sábado, 18 de agosto de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (3º trimestre 2018) A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (3º trimestre 2018) A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO


VERSO ÁUREO: “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” Atos 20:24

INTRODUÇÃO (sábado 1º de setembro) – Durante esta semana vamos estudar e Terceira Viagem Missionária de Paulo. A Terceira Viagem Missionária do apóstolo está relatada em Atos 18:23-20:38. Durante a última viagem de Paulo, ele pregou na Ásia Menor. Deus confirmou a sua mensagem com milagres. Em Atos 20:7-12 fala de Paulo em Trôade pregando um sermão excepcionalmente longo. Um jovem sentado em cima de uma janela adormeceu e caiu da janela. Paulo ressuscitou Eutico.
Por estarem envolvidos com o oculto, os novos crentes em Éfeso queimaram seus livros mágicos. Os fabricantes de ídolos, por outro lado, não estavam satisfeitos com a queda em suas vendas por causa desse "Deus verdadeiro" e de "Seu Filho". Certo artesão que trabalhava com prata, chamado Demétrio, iniciou um tumulto por toda a cidade em nome da sua deusa Diana. Testes e dificuldades sempre seguiram Paulo. A perseguição e oposição, na verdade, fortificaram os cristãos verdadeiros e a propagação do Evangelho. 

No final da última viagem missionária de Paulo, ele sabia que ia ser preso em breve e provavelmente morto. Suas palavras finais para a igreja em Éfeso exibem sua devoção a Cristo: "E, tendo eles chegado, disse-lhes: Vós bem sabeis de que modo me tenho portado entre vós sempre, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, e com lágrimas e provações que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; como não me esquivei de vos anunciar coisa alguma que útil seja, ensinando-vos publicamente e de casa em casa, testificando, tanto a judeus como a gregos, o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus. Agora, eis que eu, constrangido no meu espírito, vou a Jerusalém, não sabendo o que ali acontecerá, senão o que o Espírito Santo me testifica, de cidade em cidade, dizendo que me esperam prisões e tribulações, mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” Atos 20:18-24.

Paulo realizou a quarta viagem missionária um tanto diferente, pois foi preso em Jerusalém, no templo. Ver Atos 21:27. Depois foi enviado para Cesaréia, onde se apresentou diante de Félix. Ver Atos 23:23 e 24:1-27, Festo e Agripa. Ver Atos 25:22-26-32. Depois Paulo viajou para Roma na condição de preso. Foi uma viagem muito difícil. Era inverno, e o navio naufragou em Malta, onde esteve três meses. Até que chegou à capital do império em 62 d.C. e depois foi morto. Deus utilizou o ministério de Paulo para levar o Evangelho aos gentios e estabelecer a igreja cristã. Suas cartas para as igrejas, registradas no Novo Testamento, ainda sustentam a vida e doutrina da igreja. Embora ele tenha sacrificado tudo, as viagens missionárias de Paulo valeram a pena. Ver Filipenses 3:7-11.

Paulo saiu de Éfeso e foi para Macedônia e Grécia. Ver Atos 20:1-3. Dos comentários feitos por Paulo em sua segunda carta aos Coríntios, veja II Coríntios 2:13-14; 9:4, concluímos que ele a escreveu de Macedônia durante esta parte da terceira viagem. II Coríntios mostra como Paulo tinha sofrido na Ásia, ver II Coríntios 1:8-9; 2:12-13; 7:5-8. Ele permaneceu na Grécia durante três meses, provavelmente em Corinto, onde ele tinha planejado passar o inverno, veja I Coríntios 16:6. De Corinto, ele escreveu a carta aos Romanos, veja Romanos 15:23 - 16:1. Paulo pediu orações sobre o perigo antecipado em Jerusalém, e falou de seu desejo de fazer uma viagem até Roma. Ver Romanos 15:30-31; 1:9-10. Paulo ficou sabendo de uma cilada planejada por alguns judeus, e resolveu voltar pela Macedônia para Ásia. Ver Atos 20:3. As pessoas que acompanharam Paulo foram até Trôade e o esperaram lá, ver Atos 20:4-6.

Sem fazer comparações com Paulo, que esforços e planejamento missionários temos feito para anunciar o evangelho de Cristo? Temos alcançado êxito em nosso esforços missionários?

