COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 2 (3º trimestre 2019) PLANOS PARA UM MUNDO
MELHOR
VERSO ÁUREO:
“Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o
teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.” Levítico 19:18
INTRODUÇÃO
(sábado 6 de julho) - Nós somos o povo escolhido de Deus, desde antes da
fundação do mundo. Você acredita nisso? Quando Paulo escreveu sua carta para a
igreja em Éfeso, ele começou enfatizando que eles foram escolhidos por Deus, desde antes da fundação do mundo! Este é um trabalho e desenvolvimento que nós
também somos chamados a participar. Este trabalho produzirá frutos em nossas
vidas. Efésios 1: 1-15
Acreditar
que somos escolhidos por Deus é uma parte importante da nossa fé; da
mesma forma, que Deus que nos chamou também é poderoso para realizar a obra que
começou em nós. Mas, antes
de nós Deus teve um povo especial, o povo judeu, que foi escolhido para fazer a diferença entre
todos os outros povos. Os judeus foram o povo escolhido de Deus, de acordo com
Deuteronômio 7:6, mas isso não salva automaticamente todos os judeus. Jesus
disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim”. João 14:6. Esse ninguém inclui judeus e gentios. Para um judeu ser salvo,
ele deve vir a Deus, o Pai, através da fé em Jesus, o Messias.
Existe uma
grande diferença entre os judeus e os cristãos atuais. O conceito cristão de
salvação do pecado não tem igual no Judaísmo. O Judaísmo não acredita que o
homem, por sua natureza, seja mau ou pecador e, portanto, não ensina que o
homem tenha necessidade de ser "salvo" de uma condenação eterna.
Já, para os
cristãos há uma tremenda esperança em Cristo Jesus, uma nova e melhor esperança
para nós que nascemos e fomos escravizados pelo nosso próprio pecado. O pecado
que herdamos, que acompanhou a humanidade através das gerações, tem sido motivo
de muita angústia e inimizade entre as pessoas.
Agora existe esperança de sair do pecado e entrar em uma vida de vitória sobre o pecado que
antes estávamos presos. Podemos entrar numa vida completamente nova em que
reagimos com as virtudes de Cristo, em vez de nossa vontade própria, e a
inimizade a que ela nos conduz. Em vez de fazer exigências, podemos ser gratos;
em vez de amaldiçoar, podemos abençoar. Amém?
Deus não
pergunta sobre o nosso passado, sobre a nossa origem familiar ou sobre o
que podemos realizar sozinhos. Ele nos chama para sermos discípulos de Jesus.
Ele pode fazer um trabalho em discípulos, e esse trabalho começa quando
passamos pela porta do discípulado, abandonando tudo o que é de nós mesmos e
dando nosso coração e vida a Deus. Isto continua ao longo da nossa vida, se
vivermos como Paulo escreve em Gálatas 2:20: “Já estou crucificado com Cristo;
e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne,
vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por
mim.” Esta é uma vasta obra de Deus que entramos quando nos tornamos em um sacrifício
completo e não vivemos mais para nós mesmos.
Em Jesus não
há distinção entre judeus e gentios, conforme Romanos 10:12. Sim, os judeus foram
o povo escolhido de Deus, e através deles veio o Messias para abençoar todas as
nações da terra. No entanto, é somente através de Jesus que os judeus ou
qualquer outra pessoa podem encontrar o perdão de Deus. Amém?
DOMINGO (7
de julho) O DEUS QUE OUVE – Estes são os textos principais para o estudo de
hoje: “E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que
está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque
conheci as suas dores.” Êxodo 3:7.
“Vai, e
ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: O Senhor Deus de vossos pais, o Deus
de Abraão, de Isaque e de Jacó, me apareceu, dizendo: Certamente vos tenho
visitado e visto o que vos é feito no Egito. Portanto eu disse: Far-vos-ei
subir da aflição do Egito à terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do perizeu,
do heveu e do jebuseu, a uma terra que mana leite e mel.” Êxodo 3:16,17
A verdade é
que o povo de Deus é "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes Daquele que o
chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz". Israel foi libertado do
Egito para ser o povo da herança do Senhor, e nós fomos libertos do pecado para
pregarmos o evangelho e apressarmos a volta de Cristo!
