 13:34.
Hoje os
filhos de Deus são chamados de profetas por pregarem a palavra de Deus. Um
verdadeiro profeta de Deus estará comprometido a proclamar a verdade de Deus.
Ele ou ela nunca irá contradizer a Palavra revelada de Deus. Um verdadeiro
profeta dirá como o profeta Micaías, pouco antes de seu fatídico confronto com
Acabe: “Tão certo como vive o Senhor, o que meu Deus me disser, isso falarei” II
Crônicas 18:13. Estamos dispostos a representarmos Deus como os profetas fiéis?
DOMINGO (28
de julho) O RECORRENTE CHAMADO À JUSTIÇA – A lição de hoje trata da justiça de
Deus que é perfeita, contrário da justiça humana que é falha. O povo de Israel
não precisava de governantes humanos para fazer justiça ao povo, mas desejou
ser igual aos seus vizinhos idólatras que tinham um rei.
Os profetas bíblicos clamavam por justiça, por
igualdade de tratamento com os pobres, viúvas e órfãos, assim como para com os
prejudicados por algum problema grave. Os mais ricos da época se aproveitavam
da desgraça destes para com isso ganhar dinheiro, fazendo-os trabalhar como
escravos, emprestando dinheiro com juros elevados ou até tomando seus bens. Caso o povo de
Deus tivesse aceitado a liderança directa de Deus, não teriam caído tão baixo na
sua vida espiritual.
Em I Samuel
8:10-18 mostra o desejo do povo de ter um rei que reinasse sobre eles, mesmo
Samuel tendo advertido de como seriam dominados pelo rei humano: “E falou
Samuel todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei. E disse: Este
será o costume do rei que houver de reinar sobre vós; ele tomará os vossos
filhos, e os empregará nos seus carros, e como seus cavaleiros, para que corram
adiante dos seus carros. E os porá por chefes de mil, e de cinqüenta; e para
que lavrem a sua lavoura, e façam a sua sega, e fabriquem as suas armas de
guerra e os petrechos de seus carros. E tomará as vossas filhas para
perfumistas, cozinheiras e padeiras. E tomará o melhor das vossas terras, e das
vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. E as vossas
sementes, e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais, e aos seus
servos. Também os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores
moços, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Dizimará o
vosso rebanho, e vós lhe servireis de servos. Então naquele dia clamareis por
causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá
naquele dia.” I Samuel 8:10-18.
A justiça
social era aquilo que Deus mais pedia dos governantes. A pobreza em Israel estava
associada principalmente com a morte do chefe da casa ou com o estrangeiro sem
terra, e havia leis muito claras e precisas para remediá-la.
Quais as
pessoas em Israel mais sujeitas à pobreza? Por quê? Havia leis especiais
protegendo tais pessoas da aflição e opressão? Veja Êxodo 22:21-27 e Deut 24:17-22.
O que a lei
requeria de Israel com referência ao estrangeiro que habitava para dentro de
suas portas? Veja Êxo 23:9; Lev 19.33-34; Deut. 10:16-22 e 24:17-18.
Rute, a moabita perdeu o marido, entrou na
propriedade de Boaz e colheu para ela e sua sogra as espigas que os segadores
não arrancavam. Com que direito fez isso? Consulte Rute 2: 1-7; Lev 19:9-10 e Deut
24: 19-25.
Se o pobre
precisasse de dinheiro emprestado, qual a taxa de juros permitida por lei? Veja
Êxodo 22:25 e Lev 25: 35-38.
O
desprezo das viúvas e órfãos: Este também era um mandamento do Senhor Deus que o povo
devia seguir, mas desprezavam esta parte social da religião. Deus da mesma
forma lembrou-lhes da necessidade de voltarem a praticar esta parte da fé
Israelita: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras
da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os
oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu
pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o
nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” Isaías 58:6-7. Que cuidados temos tido com os menos favorecidos da igreja e fora dela?
SEGUNDA-FEIRA
(29 de julho) AMÓS – Amós teve dificuldades em aceitar o chamado ao ministério
profético. Ele disse assim: “E respondeu Amós, dizendo a Amazias: Eu não sou
profeta, nem filho de profeta, mas boiadeiro, e cultivador de sicômoros. Mas o
Senhor me tirou de seguir o rebanho, e o Senhor me disse: Vai, e profetiza ao
meu povo Israel.” Amós 7:14,15.
O livro de
Amós foi, provavelmente, escrito entre 760 e 753 AC. Amós foi um pastor de
ovelhas e apanhador de frutas da aldeia judaica de Tecoa quando Deus o chamou
ao ministério profético, embora não tivesse uma educação ou conhecimento sacerdotal.