DOMINGO (2 de setembro) ÉFESO: PARTE I – Em Atos 18: 24-28 mostra que Apolo chegou em Éfeso cerca de 52 d.C., durante a terceira viagem de Paulo entre as igrejas da Galácia e da Frígia. Apolo já tinha ouvido falar em Jesus Cristo, e era discípulo do Senhor; no entanto, não estava bem informado sobre a mensagem cristã em sua inteireza. Seu dote natural era a eloquência, além de um conhecimento profundo das Escrituras do A.T. Combinava, pois, esses dois elementos, e assim era um poderoso pregador da verdade espiritual de Deus. Quando Apolo chegou em Éfeso, não tinha conhecimento algum da experiência do Pentecostes, e nem havia ainda participado dela; e também não conhecia o batismo cristão. Seu discipulado era apenas o de um seguidor de João Batista, tendo crido na mensagem pregada por este de que Jesus era o Messias judaico. Essa falta de melhor instrução, da parte de Apolo, foi eliminada pelo esforço paciente de Priscila e Áquila. Ver Atos 18:26. De Éfeso, Apolo dirigiu-se para Corinto. Evidentemente era homem poderoso na doutrina cristã, e deve ter obtido grande sucesso, tornando-se famoso como um dos principais líderes da igreja cristã.

A eloquência de Apolo sem dúvida alguma foi uma das grandes razões pelas quais, em Corinto, uma determinada parte da igreja cristã o elegeu como seu herói, ao passo que outros grupos davam preferência a Paulo, a Pedro, ou a qualquer outro. Além de ser eloquente, ver Atos 18:24, Apolo também era fervoroso de espírito,  expressão esta que tem de significar uma dentre duas possibilidades, a saber: Estaria em foco o fervor de seu próprio espírito, um zelo espiritual todo especial, em que a intensidade de seus sentimentos pode ser destacada mediante uma tradução literal, “eloquente no espírito”. Mas alguns intérpretes preferem pensar que a expressão fervoroso de Espírito seja escrita com letra inicial maiúscula, como alusão ao Espírito Santo de Deus. Nesse caso, Apolo seria aqui encarado como indivíduo que era movido pelo Espírito Santo de Deus.

Por que os homens em Éfeso foram batizados duas vezes?  Na sua terceira viagem, Paulo encontrou, em Éfeso, doze homens que haviam sido batizados no batismo de João. Depois de ouvir o ensinamento de Paulo, foram batizados no nome de Jesus. Ver Atos 19:1-7. Por que foi necessário esse segundo batismo? Em Efésios 4:5 lemos: “há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.” E agora? Não podemos realizar rebatismos por causa deste texto? Efésios 4:1-6 fala a respeito da unidade que deveria existir entre todos aqueles que ingressaram na comunidade dos crentes através do mesmo rito batismal.

A expressão; “um só batismo” é o batismo nas águas, o rito público de confissão da fé no único Senhor. O batismo é único no sentido de diferenciar das religiões pagãs e por ser uma iniciação com Cristo. A nova vida em Cristo implica na aceitação de Cristo como Salvador e Senhor, bem como na vivência prática de Sua vontade revelada nas Escrituras. O ideal é que o batismo seja ministrado uma única vez aos novos conversos e no início da vida cristã; mas, a Bíblia traz um texto muito interessante de 12 discípulos que foram rebatizados.

Veja o texto: “E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam. E estes eram, ao todo, uns doze homens.” Atos 19:1-7.

Como Adventista do 7º Dia que sou, cito o exemplo de Ellen White que já havia sido batizada, por imersão, em Portland, Maine no ano de 1842. Sendo ainda metodista, após compreender a verdade do sábado e de outras doutrinas em 1846, ela pediu que o seu próprio esposo, o pastor Tiago White a rebatizasse. Ver Arthur L. White, Ellen G. White, vol. 1  “The Early Years”, 121 e 122. Tiago White, em seu livro; Life Incidents, 273, declara que ela foi tomada em visão após essa experiência. “Ao ser batizada por mim, em um período inicial de sua experiência, quando eu a levantei das águas, ela foi imediatamente tomada em visão.”

