COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 2 (4º trimestre de 2017) A CONTROVÉRSIA
VERSO
ÁUREO: “Porque
a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus
Cristo.” João
1:17
INTRODUÇÃO
(sábado 7 de outubro) – Os
judeus convertidos ao cristianismo nunca pensaram que, ao aceitarem o
evangelho de Cristo teriam que deixar muito das tradições dos seus
pais. E muitos não conseguiram administrar esta questão e voltaram
à alguns costumes dos judeus que já tinham perdido o valor para a
nova religião; o cristianismo. O problema maior era que, para além
de não aceitarem parte do cristianismo ainda queriam impor tais
questões caducas.
Quais
eram os problemas que causavam controvérsias?
Os
primeiros cristãos eram judeus e várias práticas das quais estavam
habituados foram conservadas. Muitos mantinham até mesmo o
preconceito contra outras nações; para eles a entrada dos gentios
na igreja, sem adotar os costumes judaicos e todas as orientações
divinas presentes na
Torá, lei
de Moisés, sobretudo as cerimoniais, causaria transtornos e
instabilidade ao cristianismo. Então, alguns passaram a exigir que
os cristãos ex gentios aplicassem o estilo de vida e as leis
específicas do judaísmo, como por exemplo, a lei da circuncisão.
Eles acreditavam que tais atitudes, além de estarem relacionadas com
a salvação,
ver Atos 15:1-6,
preservariam a integridade da igreja.
Para
além
da circuncisão havia outros assuntos conflitantes envolvendo judeus
e gentios conversos
ao cristianismo,
como o consumo de carne sacrificada aos ídolos. Muitos dos gentios
convertidos ao cristianismo, viviam entre pessoas que faziam
frequentes sacrifícios e ofertas aos deuses pagãos, e as
ofertas que sobravam eram vendidas no mercado e os judeus tinham
o receio de que os cristãos gentios promovessem descrédito à
igreja ao comprar aquilo que tinha sido sacrificado aos ídolos; o
que de certa forma seria uma aprovação aos costumes idolatras.
Outro
assunto envolvia
a promiscuidade. Os gentios, especialmente os gregos, eram
extremamente licenciosos, e havia o perigo de que alguns fizessem uma
confissão de fé cristã sem renunciar as suas más atitudes. Deste
modo, os judaizantes consideravam que a circuncisão, acompanhada das
demais normas da lei, deveriam ser praticadas pelos conversos gentios
como prova de sinceridade e devoção.
Outro
problema era que os
gentios estavam acostumados a comer a carne de animais estrangulados
e usavam
com frequência o sangue no preparo do alimento. Os
judeus, portanto,
foram
instruídos por Deus a retirar e descartar o sangue do animal
destinado à alimentação, caso contrário não seria adequado para
o consumo. Ver
Lev 17:10-16 e Deut. 12: 15-16.
Portanto, se um judeu se assentassem à mesa para uma refeição
preparada por um gentio, sem essas orientações divinas, ele se
consideraria ofendido e ultrajado. Este
ponto é muito importante também para os dias de hoje. Os não
vegetarianos não estão autorizados a comerem carnes com sangue e
gorduras. Deus deixou orientações claras sobre esse assunto e que servem para hoje também.
Qual
foi o resultado do Concílio de Jerusalém?
O
Concílio
definiu
que os gentios deveriam evitar as práticas mencionadas
acima, conforme texto: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas
aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das
quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá. Tendo eles
então se despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão,
entregaram a carta.” Atos 15:29-30,
e
serem alertados de que a obrigatoriedade da circuncisão não tinha o
consentimento dos apóstolos. Ver
Rom. 2: 25-29.
Até
que ponto estamos presos às nossas tradições, costumes, gostos e
manias, e descartamos a atuação do Espírito Santo em nós?
