quinta-feira, 13 de setembro de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (4º trimestre de 2018) CRIAÇÃO E QUEDA


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (4º trimestre de 2018) CRIAÇÃO E QUEDA

TEMA GERAL DO TRIMESTRE: UNIDADE EM CRISTO – As lições deste trimestre foram escritas por Denis Fortin que é professor de Teologia no Seminário Teológico Adventista do Sétimo dia na Universidade Andrews. Ele e a equipe de editores da Associação Geral elaboraram estas lições que promovem a unidade cristã. A união é força, mas a divisão produz fraqueza.

A preocupação expressa na última oração de nosso Salvador pelos discípulos, antes de Sua crucificação, foi que reinassem união e amor entre todos. Tendo ante Si a agonia da cruz, Seu pedido não foi por Si mesmo, mas por aqueles que Ele deixaria a continuar Sua obra na terra.
As provas mais severas os aguardavam; mas Jesus viu que seu perigo maior proviria de um espírito de amargura e divisão. Daí orar Ele: “Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste.” João 17:17-21. Amém?

Leia com atenção estes conselhos inspirados: “Quando se acham unidos os que creem na verdade presente, exercem poderosa influência. Satanás bem compreende isso. Nunca se achou mais determinado do que agora para tornar de nenhum efeito a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor.” Testemunhos para a Igreja vol 5, 236

“O mundo é contra nós, as igrejas populares são contra nós, as leis da Terra em breve serão contra nós. Se já houve tempo em que o povo de Deus devesse unir-se, é agora esse tempo. Deus nos confiou as verdades especiais para este tempo, a fim de as tornar conhecidas ao mundo. A última mensagem de misericórdia está sendo proclamada agora. Estamos lidando com homens e mulheres que rumam ao juízo. Quão cuidadosos devemos ser em cada palavra e ato para seguir de perto o Modelo, a fim de que nosso exemplo leve homens a Cristo. Com que cuidado devemos procurar apresentar a verdade de tal modo que os outros, contemplando-lhe a beleza e simplicidade, sejam levados a recebê-la. Se nosso caráter testifica de seu poder santificador, seremos uma contínua luz aos outros, epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos. Não podemos agora correr o risco de dar lugar a Satanás nutrindo desunião, discórdia e lutas.” Testemunhos para a Igreja vol 5, 236.

“Uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Quando os cristãos se desentendem, Satanás se insinua para tomar o controle. Quantas vezes teve ele êxito em destruir a paz e a harmonia nas igrejas! Que conflitos ferozes, que amargura, que ódio, se iniciaram por uma pequenina questão! Que esperanças se esfacelaram, quantas famílias foram divididas pela discórdia e contenda! Paulo insiste com seus irmãos para tomarem cuidado, a fim de que, procurando corrigir as faltas alheias, não cometessem eles mesmos pecados igualmente grandes. Adverte-os de que ódio, rivalidade, ira, lutas, sedições, heresias e invejas são tão verdadeiramente obras da carne, como o são a lascívia, o adultério, a bebedice e o homicídio, e, como aqueles, fecharão ao culpado a porta do Céu.” Testemunhos para a Igreja vol 5, 244

A oração de Jesus, de João 17, abrange todos os crentes, até ao fim do tempo. Cristo previa as provas e perigos de Seu povo. Deus não é indiferente às dissensões e divisões que perturbam e enfraquecem Sua igreja nos dias de hoje. Contempla-nos com mais profundo interesse e mais terna compaixão do que a do coração dos pais terrestres para com um filho transviado e aflito. Manda que aprendamos dele. Convida-nos a nele confiarmos. Ordena-nos que abramos o coração para acolher o Seu amor. Sejamos promotores da paz entre os irmãos e da unidade do corpo doutrinário da Bíblia! Amém? 