A seguinte citação de Ellen White não deixa dúvidas da necessidade do rebatismo: “É assunto para ser lidado como um grande privilégio e bênção, e todos quantos são rebatizados, caso tenham a justa ideia acerca dessa questão, assim hão-de considerá-la…O Senhor requer decidida reforma. E quando uma alma está verdadeiramente reconvertida, seja ela rebatizada. Renove ela seu concerto com Deus, e Deus renovará Seu concerto com ela. ... Importa haver reconversão entre os membros, para que, como testemunhas de Deus, testifiquem da autoridade e poder da verdade que santifica a alma.” Carta 63, 1903. Evangelismo, 375. Amém?

SEGUNDA-FEIRA (3 de setembro) ÉFESO: PARTE II – Em sua Terceira Viagem Missionária, Paulo chegou a Éfeso, onde pregou o evangelho e operou prodígios, todos os sábados, na sinagoga. A lição de hoje relata alguns acontecimentos quando Paulo ainda estava em Éfeso. Devido as dificuldades e perseguições, Paulo passou a pregar e ensinar durante 2 anos na escola de Tirano, ver Atos 19:9 e 10 e quase todas as pessoas ouviram o evangelho e houve muitas conversões. Em Atos 19:11-20 Lucas relata algumas histórias de milagres que mostram o poder de Deus atuando no coração das pessoas.

Como Éfeso era um lugar em que havia muitas superstições decorrente do paganismo, muito provavelmente Deus aceitou o nível da crença das pessoas para operar milagres em nome do verdadeiro Deus e não dos deuses pagãos. Veja o que aconteceu: “E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam. Atos 19:11,12

E alguns exorcistas dos judeus, itinerantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Nós vos repreendemos por Jesus, a quem Paulo prega. Muitos que estavam envolvidos com o ocultismo se converteram à mensagem evangélica. Assim, muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos. Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta mil peças de prata. Ver Atos 19:19-20

Essas conversões mexeram com a estrutura comercia da cidade, onde havia o templo da influente e aclamada deusa Diana. Essa deusa sustentava a rentável indústria da idolatria, pois vários artífices faziam e vendiam imagens de prata dela. Com a queda nas vendas, um homem chamado Demétrio realizou uma reunião com os artífices. Explicou-lhes que os prejuízos comerciais estavam relacionados à pregação do apóstolo Paulo, que era contrária à idolatria. Se essa pregação continuasse, o comércio e a religião dos efésios seriam brevemente destruídos. Ver Efésios 19:27. Era ainda muitos mais forte do que se um pregador fosse ao Santuário de Fátima ou Aparecida do Norte e dissesse que a santa não tem valor algum e as pessoas acreditassem e abandonassem a fé católica e deixassem de sustentar a religião.

Demétrio provou ser um agitador muito forte, pois a resposta dos artesãos foi imediata. O discurso malicioso de Demétrio despertou a histeria da multidão: “Ouvindo isto, encheram-se de ira e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos efésios! E encheu-se de confusão toda a cidade. Ver Atos 19:28-29. Eles se encontraram no anfiteatro da cidade e, por duas horas, gritaram: Grande é a Diana dos efésios! Se não fosse a habilidade do secretário da prefeitura da cidade, que conseguiu dispersar o ajuntamento popular, o conflito teria acabado em tragédia. Ver Atos 19:35-40.

Quando terminou aquela confusão, Paulo chamou os discípulos e lhes deu muitos conselhos. Depois, despediu-se deles e seguiu para a província da Macedônia, região da Europa, ao norte da Grécia. Ele percorreu aquelas terras, fortalecendo os discípulos com muitas exortações. Depois dessas viagens macedônicas, Paulo dirigiu-se para a Grécia, e, provavelmente, em Corinto, ele permaneceu três meses, enquanto esperava a estação apropriada para embarcar rumo à Síria. Mas, quando estava pronto para viajar, soube que havia uma conspiração por parte dos judeus contra ele. Na última hora, Paulo decidiu alterar o itinerário: determinou voltar pela Macedônia. Ver Atos 20:2-3

Alguns judeus errantes, que iam de um lugar para outro praticando exorcismo, ou a arte de conjurar espíritos malignos para se afastar dos possuídos. Que tal poder existiu, pelo menos por algum tempo, parece implicado em Mateus 12:27. Em Atos 19:14 menciona que “eram sete filhos de Ceva, judeu, chefe dos sacerdotes, os que faziam isto. Em Atos 19:15 diz: “Mas o espírito maligno respondeu: Eu conheço Jesus, e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? o espírito maligno respondeu, Jesus eu conheço. E Paulo também conheço, mas quem és tu?” 

O trabalho do apóstolo foi poderoso, em Atos 19:17 menciona: “ E isto se fez conhecido a todos que habitavam em Éfeso, tanto a judeus como a gregos; e caiu temor sobre todos eles; e assim foi engrandecido o nome do Senhor Jesus.

Em Atos 19:19 menciona que muitos dos que praticavam ocultismo trouxeram seus livros, e os queimaram na presença de todos; e calcularam o preço deles, e acharam que custavam cinquenta mil moedas de prata.

Em Atos 19:21 menciona que “quando se cumpriram estas coisas, Paulo propôs em espírito que, passando pela Macedônia e Acaia, ir até Jerusalém, dizendo: Depois de eu estar lá, também tenho que ver Roma.” Depois que estas coisas terminaram implicando algo como um fim natural para seu longo período de trabalho em Éfeso.

Em Atos 19:26 menciona: “E vós estais vendo e ouvindo que este Paulo, não somente em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, tem persuadido e apartado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que são feitos com as mãos." As evidências disto eram para ser vistas, e o relato disto estava na boca de todos.

Até que ponto podemos comparar as nossa determinação e ações missionárias individuais e como igreja com as de Paulo?

TERÇA-FEIRA (4 de setembro) TRÔADE – Paulo deixou Éfeso e, antes de ir para Jerusalém, foi para Trôade. Veja o texto para hoje: “E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite. E havia muitas luzes no cenáculo onde estavam juntos. E, estando um certo jovem, por nome Eutico, assentado numa janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo; e foi levantado morto. Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está. E subindo, e partindo o pão, e comendo, ainda lhes falou largamente até à alvorada; e assim partiu. E levaram vivo o jovem, e ficaram não pouco consolados.” Atos 20:7-12-

Pregando aos irmãos de Trôade, Paulo se estendeu até para além da meia-noite: “um jovem chamado Êutico, que estava sentado em uma janela, adormeceu profundamente durante o longo discurso de Paulo. Vencido pelo sono, caiu do terceiro andar. Quando o levantaram, estava morto.” Atos 20:9. A oportunidade era especial: Paulo iria ficar somente uma semana em Trôade e os cristãos queriam ouvi-lo cada vez mais. No primeiro dia da semana, o jovem Êutico e sua família foram ouvir o Apóstolo, que falou até o amanhecer. O tempo de resistência do jovem Êutico foi a meia-noite. Sentado na janela, cansou, adormeceu, caiu e morreu. Diante do tumulto, Paulo não se abalou. Interrompeu o culto, desceu os três andares e ressuscitou o rapaz. Voltou ao salão e continuou sua pregação, para o benefício de todos. Sem repreender ninguém. 

O Senhor sabe das nossas dificuldades e dos nossos cansaços. Ele entende que Seu desejo em nos instruir é grande, mas nossa atenção é pequena. Por isso, quando dormimos e caímos, Ele desce até nós, nos reanima e nos fortalece. O cansaço pode nos matar, a graça compreensiva do Senhor sempre nos ressuscita. Amém?

Uma tradução correta do texto grego seria: “No sábado, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os.” Seguindo essa tradução, concluímos que o culto em Trôade começou durante o sábado, isto é, antes do pôr-do-sol, e não no domingo à noite, e prolongou-se para além da meia-noite. Isso porque os judeus contavam o dia do por-do-sol ao por-do-sol. Então, depois do por do sol de sábado já contavam como sendo domingo. 

Um outro fato grave que a tradução do Novo Testamento Interlinear deixa claro é que as versões RA e RC traduziram erroneamente o versículo. A NTLH seria perfeita, se não tivesse acrescentado, por conta própria, o “à noite”, logo depois da expressão “No sábado”. Obviamente, esses problemas de tradução não são produtos de ignorância ou descuido, pois os que fazem parte das equipes de tradução,  que são contra a observância do sábado, como dia de adoração e descanso,  dominam, mais que qualquer outra pessoa, a língua grega. Mas não precisamos ficar preocupados com isso, pois temos muitos textos que provam a veracidade, validade e perpetuidade do 4º mandamento.  Amém?