DOMINGO
(8 de outubro) UMA ALIANÇA MELHOR -
Aliança
é um acordo entre duas partes. No caso da lição de hoje Deus fez
uma aliança com o seu povo, e Paulo
tomou emprestado o termo do Velho Testamento para descrever o que
Deus pretendia fazer com a igreja Cristã. No passado Deus fez
aliança com o seu povo. Houve o Concerto Adâmico, conforme Gênesis
3:15; o Concerto com Noé, conforme Gênesis 9; Concerto Abraâmico,
conforme Gênesis 12:1-3, Gálatas 3: 6-9; Concerto do Sinai,
conforme Êxodo 20:2; Concerto Davídico, conforme Ezequiel 37:24-27
e o Novo Concerto, conforme Jeremias 31:31-34 e o Concerto da Cruz de
Cristo conforme o Novo Testamento relata.
A
Bíblia menciona várias alianças, no plural, conforme Romanos 9:4 e
Gálatas 4:24, mas a ideia é de apenas um concerto que é o concerto
da Salvação e resgate do ser humano. A Bíblia chama de o “Concerto
Graça”.
No
Novo Concerto, Cristo era o próprio Sacerdote e Sumo-Sacerdote. No
passado, o sacerdote era o representante apontado por Deus. Israel e
Judá confiavam nos sacerdotes levíticos e nos seus sacrifícios de
animais para o perdão dos pecados do povo, mas era Deus que
perdoava: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões
por amor de mim e dos teus pecados não me lembro." Isa. 43:25.
Este
é o texto principal para hoje:
“Mas
agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é
mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores
promessas.” Hebreus
8:6.
Todas
as alianças ou pactos humanos tiveram e tem condições e prazos
para serem cumpridos, e todos eles acabaram e acabam um dia, mas
Jesus nos propôs uma Aliança de vida eterna, quando derramou o Seu
próprio sangue, o sangue do pacto, o sangue da Nova Aliança. A
diferença do pacto humano para a Nova Aliança com Deus é que esta
jamais será anulada, é para a eternidade. Amém?
Hoje
Deus quer fazer ou refazer uma aliança com você. E, principalmente
Deus quer fazer uma aliança de Salvação com você, uma aliança
que permitirá você se achegar diretamente a Deus, ter intimidade
com Ele, ouvir Sua voz, sentir Sua presença, conhecer a Sua vontade
e obedecer-lhe.
Lembre-se
que a nossa parte na aliança é a obediência aos mandamentos de
Deus
Os
judeus, judaizantes, achavam que podiam receber méritos de Cristo
através da circuncisão e outros ritos da velha aliança, mas Deus
mostrou claramente que Jesus é o único que pode ter méritos e
conceder a Sua graça.
Veja
este texto inspirado:“Se
a fé e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o
Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma
oportunidade para a falsidade ser aceita como verdade. Se alguém
pode merecer a salvação por alguma coisa que faça, encontra-se,
então, na mesma posição que os católicos para fazer penitência
por seus pecados. A salvação, nesse caso, consiste em parte numa
dívida, que pode ser quitada com o pagamento. Se o homem não pode,
por qualquer de suas boas obras, merecer a salvação, então ela tem
de ser inteiramente pela graça, recebida pelo homem como pecador,
porque ele aceita a Jesus e crê nEle. A salvação é inteiramente
um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de
controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja
estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas
boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele.” Fé e
Obras, 17.
A
lei moral nunca deixou de vigorar e vemos isso, no Novo Testamento,
de forma clara e enfática. Veja os seguintes textos: Mateus 19: 17;
Apoc 12:17; 14:12 e Tiago 2:10-12. Já as lei cerimoniais foram
combatidas fortemente pelos apostilos como já fora de uso e
desnecessária para a salvação.
SEGUNDA-FEIRA
(9 de outubro) LEIS E REGRAS JUDIAS – Por que razão era
impossível seguir os ritos e normas do Velho Testamento conforme
Levítico capítulos 12; 16 e 23?