VERSO ÁUREO: “E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la.” Gênesis 15:6,7

TEMA DA LIÇÃO DESTA SEMANA: CRIAÇÃO E QUEDA. INTRODUÇÃO (sábado 29 de setembro) – O humanismo secular não consegue explicar tanto a grandeza quanto a tragédia da existência humana. Mas, a história bíblica da criação e sua consequente queda providencia a base para afirmar a dignidade e a depravação do homem. Nós existimos para Deus, e não Ele para nós. E ainda; diferente de todo o resto da criação, nós fomos criados à imagem de Deus para um relacionamento especial com Ele, naturalmente dotados de inteligência, retidão moral e perfeita santidade, segundo a Sua própria imagem, tendo a lei de Deus escrita em nossos corações, e o poder para cumpri-la. Para um planeta que estava sem forma e vazio, Deus passou os primeiros três dias formando o mundo para a ocupação e os três últimos enchendo-o, e no sábado descansou das obras que havia feito. O casamento também foi instituído na criação, assim com o sábado.

O universo foi criado antes de a terra ser habitada? Muitos argumentam que quando a terra foi criada, com condições de vida, é que todo o universo também foi criado, mas embora as Escrituras não digam isso explicitamente, temos boas razões bíblicas para acreditar que o universo já existia muito antes do início da vida na terra. Em primeiro lugar, em Jó 38:4-6, Deus afirma que houve seres vivos que rejubilaram quando Ele formou o mundo. Isso implica que seres já criados viviam no universo antes da criação da terra.

“A vinda de Cristo a este mundo foi um grande acontecimento, não somente para este planeta, mas para todos os outros mundos do Universo de Deus.” Meditação Matinal  de 1989, 300 - A Minha Consagração Hoje.

Perceba que certas condições para que houvesse vida aqui já foram providenciadas desde o princípio. A distância da terra, por exemplo, em relação ao sol foi assim providenciada. A velocidade da rotação da terra e a velocidade de seu curso em redor do Sol, tudo já estava previsto e adequadamente pronto. Deus organizou tudo e com os elementos que já havia providenciado, Ele criou todas as coisas. Um exemplo disso pode ser a separação da água e da terra que já existiam, mas estavam desordenadas. 
A verdade é que não sabemos, e isso não tem muita importância. Seja qual for o caso, o material da terra foi criado por Deus e, em seguida, no momento de Sua escolha, Ele criou um ambiente propício para a vida.

A organização das coisas no mundo, como foi no caso da terra, veio a partir da ação de um Ser infinitamente inteligente com uma inexplicável capacidade de planejar e de realizar o que planejou. Por mais que os evolucionistas forcem para dizerem que o universo evoluiu, fica difícil de acreditar nesta hipótese. Lembramos que a família e o sábado foram estabelecidos na criação. São para toda a humanidade e para sempre. O diabo tem tentado destruir estas duas importantes instituições da criação!

“Quando a Terra saiu das mãos de seu Criador, era extraordinariamente bela. Variada era a sua superfície, contendo montanhas, colinas e planícies, entrecortadas por majestosos rios e formosos lagos. As colinas e montanhas, entretanto, não eram abruptas nem escabrosas, tendo em grande quantidade tremendos despenhadeiros e medonhos abismos como acontece hoje. As arestas agudas e ásperas do pétreo arcabouço da Terra estavam sepultadas sob o solo fértil, que por toda parte produzia um pujante crescimento de vegetação. Não havia asquerosos pântanos nem áridos desertos. Graciosos arbustos e delicadas flores saudavam a vista para onde quer que esta se volvesse. As elevações estavam coroadas de árvores mais majestosas do que qualquer uma que hoje existe. O ar, incontaminado por miasmas perniciosos, era puro e saudável.” Patriarcas e Profetas, p. 44.

DOMINGO (30 de setembro) O AMOR COMO FUNDAMENTO DA UNIÃO – Na criação de Deus vemos claramente a diferença que Deus fez entre o ser humano e as outras coisas criadas e animais.  Cada palavra escrita na Bíblia foi divinamente escolhida para transmitir uma ideia, um ensinamento e uma lição essencial de vida. "E viu Deus que era bom", tem em si mensagens muito significantes para nós. Como sempre, a palavra de Deus abre um leque de boas possibilidades.

Muito embora a frase; "E viu Deus que era bom", seja mencionada no final do sexto dia da criação, ela não é afirmada em relação a criação do homem e da mulher. Alguns comentaristas explicam este ponto textual como a reflexão da responsabilidade do homem, como parceiro da sua própria criação. Diferente de todas as outras criaturas, o homem não pode ser considerado apenas "bom", simplesmente por ter sido criado por Deus.