De acordo
com a bíblia sagrada, Deus escolheu Moisés para ser seu instrumento neste
processo de libertação do povo. Moisés era um hebreu que havia sido criado pela
filha do Faraó, que o encontrou ainda bebê dentro de um cesto de juncos boiando num rio;
ele era inteirado da cultura e linguagem egípcias e capaz de falar ao faraó em
sua própria língua. Anos mais tarde, já casado, vivendo na terra de Midiã, o
Senhor chamou Moisés durante uma tarde de trabalho no campo, falando-lhe por meio de uma sarça ardente.
O processo
de retirada do povo israelita do Egito foi complicado, em vista da resistência
do Faraó em autorizar a saída do povo. Um total de 10 pragas foram enviadas ao
Egito para que o povo fosse libertado: as águas dos rios que se tornaram
sangue, as rãs, piolhos, moscas, peste em animais, úlceras, chuva de pedras e
fogo, gafanhotos, trevas durante 3 dias, até que culminou com a morte dos
primogênitos de todas as famílias egípcias, incluindo os animais!
O ápice
dessa trajetória ocorre diante do Mar Vermelho, quando Senhor falou com Moisés
para tocar como cajado no mar e ele se abriu, para o povo passar, já que Faraó,
mais uma vez, havia se arrependido e estava com seus soldados atrás, tentando
alcança-los para fazê-los voltar escravizados. Deus ouviu o clamor do povo!
Esperar não
é fácil, e ter paciência menos ainda. Mas temos que aprender a esperar, mesmo
quando o nosso tempo parece ser distinto do tempo de Deus. E ele é mesmo. Deus
não está limitado ao tempo do homem, apesar de conhecê-lo. O Senhor se move em
uma dimensão de tempo que vai além de nossa compreensão.
Muitos
cristãos viveram grandes milagres porque souberam esperar na providência
de um Deus que nunca falha. A Bíblia mostra inúmeros casos dos que souberam e
até dos que não souberam esperar.
“A esperança
adiada desfalece o coração, mas o desejo atendido é árvore de vida.” Provérbios
13:12
À luz do
texto bíblico podemos entender que o coração humano sofre com a demora e se
angustia com a prolongação do tempo, esperando a realização de seus sonhos e
as respostas para seus pedidos.
Mesmo quando
tudo pareça distante, Deus está mais perto do que imaginamos. Para Ele o melhor
tempo para abençoar-nos é o tempo que Ele preparou. O melhor fruto de uma árvore
é aquele que é dado na estação própria. O povo de Israel foi liberto depois de
anos de opressão. Cuidado com a prática de pecados voluntários. Pois o pecado
nos prende como laço: “Quanto ao ímpio,
as suas iniquidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido.” Provérbios
5:22
Até que
ponto acreditamos que Deus está presente em nossa vida, atende as nossas
orações e supre as necessidades?
SEGUNDA-FEIRA
(8 de julho) OS DEZ MANDAMENTOS - Qual é a essência da lei? É a entrega
do próprio eu à essência dos ensinamentos de Jesus. Quando nos entregamos
totalmente a Jesus Cristo, olhamos o próximo com olhos de amor. É esse o apelo
que Jesus fez ao jovem judeu que se gabava de guardar a lei dos dez
mandamentos. Ele guardava apenas no nível intelectual, mas não na prática.
Quando foi desafiado a ajudar o próximo que necessita, ele foi embora triste
porque era muito rico. Leia Mateus 22:37-40 para ver o resumo dos dez
mandamentos.
Os dez
mandamentos são o reflexo do caráter de Deus, e assim como Deus é eterno e
perfeito, Seu caráter também é, e Seus mandamentos também o são; e como também
desejamos ser eternos, devemos guardar a lei de Deus. Um Deus perfeito só pode
continuar sendo perfeito se Ele nunca mudar em nada. Aqueles que dizem que a
Lei foi alterada incorrem em pelo menos dois erros: eles se fazem iguais ao
Legislador, coisa que é uma flagrante mentira, e minimizam Deus a uma pessoa
falha, como nós pecadores, que Ele precisa fazer retificações em Seu caráter.
