quinta-feira, 5 de julho de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (3º trimestre 2018) OS PRIMEIROS LÍDERES DA IGREJA


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (3º trimestre 2018) OS PRIMEIROS LÍDERES DA IGREJA

VERSO ÁUREO: “E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” Atos 6:7

INTRODUÇÃO (sábado 21 de julho) - A igreja primitiva foi formada por cristãos que se reuniam para ter comunhão e proclamar o evangelho, liderados pelos apóstolos, que transmitiam os ensinamentos de Jesus. Começando em Jerusalém, a igreja primitiva rapidamente se espalhou para vários outros lugares. A igreja Cristã começou no dia de Pentecoste, quando os discípulos receberam o Espírito Santo. A palavra igreja significa “assembleia” e era assim que viam a igreja; como o conjunto das pessoas crentes em Jesus. A igreja não estava associada a nenhum edifício, embora os crentes se reuniam nas casas, no inicio de depois em templos.
A igreja após o Pentecostes tinha uma hierarquia simples: havia pessoas que ensinavam, apóstolos e anciãos, e outras que aprendiam. Mais tarde também foram escolhidas pessoas para funções administrativas, como distribuir a comida. Ver Atos 6:2-4. Debaixo da supervisão dos líderes, todos podiam contribuir e ajudar. Este é o tema principal para o estudo desta semana. E a função dos líderes não era mandar nos outros. Seu propósito era ensinar os outros discípulos o caminho de Jesus, para que todos cressem. O objetivo seria preparar discípulos que podiam formar e ensinar outros discípulos. A igreja primitiva se via mais como uma família do que como uma instituição. Seus membros repartiam seus bens e gostavam de se reunir. Ver Atos2:44-47. Eles ajudavam e encorajavam uns aos outros. Seu objetivo era fazer a família de Deus crescer, pregando o evangelho.

Os sete diáconos foram escolhidos pela igreja primitiva para ajudar as pessoas de Jerusalém porque houve reclamação da parte dos judeus que falavam grego  "hellēnistōn" contra os judeus que falavam hebraico "hebraious" porque suas viúvas estavam sendo preteridas na distribuição diária das cestas de alimentos .Ver Atos 6:1. Os apóstolos convocaram então os discípulos e propuseram que fosse formada uma comissão de sete homens acreditados, cheios do Espírito e de sabedoria" Atos 6:3, que se incumbiriam da distribuição. Ver esta história em Atos 6:1-7 e os sete diáconos são objeto de muitas tradições posteriores, como a que afirma que eles eram todos parte dos setenta discípulos que aparecem no Evangelho de Lucas. Eis os sete: Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau.

A palavra grega traduzida como diácono é diakonos, que literalmente significa “servo”. Os sete homens escolhidos para a tarefa diária de alimentar as viúvas da igreja de Jerusalém são considerados os primeiros diáconos. Eles foram escolhidos pela congregação e comissionados pelos apóstolos. Mais tarde, pelo menos dois deles, Filipe e Estevão, foram promovidos por Deus para serem poderosos evangelistas. Diáconos também são mencionados em I Tim 3: 8 - 13 e Filip. 1: 1. 

Aparentemente esse cargo pode ser preenchido tanto por homens quanto por mulheres: leia: I Tim. 3: 11. As Diaconisas eram mulheres de conduta irrepreensível chamadas a participar dos serviços que a igreja prestava apoio e ajuda às pessoas do sexo feminino, principalmente por ocasião do Batismo. Recebiam o seu ministério apenas de serviço  que não conferia caráter sacramental. Ver I Cor, 16:1-16.