A missão de Amós foi direcionada para o reino do norte, Israel. Suas
mensagens de iminente ruína e cativeiro para a nação por causa de seus pecados
foram amplamente impopulares e ignoradas, no entanto, porque estavam vivendo os
melhores tempos desde os dias de Salomão. O ministério de Amós ocorre enquanto
Jeroboão II reina sobre Israel e Uzias reina sobre Judá.
Amós viu que por trás do poder e prosperidade externa de Israel, a nação estava completamente
corrupta internamente. Os pecados pelos quais Amós advertiu as pessoas são
extensos: negligência da Palavra de Deus, idolatria, culto pagão, ganância,
liderança corrupta e opressão dos pobres e transgressão aberta dos mandamentos
de Deus. Amós começou pronunciando um julgamento sobre todas as nações vizinhas
e, em seguida, sobre sua própria nação de Judá e, finalmente, a mais dura
sentença é dada a Israel. Suas visões de Deus revelam a mesma mensagem
enfática: o julgamento está próximo. O livro termina com a promessa de Deus a
Amós de futura restauração do remanescente.
Às vezes
pensamos que somos apenas mais um! Somos apenas um vendedor, um agricultor, ou
dona de casa. Amós seria considerado mais um apenas. Ele não era um profeta, um
sacerdote ou um filho de um dos dois. Ele era apenas um pastor de cabras
selvagens. Quem iria escutá-lo? No entanto, ao invés de inventar desculpas,
Amós obedeceu e tornou-se a voz poderosa de Deus para mudança.
Deus tem
usado várias pessoas que se consideram pequenas como pastores, carpinteiros e
pescadores em toda a Bíblia. Independente do que você seja nesta vida, Deus
pode usar você. Amós não era muito. Ele era um apenas mais um. Apenas um servo
de Deus que permitiu ser usado por Deus. É bom ser apenas um nas mãos poderosas
de Deus.
Os últimos
versículos da profecia de Amós apontam para a restauração futura do povo de
Deus. Para reaver algo perdido ou restaurar aquilo que está quebrado sem
dúvidas exigirá muito empenho, esse é o preço que se paga por um trabalho de
restauração. No sentido espiritual é doloroso, esforços e o custo são bem
maiores, mesmo assim não devemos desistir de buscar esses valores, porque
é recompensador. Amém?
TERÇA-FEIRA
(30 de julho) MIQUÉIAS - O autor do livro foi o próprio profeta Miqueias,
conforme Miquéias 1:1. Quando foi escrito o livro de Miquéias? Foi escrito
entre 735 e 700 a.C. O propósito do livro é uma mistura complexa de julgamento e
esperança. Por um lado, as profecias anunciam o juízo sobre Israel pelos males
sociais, liderança corrupta e idolatria. Esperava-se que este julgamento
culminasse com a destruição de Samaria e Jerusalém. Por outro lado, o livro
proclama não apenas a restauração da nação, mas a transformação e exaltação de
Israel e Jerusalém. As mensagens de esperança e castigo não são necessariamente
contraditórias, no entanto, já que a restauração e transformação ocorrem
somente após o julgamento.
Este é o
verso principal para o estudo de hoje: Miquéias 6:8: "Ele te declarou, ó
homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça,
e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus."
O profeta
condena os governantes, sacerdotes e falsos profetas de Israel que exploram e enganam
o povo. Ver os seguintes textos: Miquéias 2:8-11; 3:8-12. É por causa de suas
obras que Jerusalém será destruída. O profeta Miquéias proclama a libertação
das pessoas que vão de Jerusalém para Babilônia, e conclui com uma exortação
para Jerusalém destruir as nações que se juntaram contra ela.
Deus fez um
apanhado daquilo de bom que tinha acontecido no passado para fazer lembrar o
povo da necessidade de um arrependimento sincero e verdadeiro. Praticar a
justiça, amar a fidelidade e andar humildemente com o seu Deus era o que o povo
necessitava.
1) Devemos
praticar a justiça: distributiva, corretiva e preservar os padrões de Deus,
obedecendo a Sua lei que é justa e boa. 2) Devemos amar a misericórdia; e para
isso, devemos ter o conhecimento das misericórdias de Deus atuando na nossa
vida através do Seu perdão. Devemos também ter o coração sensível à prática da
misericórdia. 3) Devemos andar humildemente com o nosso Deus, sendo submissos
aos ensinamentos da Sua Palavra e também sendo humildes com o próximo.