Pessoas que assim agem são falsos cristãos!
Ellen White
menciona que em resposta à alegação de que pela morte de Cristo foram abolidos
os preceitos do decálogo, juntamente com a lei cerimonial, disse Wesley: “A lei
moral, contida nos Dez Mandamentos e encarecida pelos profetas, Cristo não a
anulou. Não era desígnio de Sua vinda revogar qualquer parte da mesma. Ela é
uma lei que jamais poderá ser destruída, que permanece firme como a fiel
testemunha no Céu.” Ver em O Grande Conflito, 262
O texto de
Mateus 5:21-44 é muito importante para reconhecermos a validade da lei de Deus
. Aqui Jesus disse 6 vezes; “mas eu vos digo” mostrando que Ele não só confirmou
a lei mas também ampliou o seu significado. Estes versos mostram-nos mais uma
vez que Jesus estava confirmando a validade da lei dos dez mandamentos. Se eles
tivessem que ser mudados, nesse pronunciamento, Jesus teria informado isso.
Mas
em nenhum momento Jesus deu algum sinal dessa mudança. Por exemplo: Jesus
disse: “ouvistes o que foi dito aos antigos: “não matarás”, e: quem matar
estará sujeito a julgamento.” Jesus, porém, ampliou este mandamento dizendo que
o mandamento não se refere somente ao ato de matar, pois é mais abrangente. Ele
se refere àquele que fica irado contra o próximo, a quem profere insulto, a
quem chamar o irmão de “tolo”, estará sujeito ao fogo do inferno, depois do
milênio. Jesus ordena para cada um fazer as pazes com o irmão antes de trazer a
sua oferta a Deus através do culto.
É curioso
que em cada caso Jesus menciona um verso do Velho Testamento para atestar a
validade dos mandamentos. Os ensinamentos de Jesus mostravam que o espírito com
que se guarda a lei é mais importante do que a forma da letra da lei. A
obediência a lei, de forma fria e calculista, leva ao distanciamento de Cristo,
como aconteceu com os judeus legalistas, mas, a obediência que inclui a atuação
do Espírito Santo que conduz para Jesus, essa sim é aceita por Deus e resulta
em bênçãos para o filho de Deus.
O povo de
Israel perdeu completamente a percepção da natureza espiritual da lei. Sua
obediência não passava de uma mera observância de formas e cerimónias em vez de
ser uma entrega do coração à soberania do amor de Deus. No sermão da montanha,
Jesus disse: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim
para revogar, vim para cumprir". São Mateus 5:17. Com este testemunho e
outros mais encontrados nos Evangelhos, a mensagem de Cristo produziu uma fé que
sustentou firmemente a validade dos dez mandamentos. Jesus, em Sua vida,
demonstrou a mais alta consideração pela lei de Deus. Amém?
Temos
guardado a lei com alegria e obedecido no poder do Espírito Santo?
TERÇA-FEIRA
(9 de julho) ESCRAVOS, VIÚVAS, ÓRFÃOS, ESTRANGEIROS – Estes são os textos para
o estudo de hoje: “Também não oprimirás o estrangeiro; pois vós conheceis o
coração do estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito.” Êxodo 23:9
“O estrangeiro
não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito. A
nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de algum modo os afligires, e eles
clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor.” Êxodo 22:21-23
Qual é o
objetivo porque existe a igreja na terra? Tanto no Velho Testamento, quando
Deus escolheu Israel como povo de Sua propriedade, como no Novo Testamento,
também chamando homens e mulheres para se dedicarem exclusivamente a Ele,
sempre os responsabilizou com a missão de proclamar o Seu plano de libertação
para o homem caído e escravo de Satanás e do pecado.
A natureza
da igreja é preparar um povo santo para viver a eternidade com Deus depois da
segunda vinda de Jesus. Este é o objectivo de Deus: “Para a apresentar a si
mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível.” Efésios 5:27
Tendo em vista este objetivo o que é preciso fazer para que os pecadores alcancem a
salvação em Cristo? A) Aceitar o convite de salvação. B) Arrepender-se dos seus
pecados. C) Confessar os seus pecados. D) Ser batizado, pertencer ao reino. E)
Viver em união com os irmãos da igreja. F) Levar uma vida santificada pela
Palavra de Deus.
Hoje vamos
ver que os verdadeiros filhos de Deus; mantêm comunhão íntima com Jesus,
revelam o amor às pessoas e praticam a justiça social. Veja nestes textos como
Deus pediu para os judeus ajudarem o próximo como já citamos: “O estrangeiro
não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito. A
nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de algum modo os afligires, e eles
clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor.” Êxodo 22:21-23
“Não
perverterás o direito do teu pobre na sua demanda. De palavras de falsidade te
afastarás, e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio.
Também suborno não tomarás; porque o suborno cega os que têm vista, e perverte
as palavras dos justos. Também não oprimirás o estrangeiro; pois vós conheceis
o coração do estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito.” Êxodo
23:6-9
“Semelhantemente
não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha;
deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus.” Levítico
19:10
“O que
oprime o pobre insulta àquele que o criou, mas o que se compadece do
necessitado o honra.” Provérbios 14:31.
No Novo
Testamento também não é diferente. Veja esta declaração: “A religião pura e
imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas
tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” Tiago 1:27. Veja também em
Mateus 25 a declaração de Jesus sobre a justiça social.
Em relação ao atendimento aos pobres, viúvas e estrangeiros,
no passado, Deus delineou três tipos de sábados: 1) O sábado do mandamento.
Aqui estava implícita a ideia dos servos e animais também usufruírem o descanso
semanal. Ver Êxodo 20:8-11. 2) O ano sabático. De sete em sete anos as dívidas
dos pobres eram canceladas, os escravos eram libertos e até os animais eram
beneficiados com o descanso. Ver Levítico 25:6 e 7. 3) O ano do jubileu. Esse
era o quinquagésimo ano, depois de sete anos sabáticos terminar o seu ciclo. As
propriedades que tinham sido vendidas eram devolvidas aos proprietários
anteriores, as dívidas eram perdoadas e os servos eram postos em liberdade.
O
jubileu era um equalizador da sociedade. Ellen White menciona que o ano jubileu
era uma “salvaguarda contra os extremos, quer da opulência, quer da miséria.” A
Ciência do Bom Viver, 128
“Como no ano
sabático, não se devia semear nem colher, e tudo que a terra produzisse devia
ser considerado propriedade lícita dos pobres. Certas classes de escravos
hebreus, todos os que não recebiam liberdade no ano sabático, ficavam agora
livres. Mas aquilo que especialmente distinguia o ano do jubileu era a reversão
de toda a propriedade territorial à família do possuidor original. Por
determinação especial de Deus, a terra fora dividida por sorte. Depois que a
divisão fora feita, ninguém tinha a liberdade de negociar sua terra. Tampouco
devia vendê-la, a menos que a pobreza o compelisse a tal; e, então, quando quer
que ele ou qualquer de seus parentes desejasse resgatá-la, o comprador não
devia recusar-se a vendê-la; e, não sendo remida, reverteria ao seu primeiro
possuidor ou seus herdeiros, no ano do jubileu. O povo devia ser impressionado
com o fato de que era a terra de Deus que se lhes permitia possuir por algum
tempo; de que Ele era o legítimo possuidor, o proprietário original, e de que
desejava se tivesse consideração especial pelos pobres e infelizes. A mente de
todos devia ser impressionada com o fato de que os pobres têm tanto direito a
um lugar no mundo de Deus como o têm os mais ricos. Tais foram as disposições
tomadas por nosso misericordioso Criador a fim de diminuir o sofrimento, trazer
algum raio de esperança, lampejar uma réstia de luz na vida dos que são
destituídos de bens e se acham angustiados." Patriarcas e Profetas, 533-534
Que
cuidados têm tido para com os menos favorecidos do seu lado?
