quarta-feira, 26 de setembro de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (4º trimestre de 2018) “PARA QUE TODOS SEJAM UM”


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (4º trimestre de 2018) “PARA QUE TODOS SEJAM UM”

VERSO ÁUREO: "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:20 e 21

INTRODUÇÃO (sábado 13 de outubro) - Decidir permanecer firmes nas doutrinas do Senhor Jesus, tolerando as diferenças culturais dos irmãos crentes e ajudando-os a vencer as suas fraquezas pessoais e espirituais; eis um desafio para todos nós! A unidade na igreja cristã é uma necessidade não só para o bem da organização da igreja, mas também para a teologia bíblica ser seguida e respeitada por todos. O próprio Jesus quando olhou para o futuro da Sua igreja, desejou que “todos fossem um”. Ver João 17:21.
Para um grupo de crentes que dizem seguir Jesus, estar desunido por alguma coisa, isso parece muito mal. A igreja Adventista do 7º Dia, em vários momentos, teve e tem que tratar com dissidentes que resolvem deixar as doutrinas defendidas pela igreja e passam a defender doutrinas pessoais ou diferentes da igreja. Sempre digo que a igreja tem o direito de defender as suas doutrinas, e quem discorde tem o dever de calar-se, dentro dos limites da igreja, e de respeitar a igreja em sua maneira de agir e pensar em outros lugares, para além da igreja. Tenho visto uma verdadeira guerra em redes sociais. Isso é muito feio. Discordar e resolver, em unidade e amor isso é de Deus, mas acusar e rebelar-se é espírito de Satanás. Difamar pessoas ou a igreja vem do diabo.

Como foi possível a Bíblia manter a sua unidade, mesmo sendo escrita por vários autores em épocas diferentes? Foi por causa da unidade do Espírito Santo, como diz o verso áureo. A unidade da Bíblia deve-se ao fato de que, essencialmente, ela tem um autor: Deus. A Bíblia é “inspirada por Deus”, ver II Timóteo 3:16. Os autores humanos escreveram exatamente o que Deus queria que escrevessem, e o resultado foi a perfeita e santa Palavra de Deus. Ver Salmo 12:6 e II Pedro 1:21. Que linda lição de obediência! A unidade só foi possível pela ação do Espírito e pela obediência. Amém?

Conflitos, divisões e confrontos não criam ambiente para o desenvolvimento de um reavivamento. Quando aconteceu o pentecostes as pessoas estavam reunidas em um mesmo lugar e tinham um mesmo propósito: Deixaram Deus agir em suas vidas. Veja estes textos: “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar.” Atos 2:1

“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos 2:44-47

Eis a nossa maior necessidade: “Uma alma unida a Cristo, comendo Sua carne e bebendo o Seu sangue, aceitando cada palavra que sai da boca de Deus e por ela vivendo, há-de lutar contra toda a transgressão e toda a aproximação do pecado. Torna-se dia a dia mais vitoriosa, mais semelhante a uma clara luz. Avançará de força em força, não de fraqueza em fraqueza.” Testemunhos para Ministros, 441.

“Se o mundo vê harmonia perfeita na igreja de Deus, isto será poderosa demonstração aos seus olhos em favor da religião cristã. Dissensões, lamentáveis diferenças e insignificantes provações na igreja desonram nosso Redentor. Tudo isso se pode evitar mediante a entrega do próprio eu ao Senhor, e se os seguidores de Cristo obedecerem à voz da igreja. A incredulidade sugere que a independência individual nos aumenta a importância, que é fraqueza subordinar nossas idéias do que é direito e conveniente ao veredicto da igreja; ceder a esses sentimentos e pontos de vista, porém, não é seguro, levando-nos à anarquia e confusão. Cristo viu que a unidade e a comunhão cristã eram necessárias à causa de Deus, e portanto a recomendou aos discípulos. E a história do cristianismo de então para cá demonstra de modo conclusivo que unicamente na união está a força. Subordine-se o juízo individual à autoridade da igreja.” Testemunhos para a Igreja, vol 4, 19.

“É importante notar que só depois de haverem os discípulos entrado em união perfeita, quando não mais contendiam pelas posições mais elevadas, foi o Espírito derramado. Estavam unânimes. Todas as divergências haviam sido postas de lado. E o testemunho dado a seu respeito depois de derramado o Espírito, é o mesmo. Note a expressão: “Era um o coração e a alma da multidão dos que criam”.” Atos 4:32. O Espírito dAquele que morreu para que os pecadores vivessem, dirigia a inteira congregação de crentes. Os discípulos não pediram uma bênção para si. Arcavam sob o peso da preocupação pelos perdidos. O evangelho devia ser levado aos confins da Terra, e reclamaram a dotação de poder que Cristo prometera. Foi então derramado o Espírito Santo e milhares se converteram num dia.” Conselhos para a Igreja, 99.

DOMINGO (14 de outubro) JESUS ORA POR SI MESMO - Em João 17 encontramos a oração de intercessão que Jesus fez para todos nós. De início teve o cumprimento no Pentecostes, e agora necessita cumprir-se em Sua igreja, comigo! Foi a última oração de Jesus antes de ir para o Getsémani e à cruz. