terça-feira, 26 de junho de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (3º trimestre de 2018) A VIDA NA IGREJA PRIMITIVA


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (3º trimestre de 2018) A VIDA NA IGREJA PRIMITIVA

VERSO ÁUREO: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos 2:46,47

INTRODUÇÃO (sábado 14 de julho) - Quando estudamos sobre a igreja primitiva, em Atos dos Apóstolos, ficamos impressionados com o quanto nos distanciamos das nossas origens. A igreja primitiva, com todas as lutas e perseguições que enfrentou podia sempre dizer que “tinha paz” e por isso “crescia em número”. 

Então precisamos a aprender a promover na igreja um ambiente de paz para que, como consequência ela cresça em número. Veja esta declaração: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” Atos 9:31. Amém?
Uma igreja adoecida, por problemas do passado, não tem condições de crescer! Isso nos leva a refletir: qual era o segredo da igreja primitiva? Por que aquela igreja tinha paz mesmo em meio as perseguições? Como a igreja crescia, sendo reprimida o tempo todo? Jesus disse que onde estiver nosso tesouro estará o nosso coração, ver Mateus 6:21. Onde estava o coração dos crentes primitivos e o que era mais importante para eles?

Os primeiros crentes buscaram o poder de Deus até receber o Espírito Santo. Em Atos 2:1-4 lemos: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.”

Os que creram permaneciam na fé buscando a Palavra até receberem o poder.  O início da igreja foi marcado pelo recebimento do poder de Deus para pregar a Palavra. Veja este outro texto: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1:8. Todos receberam o poder, não havia distinção de uns mais espirituais do que outros. Isso mostra que todos nós podemos receber a capacitação do céu.

“A igreja primitiva era constituída de muitas classes de pessoas de diferentes nacionalidades. Ao tempo do derramamento do Espírito Santo, no dia do Pentecostes, “em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu”. Atos 2:5. Entre os que adotavam a fé dos hebreus, reunidos em Jerusalém, havia alguns comumente conhecidos como gregos; entre estes e os judeus da Palestina tinha havido desde muito tempo desconfiança e mesmo antagonismo. O coração daqueles que se converteram mediante o trabalho dos apóstolos, abrandou-se e uniu-se pelo amor cristão. A despeito de preconceitos anteriores, todos estavam em harmonia uns com os outros. Satanás sabia que, enquanto essa união continuasse a existir, ele seria impotente para deter o progresso da verdade do evangelho; e procurou tirar vantagem de anteriores hábitos de pensar, na esperança de que, por esse meio, pudesse introduzir na igreja elementos de desunião.” Atos dos Apóstolos, 48

“A ordem que foi mantida na primitiva igreja cristã, possibilitou-lhes avançarem firmemente como bem disciplinado exército, vestido com a armadura de Deus. Os grupos de crentes, se bem que espalhados em um grande território, eram todos membros de um só corpo; todos se moviam com ordem e em harmonia uns com os outros. Quando surgia dissensão em uma igreja local, como mais tarde aconteceu em Antioquia e em outros lugares, e os crentes não podiam chegar a um acordo entre si, não se permitia que tais assuntos criassem divisão na igreja. Eram encaminhados a um concílio geral de todo o conjunto dos crentes, constituído de delegados designados pelas várias igrejas locais, com os apóstolos e anciãos nos cargos de maior responsabilidade. Assim; os esforços de Satanás para atacar a igreja nos lugares isolados, foram contidos pela ação adequada por parte de todos e os planos do inimigo para esfacelar e destruir foram subvertidos. “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos”. 1 Coríntios 14:33. Ele requer que o método e a ordem sejam observados na administração dos negócios da igreja hoje, não menos do que o foram nos antigos tempos. Deseja que Sua obra seja levada avante com proficiência e exatidão, de modo que possa pôr sobre ela o selo de Sua aprovação. Cristão deve estar em união com cristão, igreja com igreja, cooperando o instrumento humano com o divino, achando-se cada agência subordinada ao Espírito Santo, e tudo em combinação para dar ao mundo as boas-novas da graça de Deus.” Atos dos Apóstolos, 52 e 53
  
DOMINGO (15 de julho) ENSINO E COMUNHÃOEste é o texto principal para hoje: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Atos 2:42. Juntamente com este texto encontramos outros que mostram a força que a Palavra de Deus exerceu na vida da igreja primitiva. Quando a Bíblia é lida, estudada e obedecida existe poder na vida do crente e da igreja. O contrário também é verdadeiro. Quando a Bíblia é desprezada, o crente cai em apostasia. “Atrás de uma Bíblia abandonada existe sempre uma apostasia”

Os crentes primitivos perseveravam na Palavra. Encontramos em Atos 5:42: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.” Estavam em torno das Escrituras e todos os dias se reuniam para orar e aprender sobre a Palavra de Deus. Além disso, o texto diz que eles perseveravam, ou venciam os obstáculos através da Palavra de Deus, ver Atos 2: 42,43, crendo verdadeiramente nas verdades bíblicas.

Os crentes da igreja primitiva tinham o objetivo comum de anunciar a Palavra. Veja este texto: “Pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” Atos 4:20. Além de conhecer a Palavra, tinham um objetivo em comum que era pregar o Evangelho. Todos eram missionários, pregadores, e todos testemunhavam a obra de Deus em suas vidas.

Os crentes primitivos pregavam a palavra na sua simplicidade. Em Atos 3: 6 lemos: “não possuo ouro nem prata, mas o que tenho isso te dou: em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta e anda”. Nos seguintes exemplos vemos palavras simples e poderosas devido à fé que tinham: Atos 10:34: “Deus não faz acepção de pessoas” Atos 16:31: “crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa”.

Os apóstolos discutiam os seus problemas à luz da Palavra: Veja este texto: “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.” Atos 6:1-4

Antes de pensarmos sobre as nossas opiniões e as defendermos, precisamos saber qual é a opinião do Cabeça da Igreja. Precisamos aprender a discutir nossos problemas à luz da Palavra de Deus, como os apóstolos fizeram ao escolher os diáconos para se manter dedicados ao estudo, oração e ensino da Palavra, e também o Concílio de Jerusalém foi momento de decidir o futuro da igreja à luz da Palavra de Deus. A Palavra de Deus deve ser o fundamento da Igreja! Amém?

Quando a Palavra de Deus dirige a nossa mente, participamos com alegria da comunhão com os irmãos na igreja, nos lares, da Santa-Ceia e das orações em conjunto. A igreja cristã primitiva vivia em paz, não por não ter problemas, pois tinham muitos, mas por que criam na Palavra, vivendo a fé simples e através do poder de Deus os milagres aconteciam.

“Ao esperarem os discípulos pelo cumprimento da promessa, humilharam o coração em verdadeiro arrependimento e confessaram sua incredulidade. Ao trazerem à lembrança as palavras que Cristo lhes havia dito antes de Sua morte, entenderam mais amplamente seu significado….Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a Cristo. Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã. Aproximaram-se mais e mais de Deus, e fazendo isto sentiram que era um privilégio o ser-lhes dado associar-se tão intimamente com Cristo. A tristeza lhes inundava o coração ao se lembrarem de quantas vezes O haviam mortificado por terem sido tardos de compreensão, falhos em entender as lições que, para seu bem, estivera buscando ensinar-lhes.” Atos dos Apóstolos, 36 e 37

SEGUNDA-FEIRA (16 de julho) A CURA DE UM COXO – O livro de Atos dos Apóstolos, de Lucas, está repleto de milagres realizados pelos apóstolos. Veja este texto: “Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E costumavam todos reunir-se, de comum acordo, no Pórtico de Salomão. Mas, dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles; porém o povo lhes tributava grande admiração. E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor, a ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles. Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados.” Atos 5.12-16

Deus quer salvar o homem por inteiro, corpo, alma e espírito, libertando-o de tudo o que o prende e o oprime. Jesus é o mesmo que curava muitas pessoas e se Ele está entre nós, então Ele ainda cura. Deus opera milagres verdadeiros hoje? A Bíblia é pródiga em mencionar várias curas que foram realizadas. Sim, Deus cura pessoas hoje. Deus cura o Seu povo através da oração que Seus servos fiéis realizam. Até mesmo na medicina humana, quem realmente cura é Deus, os médicos são apenas agentes que aplicam os recursos deixados pela natureza e ciência. Todas as bênçãos e maravilhas vêm de Deus! Veja esta declaração: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. Tiago 1:17