QUARTA-FEIRA
(10 de julho) O SEGUNDO DÍZIMO - O ato de dizimar e ofertar serve para tirar o
egoísmo do nosso coração e ajudar-nos a colocar nossa confiança não no
dinheiro, mas em Deus. Como resultado desse relacionamento de confiança,
teremos mais sabedoria para gastar o dinheiro, pois adquirimos uma perspectiva
correta da nossa escala de valores, sabendo, assim, diferenciar o que é
realmente essencial daquilo que é desnecessário. Também saberemos usar as
coisas e amar as pessoas, jamais o contrário. Amém?
A nossa
motivação, ao devolver o dízimo não deve ser conseguir bênçãos materiais de Deus, mas
expressar gratidão e adoração pelas dádivas recebidas. Deus não faz troca com
ninguém. Existem igrejas que ensinam a teologia da prosperidade, um tipo de
troca com Deus. Mas Deus não pode ser comparado por um fundo de investimentos,
não é essa a relação que Ele deseja ter com Seus filhos.
Deus ensina-nos a ofertarmos humildemente e
com sinceridade, não por ostentação ou interesse.Ver Lucas 21:1-4. Portanto a
devolução dos dízimos e ofertas coloca Deus e o homem em suas devidas posições:
Criador e criatura, Doador e receptor, Deus e mordomo. Amém?
O ato de
dizimar e ofertar serve para tirar o egoísmo do nosso coração e ajudar-nos a
colocar nossa confiança não no dinheiro, mas em Deus. Como resultado desse
relacionamento de confiança, teremos mais sabedoria para gastar o dinheiro,
pois adquirimos uma perspectiva correta da nossa escala de valores, sabendo,
assim, diferenciar o que é realmente essencial daquilo que é desnecessário.
Também saberemos usar as coisas e amar as pessoas, jamais o contrário. Amém?
A lição
desta semana trata do segundo dízimo que o povo de Israel era convidado a
devolver para ajudar os pobres. Veja
estes textos acerca do segundo dízimo: Leia Deut. 14:22-29
“A fim de fomentar as reuniões do povo para os
serviços religiosos e também para suprir as necessidades dos pobres, pedia-se a
Israel que desse um segundo dízimo de todas as suas entradas”
Patriarcas e Profetas, 565
“Em cada
terceiro ano, entretanto, este segundo dízimo devia ser usado em casa,
hospedando os levitas e os pobres, conforme Moisés dissera: “Para que comam
dentro das tuas portas, e se fartem.” Deut. 26:12. Este dízimo proveria um
fundo para fins de caridade e hospitalidade”. Patriarcas e Profetas, pág. 530.
“A
consagração a Deus de um décimo de toda a renda, quer fosse dos pomares quer
dos campos, dos rebanhos ou do trabalho mental e manual; a dedicação de um
segundo dízimo para o auxílio dos pobres e outros fins de benevolência, tendia
a conservar vívida diante do povo a verdade de que Deus é o possuidor de todas
as coisas, e a oportunidade deles para serem portadores de Suas bênçãos. Era um
ensino adaptado a extirpar toda a estreiteza egoísta, e cultivar largueza e
nobreza de caráter”. Beneficência Social, 273.
“As
contribuições exigidas dos hebreus para fins religiosos e caritativos, montavam
a uma quarta parte completa de suas rendas. Uma taxa tão pesada sobre os
recursos do povo poder-se-ia esperar que os reduzisse à pobreza; mas, ao
contrário, a fiel observância destes estatutos era uma das condições de sua
prosperidade” Patriarcas e Profetas, p. 560.
“A
determinados períodos, a fim de conservar a integridade da lei, o povo era
entrevistado quanto a sua fidelidade no cumprimento dos votos que haviam feito.
Uma conscienciosa minoria devolvia a Deus cerca de um terço de toda a sua renda
para benefício dos interesses religiosos e dos pobres. Essas exigências não se
limitavam a uma classe particular do povo, destinavam-se a todos, sendo
proporcionais às posses da pessoa” Test. Seletos, vol. 1, p. 546.
“É parte da
obra do ministro ensinar os que aceitam a verdade mediante seus esforços, a
trazerem os dízimos ao tesouro, como testemunho de que reconhecem sua
dependência de Deus.” Ob. Evangélicos,
370
Qual é o seu
sentimento, no momento do culto, quando é separado para a entrega dos dízimos e
ofertas?