“A igreja primitiva era constituída de muitas classes de pessoas de diferentes nacionalidades. Ao tempo do derramamento do Espírito Santo, no dia do Pentecostes, “em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu”. Atos 2:5. Entre os que adotavam a fé dos hebreus, reunidos em Jerusalém, havia alguns comumente conhecidos como gregos; entre estes e os judeus da Palestina tinha havido desde muito tempo desconfiança e mesmo antagonismo. O coração daqueles que se converteram mediante o trabalho dos apóstolos, abrandou-se e uniu-se pelo amor cristão. A despeito de preconceitos anteriores, todos estavam em harmonia uns com os outros. Satanás sabia que, enquanto essa união continuasse a existir, ele seria impotente para deter o progresso da verdade do evangelho; e procurou tirar vantagem de anteriores hábitos de pensar, na esperança de que, por esse meio, pudesse introduzir na igreja elementos de desunião. Assim aconteceu que, aumentando o número dos discípulos, o inimigo conseguiu despertar suspeitas de alguns que antigamente tiveram o hábito de olhar com ciúme a seus irmãos na fé, e descobrir defeitos em seus guias espirituais; e, desta maneira, “houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus”. Atos 6:1. A causa da queixa foi a negligência que se alegava na distribuição diária de auxílio às viúvas gregas. Qualquer desigualdade seria contrária ao espírito do evangelho, contudo, Satanás conseguira despertar a suspeita. Medidas imediatas deveriam ser tomadas para remover todo o motivo de descontentamento, para que não acontecesse triunfar o inimigo em seus esforços de disseminar divisão entre os crentes.” Atos dos Apóstolos, 48

DOMINGO (22 de julho) A NOMEAÇÃO DOS SETE – Se estudarmos profundamente o livro de Atos dos Apóstolos, veremos que a diaconia não é outra coisa senão a prestação de um serviço incondicional e amoroso a Deus e à igreja de Cristo. O diácono e diaconisa que não vivem para servir a igreja do Senhor, não servem para viver como ministro de Cristo. Sem o serviço prestado com alegria a diaconia é impossível, incompleta e carnal.

Definição de diáconos - A palavra diácono é originária do vocábulo grego diákonos e significa, etimologicamente; ajudante ou servidor. Já que o diácono é um servidor, pode ele também ser visto como um ministro; pois a essência do ministério cristão é justamente o serviço.

Porque foi necessário escolher os sete diáconos? O diaconato é o único ministério cristão que originou-se de um fato social: o socorro às viúvas helenistas. Ver Atos 6:1-7. Após a leitura percebemos que o crescimento da igreja, o descontentamento social, o comprometimento do ministério apostólico e a organização da igreja, foram algumas das razões que levaram os apóstolos a instituírem o diaconato.

Veja estes textos: “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.” Atos 6:1

“A causa da queixa foi a negligência que se alegava na distribuição diária de auxílio às viúvas gregas. Qualquer desigualdade seria contrária ao espírito do evangelho, contudo, Satanás conseguira despertar a suspeita. Medidas imediatas deveriam ser tomadas para remover todo o motivo de descontentamento, para que não acontecesse triunfar o inimigo em seus esforços de disseminar divisão entre os crentes.” Atos dos apóstolos, 48

O vocábulo “diácono” vem do grego “diákonos”. No grego, tal palavra tem o significado de ministro, servo e ajudante. À luz da Bíblia, o diácono deve ter as seguintes qualidades: Uma pessoa que deve ser honesta,  uma pessoa que não deve ter língua dobre, homem de uma só palavra, alguém que não é dada ao vinho, uma pessoa que não é cobiçosa de torpe ganância, uma pessoa que foi primeiramente provada, homem que têm um bom testemunho dos de fora e da sua família, alguém casado com um único cônjuge, alguém que governem bem seus filhos e sua própria casa e uma pessoa cheia do Espírito Santo, alguém que tenha a experiência da comunhão com Deus. Ver Atos 6:3.

As qualificações da diaconia são os requisitos imprescindíveis que tornam o obreiro cristão apto a exercer esse ministério. Tais qualificações acham-se compreendidas em Atos 6:3 e na primeira epístola de Paulo a I Timóteo 3:8-13 e são: Boa reputação, plenitude do Espírito Santo, sabedoria espiritual, honestidade, não de língua dobre, abstinência às bebidas alcoólicas, incorrupção e integridade, pura consciência na observância do ministério da fé, fidelidade conjugal, educação e governo dos filhos, e, por fim, o governo eficiente de sua casa. Amém?

SEGUNDA-FEIRA (23 de julho) O MINISTÉRIO DE ESTEVÃOO texto principal para o estudo de hoje é este: “E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Asia, e disputavam com Estêvão. E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava. Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao conselho. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei; porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu. Então todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.” Atos 6:8-15.

