quarta-feira, 1 de agosto de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (3º trimestre de 2018) O CONCÍLIO DE JERUSALÉM


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (3º trimestre de 2018) O CONCÍLIO DE JERUSALÉM

VERSO ÁUREO: “Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.” Atos 15:11

INTRODUÇÃO (sábado 18 de agosto) – Este outro verso é mais um para compreendermos que depois da morte de Cristo a compreensão da salvação deve ser pela fé e graça e não pelos rudimentos da lei que prendiam os judeus: “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” João 1:17
Os judeus convertidos ao cristianismo nunca pensavam que, ao aceitarem o evangelho de Cristo teriam que deixar muito das tradições dos seus pais. E muitos não conseguiram administrar esta questão e voltaram a alguns costumes dos judeus que já tinham perdido o valor para a nova religião; o cristianismo. O problema maior era que, para além de não aceitarem parte do cristianismo ainda queriam impor tais questões caducas, como a circuncisão.

O concílio de Jerusalém foi realizado para regular esta questão, pois o assunto era mesmo muito sério. Em Atos 15 apresenta a primeira controvérsia de grande relevância na igreja cristã, e caso não tivesse sido resolvida rapidamente, aumentaria, a medida que o cristianismo avançasse além das fronteiras da antiga Palestina.

Quais eram os problemas que causavam controvérsias? Os primeiros cristãos eram judeus e várias práticas das quais estavam habituados foram conservadas. Muitos mantinham até mesmo o preconceito contra outras nações; para eles a entrada dos gentios na igreja, sem adotar os costumes judaicos e todas as orientações divinas presentes na Torá, lei de Moisés, sobretudo algumas práticas da lei cerimonial, causaria transtornos e instabilidade ao cristianismo. Então, alguns passaram a exigir que os cristãos, ex-gentios, aplicassem o estilo de vida e as leis específicas do judaísmo, como por exemplo, a lei da circuncisão. Eles acreditavam que tais atitudes, além de estarem relacionadas com a salvação, ver Atos 15:1-6, preservariam a integridade da igreja. Coitados, estavam enganados!

Para além da circuncisão havia outros assuntos conflitantes envolvendo judeus e gentios conversos ao cristianismo, como o consumo de carne sacrificada aos ídolos. Muitos dos gentios convertidos ao cristianismo, viviam entre pessoas que faziam frequentes sacrifícios e ofertas aos deuses pagãos, e as ofertas que sobravam eram vendidas no mercado e os judeus tinham o receio de que os cristãos gentios promovessem descrédito à igreja ao comprar aquilo que tinha sido sacrificado aos ídolos; o que de certa forma seria uma aprovação aos costumes idolatras. Neste ponto os judeus crentes em Cristo tinham razão!

Outro assunto envolvia a promiscuidade. Os gentios, especialmente os gregos, eram extremamente licenciosos, e havia o perigo de que alguns fizessem uma confissão de fé cristã sem renunciar as suas más atitudes. Deste modo, os judaizantes consideravam que a circuncisão, acompanhada das demais normas da lei, deveriam ser praticadas pelos conversos gentios como prova de sinceridade e devoção.

Outro problema era que os gentios conversos estavam acostumados a comer a carne de animais estrangulados e usavam com frequência o sangue no preparo do alimento. Os judeus, portanto, foram instruídos por Deus a retirar e descartar o sangue do animal destinado à alimentação, caso contrário não seria adequado para o consumo. Ver Lev 17:10-16 e Deut. 12: 15-16. Portanto, se um judeu se assentasse à mesa para uma refeição preparada por um gentio, sem essas orientações divinas, ele se consideraria ofendido e ultrajado. Este ponto é muito importante também para os dias de hoje. Os não vegetarianos não estão autorizados a comerem carnes com sangue e gorduras. Deus deixou orientações claras sobre esse assunto e que servem para hoje também.