Havia
leis que deviam ser seguidas apenas naquela época e naquele país, como vemos nas várias leis. Vejamos,
as principais leis dadas ao povo de Israel, que foram abolidas e
quais ainda estão em vigor:
1)
As Leis de Saúde - Entre as leis de saúde encontradas no
Antigo Testamento, destacam-se as leis dos animais cujas carnes não
devem ser comidas. Ver Levítico 11 e Deuteronômio14.
Sangue
e gordura - Encontramos também, e de forma muito importante, a
ordenança para não se comer gordura e sangue, conforme Levítico
3:17, “Estatuto perpétuo será durante as vossas gerações, em
todas as vossas moradas; gordura nenhuma nem sangue jamais comereis”.
Lepra
- No caso de lepra e outras doenças havia as regulamentações
de quarentena; a contaminação e purificação das pessoas, moradias
e roupas, e seu exame por um sacerdote qualificado em caso de lepra.
Ver Levíticos 13 e 14 e 19. A purificação devia ser com água e
sangue.
Tocar
em cadáver - Aquele que tocava em um cadáver devia purificar-se
com água e cinzas de novilha vermelha. Ver Números 19.
2)
As Leis Civis – A lei civil aplicava-se à vida
cotidiana em Israel. Ver um exemplo sobre o empestar coisas. Deut.
24:10,11. Pelo fato de a sociedade e a cultura modernas serem tão
radicalmente diferentes das daquele tempo, esse código, como um
todo, não mais é seguido. Mas os princípios éticos contidos nos
mandamentos são atemporais, e devem guiar nossa conduta. Jesus
demonstrou estes princípios por meio de Sua vida exemplar. Leis em
conexão com o governo civil e militar, assim como aquelas
relacionadas ao rei, para pactos com outros países, para fazer o
censo e assuntos militares. Leis relacionadas no estado judaico,
como; ordenação, santificação de sacerdotes e reis, o arranjo do
calendário; as leis do Jubileu e o soar do shofar em Yom Kipur para
anunciar o Jubileu; as leis dos serventes judeus; o direito de vender
um ladrão, caso ele falhe em restituir seu roubo; as regulamentações
das cidades de refúgio; punições corporais e as multas relacionada
multa, e a pena capital; cessaram setenta anos antes da destruição
do segundo templo, devido às invasões dos romanos, que começaram a
exercer usa influência na Judeia.
Leis
do divórcio: Conforme Mateus 19:3-12 vemos que Jesus cita essa
lei que os judeus ainda praticavam, depois Jesus regulamentou esta
lei.
3)
As Leis Religiosas – Havia diversas leis que
regulavam a vida religiosa do povo Hebreu. Delas fazem parte as leis
sobre a impureza. Por exemplo: mulheres menstruadas e pessoas que
haviam tocado em mortos não podiam ir até o pátio do templo até
se tornarem puras através das cerimônias. Ver Levíticos 15 e 16
Lepra:
Sobre a lei da lepra encontramos os seus detalhes em Levíticos
capítulo 13 e 14.
Voto
de nazireu: O voto de nazireado, ou nazireato, foi
institucionalizado e regulamentado na Torá no Livro de Números
6:1-21. Veja este texto: “E falou o senhor a Moisés, dizendo: Fala
aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando um homem ou mulher se tiver
separado, fazendo voto de nazireu, para se separar ao Senhor...Todos
os dias do voto do seu nazireado sobre a sua cabeça não passará
navalha; até que se cumpram os dias, que se separou ao Senhor, santo
será, deixando crescer livremente o cabelo da sua cabeça”.
Números 6:1-2 e 5
Circuncisão
carnal: A circuncisão era a condição para as pessoas e
famílias serem aceitas na família israelita. Ver Levíticos 12:3.
Hoje necessitamos de ter os corações circuncidados. Romanos
2:28-29. Hoje é através do batismo que a pessoa é aceita no reino
de Deus.