Embora
não seja cobrado o segundo dízimo hoje para ajudar os pobres, o que temos feito
para apoiar os necessitados?
QUINTA-FEIRA
(11 de julho) O ANO JUBILEU – Deus, em Seu governo soberano constituiu o ano do
jubileu tendo como principal objetivo beneficiar os pobres, e escravos,
endividados e pessoas, que foram obrigadas a vender as suas terras, a suas
possessões, a sua herança, passando a trabalhar como escravo nas propriedades
alheias.
Porém, duas
leis davam direito a estas pessoas de voltar para a sua terra e a sua
possessão: a lei do resgate e a lei do jubileu. A lei do resgate constituía-se
de um parente mais próximo que tivesse a possibilidade de pagar o resgate para
que aquele israelita pudesse obter os seus bens de volta, caso contrário ele
teria de espera até o ano do jubileu.
O ano do
jubileu deveria ser celebrado a cada cinquenta anos no dia da expiação. O dia
da expiação era o dia mais importante no calendário judeu, pois neste dia o
sumo sacerdote entrava no lugar Santo dos Santos para oferecer sacrifício por
si mesmo, e pelo povo.
O ano
jubileu, que sempre era o quinquagésimo ano, era para evitar a desigualdade
social, financeira e econômica em Israel. O jubileu tinha como objetivo
ajudar os pobres e necessitados: “Cristo disse que teremos os pobres sempre
conosco; e Ele une Seu interesse com o de Seu povo sofredor. O coração de nosso
Redentor compadece-Se dos mais pobres e humildes de Seus filhos terrestres. Ele
nos diz que são Seus representantes na Terra. Pô-los entre nós para despertar
em nosso coração o amor que Ele sente pelos que sofrem e são oprimidos. A
piedade e a benevolência a eles mostradas são aceitas por Cristo como se o fossem
para com Ele mesmo. Um ato de crueldade ou negligência para com eles, é
considerado como se fosse praticado a Ele”. Patriarcas e Profetas, 534-536.
Em relação
ao atendimento aos pobres, viúvas e estrangeiros, no passado, Deus delineou
três tipos de sábados: 1) O sábado do mandamento. Aqui estava implícita a ideia
dos servos e animais também usufruírem o descanso semanal. Ver Êxodo 20:8-11.
2) O ano sabático. De sete em sete anos as dívidas dos pobres eram canceladas,
os escravos eram libertos e até os animais eram beneficiados com o descanso.
Ver Levítico 25:6 e 7. 3) O ano do jubileu. Esse era o quinquagésimo ano,
depois de sete anos sabáticos terminar o seu ciclo. As propriedades que tinham
sido vendidas eram devolvidas aos proprietários anteriores, as dívidas eram
perdoadas e os servos eram postos em liberdade.
O jubileu era um equalizador da
sociedade. Ellen White menciona que o ano jubileu era uma “salvaguarda contra
os extremos, quer da opulência, quer da miséria.” A Ciência do Bom Viver, 128
O
atendimento aos pobres e necessitados foi a marca da igreja cristã primitiva.
Que advertências nos são feitas sobre a atenção que devemos dar aos pobres,
necessitados e pessoas vulneráveis? Veja os textos para hoje: “Não roubes ao
pobre, porque é pobre, nem atropeles na porta o aflito; porque o Senhor
defenderá a sua causa em juízo, e aos que os roubam ele lhes tirará a vida.”
Provérbios 22:22-23.
O seguinte
texto bíblico faz menção aos ricos que oprimem os pobres: “Eis que o jornal dos
trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído,
clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos
exércitos”. Tiago 5:4. Existem outras referências bíblicas que mencionam a
importância dos cristãos darem a devida atenção aos pobres. Veja este outro
texto: “O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e
não será ouvido”. Prov. 21:13.