Como Deus realizou curas no passado, Ele também o faz hoje. Eu acredito nas curas e milagres do Deus Criador. Inúmeras religiões e filosofias cristãs tomam como base especialmente os milagres de Cristo para defender as suas ações, de aparente bondade em curar pessoas. Espíritas, católicos carismáticos, pentecostais, e igrejas das denominações tradicionais, como; Batista, Presbiteriana, Adventistas, etc… , defendem que Deus cura, milagrosamente, as pessoas. Para alguns, essa cura vem através da bênção especial de um ritual mágico; para outros, através da peregrinação a algum santuário; para outros, através da imposição das mãos de alguém abençoado com um dom especial do Espírito Santo e para outros através da unção do Espírito Santo, com azeite de oliva. Sabemos que Deus cura, pois a Bíblia sagrada assim o ensina.

As curas na Bíblia eram instantâneas e efetivas. Não havia reação retardada. Os cegos recebiam sua vista na hora; os coxos começavam a andar, correr e saltar; a pele dos leprosos era purificada instantaneamente. Ver Mateus 8:3; 12:13; Atos 3:7-8 e João 9:7. As curas miraculosas foram sempre completas. Não havia curas parciais. Veja Atos 3:16. O ministério de cura de Jesus e dos apóstolos era simples. Não havia fanfarras, não havia nada encenado como hoje se nota em igrejas cristãs. 

Aqueles com a verdadeira capacidade de curar faziam o seu trabalho, calma e completamente. Poderá alguém que testemunhou "curas", hoje, dizer que elas são feitas da mesma forma que Jesus fazia?
Pedro foi o apóstolo que mais teve participação nos milagres relatados em Atos. Deus realizou através de Pedro alguns atos sobrenaturais: A cura do homem coxo, ver  Atos 3:6 e 7, a morte de Ananias e Safira, ver Atos 5:5 e 10, alguns doentes foram curados com a sombra de Pedro, ver Atos 5:15 e 16, a  ressurreição de Dorcas, ver Atos 9:36,37 e 40 e Enéias curado da paralisia. Ver Lucas 9:33 e 34. A grande transformação na vida de Pedro espelha a conversão experimentada por todo aquele que conhece o poder de Deus em sua vida. A história de vida de Pedro nos mostra que é possível mudar e ser usado por Deus!

Como o milagre que Pedro realizou, relatado em Atos 3:1-10, mostra o poder de Deus que também está a nossa disposição hoje? Embora não vejamos milagres parecidos como este, qual é o maior milagre que podemos ver em nossos dias? Eis a descrição do milagre: “E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. E todo o povo o viu andar e louvar a Deus; e conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à porta Formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera.” Atos 3:1-10

TERÇA-FEIRA (17 de julho) O SURGIMENTO DA OPOSIÇÃO – O milagre que Pedro e João fizeram, que estudamos na lição de ontem, provocou uma perseguição por parte dos judeus. A primeira oposição dos líderes Judeus está relatada em Atos 4:1-37, e, o livro de Atos, para além de mostrar os milagres os apóstolos e o crescimento da igreja primitiva, tem como propósito mostrar que os judeus, que rejeitaram e crucificaram Jesus, continuaram rebeldes contra Deus rejeitando o Evangelho do Jesus ressuscitado e elevado aos céus, proclamado pelos apóstolos. Este capítulo descreve o começo dessa oposição, que culminou com os planos dos judeus de matarem Paulo em sua última visita a Jerusalém. Ver 23:12-15; 25:1-3. E também. o próprio Pedro e os outros apóstolos que foram martirizados.

Os saduceus estavam preocupados porque Pedro e João proclamavam persistentemente que Jesus tinha ressuscitado dos mortos e anunciavam, com base nessa ressurreição, a esperança de ressurreição dos homens. Os fariseus criam na ressurreição futura. Os apóstolos declararam que Deus providenciava agora nova base para esta esperança, através de Jesus. E como não aceitavam a chegada do Messias, perseguiram os apóstolos. Hoje também é assim, quando as pessoas não desejam ser transformadas por Deus, passam a perseguir os santos de Deus.