Quando Deus instituiu o Sábado? “E havendo Deus acabado no dia sétimo a Sua obra, que tinha feito, desancou no sétimo dia de toda a obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou...” Génesis 2: 2 e . O sábado foi dado ao homem na criação mais de dois mil anos antes do povo Judeu surgir. Logo o sábado foi dado para todos. Ver S. Marcos 2.27

Que dia guardou o nosso Senhor Jesus? “E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o Seu costume, na sinagoga e levantou-Se para ler.” S. Lucas 4:1 Outros textos: S. Marcos 6:2; S. Lucas 4:31; 6:6; 13:10

Que dia descansou a virgem Maria e as outras mulheres? “E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos e, no sábado, repousaram, conforme o mandamento.” S. Lucas 23:56

Que dia respeitavam os santos apóstolos? “E Paulo como tinha por costume, foi ter com eles e, por três sábados, disputou com eles sobre as Escrituras.” Actos 17:2. Outros textos: Actos 18:4; Actos 13:27; 13:42-44; 15:21; 16:13. Os apóstolos continuaram a guardar o sábado depois da ressurreição. Embora a ressurreição de Jesus seja um evento importantíssimo para nós, em nenhum momento, e em nenhum lugar, a Bíblia autoriza a guarda de um outro dia da semana que não seja o santo sábado.

Que dia será guardado no Céu e na Eternidade? “Porque, como os céus novos e a terra nova que hei de fazer estarão diante da Minha face, diz o Senhor... e será que ... desde um sábado até outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor.” Isaías 66:22 e 23

Os discursos de Paulo cativavam as pessoas e muitos ficavam horas a fio ouvindo a Palavra de Deus. Porque hoje as pessoas se cansam com uma pregação de 40 minutos? O problema está com os pregadores ou com os ouvintes?

QUARTA-FEIRA (5 de setembro) MILETO – A lição de hoje mostra a parada que Paulo fez em Mileto quando ia a caminho de Jerusalém. Aqui está o discurso que Paulo fez em Mileto“E, navegando dali, chegamos no dia seguinte defronte de Quios, e no outro aportamos a Samos e, ficando em Trogílio, chegamos no dia seguinte a Mileto. Porque já Paulo tinha determinado passar ao largo de Éfeso, para não gastar tempo na Ásia. Apressava-se, pois, para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes. E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja. E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós, Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer, senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações. Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.” Atos 20:15-27

O centro da pregação de Paulo é apresentado no v. 24: “O Evangelho da graça de Deus”. Ele o desenvolve resumidamente nessas poucas palavras, nas quais podemos extrair ensinos valiosos sobre o Evangelho: 1) Arrependimento e Fé, v.21, são fundamentos para a salvação do pecador, a mensagem que não desperta arrependimento de pecados e não conduz à fé em Jesus para a salvação, jamais poderá ser considerada uma pregação do Evangelho; 2) A graça, v.24, o evangelho é a manifestação do favor de Deus ao homem que merece apenas a condenação, mas que devido à rica e abundante misericórdia de Deus, pela fé em Cristo, pode receber a salvação como presente de Deus. Ver Efésios 2: 8,9. 3) A aquisição, v.28,  somos adquiridos por Cristo, exclusivamente dele. O verbo traduzido por comprar indica uma ação de salvar e uma aquisição exclusiva, também aparece em I Tess. 5: 9; II Tess. 2: 14 e I Ped. 2: 9,  sempre trazendo a idéia de posse exclusiva. Amém?

Também no discurso de Paulo, podemos aprender sobre as reais características de um servo que ama o seu Senhor e se dedica ao seu chamado. Somo convidados a fazer um diagnóstico de nós mesmos a luz desse servo exemplar, que pôde dizer: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” I Cor. 11: 1. Não é difícil dizer às pessoas o que elas devem fazer, difícil é arrastá-las após si. Paulo os arrastou após si, conquistou seus corações e agora diante de sua partida, sabendo que não mais o veriam, o beijaram com ternura.