Qual foi o resultado do Concílio de Jerusalém? O Concílio definiu que os gentios cristãos deveriam evitar as práticas mencionadas acima, conforme texto: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá. Tendo eles então se despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta.” Atos 15:29-30, e serem alertados de que a obrigatoriedade da circuncisão não tinha o consentimento dos apóstolos. Ver Rom. 2: 25-29.

Até que ponto estamos presos às nossas tradições, costumes, gostos e manias, e descartamos a atuação do Espírito Santo em nós, e também impedindo a liberdade de cada crente crescer em Cristo?

DOMINGO (19 de agosto) O PONTO EM QUESTÃO. O ponto em questão era que enquanto os apóstolos uniam-se aos pastores e líderes constituídos para mobilizarem a igreja ao serviço missionário, havia uns judaizantes que insistiam em dizer que os gentios convertidos ao cristianismo, para serem salvos, deviam praticar a circuncisão, conforme o costume de Moisés: “Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos. Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão. E eles, sendo acompanhados pela igreja, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos. E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles. Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.” Atos 15:1-5

Já viu algo parecido acontecendo em nossos dias, onde pessoas tentam impor aos outros regras que não são pontos de salvação?

Percebemos nitidamente que o Concílio de Jerusalém não anulou a lei, mas direcionou os cristãos quanto as normas que deveriam seguir, e quais não teriam aplicabilidade na Nova Aliança, como já vimos na introdução da lição desta semana. Veja este outro texto de Paulo: "Foi alguém chamado sendo já circunciso? Não desfaça a sua circuncisão. Foi alguém chamado sendo incircunciso? Não se circuncide. A circuncisão não significa nada, e a incircuncisão também nada é; o que importa é obedecer aos mandamentos de Deus.” I Cor. 7:18 e 19.

Paulo, em suas cartas, repassa esta orientação e destaca aos cristãos judeus que diversos preceitos cerimoniais da lei, especialmente àqueles vinculados a Cristo e Seu sacrifício na Cruz, chegaram ao fim devido ao cumprimento de suas funções. Estas questões básicas que não estavam sendo discernidas pela primitiva igreja cristã.

As fábulas, engenhosamente inventadas em torno de Atos 15, e que são difundidas entre os cristãos da atualidade, acontecem por causa do quarto mandamento. Geralmente este capítulo é interpretado premeditadamente de forma distorcida para justificar a transgressão contra o sábado. Alguns apresentam tanta aversão contra ele, que o caracterizam como sendo penoso e impossível de ser obedecido, contrariando diretamente as palavras de Deus onde diz que é fácil. A lei apresenta que a guarda do sétimo dia da semana pertencente ao Eterno Deus, e o quarto mandamento que o descreve está indivisivelmente interligado aos demais preceitos da Lei de Deus.

Qual é o lugar que ocupa a tradição na vida de uma igreja ou indivíduo? Paulo disse: “E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.”Gálatas 1:14. Com certeza Paulo era grato por conservar algumas boas tradições do Judaísmo e poder transportá-las para o cristianismo. Como o mandamento do sábado e a alimentação saudável, por exemplo.

Quais são algumas tradições humanas, de hoje, que estão acima da Bíblia?  Batizar bebês, rezar em favor de mortos, confessar pecados para sacerdotes, guardar o dia de domingo, curvar-se perante imagens e ídolos, etc

Que perigos correm os cristãos de hoje, de serem como os judaizantes, ressaltando mais as tradições do que a Palavra de Deus?

Quando não se lê a Palavra de Deus diariamente temos a tendência de substituir o sagrado pelo que é profano. Veja estes textos: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” Oséias 4:6

“Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.” Marcos 7:7-9

“O mundo manifesta hoje o mesmo espírito. Os homens são contrários à pesquisa da verdade, pelo receio de que as tradições sejam perturbadas e introduzida nova ordem de coisas. Há, na humanidade, uma constante propensão ao erro e os homens naturalmente se inclinam a exaltar as ideias e o conhecimento humanos, não discernindo nem apreciando o que é divino e eterno” Conselho Sobre Escola Sabatina, 48.