Estevão e os outros diáconos pertenciam ao grupo de judeus cristãos que viviam nos antigos territórios gregos e, enquanto judeu helenista, Estevão partilhou o evangelho nas sinagogas de Helenistas que ficavam em Jerusalém. E, Estevão foi acusado de blasfemar contra Moisés e Jesus. E isso gerou oposição contra ele que levou os inimigos a condenarem no tribunal.

A palavra que melhor descreve a vida de Estevão é plenitude de poder. Ele foi um homem cheio de fé e do Espírito Santo. Ver Atos 6:5. Ele foi um homem cheio de graça e poder. Ver Atos 6:8. Ele foi um homem poderoso na Palavra. Ver Atos 7:2-53 e cheio de perdão. Veja Atos 7:60. Hoje há homens cheios de conhecimento, de bens, de diplomas e cheios de compromissos, mas poucos homens vivem na plenitude do Espírito! Que Deus nos conceda a graça de sermos como Estevão!

Estevão foi um homem de palavras irresistíveis. Foi um homem cheio de fé e do Espírito, cheio de graça e poder, e só alguém assim pode enfrentar os mais hostis inimigos e as mais duras perseguições. Estêvão foi atacado não pelos pagãos, mas pelos religiosos do seu tempo. Ver Atos 6:9. Esses inimigos de plantão discutiam com Estêvão, mas não podiam sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Ver Atos 6: 10. A sabedoria com que Estêvão falava, não estava em seu refinado conhecimento intelectual nem mesmo em sua eloquência, mas no apurado conhecimento bíblico, proclamado no poder do Espírito Santo.

O sermão de Estêvão mencionado no capítulo 7 de Atos é o sermão com o maior número de citações bíblicas registrado na Bíblia. Estêvão não era um escriba ou teólogo, ele era um leigo. Mas suas palavras eram irresistíveis, porque estavam fundamentadas nas Escrituras Sagradas. Precisamos ser cheios do Espírito e da Palavra. Precisamos também ter a coragem de pregar a Palavra ainda que isto custe a própria vida. Amém?

Estêvão reunia em sua vida; palavras e obras, doutrina e piedade, conhecimento e poder. Suas palavras não eram vazias. Seu discurso não era teórico. Diz a Bíblia: ''Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo '' Atos 6:8. Suas obras endossavam as suas palavras. Sua vida era o fundamento do seu ministério. Os prodígios e grandes sinais que Estêvão realizava não eram a expressão de um poder inerente que possuía. O poder pertence a Deus. É Deus quem tem o poder! Hoje, precisamos também de homens que sejam instrumentos nas mãos de Deus para realizarem a obra de Deus, na dependência de Deus, para a glória de Deus. Amém?

“Os discípulos se multiplicaram grandemente em Jerusalém, e muitos sacerdotes obedeciam à fé. Estêvão, cheio de fé, estava fazendo grandes maravilhas e milagres entre o povo. Os líderes judeus foram tomados de grande ira ao verem sacerdotes virando as costas a suas tradições e aos sacrifícios e ofertas, e aceitando a Jesus como o grande sacrifício. Com poder do alto, Estêvão reprovava os incrédulos sacerdotes e anciãos, e exaltava a Jesus perante eles. Eles não podiam resistir à sabedoria e poder com que Estêvão falava, e ao verificarem que não podiam de maneira alguma prevalecer contra ele, assalariaram homens para testemunhar falsamente que o tinham ouvido proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Instigaram o povo e se apossaram de Estêvão, e, mediante falsas testemunhas, acusaram-no de falar contra o templo e a lei. Eles testemunhavam que o tinham ouvido dizer que esse Jesus de Nazaré destruiria os costumes que Moisés lhes havia dado.” Primeiros Escritos, 198

TERÇA-FEIRA (24 de julho) PERANTE O SINÉDRIO - Estêvão foi um diácono dedicado ao Senhor e muito respeitado, no início da igreja em Jerusalém. Sua pregação do evangelho sobre Jesus provocou a forte oposição de alguns judeus. Quando não conseguiram refutar as evidências que ele apresentava, prenderam Estêvão e o levaram ao Sinédrio.