O dinheiro hoje
domina as casas de leis, as cortes e os palácios dos governos. O dinheiro é o
maior “deus” deste mundo. Por ele as pessoas roubam, mentem, corrompem-se,
casam-se, divorciam-se, matam e morrem. O problema não é possuir dinheiro, mas
ser possuído por ele. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. Não é
pecado ser rico, pois a riqueza é uma bênção. É Deus quem nos dá sabedoria para
adquirirmos riquezas. O problema é colocar o coração nas riquezas. A raiz de
todos os males não é o dinheiro, mas o amor ao dinheiro. Os ricos sentenciados
por Deus ajuntam para eles o que devem pagar aos trabalhadores. Algumas pessoas
fraudulentas prejudicam os pobres e ainda jogam a culpa neles e alguns ricos
até condenam os pobres nos tribunais. Ver Tiago 2:6 e 5:6.
SEXTA-FEIRA
(12 de julho) LEITURA DICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2(3º trimestre 2019)
PLANOS PARA UM MUNDO MELHOR - A noção cristã de justiça social é diferente da
noção contemporânea de justiça social. As exortações bíblicas para cuidar dos
pobres são mais no âmbito individual do que das instituições e sociedade como
um todo. Em outras palavras, cada cristão é encorajado a fazer o que puder para
ajudar os pobres. A base para tais mandamentos bíblicos encontra-se no segundo
dos grandes mandamentos; "amar ao próximo como a si mesmo." Ver
Mateus 22:39. A noção de justiça social dos homens de hoje substitui o
indivíduo pela instituição. Jesus ordena que cada cristão se torne responsável
por cuidar dos menos favorecidos da sociedade e da igreja. A abordagem bíblica
vê Cristo como Salvador e motivador do amor e cada cristão deve seguir os Seus
passos.
Os gentios,
convertidos ao cristianismo, disponibilizaram-se em socorrer os cristãos de
Jerusalém, pois, de lá veio o Messias e a mensagem da salvação. Eles queriam
retribuir de alguma forma, e isso foi fácil para eles. Os ex-gentios foram mais
prudentes, não venderam tudo, contribuíram de tal modo que eles mesmos não
viessem depois a necessitar da ajuda dos de fora. Os primeiros cristãos judeus
foram tão generosos que venderam tudo, ao menos os de Jerusalém. Havia um
entusiasmo por disseminar o evangelho da salvação!
“A harmonia
e a união que existem entre homens de disposições várias constituem o mais
forte testemunho que se possa dar de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para
salvar os pecadores. É nosso privilégio dar este testemunho. Mas para isso
fazer, precisamos colocar-nos sob a ordem de Cristo. Nosso caráter tem que ser
moldado de conformidade com o caráter dEle, nossa vontade tem que ser rendida à
Sua. Então trabalharemos juntos sem um pensamento de colisão….Quando o povo de
Deus crer plenamente na oração de Cristo, quando praticar na vida diária as
instruções nela contidas, a unidade de ação será um fato em nossas fileiras.
Irmão estará ligado a irmão, pelos laços áureos do amor de Cristo. O Espírito
de Deus, unicamente, é que pode efetuar essa unidade. Aquele que santificou a
Si mesmo, pode santificar também a Seus discípulos. Unidos a Ele, estaremos
também unidos entre nós, na mais santa fé. Quando buscarmos essa unidade com o
empenho que Deus deseja, iremos alcançá-la. Não é o grande número de
instituições, grandes edifícios, e a aparência externa, que Deus requer, mas a
ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus e precioso,
unido um ao outro, tendo a vida escondida com Cristo em Deus. Cada homem deve
estar em seu lugar, desempenhando a sua tarefa, exercendo influência correta em
pensamento, palavras e ações. Quando todos os obreiros assim procederem, e não
antes, Sua obra será um todo completo e simétrico.” Testimonies for the Church vol
8, 243. Conselhos para a Igreja, 44.
“Homens
humildes, armados unicamente com a Palavra da verdade, resistiram aos ataques
de homens de saber, que, com surpresa e ira, perceberam a ineficácia de seus
eloquentes sofismas contra o raciocínio simples, direto, daqueles que eram
versados nas Escrituras ao invés de sê-lo nas subtilezas filosóficas.” O Grande
Conflito, 455.
Como
podemos reconhecer Deus como soberano e auxiliar os pobres em suas necessidades?
Luís Fonseca
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