De que maneira a nossa vida pode ser um exemplo positivo para os descrentes?

SEGUNDA-FEIRA (20 de agosto) CIRCUNCISÃO – A circuncisão era feita nos meninos judeus quando tinham oito dias de vida, ver Gên. 17:12, e nos adultos quando estes se convertiam ao judaísmo. Esse ritual começou a ser feito por ordem de Deus no tempo de Abraão, mas com a chegada de João Batista e Cristo, o rito de admissão ao reino de Deus passou a ser o batismo: “No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, pela circuncisão de Cristo; sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.” Col. 2:11 e 12

Com a chegada de Cristo, Deus, de forma maravilhosa, introduziu o batismo por imersão para servir de sinal da Nova Aliança com o Seu povo. Hoje não precisamos mais da circuncisão, mas todos que querem estar no céu precisam ser batizados. “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:16. Já foi batizado? Se não, peça-o.

Eu devo cuidar para não ser um falso irmão ao introduzir as minhas próprias ideias em lugar das doutrinas puras e santas da Palavra. Paulo teve problemas com os judaizantes que pretendiam melhorar o evangelho introduzindo os ritos já caducados. Deus não necessita da nossa ajuda para melhorar os Seus princípios, devemos ser humildes em aceitá-los, pois são eternos.

Os primeiros cristãos eram judeus e várias práticas das quais estavam habituados foram conservadas. Muitos mantinham até mesmo o preconceito contra outras nações; para eles a entrada dos gentios na igreja, sem adotar os costumes judaicos e todas as orientações divinas presentes na Torá, lei de Moisés, sobretudo algumas práticas da lei cerimonial, causaria transtornos e instabilidade ao cristianismo. Então, alguns passaram a exigir que os cristãos, ex gentios, aplicassem o estilo de vida e as leis específicas do judaísmo, como por exemplo, a lei da circuncisão. Eles acreditavam que tais atitudes, além de estarem relacionadas com a salvação, ver Atos 15:1-6, preservariam a integridade da igreja.

Entre os gentios conversos estavam os judaizantes que queriam impor algumas regras do judaísmo para os demais. E diziam que “as leis e cerimónias judaicas deviam ser incorporadas na religião cristã.” Atos dos Apóstolos, 138. Em Atos 15:10 Pedro chama essas leis de jugo que tinham acabado com a chegada de Cristo. Os judaizantes passaram a exigir que os cristãos gentios aplicassem o estilo de vida e as leis específicas do judaísmo, como por exemplo, a lei da circuncisão. Eles acreditavam que tais atitudes, além de estarem relacionadas com a salvação, ver Atos 15:1-6, preservariam a integridade da igreja. Mas Paulo combateu fortemente tais coisas.

Um ponto importante a ser considerado na lição de hoje é que o resultado do Concílio de Jerusalém regulava algumas coisas, como a circuncisão, carnes sacrificadas a ídolos, promiscuidades e animais sufocados, e nem sequer menciona os 10 Mandamentos. Mas, sabemos que guardar a lei de Deus sempre foi o dever de todo o homem.

A igreja cristã cresceu muito com a chegada dos gentios, pois os judeus eram mais relutantes em aceitar o evangelho de Cristo. Quando Paulo diz: “A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.” Efésios 3:8, ele está querendo dizer que foi dada a ele a graça de levar a Palavra de Deus aos gentios.