Gênesis 1: 26 e 27 menciona: “Então Deus disse: “Façamos o ser humano à nossa imagem; ele será semelhante a nós. Dominará sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre todos os animais selvagens da terra e sobre os animais que rastejam pelo chão. Assim, Deus criou os seres humanos à sua própria imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou.” Essa é uma dádiva inigualável! Ser criado a imagem e semelhança do Deus Eterno, ter sido abençoado com o sopro da vida, que é o espírito.

Mas, o que podemos entender como imagem e semelhança de Deus?

Liberdade - Deus criou-nos livres. Dotados da capacidade de escolher, decidir, dominar, governar, e também de saber o que é certo ou errado. Uma criança já consegue saber o que é certo ou errado. E a liberdade só é liberdade diante da possibilidade de escolher. Deus nos fez com o livre arbítrio.

Racionalidade - Deus fez do homem um ser pensante. Nossa inteligência vem de Deus. Nada na criação se compara com a inteligência que Deus deu ao homem e mulher. Veja tudo que o homem foi capaz de criar! Carros, aviões, internet, computadores, celulares, tantas coisas! Muitos acreditam na evolução. Por que entre todas as espécies de seres vivos no planeta terra somente uma espécie alcançou esse nível? Não sou cientista, mas eu vejo tanta perfeição e precisão em toda a criação que não consigo acreditar que tudo isso veio de uma explosão e depois de um mar de bactérias.

Moralidade - Deus criou-nos com plena capacidade moral, justiça e inocência. Porém, após a queda, o homem foi corrompido pelo pecado, que é o assunto da lição de amanhã. Mas, isso não foi anulado no homem. Tanto que as sociedades têm leis que seguem esses aspectos morais colocados nos homens. E quando alguém comente um mal, mesmo não acreditando em Deus, sente culpa pelo seu erro. Por mais que diga ao contrário, no coração a pessoa sabe se está fazendo o certo ou o errado. Diferente dos animais que não conseguem ter esse discernimento.

Sociabilidade – Quando Deus criou o homem Ele disse: “Não é bom que o homem esteja sozinho. Farei alguém que o ajude e o complete”. Naquele momento Deus estabeleceu a vida social do homem. E o melhor, o completou, instituindo a família. Sim, o modelo perfeito e divino da família; homem e mulher, diferentes e únicos, mas que se completam e tornam-se um. “Por isso o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, e os dois se tornam um só”. Gênesis 2.24

A obra da criação é uma obra de amor. Deus realmente ficou feliz com o que havia criado. A Bíblia diz isso! “E viu Deus que tudo era muito bom.” Amém? Somos também convidados a amar a Deus e ao próximo: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” I João 4:7,8

Como pode ser medido o nível do nosso amor e respeito a Deus e ao próximo?

SEGUNDA-FEIRA (1º de outubro) AS CONSEQUÊNCIAIS DA QUEDA – No Jardim do Éden, nossos pais tinham perfeita comunhão com Deus. Porém, quando se rebelaram contra Ele, essa comunhão foi quebrada. Adão e Eva se tornaram conscientes do seu pecado e ficaram envergonhados. Eles tentaram se esconder, ver Gênesis 3:8-10, mas Deus foi atrás deles para propor um plano de resgate. E, Gên. 3:15, mostra a vinda de Cristo para morrer em lugar da humanidade e salvá-la. Neste texto está a primeira promessa do Messias. Ele viria para esmagar a serpente, Satanás, mas não antes de Satanás ter lhe ferido na cruz. Mesmo no meio do pecado e suas consequências terríveis, Deus mostrou-se como um Deus de graça, misericórdia e amor.

Desde então o homem se tem escondido de Deus. Será somente através de Cristo que a comunhão do Éden pode ser restaurada, porque em Jesus nos tornamos justos e sem pecado aos olhos de Deus, assim como Adão e Eva eram antes de pecar. Veja estes textos: "Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" II Coríntios 5:21.
Como consequência da queda, a morte tornou-se uma realidade, e toda a criação está sujeita a ela.  

Veja este texto: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” Romanos 8:22. Todos os homens, animais e vida vegetal morrem, esperando o momento em que Cristo voltará para libertá-los dos efeitos da morte. Por causa do pecado, a morte é uma realidade terrível, e ninguém está imune: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 6:23. Pior ainda, não só morremos, mas, se morrermos sem Cristo, experimentamos a morte e separação eterna de Cristo.