Vejamos algumas atitudes de Paulo que o qualificaram a tornar-se um líder de credibilidade: 1) Grande devoção no serviço do Senhor. Tristezas, dificuldades e perseguições não o afastavam do seu objetivo, v.19. 2) Fidelidade ao chamado para anunciar a Palavra de Deus a todos, em qualquer hora ou lugar, v.20. 3) Colocar o reino de Deus em primeiro lugar na vida, acima de tudo, até mesmo da própria vida, v.24. 4) Amizade sincera, sem invejas ou cobiças. Paulo nunca abusou da liberdade concedida pelos irmãos para explorá-los. Apesar de que os que estavam com ele, estavam servindo à igreja e ao Evangelho, nunca impôs sobre os irmãos o dever de sustentá-los, embora devessem. Contudo, Paulo estava disposto a fazer isso com suas próprias mãos. Ver Versos 33,34.

Paulo advertiu os irmãos de Éfeso contra os falso líderes: “Os perigos que assaltariam a igreja de Éfeso foram revelados ao apóstolo. “Eu sei isto”, disse, “que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”. Atos 20:29, 30. Paulo tremia pela igreja quando, olhando para o futuro, via os ataques que ela sofreria de inimigos externos e internos. Com solene fervor exortou seus irmãos a guardar vigilantes seu sagrado depósito. Como exemplo, apresentou-lhes seu próprio infatigável trabalho entre eles: “Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas, a cada um de vós”. Atos 20:31. Atos dos Apóstolos,  220

Como igreja temos o dever de evangelizar as pessoas ensinando-lhes o evangelho de Cristo, mas também temos a incumbência de promover a santidade da igreja e firmar os crentes nas doutrinas dos apóstolos. Como temos reagido aos falsos ensinos trazidos por falsos mestres, como por exemplo; grupos dissidentes do adventismo e de pessoas que insistem que o Espírito Santo não passa de mera energia despersonalizada proveniente de Deus e que Jesus foi criado em algum tempo durante a eternidade? Somos convidados a permanecermos nas doutrinas dos apóstolos. A pregação de Paulo era em demonstração do Espírito Santo e poder, e muitas pessoas aceitavam Jesus Cristo como Salvador e eram batizadas.. Porque motivos não temos alcançado tantas pessoas como Paulo alcançou?

QUINTA-FEIRA (6 de setembro) TIRO E CESARÉIAEste é o texto principal para ao estudo de hoje: “E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios. E, ouvindo nós isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém. Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor.” Atos 21:10-14

De Mileto, os viajantes navegaram para Cós, e no dia seguinte a Rodes, de onde passaram a Pátara, na praia sudoeste da Ásia Menor, onde achando um navio que ia para a Fenícia, embarcaram nele e partiram. Em Tiro, onde o navio foi descarregado, acharam alguns discípulos, com quem lhes foi permitido ficar sete dias. “Pelo Espírito Santo foram esses discípulos advertidos dos perigos que aguardavam Paulo em Jerusalém, e eles insistiram com ele, “que não subissem a Jerusalém”. Atos 21:1-4. Mas o apóstolo não permitiu que o temor de provações e encarceramento o demovesse de seu propósito.” Atos dos Apóstolos, 221.

Após a semana passada que ficaram em Tiro, todos os irmãos, com suas esposas e filhos, foram com Paulo ao navio, e antes que ele embarcasse, ajoelharam na praia e oraram, ele por eles, e eles por ele. Prosseguindo sua jornada rumo ao sul, os viajantes chegaram a Cesaréia; “e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete” Atos 21:8, ficaram com ele. Ali Paulo passou uns poucos dias, pacíficos e felizes.

Enquanto Paulo se demorava em Cesaréia, “chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; e, vindo ter conosco,” conta Lucas, “tomou a cinta de Paulo e, ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios. E, ouvindo nós isto,” continua Lucas, “rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém”.

Mas Paulo não se desviaria do caminho do dever. Seguiria a Cristo se necessário à prisão e à morte. “Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração?” exclamou; “porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” Vendo que lhe causavam sofrimento sem mudar o propósito, os irmãos cessaram de insistir, dizendo apenas: “Faça-se a vontade do Senhor!” Atos 21:10-14. “ Logo chegou o momento em que a breve estadia em Cesaréia teve fim, e acompanhado por alguns dos irmãos, Paulo e sua comitiva partiram para Jerusalém, com o coração profundamente pesaroso pelo pressentimento de males vindouros.” Atos dos Apóstolos, 221

Ágabo, embora citado no caso de sua profecia em relação a Paulo, não era uma pessoa nova e já havia profetizado anteriormente com perfeição, como vemos em Atos 11.27 e 28: “Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César”. Esta passagem serve para apresentar as credenciais de Ágabo, primeiro, ele é descrito como profeta e tem sua profecia perfeitamente cumprida.