“Paulo e Barnabé enfrentaram com prontidão essas falsas doutrinas, e se opuseram à introdução do assunto aos gentios. Por outro lado, muitos crentes judeus de Antioquia favoreciam a posição dos irmãos recentemente vindos da Judéia. Os conversos judeus não eram geralmente inclinados a mudar tão rapidamente quanto a providência de Deus abria o caminho. Do resultado do trabalho dos apóstolos entre os gentios, ficou evidente que os conversos dentre este último povo excederiam muito aos conversos judeus em número. Os judeus temiam que, se as restrições e cerimônias de sua lei não fossem tornadas obrigatórias aos gentios como condição para se tornarem membros da igreja, as peculiaridades nacionais dos judeus, que até então os tinham mantido como um povo distinto de todos os outros povos, desapareceriam finalmente dentre os que recebiam a mensagem do evangelho.” Atos dos Apóstolos, 104.

Geralmente é assim; as pessoas que vivem sem religião aceitam mais facilmente o evangelho quando lhes pregamos. E, devemos estar abertos ao Espírito Santo para anunciarmos a Palavra tão logo as pessoas solicitarem. É certo também que as pessoas religiosas, quando se convertem tem dificuldades de adaptarem-se com os princípios a nova igreja, pois ficam presas ao jugo passado. Devemos deixar Deus dirigir-nos às doutrinas contidas em Sua Palavra!

“Ao Espírito Santo pareceu bem não impor aos gentios conversos a lei cerimonial, e o parecer dos apóstolos a esse respeito foi como o do Espírito de Deus. Tiago presidiu ao concílio, e sua decisão final foi: “Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus” Atos dos Apóstolos, 107

“As tradições e ideias humanas não devem tomar o lugar da verdade revelada. O progresso da mensagem do evangelho não deve ser detido por preconceitos e preferências das pessoas, qualquer que seja sua posição na igreja.” Atos dos Apóstolos, 110

TERÇA-FEIRA (21 de agosto) O DEBATEEis o texto principal para hoje: “E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse-lhes: Homens irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu dentre nós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho, e cressem. E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé. Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.” Atos 15:7-11

Lucas não apresenta toda a discussão que houve no Concílio. Apenas diz que depois de um grande debate Pedro tomou a palavra. A controvérsia sobre a circuncisão, e outros assuntos que já mencionamos, foi um problema que continuou por algum tempo nas igrejas do primeiro século. Devemos lembrar que esta disputa surgiu dentro das igrejas; não foi um conflito com os judeus não convertidos e nem com gentios curiosos. Devemos tratar os assuntos internos com as bênçãos de Jesus e unção do Espírito Santo, para resolvermos os assuntos com mansidão, humildade e respeito. Quando se tem confusão, aquele que a promove é regido pelo espírito do diabo.

“Não há desculpas para ninguém assumir a posição de que não há mais verdades a serem reveladas e de que todas as nossas visões da Bíblia não têm qualquer erro. O fato de certas doutrinas terem sido consideradas como a verdade por muitos anos pelo nosso povo não é uma prova de que nossas ideias sejam infalíveis. A idade não transforma o erro em verdade e ela pode ser reexaminada. Nenhuma verdadeira doutrina terá algo a perder pela cuidadosa investigação. Vivemos em tempos perigosos, e não nos convém aceitar tudo o que é apresentado sem profundo exame; da mesma forma, não podemos rejeitar o que quer que contenha os frutos do Espírito de Deus; devemos ser receptivos, mansos e humildes de coração. Há aqueles que se opõem a tudo o que não está de acordo com as próprias ideias e, por agirem assim, colocam em risco seus interesses eternos tal qual a nação judaica em sua rejeição a Cristo. O Senhor deseja que nossas opiniões sejam colocadas à prova, que possamos ver a necessidade de examinar detalhadamente os oráculos vivos para ver se estamos ou não andando de acordo com nossa fé. Muitos que professam crer na verdade têm se acomodado, dizendo: “rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”. Apocalipse 3:17.  The Review and Herald, 20 de Dezembro de 1892.