Lucas mostra que esses acontecimentos tiveram grande efeito sobre o povo, e muitos creram, de modo que o número dos crentes chegou a cinco mil. Na manhã seguinte, houve uma reunião de emergência no Sinédrio. Era a mais alta corte dos judeus, e se compunha de autoridades, sacerdotes, anciãos e escribas. Escribas eram estudantes profissionais e professores do V.T. Seus discípulos eram os fariseus. Nessa ocasião Caifás era o sumo sacerdote; presidente do Sinédrio. Seu sogro, Anás, era o ex-sumo-sacerdote e uma espécie de estadista mais velho. O termo sumo-sacerdote, podia ser aplicado a diversos membros de famílias das quais vinham os sumos sacerdotes.

Pedro e João foram levados à presença do Sinédrio e desafiados a dizer com que autoridade, leigos como eles eram, agiam daquela forma. Pedro experimentou um novo revestimento do Espírito Santo para que pudesse se defender. Ele destacou que nada fez além de ajudar um aleijado. O ex aleijado estava em pé com Pedro e João, e Pedro declarou que a sua cura tinha sido efetuada em nome de Jesus Cristo de Nazaré, não por algum poder que existisse nos próprios apóstolos. Essa declaração irritou ainda mais as autoridades.

Pedro estava defendendo-se, mas depois abandonou a defesa e começou a proclamar o Evangelho. Ele citou o Sal. 118:22, declarando que Cristo era a Pedra que os construtores da nação judaica rejeitaram, mas a qual Deus estabeleceu por mais importante Pedra do edifício. Além disso, disse que só em Cristo havia salvação; e que se os judeus rejeitassem o poder salvador do Seu nome, não haveria outro meio de encontrarem salvação. A destruição viria sobre eles e a nação. Pedra angular pode designar tanto a pedra fundamental como o ângulo superior da juntura de duas paredes. Esse discurso deixou o Sinédrio admirado.

“Em Jerusalém, onde existia o mais profundo preconceito, e onde prevaleciam as mais confusas ideias com respeito Àquele que havia sido crucificado como malfeitor, os discípulos continuaram a falar com ousadia as palavras da vida, expondo perante os judeus a obra e a missão de Cristo, Sua crucifixão, ressurreição e ascensão. Sacerdotes e príncipes ouviram pasmados o claro, ousado testemunho dos apóstolos. O poder do Salvador ressurgido tinha, sem dúvida alguma, caído sobre os discípulos e sua obra era acompanhada por sinais e milagres que aumentavam diariamente o número de crentes. Ao longo das ruas por onde deviam passar os discípulos, o povo trazia seus enfermos “para as ruas e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles”. Atos 5:15. Traziam também os que estavam tomados de espíritos imundos. As turbas aglomeravam-se-lhes em torno, e os que eram curados erguiam louvores a Deus, glorificando o nome do Redentor. Os sacerdotes e príncipes viram que Cristo era mais enaltecido do que eles. Ouvindo os saduceus, que não criam na ressurreição, os apóstolos declararem que Cristo ressuscitara dos mortos, ficaram enraivecidos, compreendendo que, se aos apóstolos fosse permitido pregar um Salvador ressuscitado e operar milagres em Seu nome, a doutrina de que não haveria ressurreição seria rejeitada por todos e a seita dos saduceus logo se extinguiria. Os fariseus ficaram irados ao perceberem que a tendência do ensino dos discípulos era destruir as cerimônias judaicas e tornar de nenhum valor as ofertas sacrificais.” Atos dos Apóstolos, 43

QUARTA-FEIRA (18 de julho) ANANIAS E SAFIRA Uma das passagens mais dramáticas do Novo Testamento encontra-se em Atos 5:1-11 e nos remete ao estudo de hoje; o que causou a morte de Ananias e Safira. Como sabemos, eles morreram após mentirem aos apóstolos sobre uma propriedade que haviam vendido. Mas, na verdade, a mentira foi ao Espírito Santo de Deus. Esta morte poderia ser evitada. Nós também precisamos ter cuidado com alguns aspectos apresentados neste texto bíblico, pois foi colocado como uma advertência para os cristãos.