O Sinédrio era o corpo representativo de Roma, governado pelos judeus em Jerusalém. Como a nação estava sob o domínio romano, esse grupo deliberava principalmente questões religiosas e disputas doutrinárias entre judeus. Foi o mesmo corpo que condenou Jesus e pediu para os romanos executá-lo. Em duas ocasiões no início do livro de Atos, o Sinédrio proibiu que os apóstolos pregassem sobre Jesus, ordens que esses servos do Senhor recusaram obedecer. Agora, chegou a vez de outro discípulo ser julgado, Estevão

As acusações contra Estêvão foram duas: Na sua pregação sobre Jesus, ele supostamente falava contra o lugar santo, o templo em Jerusalém e contra a lei que Deus havia dado aos israelitas quase 1.500 anos antes. Além disso, há a explícita rejeição de Jesus Cristo, ver Atos 6:13-14. Na defesa registrada em Atos 7, Estêvão responde com muita sabedoria às acusações, usando a história do povo de Israel.

Leia o capítulo 7 de Atos e observe os exemplos que Estêvão citou: Abraão 7:2-8, José, seus irmãos e pai, Jacó 7:9-16; Moisés 7:17-38, a geração dos israelitas que recebeu a lei no Monte Sinai 7:39-43, Josué e a geração que tomou posse da terra prometida 7:44-45, Davi 7:46 e Salomão 7:47-50.

Agora, preste atenção nos argumentos implícitos nesses exemplos e como respondeu às acusações feitas no Sinédrio, sobre o templo, a lei e a rejeição do Salvador escolhido por Deus. As bênçãos dadas a Abraão não dependiam do lugar nem da lei. Ele estava na Mesopotâmia quando Deus o abençoou. Saiu do lugar, sem apoio do seu povo naquela terra. Deus prometeu uma terra aos seus descendentes, mas Abraão não recebeu nenhuma parte dessa herança. Não foi pelo santo lugar nem pela lei que Deus mostrou sua graça ao pai da nação.

José foi rejeitado pela sua própria família! Foi vendido pelos irmãos e se tornou escravo no Egito, “mas Deus estava com ele” Atos 7:9. Quando sua família precisava de ajuda, a salvação veio por meio daquele jovem rejeitado na terra estrangeira do Egito. Naquela época, a terra prometida não foi lugar da salvação, e sim lugar para enterrar mortos!

Moisés, o grande herói de Israel, nunca pisou na terra prometida! Nasceu no Egito e passou um terço da sua vida na terra de Midiã. Deus apareceu a ele no deserto, não no “lugar santo” em Jerusalém. Porém, aquele lugar no deserto, naquele momento, foi “terra santa” porque Deus estava lá. E quando se trata da rejeição, Moisés foi rejeitado várias vezes pelo povo que ele procurou salvar. Estêvão citou dois exemplos específicos, nos versículos 25-29 e 39.

E como foi para as pessoas que receberam a lei, que era tão importante para os acusadores de Estêvão? Enquanto Deus passava a lei para Moisés no monte Sinai, eles foram correndo para praticar a idolatria! O templo foi feito por Salomão. Há duas coisas para observar na citação desse terceiro rei de Israel: 1) Ele mesmo disse que Deus não habita em casas feitas por homens, Atos 7:7:47-48, e 2) Mesmo sendo construtor do “lugar santo”, Salomão deixou a influência de mulheres pagãs leva-lo para longe de Deus.

O que aprendemos com a história de Estevão? A salvação não vem pela lei do Antigo Testamento, nem pelo templo em Jerusalém, e sim pelo rejeitado Salvador chamado Jesus Cristo. Essa afirmação custou a vida de Estêvão, mas continua sendo a verdade pela qual nós alcançamos a vida eterna!