Após o longo debate que houve veja a solução dada por Tiago: “Quando terminaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: Irmãos, ouçam-me. Simão nos expôs como Deus, no princípio, voltou-se para os gentios a fim de reunir dentre as nações um povo para o seu nome. Concordam com isso as palavras dos profetas, conforme está escrito: ‘Depois disso voltarei e reconstruirei a tenda caída de Davi. Reedificarei as suas ruínas, e a restaurarei, para que o restante dos homens busque o Senhor, e todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas’ conhecidas desde os tempos antigos’. Portanto, julgo que não devemos pôr dificuldades aos gentios que estão se convertendo a Deus. Pelo contrário, devemos escrever a eles, dizendo-lhes que se abstenham de comida contaminada pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue. Pois, desde os tempos antigos, Moisés é pregado em todas as cidades, sendo lido nas sinagogas todos os sábados". Atos 15:13-21.

Quando houver necessidade de debates, devem ser feitos com temas de nosso interesse que envolvem as doutrinas e com muito respeito, sendo guiados pelo Espírito Santo e com a revelação da Palavra de Deus e nunca de acordo com a nossa vontade ou inclinações egoístas e tendenciosas. As redes sociais, por exemplo, não é lugar para se debater qualquer assunto. Podemos aproveitar para pregar o evangelho, pois resta-nos pouco tempo.

“Não é o melhor pregar sobre o panteísmo ou ler citações de autores que escrevem acerca desse assunto, e dos erros capciosos, falsos, que a ele conduzem. As declarações feitas nos Testimonies, vol. 8, são suficientes para advertir nosso povo a evitar tais erros. Essas declarações farão mais para esclarecer o espírito do que todas as explanações ou teorias que nossos pastores e professores possam apresentar quanto a esses assuntos. Se tentardes lidar com esses assuntos, sereis levados a repetir os sofismas de Satanás, e ajudá-lo-eis assim a apresentar suas falsas teorias ao povo. Resolvei nunca, nunca repetir o erro, mas sempre ensinar a verdade. Enchei o coração e a mente com a solene e sagrada verdade para este tempo. Demorai na verdade presente, na segunda vinda de Cristo. O Senhor virá muito em breve. Temos apenas um poucochinho de tempo em que apresentar a verdade para este tempo, a verdade que há de converter almas. Essa verdade deve ser apresentada na máxima simplicidade, da mesma maneira que Cristo a apresentou, de modo que o povo possa compreender o que seja a verdade. Ela dissipará as nuvens do erro.” Evangelismo, 623 e 624

Os nossos debates sobre temas bíblicos tem sido de modo a edificar ou a dividir? A união é de Deus, mas a divisão é do diabo.

QUARTA-FEIRA (22 de agosto) O DECRETO APOSTÓLICO – Depois de toda a discussão em torno do assunto, esta foi a decisão dos apóstolos: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.” Atos 15:28,29.

Desde a da criação o Senhor tem sido zeloso para com Seu povo, estabelecendo leis que lhes eram favoráveis e cuidando de sua alimentação. Exemplo: Vemos que depois do dilúvio foi permitido o homem comer carne de animais limpos, ver Gên 9:1-6, porém de forma condicional, o sangue lhes foi proibido. Veja que esta lei, começou antes das leis de ordenanças, assim como o mandamento do sábado foi dado na criação, e é argumentada e regulamentada dentro das leis cerimoniais. Lev 17:10-12. No Novo Testamento, como é usado, vemos que continua em vigor, e mais esclarecida. "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá." Atos 15:29 Analisando o versículo 28 de Atos 15, vemos que é o Espírito do Senhor que estabeleceu e não os homens; portanto é mandamento abster se de sangue e carnes sufocada e da prostituição dentro da nova aliança. 

O decreto dos apóstolos proibiu 4 coisas: 

1) Carnes sacrificadas aos ídolos. O julgamento da consciência não é segundo o conhecimento mental, mas segundo a direção do próprio Espírito Santo. O Espírito Santo é o árbitro e o juiz quanto às questões concernentes a obra de Deus. Portanto, todos os apóstolos obedeceram o que pareceu bem ao Espírito Santo e aos apóstolos, e nós como crentes da mesma comunhão da igreja primitiva, devemos também não sermos negligentes, mas “...destas coisas fareis bem se vos guardardes.”