Não foi Deus e nem os apóstolos que pediram a venda da propriedade. Foi algo que nasceu no coração deles, e seria apresentada como oferta. Ofertar era uma marca da igreja primitiva, e o casal, de inicio, estavam de acordo na venda da referida propriedade e em dar como oferta. Ver Atos 1:14, 2:1,46, 24, 32-37. Em Atos 5:3 Pedro faz uma pergunta a Ananias: “por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisse ao Espírito Santo”?

Havia duas formas deles não morrerem, pois a morte física foi consequência primeiramente de uma cegueira e morte espiritual: A primeira forma, era não ser voluntário, ou seja; não precisavam ter vendido nada, nem tão pouco querer repartir o valor, ou ainda dar todo o valor. Pois Deus não pediu para que vendessem alguma coisa. A segunda forma de evitarem o pecado, seria o seguinte: já que vendeu, não omitir o preço real da venda! Com isso, eles acabaram mentindo ao Espírito Santo e consequentemente aos apóstolos.

A semente que foi lançada pelo inimigo, foi germinada e transformou-se em pecado no coração de Ananias, e fez da sua esposa participante. O que é pecado para a morte? Em I João 5:16 é um dos versículos mais difíceis do Novo Testamento: “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore”.

De todas as interpretações disponíveis, nenhuma aparenta responder todas as perguntas sobre esse versículo. A melhor interpretação pode ser encontrada ao comparar esse versículo com o que aconteceu com Ananias e Safira em Atos 5:1-10, leia também I Coríntios 11:30. O “pecado para a morte” é proposital, deliberado, contínuo e que não expressa arrependimento. Deus, em Sua graça, permite que Seus filhos pequem sem puni-los imediatamente. No entanto, chega um ponto que Deus não mais vai permitir que um cristão continue em pecado sem se arrepender. Quando se chega a esse ponto, Deus às vezes decide punir o cristão, até mesmo ao ponto de permitir que faleça antes do tempo. Mas o juízo condenará todos os desobedientes um dia! Temos que ter cuidado!

Foi isso o que Deus fez em Atos 5:1-10 e I Coríntios 11:28-32. Isso talvez seja o que Paulo descreveu à igreja de Corinto em I Coríntios 5:1-5. Devemos orar pelos cristãos que estão em pecado. No entanto, talvez chegue um momento quando Deus não vai mais escutar as orações por um crente que continua a pecar e por quem Ele tem decidido que está na hora de receber sua punição devida. É difícil aceitar que às vezes é muito tarde para orar por uma certa pessoa. Deus é bom e justo, e devemos deixá-lO decidir quando é muito tarde e confiar em Seu julgamento.

“Depois, Ananias e Safira ofenderam o Espírito Santo cedendo a sentimentos de cobiça. Começaram a lamentar o haverem feito aquela promessa e logo perderam a suave influência da bênção que lhes havia aquecido o coração com o desejo de fazer grandes coisas em benefício da causa de Cristo. Julgaram haverem-se precipitado e sentiam ser necessário reconsiderar sua decisão. Falaram entre si sobre o caso e resolveram não cumprir a promessa. Viam, porém, que os que entregavam seus bens para suprir as necessidades de seus irmãos mais pobres, eram tidos em alta estima pelos crentes e, com vergonha de que os irmãos viessem a saber que sua mesquinhez de alma regateara aquilo que haviam solenemente dedicado a Deus, resolveram deliberadamente vender sua propriedade e fingir que davam todo o produto para o fundo comum, guardando, porém, para si mesmos, grande parte. Desse modo garantiriam para si o pão do depósito comum, ao mesmo tempo que alcançariam a alta estima de seus irmãos. Mas Deus aborrece a hipocrisia e a falsidade. Ananias e Safira praticaram fraude em sua conduta para com Deus. Mentiram ao Espírito Santo, e seu pecado foi punido com juízo rápido e terrível. Quando Ananias chegou com sua oferta, Pedro disse: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Atos 5:3, 4. “E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram”. Atos 5:5. Atos dos Apóstolos, 40

Como nos relacionamos com a devolução fiel dos dízimos e ofertas e com as promessas que fazemos para Deus?