“Estêvão, o principal dos sete diáconos, era homem de profunda piedade e grande fé. Posto que judeu de nascimento, falava a língua grega e estava familiarizado com os usos e costumes dos gregos. Achou, portanto, oportunidade de pregar o evangelho na sinagoga dos judeus gregos. Era muito ativo na causa de Cristo e com ousadia proclamava sua fé. Ilustrados rabinos e doutores da lei empenharam-se em discussão pública com ele, esperando confiantemente uma fácil vitória. Mas “não podiam resistir à sabedoria, e ao espírito com que falava” Não somente falava no poder do Espírito Santo, mas também era claro ser ele um estudioso das profecias, e instruído em todos os assuntos da lei. Habilmente defendia as verdades que advogava e derrotava completamente seus oponentes. Em relação a ele cumpriu-se a promessa: “Proponde pois em vossos corações não premeditar como haveis de responder; porque Eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem”. Lucas 21:14, 15. Vendo os sacerdotes e príncipes o poder que acompanhava a pregação de Estêvão, encheram-se de ódio atroz. Em vez de se renderem às provas que ele apresentava, resolveram fazer silenciar sua voz, matando-o. Em várias ocasiões, haviam subornado as autoridades romanas a fim de passarem por alto casos em que os judeus tinham feito justiça pelas próprias mãos, julgando, condenando e executando prisioneiros de acordo com seu costume nacional. Os inimigos de Estêvão não tinham dúvida em poder seguir de novo o mesmo caminho sem se exporem ao perigo. Determinados a arcar com as conseqüências, agarraram Estêvão e o trouxeram perante o concílio do Sinédrio para ser julgado.” Atos dos Apóstolos, 54

QUARTA-FEIRA (25 de julho) JESUS NO TRIBUNAL CELESTIALQual foi a visão que teve Estevão? “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.” Atos 7:55,56

Os membros do Sinédrio ao ouvirem a explicação de Estevão, ficaram muito furiosos e estavam já rangendo os dentes contra ele. O ódio os consumia e os cegava completamente. Ele foi uma luz forte em seu meio, mas preferiram as trevas. Assim são todos os que rejeitam a Deus e aos que pregam em nome de Jesus. Como tem sido com você?

Estêvão, de tão cheio de Deus, agora via a glória de Deus. A presença luminosa de Deus e Seu trono, ver Apoc 15:8; 21:11,23. Também ele via quem estava à sua direita. Geralmente as Escrituras dizem que Jesus está sentado à direita de Deus porque a Sua obra está terminada, aqui, porém, Ele levantou-se como Seu advogado de defesa. Nesse episódio, o Filho do Homem foi tanto o Juiz como o Advogado.

A visão que Estêvão teve, do Filho do Homem nos céus, deve ter evocado no Sinédrio uma lembrança vívida do julgamento de Jesus que, ao responder a pergunta "És tu o Cristo?", respondeu: "Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu" Mateus 26:64 e Marcos 14:61-62.

Estêvão declarou estar vendo esse mesmo Jesus, porém agora sentado à direita de Deus. Essa visão comprovou a veracidade das palavras de Estêvão e a condenação do Sinédrio por causa da rejeição. Eles tamparam os seus ouvidos para não ouvirem o que ele dizia e o arrastaram para fora da cidade e ali o apedrejaram. Eles deixaram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
Saulo, que mais tarde seria chamado de Paulo, estava associado ao Sinédrio, pois era fariseu, e possivelmente foi um dos instigadores do julgamento de Estêvão. Ver Atos 8:3; 9:1-2. É bastante apropriado que Lucas faça menção de Saulo nesse momento, uma vez que é o segundo personagem mais importante do seu livro.

“Estando Estêvão perante os seus juízes , a luz da glória de Deus repousou em seu semblante. "Todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo." Atos 6:15. …."Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus." Atos 7:55 e 56. O povo não o ouvia. "Eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam." Atos 7:57 e 58. E Estêvão, ajoelhando-se, clamou em alta voz: "Senhor, não lhes imputes este pecado." Atos 7:60. Primeiros Escritos, 199

Como a Bíblia descreve a morte de Estevão? “Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu. E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto.” Atos 7:57-60 e Atos 8:1e 2

Após a morte de Estêvão uma grande perseguição começou, ver Atos 8. Os líderes judeus pareciam ter ganho uma vitória sobre os discípulos, e estavam determinados a prosseguir com seu aparente triunfo com a maior violência. Mas, Deus, que está acima de todos e que sabe como conter as crescentes paixões dos homens, anulou a posição deles para o cumprimento de Sua própria vontade. 
O homem ainda não tinha aprendido a verdade do provérbio, que "o sangue dos mártires é a semente da igreja." No caso do primeiro e mais nobre dos mártires, o provérbio foi plenamente verificado.