2) Comer Sangue. Os filhos de Deus que ainda comem carnes de animais limpos devem atentar para o seguinte mandamento. Encontramos a ordenança para não se comer gordura e sangue, conforme Levítico 3:17: “Estatuto perpétuo será durante as vossas gerações, em todas as vossas moradas; gordura nenhuma nem sangue jamais comereis”.

3) Comer carnes sufocadas. Qual o conselho de como não comer sangue e carnes sufocadas? Os animais devem ser degolados e deixar sair o sangue. Cuidado ao comprar! Deve o servo de Deus ser prudente, pesquisar as origens e fontes, por existirem várias industria e diferentes abates. Os judeus atuais continuam fiéis neste ponto. As carnes mais consumidas pelos servos de Deus são: Bovina, caprina, frangos, perus e peixes com escamas e barbatanas. Pesquisas mostram que: Bovinos: No abate são atordoados e sangrados. Aves: Frangos e perus recebem choques e é cortado pescoço e pernas. Peixes: 99% tem a morte por asfixia ou seja sufocado que contraria a Palavra de Deus, inclusive a sardinha e atum enlatados. Atos 15:29. Estamos obedecendo este mandamento?

4) Fornicação. Alguns gentios, especialmente os gregos, eram muito licenciosos e alguns, após converterem-se ao cristianismo, queriam introduzir esta prática. E isso foi proibido pelo Espírito Santo. O sexo torna-se pecado quando há adultério ou imoralidade. Parte da Bíblia foi escrita no grego e a palavra pornéia, em destaque para fornicação, aparece várias vezes e significa relação sexual entre pessoas solteiras, falsa união sexual. Portanto o sexo só é permitido por Deus entre um homem e uma mulher e dentro dos limites do casamento. “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra.” I Tessalonicenses 4:3,4. A juventude cristã, pessoas solteiras e mesmo casadas estão obedecendo este mandamento?  Estamos obedecendo a palavra do Senhor e a voz do Espírito Santo?

QUINTA-FEIRA (23 de agosto) A CARTA DE JERUSALÉMEsta é a carta que foi enviada de Jerusalém às Igrejas: “Então os apóstolos e os presbíteros, com toda a igreja, decidiram escolher alguns dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Barsabás, e Silas, dois líderes entre os irmãos. Com eles enviaram a seguinte carta: Os irmãos apóstolos e presbíteros, aos cristãos gentios que estão em Antioquia, na Síria e na Cilícia: Saudações. Soubemos que alguns saíram de nosso meio, sem nossa autorização, e os perturbaram, transtornando suas mentes com o que disseram. Assim, concordamos todos em escolher alguns homens e enviá-los a vocês com nossos amados irmãos Paulo e Barnabé, homens que têm arriscado a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, estamos enviando Judas e Silas para confirmarem verbalmente o que estamos escrevendo. Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês nada além das seguintes exigências necessárias: Abster-se de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual. Vocês farão bem em evitar essas coisas. Que tudo lhes vá bem” Atos 15:22-29.

Após receber a carta qual foi a reação da igreja de Antioquia? “Tendo eles então se despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta. E, quando a leram, alegraram-se pela exortação. Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos.” Atos 15:30-33.

Como reagimos a uma exortação vinda dos nossos superiores a nível da igreja ou de pessoas que desejam o nosso bem?

A raça humana é regida por princípios que a tornam funcional. Um deles é o que diz respeito à autoridade. Cada pessoa tem seu próprio raciocínio e sua própria vontade. Cada um de nós tem sua própria visão da vida e das circunstâncias, tomando suas próprias decisões. Ver Juízes.21:25. Entretanto, quando vivemos em grupo, torna-se necessária uma direção comum. Se cada integrante agir de modo independente, o grupo deixará de existir. Havendo liderança, estarão presentes os conceitos de autoridade, submissão e consequente obediência. Os insuburdinados devem ser ajudados!