QUINTA-FEIRA (19 de julho) A SEGUNDA DETENÇÃO – Em Atos 5:26-33, Pedro, ao ser chamado mais vez para depor, em sua defesa, anunciou a Jesus Cristo e falou sobre o propósito de sua morte e ressurreição. Para mostrar às autoridades de Israel que o plano de intimidação não estava surtindo efeito, Pedro declarou: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens!” Atos 5:29.

Em Atos 5:34-40: Gamaliel era um grande e respeitado mestre judeu, inclusive foi o mentor de Paulo, quando estudava para ser doutor da lei. O conselho dele para as autoridades religiosas é de alguém que realmente teme a Deus: “deixem esses homens em paz e soltem-nos. Se o propósito ou atividade deles for de origem humana, fracassará; se proceder de Deus, vocês não serão capazes de impedi-los, pois se acharão lutando contra Deus”.

Em Atos 5:41,42 mostra que os apóstolos foram libertos outra vez, contudo nesta ocasião uma alegria sobrenatural tomou conta de seus corações. O motivo era o fato de ser considerado digno de sofrer por amor ao nome de Jesus Cristo. Ser perseguido por causa do evangelho de Cristo deve ser um privilégio para cada crente, isto mostra que nossa vida está sendo orientada por Deus e os incrédulos estão incomodados com nossa vida de santidade. Na verdade ser prisioneiro de Cristo implica muito mais do que simplesmente sofrer perseguições.

Paulo frequentemente se refere a si mesmo como; "prisioneiro de Cristo Jesus.” Efésios 3:1. Em Efésios 4:1, ele diz que ser prisioneiro do Senhor é na verdade a sua vocação, e o seu chamado. Ele considerava isso um dom recebido de Deus . Ele escreveu a Timóteo: "Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu.” II Tim 1:8. Estar aprisionado a alguém significa fazer a vontade daquele que nos traz cativo. Este é o testemunho que devemos prestar em tempo oportuno se quisermos vencer os obstáculos encontrados no dia a dia. Amém?

Em outras partes das Escrituras também encontraremos esse alerta. “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” II Tim 3:12. A perseguição vem por um motivo simples: O mundo está sujo pelo maligno e qualquer um que busca se limpar dessa lama e obedecer aos mandamentos de Deus é duramente criticado e perseguido. Às vezes as perseguições são leves, mas existem ocasiões em que pessoas pagam com a própria vida, só porque decidiram professar a fé em Jesus Cristo e viver uma vida de santidade. O fato é que todos os praticantes da justiça de Deus, de uma forma ou de outra, são perseguidos. Como em todos os ensinos do Mestre Jesus, encontramos desafios à nossa fé, mas também promessas preciosas aos que se entregarem e seguirem firmes na obediência a Deus.

“Logo chegou a estranha notícia: “Eis que os homens que encerrastes na prisão estão no templo e ensinam ao povo. Então foi o capitão com os servidores, e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo)”. Atos 5:25, 26. Embora os apóstolos tivessem sido miraculosamente libertados da prisão, não escaparam ao interrogatório e castigo. Cristo dissera, quando estava com eles: “Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios”. Marcos 13:9. Enviando um anjo para os livrar, Deus lhes dera um sinal de Seu amor e certeza de Sua presença. Cabia-lhes agora sofrer por amor dAquele cujo evangelho estavam pregando.” Atos dos Apóstolos, 45

“O mundo não está hoje em maior harmonia com os princípios de Cristo, do que esteve nos dias dos apóstolos. O mesmo ódio que motivou o clamor: “Crucifica-O! Crucifica-O!” (Lucas 23:21), o mesmo ódio que levou a perseguição aos discípulos, ainda atua nos filhos da desobediência. O mesmo espírito que, nos séculos escuros, enviou homens e mulheres à prisão, ao exílio e à morte; que concebeu as atrozes torturas da inquisição; que planejou e executou o massacre de São Bartolomeu e acendeu as fogueiras de Smithfield, está ainda agindo com maligna energia em corações não regenerados. A história da verdade tem sido sempre o relato da luta entre o direito e o erro. A proclamação do evangelho sempre tem sido levada avante neste mundo em face de oposição, perigos, perdas e sofrimentos.” Atos dos Apóstolos, 47