Toda a igreja em Jerusalém, na ocasião, foi dispersa; mas eles iam por toda a parte pregando a Palavra. Como a nuvem que voa com o vento, levando sua chuva fresca à terras secas, assim os apóstolos foram expulsos de Jerusalém pela tempestade da perseguição, levando as águas da vida às almas sedentes de terras distantes. "E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos" Atos 8:1.

“Depois da morte de Estêvão, levantou-se em Jerusalém uma perseguição tão implacável contra os crentes que “todos foram dispersos pelas terras da Judéia e Samaria”. Atos 8:1. Saulo “assolava a igreja, entrando pelas casas: e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão”. Atos 8:3. De seu zelo nessa cruel obra, disse ele posteriormente: “Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus Nazareno devia eu praticar muitos atos; o que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; [...] e, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui”. Atos 26:9-11. Que Estêvão não foi o único que sofreu a morte pode ser evidenciado das próprias palavras de Saulo: “E quando os matavam eu dava o meu voto contra eles”. Atos 26:9. Atos dos Apóstolos, 57

QUINTA-FEIRA (26 de julho) A DIFUSÃO DO EVANGELHO – O texto principal para hoje está em Atos 8: 4-25 onde mostra o sucesso da pregação do evangelho após a dispersão dos judeus após a morte de Estevão. Veja esta descrição: “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade.” Atos 8:4-8.

Na sequência do relato vemos que o mágico Simão converteu-se e seguiu Felipe na pregação da Palavra. Depois os samaritanos se convertiam, e Pedro e João foram enviados para impulsionarem o trabalho naquela região. A perseguição que veio sobre à igreja de Jerusalém resultou em grande impulso para a obra do evangelho. O êxito havia acompanhado o ministério da Palavra neste lugar, e havia o perigo de que os discípulos ali se demorassem por muito tempo, despreocupados da comissão que haviam recebido do Salvador de irem por todo o mundo.

A mensagem de Cristo à mulher samaritana com quem Ele falou junto ao poço de Jacó, tinha produzido fruto. Após ouvir Suas palavras, veja o que fez a mulher: "Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito: porventura não é este o Cristo?" E João menciona qeu Eles foram com ela, ouviram Jesus e creram nele. Ansiosos por ouvir mais, suplicaram-Lhe que permanecesse com eles. Por dois dias Ele Se demorou com eles, "e muitos mais creram nele, por causa da Sua palavra". João 4:29 e 41.

E, quando os discípulos de Cristo discípulos foram expulsos de Jerusalém, alguns encontraram seguro asilo em Samaria. Os samaritanos receberam bem os mensageiros do evangelho, e os judeus convertidos colheram preciosos frutos entre aqueles que uma vez foram seus mais fortes inimigos. O trabalho de Filipe em Samaria foi assinalado por grande sucesso, e assim, encorajado, mandou pedir auxílio em Jerusalém. Os apóstolos então perceberam mais amplamente o sentido das palavras de Cristo: "Ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da Terra." Atos 1:8. Amém?

“Crentes de todos os séculos têm tomado parte na incumbência dada aos primeiros discípulos. Todos os que receberam o evangelho, receberam a sagrada verdade para repartir ao mundo. Os fiéis de Deus têm sido sempre destemidos missionários, consagrando seus recursos para a honra de Seu nome, e sabiamente usando seus talentos em Seu serviço. A obra altruísta de cristãos do passado deveria ser uma lição objetiva e uma inspiração para nós. Os membros da igreja de Deus devem ser zelosos de boas obras, separando-se de ambições mundanas e seguindo nos passos dAquele que andou fazendo o bem. Com o coração repleto de simpatia e compaixão, devem eles ministrar aos que necessitam de auxílio, levando aos pecadores o conhecimento do amor do Salvador. Tal obra requer laboriosos esforços, mas produz rica recompensa. Os que nela se empenham com sinceridade de propósito verão almas salvas para o Salvador; pois a influência que acompanha a atividade prática da divina missão é irresistível.” Atos dos Apóstolos, 110

SEXTA-FEIRA (27 de julho) COMENTÁRIOS E LEITURA DICIONAL DA LIÇÃO 4 (3º trimestre 2018) OS PRIMEIROS LÍDERES DA IGREJA - Os sete diáconos foram escolhidos pela igreja primitiva para ajudar as pessoas de Jerusalém porque houve lamentos da parte dos judeus que falavam grego contra os judeus que falavam hebraico porque suas viúvas estavam sendo preteridas na distribuição diária das cestas de alimentos . Ver Atos 6:1. Os apóstolos convocaram então os discípulos e propuseram que fosse formada uma comissão de sete homens, cheios do Espírito e de sabedoria" Atos 6:3, que se incumbiriam da distribuição. Ver esta história em Atos 6:1-7 e os sete são objeto de muitas tradições posteriores, como a que afirma que eles eram todos parte dos setenta discípulos que aparecem no Evangelho de Lucas. São os sete: Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau.