O único que possui autoridade suprema é Deus. No que diz respeito ao contexto humano, a autoridade é vista em áreas abstratas e concretas. A tentativa de concentrar autoridade absoluta nas mãos de um homem, só pode produzir equívocos, arbitrariedades e males abundantes. Por isso as instituições, incluindo a igreja, trabalham de forma representativa.

Jesus é o exemplo supremo de liderança. Primeiro Ele escolheu 12 discípulos e disse-lhes que deviam servir: “Jesus, pois, chamou os seus discípulos para junto de si e lhes disse: Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles. Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo; assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” Mt.20:25-28. 

A igreja Adventista não é diferente, temos a missão de servir a humanidade, mas isso não tira o poder da igreja, antes torna ainda maior exigente a necessidade de se obedecer as autoridades constituídas.
Os Adventistas do Sétimo Dia creem que uma assembleia da Associação Geral tem autoridade sobre as principais demandas administrativas, doutrinárias e missionárias da igreja. Esse entendimento está diretamente relacionado à expressão “voz de Deus”, termo usado por Ellen White para se referir à função que as periódicas reuniões mundiais da igreja desempenham.

Umas das declarações mais enfáticas dela a esse respeito é a seguinte: “Quando numa Assembleia Geral é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. […] Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Assembleia Geral, devam ter autoridade”Testemunhos Seletos, vol. 3, 408

“O povo perdeu a confiança naqueles que administram a obra. Contudo, ouvimos que a voz da Associação Geral é a voz de Deus. Cada vez que ouço isso, penso que é quase uma blasfêmia. A voz da Associação Geral deve ser a voz de Deus; mas não é, porque alguns ligados a ela não são homens de fé e oração, não possuem princípios elevados. Não buscam a Deus de todo o coração” Manuscrito 37, 1901, p. 8, abril de 1901, palestra da Ellen White na capela da editora Review and Herald acerca do trabalho no sul dos Estados Unidos. A forte advertência acima foi dirigida a alguns líderes da Associação Geral que, segundo ela, não buscavam “a Deus de todo o coração” e centralizavam em si mesmos o poder de decisões, especialmente no que diz respeito ao envio de recursos para regiões a serem alcançadas.

A despeito dos erros humanos estamos promovendo a unidade da igreja ou somos instrumentos nas mãos do diabo para separar e fundar ou apoiar e grupos dissidentes?

SEXTA-FEIRA ( 24 de agosto) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (3º trimestre de 2018) O CONCÍLIO DE JERUSALÉM - Não há dúvidas de que a igreja cristã Adventista do 7º Dia enfrenta tempos de controvérsia, mais do que as demais confissões religiosas, pois procuramos defender alguns pontos bíblicos não defendidos por outras igrejas. Sabemos que Satanás tem estado em guerra desde sempre contra o povo “que guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus Cristo.”

No passado foi assim, e sempre surgirão os opositores. Os rabis judeus redigiram as tradições e as colocaram diante do povo. Embora as tais 613 leis e outras, criadas por eles, tinham como base as Escrituras do Velho Testamento, eles acabavam por colocar as suas tradições acima da Bíblia.

Quais eram algumas tradições daquela época? Os saduceus:1) Eram extremamente auto-suficientes, ao ponto de negar o envolvimento de Deus na vida quotidiana. 2) Eles negaram qualquer ressurreição dos mortos. Ver Mateus 22:23; Marcos 12:18-27 e Atos 23:8. 3) Eles negaram qualquer vida depois da morte, defendendo a crença de que a alma perecia com a morte; eles acreditavam que não há qualquer penalidade ou recompensa depois da vida terrena. 4) Eles negaram a existência de um mundo espiritual, ou seja, anjos e demônios. Ver Atos 23:8.