A queda produziu na humanidade um estado de depravação. Paulo falou daqueles “cujas consciências estão cauterizadas” ver I Timóteo 4:2, e aqueles cujas mentes estão espiritualmente escurecidas como resultado de rejeitar a verdade. Ver Romanos 1:21. Neste estado, e longe da graça divina, o homem é absolutamente incapaz de fazer ou escolher aquilo que é aceitável a Deus. Veja este texto: "Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser.” Romanos 8:7.

Sem a regeneração sobrenatural do Espírito Santo, todos os homens permaneceriam em seu estado caído. Ainda bem que a graça, misericórdia e bondade, através de Cristo, nos livra da penalidade do nosso pecado, reconciliando-nos com Deus e possibilitando a vida eterna com Ele. O que foi perdido no Éden foi recuperado na cruz para aqueles que aceitam a salvação.

A QUEDA: “As novas da queda do homem se espalharam através do Céu. Toda harpa emudeceu. Os anjos arremessaram de suas cabeças as suas coroas com tristeza. Todo o Céu estava em agitação. Um concílio foi convocado para decidir o que se deveria fazer com o par culpado. Os anjos temiam que eles estendessem a mão e comessem da árvore da vida, tornando-se pecadores imortais. Mas Deus disse que expulsaria os transgressores do jardim. Anjos foram imediatamente comissionados para guardar o caminho da árvore da vida. Tinha sido estudado plano de Satanás que Adão e Eva desobedecessem a Deus, recebessem Sua desaprovação e então partilhassem da árvore da vida, a fim de viverem eternamente em pecado e desobediência, ficando destarte o pecado imortalizado. Mas santos anjos foram enviados para expulsá-los do jardim, barrando-lhes o caminho da árvore da vida. Cada um desses poderosos anjos tinha em sua mão direita algo semelhante a uma flamejante espada. Então Satanás triunfou. Havia feito outros sofrerem por sua queda. Ele havia sido posto fora do Céu, e eles fora do Paraíso.” Primeiros Escritos 148, 149.

O RESGATE: “A ansiedade dos anjos parecia ser intensa enquanto Jesus Se comunicava com Seu Pai. Três vezes foi encerrado pela luz gloriosa que havia em redor do Pai; e na terceira vez Ele veio de Seu Pai, e podia-se ver a Sua pessoa. Seu semblante estava calmo, livre de toda a perplexidade e inquietação, e resplandecia de benevolência e amabilidade, tais como não podem exprimir as palavras. Fez então saber à hoste angélica que um meio de livramento fora estabelecido para o homem perdido. Dissera-lhes que estivera a pleitear com Seu Pai, e oferecera-Se para dar Sua vida como resgate, e tomar sobre Si a sentença de morte, a fim de que por meio dEle o homem pudesse encontrar perdão; que pelos méritos de Seu sangue, e obediência à lei divina, ele poderia ter o favor de Deus, e ser trazido para o belo jardim e comer do fruto da árvore da vida.” Primeiros Escritos, 149. Amém?

Como reagimos diante deste conflito cósmico a que estamos expostos?

TERÇA-FEIRA (2 de outubro) MAIS DESUNIÃO E SEPARAÇÃO – A lição de hoje narra a história pós-dilúvio quando os homens tentaram construir a torre de Babel, e houve a confusão das línguas e o povo se dispersou. Os homens que viveram logo depois de Noé temiam a possibilidade de um novo dilúvio. Por isso, resolveram construir uma torre muito alta onde pudessem se abrigar. Sabemos que esse temor não se justificava, pois Deus prometeu que não haveria outro dilúvio.
Na história da Torre de Babel podemos ver bons e maus exemplos relacionados às pessoas, famílias, empresas, instituições e até igrejas.

Veja os bons exemplos:  Havia a liderança de Ninrode. Ver Gên.10:8-10. Havia um propósito, que era construir uma cidade e uma torre. Gên. 11:4. Havia planejamento e organização. O plano dividia-se em tarefas que foram distribuídas. Ver Gên 11.3. Havia recursos humanos, materiais e criatividade. Ver Gên 11:3. Havia unidade, ver Gên 11:6; um só povo, uma só língua, um só projeto, o mesmo campo de trabalho. As palavras "um" e "uma" destacam-se no texto. Havia trabalho em execução, Gên. 11.5. Eram organizados e estavam decididos em colocar o plano em execução.