4)
As Leis Cerimoniais – Tais leis simbolizavam o
sacrifício que Jesus viria fazer em favor da raça humana.
Incluem-se aqui os diversos sacrifícios de cordeiros e animais que
eram feitos. Ver Levíticos capítulos de 1 ao 7 e João 1:29; I
Coríntios 5:7; Apocalipse 13:8.
A
lei cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte
de Israel. Ver Levítico capítulos 1, 2 e 3. Seu propósito primário
era apontar adiante, para Cristo, portanto, não seria mais
necessária depois da morte e ressurreição de Jesus. Como
vemos em Mateus: “E eis que o véu do templo se rasgou em dois,
de alto abaixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.” Mateus
27:51
5)
A Lei Moral, os Dez Mandamentos– Constituem-se na
essência da responsabilidade moral humana para com o seu Criador. Os
primeiros quatro mandamentos referem-se às nossas obrigações para
com Deus, e os outros seis para com o nosso próximo. Os dez
mandamentos foram escritos pelo próprio dedo de Deus, conforme Êxodo
31:18 e entregues à Moisés. Ver os dez mandamentos em Êxodo
20:1-17.
É
curioso que, entre as leis citadas, encontramos a referência sobre a
lei Moral dos dez mandamentos que são perpétuas. E sobre as leis da
saúde, relacionadas com a alimentação, entendemos que devem ser
seguidas, muito mais hoje do que nos dias do povo de Israel, pois
esta geração está mais enfraquecida fisicamente.
TERÇA-FEIRA
(10 de outubro) SEGUNDO O COSTUME DE MOISÉS – Enquanto os
apóstolos uniam-se aos pastores e líderes constituídos para
mobilizarem a igreja ao serviço missionário, havia uns judaizantes
que insistiam em dizer que para serem salvos deviam praticar a
circuncisão, conforme o costume de Moisés: “Então
alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se
não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis
salvar-vos.” Atos
15:1. Já
viu algo parecido acontecendo em nossos dias?
Percebemos
nitidamente
que
o Concílio de Jerusalém não revogou a lei, mas direcionou os
cristãos quanto as normas que deveriam seguir, e quais não teriam
aplicabilidade na nova aliança, como
já vimos na introdução da lição desta semana. Veja este outro
texto de Paulo: "Foi
alguém chamado sendo já circunciso? Não desfaça a sua
circuncisão. Foi alguém chamado sendo incircunciso? Não se
circuncide. A circuncisão não significa nada, e a incircuncisão
também nada é; o que
importa é
obedecer aos mandamentos de Deus.” I
Cor. 7:18 e 19.
Paulo
em suas cartas
repassa esta orientação e destaca aos cristãos judeus que diversos
preceitos cerimoniais da lei, especialmente àqueles vinculados a
Cristo e Seu sacrifício na Cruz, chegaram ao fim devido ao
cumprimento de suas funções. Estas questões básicas que não
estavam sendo discernidas pela primitiva igreja cristã.
As
fábulas, engenhosamente
inventadas
em torno de
Atos 15 e que
são difundidas entre os cristão da atualidade, acontecem
por causa do quarto mandamento. Geralmente este capítulo é
interpretado premeditadamente de forma distorcida para justificar a
transgressão contra o sábado. Alguns apresentam tanta aversão
contra ele, que o caracterizam como sendo penoso e impossível de ser
obedecido, contrariando diretamente as palavras de Deus onde
diz que é fácil. A
lei apresenta que
a
guarda do sétimo dia da semana pertencente ao Eterno Deus, e o
quarto mandamento que o descreve está indivisivelmente interligado
aos demais preceitos da
Lei de Deus.
Qual
é o lugar que ocupa a tradição na vida de uma igreja ou indivíduo?
Paulo disse: “E na minha
nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo
extremamente zeloso das tradições de meus pais.”Gálatas
1:14. Com certeza Paulo era grato por conservar algumas boas
tradições do Judaísmo e poder transportá-las para o cristianismo.