Os fariseus. Estes defendiam a “tradição dos antigos”, considerando-a como o desenvolvimento da Torá escrita. Por exemplo: Lavar pratos, talheres e mãos antes de cada refeição, como parte da religião, era mais importante do que um homem ser curado no dia de sábado ou os pais idosos serem bem cuidados. Ver Marcos 7.

Hoje vemos, no mundo, o evolucionismo sendo colocado acima do criacionismo, vemos tendências cristãs em afirmar que o mundo não foi criado em sete dias literais e, sim em longos períodos. Esta é uma tentativa para destruir o mandamento do sábado. Vemos “judaizantes” tentando colocar normas acima de princípios e defender doutrinas e pontos de vistas pessoais contrários dos defendidos pela igreja Adventista do 7º Dia. Alguns consideram-se “iluminados”, negando a divindade de Cristo e a personalidade do Espírito Santo. A esses, precisamos combater, como Paulo fez, com amor, mas com também com muita energia.

“Em íntima relação com o assunto da circuncisão estavam vários outros que demandavam cuidadoso estudo. Um deles era quanto à atitude a ser tomada com respeito a carnes sacrificadas a ídolos. Muitos dos gentios convertidos estavam vivendo entre pessoas ignorantes e supersticiosas, que faziam frequentes sacrifícios e ofertas a ídolos. Os sacerdotes deste culto pagão mercadejavam extensamente com ofertas a eles trazidas; e os judeus temiam que os gentios conversos pudessem levar descrédito ao cristianismo por comprar aquilo que tinha sido sacrificado aos ídolos, sancionando assim, em certa medida, costumes idólatras. Além disto, os gentios estavam acostumados a comer a carne de animais estrangulados, ao passo que os judeus tinham sido divinamente instruídos de que, quando animais fossem mortos para alimento, se tomasse particular cuidado para que o sangue fosse derramado do corpo; a não ser assim a carne não poderia ser considerada saudável. Deus havia dado estas injunções aos judeus a fim de preservar-lhes a saúde, Os judeus consideravam pecaminoso usar sangue como artigo alimentar. Consideravam que o sangue era a vida, e que o derramamento do sangue era consequência do pecado. Os gentios, ao contrário, costumavam aparar o sangue derramado da vítima sacrifical e usá-lo na preparação de alimento. Os judeus não podiam crer que estivessem obrigados a mudar de costumes que haviam adotado sob a especial direção de Deus. Portanto, como as coisas então se apresentavam, se um judeu e um gentio se assentassem à mesma mesa para comer, o primeiro se consideraria ofendido e ultrajado pelo último. Os gentios, e especialmente os gregos, eram extremamente licenciosos, e havia o perigo de que alguns, não convertidos de coração, fizessem uma profissão de fé sem renunciar as suas más práticas, Os cristãos judeus não podiam tolerar a imoralidade, que nem mesmo era considerada crime pelos pagãos, Os judeus, portanto, consideravam como altamente próprio que a circuncisão e a observância da lei cerimonial fossem impostas aos conversos gentios como um teste de sua sinceridade e devoção. Isto criam eles, poderia impedir que se aliassem à igreja os que, adotando a fé sem verdadeira conversão de coração, pudessem mais tarde trazer opróbrio sobre a causa por imoralidade e excesso.” Atos dos Apóstolos, 19-21

Deus convida-nos a vivermos no concerto da Nova Aliança. Deus estabeleceu uma Nova Aliança em Cristo, pois na primeira os homens se apegaram muito mais aos rituais e aos símbolos do que ao significado dos mesmos. Passaram a viver uma religiosidade vazia e já no período do Antigo Testamento, o Senhor mostrava a Sua tristeza com relação a isso: “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer”. Isaías 1:13 e 14.

Estamos presos a Cristo, através da comunhão com Ele, ou em leis criadas pelos homens ou por nós mesmo?

Luís Carlos Fonseca

Sem comentários:

Enviar um comentário