Veja os maus exemplos: O objetivo de fixação naquela região era contrário ao propósito de Deus de povoar a terra. Ver Gên.1:28. O plano foi feito sem consultar o Senhor. Era um projeto independente de Deus. Deus interferiu para destruir aquele trabalho, mas poupou aquelas pessoas. Deus ama o pecador, mas destrói suas obras más. Quem vive sem Deus está caminhando para o fracasso. Sem Deus, tudo o que fazemos se perderá. Precisamos conhecer a vontade de Deus e consultá-lo antes de executar os nossos planos. Amém?

“Para repovoar a Terra desolada, da qual tão recentemente havia o dilúvio varrido a corrupção moral, Deus tinha preservado apenas uma família, a casa de Noé, a quem Ele declarou: “ [...] te hei visto justo diante de Mim nesta geração”. Gênesis 7:1. Contudo, nos três filhos de Noé rapidamente se desenvolveu a mesma grande distinção que se via no mundo anterior ao dilúvio. Em Sem, Cão e Jafé, que seriam os fundadores do gênero humano, estava prefigurado o caráter de sua posteridade.” Patriarcas e Profetas, 75

“Durante algum tempo os descendentes de Noé continuaram a habitar entre as montanhas onde a arca repousara. Aumentando o seu número, a apostasia logo determinou a divisão. Aqueles que desejavam esquecer-se de seu Criador, e lançar de si as restrições de Sua lei, sentiam um incômodo constante pelo ensino e exemplos de seus companheiros tementes a Deus; e depois de algum tempo resolveram separar-se dos adoradores de Deus. Portanto viajaram para a planície de Sinear, nas margens do rio Eufrates. Eram atraídos pela beleza do local e fertilidade do solo; e nesta planície decidiram-se a fazer sua morada.” Patriarcas e Profetas, 76

“Os planos dos construtores de Babel terminaram com vergonha e derrota. O monumento ao seu orgulho tornou-se no memorial de sua loucura. Os homens, todavia, estão continuamente a prosseguir no mesmo caminho, confiando em si mesmos e rejeitando a lei de Deus. É o princípio que Satanás procurou pôr em prática no Céu; o mesmo que governou Caim ao apresentar ele a sua oferta.” Patriarcas e Profetas, 79

QUARTA-FEIRA (3 de outubro) ABRAÃO, O PAI DO POVO DE DEUS - Em torno de 1850 a.C apareceu Abraão, considerado o primeiro patriarca do povo hebreu e originador do povo judeu. A bíblia relata que Abraão vivia com sua família na cidade de Ur dos caldeus. E, certo dia, Deus disse-lhe: "Saia de sua terra, da sua parentela e da casa de seu pai e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei.'' Abraão partiu, levando sua esposa Sara, seu sobrinho Ló, todos os bens que havia adquirido, bem como animais e escravos.

Foram para a terra de Canaã. Chegando lá, Abraão ergueu um altar, em Betel, para agradecer a Deus e depois foi para Negueb. Houve fome naquela região. Então, foram para o Egito e depois retornaram.   O patriarca Abraão era muito rico, possuía muitos rebanhos, prata e ouro. Seu sobrinho Ló também possuía ovelhas, bois e tendas, de modo que não podiam viver juntos. A terra não era suficiente para todos. Logo se separaram. Ló escolheu a região onde estavam localizadas as cidades como Sodoma e Gomorra e Abraão ficou em Canaã.

Abraão e Sara, já eram idosos com idade avançada, mas Deus lhes prometeu que Ele seria pai de muitas nações: ''Erga os olhos ao céu e conte as estrelas, se puder. Assim será a sua descendência.” Como Sara não lhe dava filhos, deu-lhe a serva Agar: Sara disse: Abraão: ''Javé não me deixa ter filhos: una-se à minha escrava para ver se ela me dá filhos''. Abraão aceitou a proposta. Daquela relação nasceu Ismael. E, quando Abrão completou noventa e nove anos, Deus lhe apareceu e disse: ''Eu abençoarei a sua esposa Sara e ela vai lhe dar um filho, que se chamará Isaque. Dela nascerão nações e reis de povos. E Isaque nasceu conforme a promessa de Deus. Por ter confiado no senhor, Abraão é considerado o pai da fé. 