Note ainda que, em relação ao que Ágabo profetizou, Paulo já estava, pelo Espírito, sendo alertado antes, conforme ele mesmo descreve em Atos 20.23-23: “E, agora, eis que, ligado eu pelo Espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá há de me acontecer, senão o que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações”.

“Nunca antes havia o apóstolo se acercado de Jerusalém com o coração tão triste. Sabia que encontraria poucos amigos e muitos inimigos. Estava-se aproximando da cidade que tinha rejeitado e matado o Filho de Deus, e sobre a qual agora pairavam as ameaças da ira divina.” Atos dos Apóstolos, 221

SEXTA-FEIRA (7 de setembro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (3º trimestre 2018) A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO – Na terceira viagem, apesar de terem passado por muitas cidades, a narrativa bíblica concentra a maioria dos fatos na cidade de Éfeso, onde o apóstolo Paulo pregou durante muito tempo.

O fato de Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras, instruído no caminho do Senhor e fervoroso de espírito, aceitar ser instruído por um simples fazedor de tendas, revela humildade e é um exemplo de como devemos estar abertos para aprender, seja quem for que o Senhor queira usar para nos ensinar. Com o ensino verdadeiro, a pregação será eficaz.

Em Éfeso, foi Paulo quem orientou um grupo de discípulos acerca do caminho do Senhor, pois estes conheciam apenas o batismo de João, e agora precisavam ser notificados de que Jesus Cristo aquele que batizaria com o Espírito Santo já havia chegado, cumprindo assim a esperança dos que haviam sido anteriormente batizados para o arrependimento. E, assim estes discípulos de João também se faziam participantes do dom do Espírito, assim como os próprios apóstolos, os samaritanos e os gentios.

A pregação de Paulo era sempre com demonstração de Espírito e poder, o Senhor confirmava a pregação com sinais; a expressão da Palavra é que; “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias”. Aqui vemos também o Senhor desmascarando pessoas que se passavam por homens de autoridade espiritual, “praticavam exorcismo” e eram “filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes”, não permitindo que o nome de Seu Filho Jesus fosse usado para a glória humana e por pessoas que, de outro modo, desprezavam e resistiam ao Evangelho.
  
Embora não estejam registradas as palavras que Paulo usou para pregar aos efésios, podemos concluir como era a sua pregação pelo incidente com os seguidores da deusa Diana. Mesmo sem cometer sacrilégio ou blasfemar da deusa deles, o que foi reconhecido pelos próprios efésios, a pregação de Paulo era capaz de afastar da idolatria uma grande multidão, convencendo-os de que não são deuses os que se fazem com as mãos. Somente a pregação cristocêntrica, Cristo como centro, é capaz de não somente condenar os falsos deuses, mas também de revelar o único e verdadeiro Deus, e a Cristo, a quem Ele enviou.

O percurso das viagens de Paulo normalmente era determinado pelo seu projeto missionário de alcançar o maior número de almas para Cristo, ou para fugir das constantes perseguições de que era alvo. No discurso de Paulo, despedindo-se dos anciãos da igreja de Éfeso, vemos todo o seu zelo e dedicação para com aqueles que ele havia evangelizado e a obra de Deus. Para dar testemunho do Evangelho, ele não teve a sua vida por preciosa, gastou e se deixou gastar, não cessou de admoestar com lágrimas noite e dia, com o trabalho das próprias mãos supriu as suas próprias necessidades e as de outros, e, sobretudo, nunca deixou de anunciar “todo o conselho de Deus”.

Tal exemplo de abnegação, dedicação e zelo deve falar bem alto em nossos corações e nos levar a uma entrega submissa e total em favor das almas que nosso Senhor resgatou com o Seu próprio sangue. Assim como o Senhor usou Paulo e outros no passado, Ele nos usará para fazermos a Sua obra grandiosa, mas é necessário a entrega total e irrestrita nas mãos do Senhor, que tudo pode fazer em nós, por nós e através de nós. Amém?

Luís Fonseca


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