SEXTA-FEIRA (20 de julho) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (3º trimestre de 2018) A VIDA NA IGREJA PRIMITIVA – Quando estudamos o livro de Atos, encontramos a igreja em início de jornada. Perfeitamente equipada para atravessar os séculos, tal como um viajante que se prepara para uma grande jornada, com todos os seus suprimentos e equipamentos na bagagem. A atividade da igreja era intensa, muitas pessoas se convertiam ao Senhor, eram curadas e libertas. Isso nos leva a pensar sobre o que havia de especial naqueles irmãos. 
O que tornava a igreja daquela época tão eficiente e poderosa? É certo que todos estavam cheios do Espírito Santo, mas será que havia algo que permitia ao Espírito agir e operar com mais eficácia através deles?

Em Atos 2:42-43 encontramos que todos; “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos.” Entre as características de nossos primeiros irmãos, o texto acima nos apresenta 5 principais, que cada um deles tinha e que todos nós deveríamos ter também. Quatro delas são caracterizadas pela palavra “perseveravam” que traz o sentido de ser persistente, empregar tempo e atenção

1) Perseveravam na doutrina dos apóstolos: doutrina significa ensino. Essa foi uma marca do ministério de Jesus com Mestre e, depois dele, os apóstolos continuaram a fundamentar a igreja segundo o que receberam. Um resumo da doutrina de Jesus pode ser visto nos capítulos 5 a 7 de Mateus, trecho que mostra como deve ser a vida de uma pessoa no reino de Deus. Hoje é necessário que a igreja se mantenha nesse fundamento para que não se desvie e perca a sua essência.

2) Perseveravam na comunhão: a comunhão cristã significa partilhar com outros irmãos a nossa união com Cristo. É muito mais do que estar juntos. É viver ligados a um mesmo corpo, sob o comando de um mesmo Senhor. Perseverar na comunhão é se empenhar em desenvolver relacionamentos com irmãos na fé para serviço e edificação. Nem todo ajuntamento é comunhão, mas se abrirmos espaço para o Espírito Santo, para a edificação, para repartimos algo de Deus, estaremos perseverando na comunhão. Veja I João 1:3

3) Perseveravam no partir do pão: embora o texto não deixe claro se esse “partir do pão” se referia a ceia do Senhor ou as refeições, acredita-se que a igreja seguia as orientações de Jesus em sua última Ceia e repartia o pão e o suco de uva sempre que se reunia, mesmo em ocasiões singelas como uma simples refeição. Essa prática trazia à memória a obra de Jesus e a esperança do seu retorno, reavivando a fé na obra de Cristo, no seu grande amor, na sua morte e na sua ressurreição. Tal como aconteceu com os dois discípulos no caminho de Emaús. Ver Luc 24:30-32, isso era uma fonte de grande esperança para a igreja.

4) Perseveravam nas orações: as orações foram as armas mais poderosas da igreja primitiva. Mais do que orar para que Deus abençoasse isso ou aquilo, a igreja orava para o avanço do reino com poder espiritual. As mãos de Deus se moviam acompanhando as orações da igreja, trazendo livramentos, direção e concedendo poder. Como resultado das orações, muitas pessoas se convertiam e muitos sinais eram feitos pelas mãos dos apóstolos. Isso mostra que havia uma profunda dependência de Deus e que nada era feito sem oração.

5) Em cada um havia temor a Deus: a realidade da presença de Deus entre eles sinalizava a cada um que tivesse cuidado e se portasse com honra e respeito, pois Deus é zeloso, santo e não tolera o pecado.

Essas cinco colunas representavam a força da igreja primitiva em sua missão de levar a fé em Cristo até os confins da terra. No entanto, esses recursos não estão restritos ao tempo e época da igreja original. Se aplicarmos esses princípios em nossas vidas e em nossas comunidades, certamente veremos surgir o povo forte e santo que o Senhor deseja para avançar com sua obra. Amém?

Luís Carlos Fonseca

3 comentários:

  1. Muito obrigada pela ajuda,goosto muito da maneira como estão explicadas as lições ,bem haja,Deus o continue ajudar.

    ResponderEliminar