A partir dele também se desenvolveram as três das maiores religiões monoteístas, crença em um único Deus: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo:

Judaísmo: O Judaísmo é a religião dos hebreus ou judeus; palavra que deriva de Judéia, nome de uma região da terra de Canaã, hoje chamada Palestina, que são descendentes do povo hebreu, de Isaque, filho legítimo de Abraão com sua esposa Sara. A história do povo hebreu está na Bíblia: De Isaque nasceu Jacó e este seria pai dos 12 filhos, que deu origem às 12 tribos. Um dos filhos de Jacó, chamado José, tornou-se governador do Egito e por volta de 1700 a.C., o povo judeu emigrou para este país em razão da fome, onde foi escravizado por aproximadamente 400 anos. Então surgiu o  profeta Moisés, que  libertou o povo, para retornar para Canaã. Durante a viagem à terra prometida, Moisés recebeu os 10 mandamentos. Mais tarde, outros profetas anunciaram a vinda de um Messias, o Salvador. No entanto, os judeus não acreditaram que este era Jesus. Eles seguem a Torá, o Pentateuco ou os cinco primeiro livros da Bíblia e os profetas,  livros que estão no antigo testamento e mais as suas tradições.

Cristianismo: O Cristianismo é a religião dos cristãos, aqueles que acreditam que Jesus seja o Messias profetizado na Bíblia. A vida e os ensinamentos do divino mestre estão nos 4 Evangelhos, no Novo Testamento. Jesus nasceu em Belém, na Palestina. É descendente de Isaque, filho de Abraão, mas hoje o cristianismo está dividido em mais de 35 mil religiões. 
 
Islamismo: O Islamismo teve origem na Arábia e é a religião dos mulçumanos. Eles seguem o livro Alcorão, livro sagrado deles, que reúne as revelações do profeta Maomé. Maomé é descendente de Ismael, filho de Abraão. Segundo o espírito emmanuel, sua missão era reunir todas as tribos árabes sob a luz dos ensinos cristãos. No entanto, devido a sua fraqueza moral, ele não conseguiu cumpri-la.  As obrigações religiosas dos muçulmanos são consideradas "os cinco pilares": o credo: "Não há outro Deus senão Alá, e Maomé é seu profeta."; a oração, repetida cinco vezes ao dia ; a caridade, que é uma taxa ou um imposto  sobre a riqueza e a propriedade; o jejum, de certos alimentos, e a peregrinação à Meca, onde está localizada a mesquita mais importante dos mulçumanos.

Abraão tinha obedecido a Deus muitas vezes, em sua caminhada com Ele, mas nenhum teste foi mais severo do que o de Gênesis 22. Deus ordenou: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” Gênesis 22:2. Esse foi um pedido impressionante porque Isaque era o seu filho da promessa.

Como Abraão respondeu? Com obediência imediata; na manhã seguinte, Abraão começou a sua jornada com dois servos, um jumento, seu filho Isaque e com a lenha para o holocausto. Sua obediência inquestionável ao comando aparentemente confuso de Deus deu a Deus a glória que Ele merece e nos deixou um exemplo de como devemos glorificá-lo. 

Quando obedecemos, da mesma forma que Abraão, confiando que o plano de Deus é o melhor possível, nós elevamos Seus atributos e O louvamos por eles. A obediência de Abraão à face de um comando tão difícil exaltou o amor soberano de Deus, Sua bondade, o fato de que Ele é digno de confiança, e nos deixou um exemplo a seguir. Sua fé no Deus que ele passou a conhecer e amar colocou Abraão na lista de heróis da fé em Hebreus 11.

QUINTA-FEIRA (4 de outubro) O POVO ESCOLHIDO DE DEUS – Ao chamar Abraão e Sara para serem servos Deus, o criador usou a fé de Abraão como um exemplo de que fé é o único caminho a Deus. Gênesis 15:6 diz: “creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça”. Essa verdade é a base da fé Cristã, como confirmado por Romanos 4:3 e Tiago 2:23. A justiça que foi creditada a Abraão é a mesma justiça a nós creditada quando recebemos pela fé o sacrifício que Deus providenciou pelos nossos pecados através de Jesus Cristo: “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” II Coríntios 5:21.