Como o mandamento do sábado e a alimentação saudável, por
exemplo.
Quais
são algumas tradições humanas,
de hoje, que estão acima da Bíblia? Batizar
bebês, rezar em favor de mortos, confessar pecados para sacerdotes,
guardar o dia de domingo, curvar-se perante imagens e ídolos, etc
Que
perigos correm os cristãos de hoje, de serem como os
judaizantes,
ressaltando mais as tradições do que a Palavra de Deus?
Quando não se lê a Palavra de Deus diariamente temos a tendência de substituir o sagrado pelo que é profano. Veja estes textos: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” Oséias 4:6
“Em
vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de
homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição
dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas
outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o
mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.” Marcos
7:7-9
“O
mundo manifesta hoje o mesmo espírito. Os homens são contrários à
pesquisa da verdade, pelo receio de que as tradições sejam
perturbadas e introduzida nova ordem de coisas. Há, na humanidade,
uma constante propensão ao erro e os homens naturalmente se inclinam
a exaltar as ideias e o conhecimento humanos, não discernindo nem
apreciando o que é divino e eterno” Conselho Sobre Escola
Sabatina, 48.
De
que maneira a nossa vida pode ser um exemplo positivo para os
descrentes?
QUARTA-FEIRA
(11 de outubro) OS CRENTES GENTIOS - A
primeira coisa que
temos que ver é que a expressão gentio não
tem nada a ver com a palavra gentil, que significa generoso, amável,
cortês, e da qual deriva a palavra gentileza.
Na
época do Antigo
Testamento vemos registado
que Deus escolheu um povo para ser o Seu povo, aqueles que
representavam o Seu nome e a quem Ele deu as Sagradas Escrituras.
Esse povo é bastante conhecido pelo nome de judeus.
Todas
as outras pessoas que não pertenciam ao povo judeu eram consideradas
gentil. Assim as pessoas que pertenciam as religiões pagãs, e que se
convertiam ao cristianismo, eram denominados crentes gentios ou ex
gentios. Os judeus que se convertiam ao cristianismo eram ex judeus. Não perdiam a nacionalidade, como é obvio, mas deviam deixar os ritos da religião.
Qual
era o problema então?
Entre os gentios estavam os judaizantes que queriam impor algumas
regras do judaísmo para os demais. E diziam que “as leis e
cerimónias judaicas deviam ser incorporadas na religião cristã.”
Atos dos Apóstolos, 138. Em Atos 15:10 Pedro chama essas leis de jugo
que
tinham acabado com a chegada de Cristo.
Os
judaizantes passaram a exigir que os cristãos gentios aplicassem o
estilo de vida e as leis específicas do judaísmo, como por exemplo,
a lei da circuncisão. Eles acreditavam que tais atitudes, além de
estarem relacionadas com a salvação,
ver Atos 15:1-6,
preservariam a integridade da igreja. Mas Paulo combateu fortemente
tais coisas.
Um
ponto importante a ser considerado na lição de hoje é que o
resultado do concílio de Jerusalém regula algumas coisas, como a
circuncisão, carnes sacrificadas a ídolos, promiscuidades e animais
sufocados, e nem sequer menciona os 10 mandamentos. Mas, sabemos que guardar a lei de
Deus sempre foi o dever de todo o homem.
A
igreja cristã cresceu muito com a chegada dos gentios, pois os
judeus eram mais relutantes em aceitar o evangelho de Cristo. Quando
Paulo diz:
“A
mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar
aos
gentios o
evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.” Efésios
3:8,ele
está querendo dizer que foi dada a ele a graça de levar a palavra
de Deus aos gentios.