Temos poucas referências biblicas sobre mulheres na diaconia, mas segue esta que tem maior relevância: “Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.” Romanos 16:1,2

No contexto da IASD temos alguns textos que falam sobre diaconisas: “Mulheres dispostas a consagrar parte do seu tempo ao serviço do Senhor devem ser designadas para visitar os enfermos, cuidar de menores e ministrar às necessidades dos pobres. Devem ser separadas para esse serviço pela oração e imposição das mãos. Em alguns casos, precisarão aconselhar-se com os oficiais da igreja ou o pastor; mas, se forem mulheres dedicadas, mantendo uma ligação vital com Deus, serão um poder para o bem na igreja. Esse será outro meio de fortalecer e edificar a igreja”.  The Review and Herald, 9 de Julho de 1895. Meditação Matinal  Filhas de Deus, 200

Várias mulheres foram ordenadas como diaconisas durante o ministério de Ellen White na Austrália. No dia 10 de Agosto de 1895, a comissão de nomeações da igreja de Ashfield, em Sidney, apresentou seu relatório, que foi aprovado. A ata da secretaria, naquela data, declara: “Imediatamente após a eleição, os oficiais foram chamados para a frente, onde os pastores Corliss e McCullagh separaram o ancião, os diáconos, [e] diaconisas pela oração e imposição das mãos.” Meditação Matinal Filhas de Deus, 201

Vários anos mais tarde, na mesma igreja, W. C. White oficiou a ordenação dos oficiais. A ata da igreja de Ashfield, de 7 de Janeiro de 1900, declara: “No sábado anterior, os oficiais foram nomeados e aceitos para o ano corrente, e hoje o pastor White ordenou anciãos, diácono e diaconisas, impondo-lhes as mãos”.  AR, 16 de Janeiro de 1986.

Tanto os diáconos com as diaconisas devem observar a sua função e a ética diaconal. A ética diaconal é a norma de conduta que os diáconos devem observar no desempenho de seu ministério. A ética diaconal procede principalmente da Bíblia e do Manual da igreja. Para que o diácono e diaconisa exerçam seu ministério dentro da ética diaconal, estes devem observar os seguintes pontos:

a) O conhecimento pleno de seu ofício.
b) A lealdade para com seu pastor e ancião.
c) Extremo cuidado quanto as crítica. Nunca fazer críticas e ao ouvir o desabafo das pessoas nunca contar para outros. Ser discreto, saber controlar a língua, caso presenciar casos extremamente graves procurar o seu pastor.
d) Ser prudente quanto a visita aos larres, principalmente a pessoas do sexo oposto, quando ambos estiverem desacompanhados. Fugir da aparência do mal.
e) Quanto ao dinheiro, se alguém quiser entregar ofertas ou dízimos, pedir gentilmente que o faça na salva ou na tesouraria da igreja.
f) Exercer o seu ministério no poder do Espírito Santo, não precisa lembrar a ninguém que é diácono. Cuidar com as arbitrariedades e ameaças, as pessoas devem ver como homem e mulher de Deus.
g) Ser pontual, chegar antes de o culto começar e não se apressar em sair, pois o pastor e anciãos estarão sempre a necessitar de sua ajuda.
h) Ser obediente às ordens de Jesus. Não murmurar nem resmungar, e lembrar de que atender é melhor do que sacrificar.
i) Nunca se esqueçer de exercer seu ministério com amor, pois assim estará cumprindo a Lei, os profetas e todo o Novo Testamento; e será, em todas as coisas, bíblica e eticamente correto. Não se esquecer de estudar diariamente a Palavra de Deus e lembrar-se que o trabalho é para Deus e não para os homens.

Luís Carlos Fonseca

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