A história do Velho Testamento sobre Abraão é a base do ensino do Novo Testamento sobre a expiação, a oferta do sacrifício do Senhor Jesus na cruz pelo pecado da humanidade. Jesus disse, muitos séculos depois: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se” João 8:56. Segue uma relação entre Isaque e Cristo: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque” Gênesis 22:2 ; “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...” João 3:16.

Porque Deus chamou Israel para ser Seu povo? Veja este texto: “Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra. O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos; mas, porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos. E retribui no rosto qualquer dos que o odeiam, fazendo-o perecer; não será tardio ao que o odeia; em seu rosto lho pagará. Guarda, pois, os mandamentos e os estatutos e os juízos que hoje te mando cumprir.” Deuteronômio 7:6-11.

O povo de Israel foi chamado por Deus para ser Seu povo, porque guardava os Seus mandamentos. Deus escolheu a nação de Israel para ser o povo porque Jesus Cristo iria nascer; o Salvador do pecado e da morte. Ver João 3:16. Deus prometeu o Messias pela primeira vez após a queda de Adão e Eva no pecado, ver Gênesis capítulo 3. Deus, mais tarde confirmou que o Messias viria da linhagem de Abraão, Isaque e Jacó, Gênesis 12:1-3. Jesus Cristo é a razão final pela qual Deus escolheu Israel para ser o Seu povo escolhido. Deus não precisava ter um “povo escolhido”, mas decidiu fazer as coisas dessa forma. Jesus tinha que vir de alguma nação, e Deus escolheu Israel.

No entanto, a razão pela qual Deus escolheu a nação de Israel não foi unicamente para o propósito da vinda do Messias. O desejo de Deus para com Israel era o de que eles ensinassem aos outros sobre Ele. Israel deveria ser uma nação de sacerdotes, profetas e missionários para o mundo. A outra razão era porque o povo de Israel já tinha aprendido obedecer os mandamentos do Senhor. Israel falhou e hoje somos nós o Israel espiritual de Deus:  “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” I Pedro 2:9,10

Temos sido fiéis?

SEXTA-FEIRA (5 de outubro) LEITURA COMPLEMENTAR E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (4º trimestre de 2018) CRIAÇÃO E QUEDA – A Bíblia está repleta de argumentos indiscutíveis sobre a criação vinda das mãos de Deus, nosso Pai. Em Gênesis, Moisés descreve a criação com detalhes suficientes para entender de que tudo o que existe em nosso universo é obra de Deus. Nos Salmos são encontradas inúmeras composições exaltando a Deus como o Criador, por exemplo: “Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados. E os confirmou eternamente para sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassará.” Salmos 148:4-6

Os profetas, também, com frequência proclamam que todo o universo é obra de Deus: Veja este texto “Ele, que fez a terra com seu poder, que com sua sabedoria firmou o mundo, que, com sua inteligência, estendeu os céus.” Jeremias 51:15.

João, de todos os escritores, é o profeta que fala da criação de forma mais evidente: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” João 1:1-3. Ele também menciona no Apocalipse sobre o tema.

Paulo também enfatiza, de forma maravilhosa, a obra criadora de Deus. Em Atenas, certa vez, pregando para um auditório incrédulo ele disse: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação.” Atos 17:24-26

Na criação foram instituídos o sábado e a família. Quando Deus instituiu o Sábado? “E havendo Deus acabado no dia sétimo a Sua obra, que tinha feito, desancou no sétimo dia de toda a obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou...” Génesis 2: 2 e 3. O sábado foi dado ao homem na criação mais de dois mil anos antes do povo Judeu surgir. Logo o sábado foi dado para todos. Ver S. Marcos 2.27.

“O homem não foi feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser amado."

"O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma "adjutora"; ajudadora esta que lhe correspondesse, a qual estava em condições de ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como seu igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deve existir nesta relação. "Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta." Efés. 5:29. "Portanto deixará o varão a seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." Gên. 2:24.

"Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. "Venerado... seja o matrimônio" (Heb. 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo de além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral.” Patriarcas e Profetas, pág. 46.

Luís Fonseca

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