O versículo
6 pergunta: “Com que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei
perante o Deus excelso? Apresentar-me-ei diante dele com holocausto, com
bezerros de um ano?” Deus não estava interessado na formalidade dos
sacrifícios. Ele queria o coração dos seus adoradores. Não podemos comprar o
favor de Deus nem podemos ganhar o Seu amor através de bens materiais. Deus
quer que nós nos dediquemos à Ele de todo o coração. As Escrituras hebraicas
revelam que Deus esperava que Seu povo escolhido demonstrasse o Seu carácter
pelas suas palavras e ações, para as pessoas de todas as nações. Deus esperava
que eles fossem modelos para os outros através da realização de todos os seus
assuntos com a justiça, agindo com bondade para com todos, e caminhando
humildemente; e é isso que Ele pede de nós hoje.
Somente
através de um relacionamento de comunhão séria com Deus é que podemos amar a
justiça, praticar a misericórdia e andar humildemente diante de Deus e dos
homens. Somente o Espírito Santo, agindo em nós e por nós, é que podemos
produzir frutos de arrependimento genuíno. Miquéias 6:8 deve ser um lembrete de
que a graça é gratuita e que levar uma vida fiel é a nossa resposta de
gratidão. Estamos dispostos a isto?
QUARTA-FEIRA
(31 de julho) EZEQUIEL – A lição de hoje compara o povo de Israel como o povo
de Sodoma. Veja este texto para hoje: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma,
tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas
filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado.” Ezequiel 16:49
Aqui
encontramos uma séria advertência aos reis e sacerdotes que governavam e
pastoreavam o povo de forma fraudulenta: “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel;
profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de
Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as
ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não
apascentais as ovelhas. As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e
a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não
buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.” Ezequiel 34:2-4
Tanto no
passado como hoje, Deus sempre teve interesse em que Seu povo se arrependesse
dos seus pecados. A humanidade necessita de uma radical transformação
espiritual. Deus Se propõe a realizar essa transformação colocando em cada um
de nós novo coração e novo espírito. Ele faz isso a todo aquele que se submete
à Sua vontade.
Por meio do
profeta Ezequiel, Deus faz essa promessa ao povo. A promessa de um novo coração:
“E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei
da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne.” Ezequiel
11:19. Deus prometeu ao povo que viveria uma experiência transformadora
através da ação do Espírito na vida.
Ellen White
escreveu: “Os
tenebrosos anos de destruição e morte que assinalaram o fim do reino de Judá
teriam levado desespero ao mais resoluto coração, não fosse o encorajamento das
predições proféticas dos mensageiros de Deus. Por intermédio de Jeremias em
Jerusalém, de Daniel na corte de Babilônia, de Ezequiel junto às barrancas do
Quebar, o Senhor em misericórdia tornou claro Seu eterno propósito, e deu
certeza de Sua disposição de cumprir para com Seu povo escolhido as promessas
registradas nos escritos de Moisés. Aquilo que tinha prometido fazer pelos que
se Lhe mostrassem fiéis, certamente haveria de realizar-se” Profetas e Reis, 464
O exílio
babilônico foi uma tragédia na vida de Israel como consequência da quebra da
aliança com Deus. Veja Jer. 21:10; 22:7-9.
“É-nos impossível, por nós mesmos, escapar do
abismo do pecado em que estamos mergulhados. Nosso coração é ímpio e não o
podemos transformar. Educação, cultura, exercício da vontade, esforço humano,
todos têm sua devida esfera de ação, mas nesse caso Tudo novo Ezequiel 36:26
são impotentes. Poderão levar a um procedimento exteriormente correto, mas não
podem mudar o coração. São incapazes de purificar as fontes da vida. É preciso
um poder que opere interiormente, uma vida nova que proceda do alto, antes que
os homens possam substituir o pecado pela santidade. Esse poder é Cristo.
Unicamente Sua graça pode avivar as amortecidas faculdades da mente, e atraí-la
a Deus, à santidade” Caminho a Cristo, 18.
A promessa
de Deus para Israel e para nós é que todo pecador arrependido tenha a presença
do Espírito Santo no coração a fim de capacitá-lo para andar nos preceitos
do Senhor. Ver Ezeq 36:27.
Ellen G.
White faz o seguinte comentário: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre
nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo,
deve ser nossa primeira ocupação. Nosso Pai celestial está mais disposto a dar
Seu Espírito Santo àqueles que O peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas
dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação,
arrependimento e fervorosa oração, corresponder às condições estipuladas por
Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção” Reavivamento Verdadeiro, 9.
QUINTA-FEIRA
(1º de agosto) ISAÍAS – O livro de Isaías foi escrito entre 701 e 681 a.C. O
propósito do livro de Isaías foi para profetizar ao reino de Judá. Judá estava
passando por tempos de reavivamento e tempos de rebeldia. Judá foi ameaçado de
destruição pela Assíria e Egito, mas foi poupado por causa da misericórdia de
Deus. Isaías proclamou uma mensagem de arrependimento do pecado e de
expectativa esperançosa do livramento de Deus no futuro.