“Paulo e Barnabé enfrentaram com prontidão essas falsas doutrinas, e se opuseram à introdução do assunto aos gentios. Por outro lado, muitos crentes judeus de Antioquia favoreciam a posição dos irmãos recentemente vindos da Judéia. Os conversos judeus não eram geralmente inclinados a mudar tão rapidamente quanto a providência de Deus abria o caminho. Do resultado do trabalho dos apóstolos entre os gentios, ficou evidente que os conversos dentre este último povo excederiam muito aos conversos judeus em número. Os judeus temiam que, se as restrições e cerimônias de sua lei não fossem tornadas obrigatórias aos gentios como condição para se tornarem membros da igreja, as peculiaridades nacionais dos judeus, que até então os tinham mantido como um povo distinto de todos os outros povos, desapareceriam finalmente dentre os que recebiam a mensagem do evangelho.” Atos dos Apóstolos, 104.
Geralmente é assim; as pessoas que vivem sem religião aceitam mais facilmente o evangelho quando lhes pregamos. E, devemos estar abertos ao Espírito Santo para anunciarmos a Palavra tão logo as pessoas solicitarem. É certo também que as pessoas religiosas, quando se convertem tem dificuldades de adaptarem-se com os princípios a nova igreja, pois ficam presas ao jugo passado. Devemos deixar Deus dirigir-nos às doutrinas contidas em Sua Palavra!
QUINTA-FEIRA (12 de outubro) PAULO E OS GÁLATAS – Paulo foi considerado o apóstolo aos gentios. Três anos depois da sua conversão, Paulo começou a pregar em Damasco, onde também começou a ser perseguido, e passou a ser um fugitivo. Depois Indo para Jerusalém, lá aconteceu o mesmo: pregou, foi ameaçado de morte, e fugiu de lá.
Durante os cinco anos seguintes, esteve em Cesareia e Tarso, conforme Atos 9:30, e partes da Síria e da Cilícia, conforme Gálatas 1:21. Em seu trabalho, fundou igrejas e visitou as já estabelecidas por outros irmãos. Dentre os conversos, alguns eram habitantes dessas cidades; outros, moradores de regiões mais distantes, para onde levaram o evangelho.
Em Gálatas 2:1, Paulo diz que só retornou a Jerusalém catorze anos depois. Foram anos e anos de muito trabalho entre os gentios da região da Galácia, e como vimos foi o problema com os judaizantes que teve na Galácia que motivou o apóstolo a escrever aos romanos para previní-los desses possíveis problemas.
Como os judaizantes insistiam nas leis cerimoniais, Paulo deu ênfase à lei moral, dos dez mandamentos. Hoje tem muitos cristãos que insistem que o 4º mandamento, que requer a santificação do sábado, não necessita mais de ser guardado por fazer parte do velho sistema.
Em
Levítico capítulos 16 e 23, e Números capítulos 28 e 29, estão
enumerados os vários dias de festa para os israelitas. Cada um
desses dias festivos constituía uma santa convocação e era um dia
de descanso, palavra que no hebraico é a mesma de sábado “Shabbat.”
Contudo, eram dias móveis dentro da semana. Estes feriados eram os
sábados de descanso, mas que podiam cair em qualquer dia da semana.
E quando coincidia de cair em um dia de sábado semanal, era chamado
de sábado grande, por comemorar o sábado da festa e o semanal do
mandamento.
Eis
a seguir os sete sábados cerimoniais e seus respectivos dias de
celebração que Paulo faz referência em Colossenses: “Portanto,
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias
de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das
coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Colossenses 2:16-17.
1.º
Sábado Cerimonial - Páscoa - 14.º dia do primeiro mês.
2.º
Sábado Cerimonial - Festa dos Pães Asmos - 21.º dia do primeiro
mês.
3.º
Sábado Cerimonial - Festa das Primícias - 6.º dia do terceiro mês.
4.º
Sábado Cerimonial - Festa das Trombetas - 1.º dia do sétimo mês.
5.º
Sábado Cerimonial - Dia da Expiação - 10.º dia do sétimo mês.