O livro de
Isaías revela o juízo e salvação de Deus. Deus é "santo, santo,
santo" Isaías 6:3 e, portanto, Ele não pode permitir a impunidade do
pecado. Veja Isaías 1:2; 2:11-20; 5:30; 34:1-2; 42:25. Isaías retrata o
julgamento vindouro de Deus como um "fogo consumidor" Isaías 1:31;
30:33.
Como Isaías
encarava a sociedade nos seus dias? Veja os textos para hoje: “Por isso,
quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que
multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão
cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de
diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; procurai o
que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das
viúvas. Vinde então, e argui-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados
sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam
vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes, e
obedecerdes, comereis o bem desta terra. Mas se recusardes, e fordes rebeldes,
sereis devorados à espada; porque a boca do Senhor o disse. Como se fez
prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava
nela, mas agora homicidas. A tua prata tornou-se em escórias, o teu vinho se
misturou com água. Os teus príncipes são rebeldes, e companheiros de ladrões;
cada um deles ama as peitas, e anda atrás das recompensas; não fazem justiça ao
órfão, e não chega perante eles a causa da viúva.” Isaías 1:15-23.
“O Senhor se
levanta para pleitear, e põe-se de pé para julgar os povos. O Senhor entrará em
juízo contra os anciãos do seu povo, e contra os seus príncipes; é que fostes
vós que consumistes esta vinha; o espólio do pobre está em vossas casas. Que
tendes vós, que esmagais o meu povo e moeis as faces dos pobres? Diz o Senhor Deus
dos Exércitos.” Isaías 3:13-15
“Porque a
vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a
planta das suas delícias; e esperou que exercesse juízo, e eis aqui opressão;
justiça, e eis aqui clamor. Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a
campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da
terra!” Isaías 5:7,8.
O livro de
Isaías nos apresenta o nosso Salvador em detalhe inegável. Ele é o único
caminho para o céu, o único meio de obter a graça de Deus, o único Caminho, a
única Verdade e a única Vida. João 14:6, Atos 4:12. Sabendo o preço que Cristo
pagou por nós, como podemos ignorar ou rejeitar "tão grande
salvação"? Hebreus 2:3.
SEXTA-FEIRA
(2 de agosto) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 5 (3º trimestre de 2019)
O CLAMOR DOS PROFETAS – É curioso que nos tempos dos profetas o povo não tinha
redes sociais e facilidades de conhecer tanto o bem quanto o mal, como temos
hoje. Nos tempos dos antigos profetas a tentação eram os ídolos e as práticas
pagãs. Naqueles tempos os profetas falavam de modo convicto e os resultados
eram poucos. Hoje, por mais que os pregadores denunciem o pecado, os resultados
são igualmente fracos. Isso faz parte da estrutura do coração pecaminoso do ser humano.
“Os guias
judaicos tinham estudado os ensinos dos profetas a respeito do reino do
Messias; haviam-no feito, porém, não com o sincero desejo de conhecer a
verdade, mas com o desígnio de encontrar provas para apoiar suas ambiciosas
esperanças. Vindo Cristo de maneira contrária a sua expectativa, não O quiseram
receber; e para se justificarem a si mesmos, procuravam demonstrar que era
enganador. Uma vez postos os pés nesse caminho, fácil era a Satanás
fortalecer-lhes a oposição a Cristo” O Desejado de Todas as Nações, 212.
“Contra a
indisfarçada opressão, a flagrante injustiça, o luxo inusitado e extravagante,
despudorados banquetes e bebedeiras, a grosseira licenciosidade e deboche de
seu tempo, os profetas ergueram a voz; mas seus protestos foram vãos, em vão
foi a denúncia do pecado. "Aborrecem na porta aos que repreendem",
declarou Amós, "e abominam o que fala sinceramente". "Afligis o
justo, tomais resgate, e rejeitais os necessitados na porta." Amós 5:10 e
12. Tais eram alguns dos resultados que se tinham seguido ao estabelecimento de
dois bezerros de ouro por Jeroboão. O primeiro afastamento das formas
estabelecidas de adoração levara-os à introdução das mais grosseiras formas de
idolatria, até que finalmente quase todos os habitantes da terra haviam-se
entregue a sedutoras práticas de culto à Natureza. Esquecendo o seu Criador, os
filhos de Israel "mui profundamente se corromperam". Osé. 9:9. Os
profetas continuaram a protestar contra esses males, e a reclamar a prática do
bem. "Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia",
apelava Oséias, "lavrai o campo da lavoura; porque é tempo de buscar ao
Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós". Osé. 10:12. "Tu,
pois, converte-te a teu Deus; guarda a beneficência e o juízo, e em teu Deus
espera sempre." Osé. 12:6. Profetas e Reis, 282
Luís Fonseca
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