6.º
Sábado Cerimonial - Festa dos Tabernáculos - 15.º dia do sétimo
mês
7.º
Sábado Cerimonial - Festa dos Tabernáculos - 22.º dia do sétimo
mês.
Aqui
inclui também todos os serviços do santuário com seus significados
apontando para Jesus. Percebeu a diferença entre os sábados
cerimoniais e o sábado do mandamento?
Os sábados cerimoniais não necessitam ser guardados pelos cristãos, mas o sábado do mandamento continua em vigor e o filho de Deus precisa guardar este mandamento também porque senão será “culpado de todos” Ver Tiago 2:10-12
Os sábados cerimoniais não necessitam ser guardados pelos cristãos, mas o sábado do mandamento continua em vigor e o filho de Deus precisa guardar este mandamento também porque senão será “culpado de todos” Ver Tiago 2:10-12
SEXTA-FEIRA
(13 de outubro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 2 (4º trimestre de
2017) A CONTROVÉRSIA – Não há dúvidas de que a igreja cristã
Adventista do 7º Dia enfrenta tempos de controvérsia, mais do que
as demais confissões religiosas, pois procuramos defender alguns pontos bíblicos não
defendidos por outras igrejas. Sabemos que Satanás tem estado em
guerra desde sempre contra o povo “que guarda os mandamentos de
Deus e tem o testemunho de Jesus Cristo.”
No
passado foi assim, e sempre surgirão os opositores. Os rabis judeus
redigiram as tradições e as colocaram diante do povo. Embora as
tais 613 leis e outras, criadas por eles, tinham como base as
Escrituras do Velho Testamento, eles acabavam por colocar as suas
tradições acima da Bíblia.
Quais
eram algumas tradições daquela época? Os saduceus:1)
Eram extremamente auto-suficientes, ao ponto de negar o envolvimento
de Deus na vida quotidiana. 2) Eles negaram qualquer ressurreição
dos mortos. Ver Mateus 22:23; Marcos 12:18-27 e Atos 23:8. 3) Eles
negaram qualquer vida depois da morte, defendendo a crença de que a
alma perecia com a morte; eles acreditavam que não há qualquer
penalidade ou recompensa depois da vida terrena. 4) Eles negaram a
existência de um mundo espiritual, ou seja, anjos e demônios. Ver
Atos 23:8.
Os
fariseus defendiam a “tradição dos antigos”, considerando-a
como o desenvolvimento da Torá escrita. Por exemplo: Lavar pratos,
talheres e mãos antes de cada refeição, como parte da religião,
era mais importante do que um homem ser curado no dia de sábado ou
os pais idosos serem bem cuidados. Ver Marcos 7.
Hoje
vemos, no mundo, o evolucionismo sendo colocado acima do criacionismo,
vemos tendências cristãs em afirmar que o mundo não foi criado em
sete dias literais e, sim em longos períodos. Esta é uma tentativa
para destruir o mandamento do sábado. Vemos “judaizantes”
tentando colocar normas acima de princípios e defender doutrinas e
pontos de vistas pessoais contrários dos defendidos pela igreja
Adventista do 7º Dia. Alguns consideram-se “iluminados”. A
esses, precisamos combater, como Paulo fez, com amor, mas com também com muita energia.
Deus
convida-nos a vivermos no concerto da nova aliança. Deus estabeleceu
uma nova Aliança em Cristo, pois na primeira os homens se apegaram
muito mais aos rituais e aos símbolos do que ao significado dos
mesmos. Passaram a viver uma religiosidade vazia e já no período do
Antigo Testamento, o Senhor mostrava a sua tristeza com relação a
isso:“Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim
abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a
convocação das congregações; não posso suportar iniquidade
associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as
vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas;
estou cansado de as sofrer”. Isaías 1:13 e 14.
Estamos
presos a Cristo, através da comunhão com Ele, ou em leis criadas por
nós?
Luís
Carlos Fonseca
Ótimo artigo, profundo e objetivo.
ResponderEliminarmuito bom!
Abraços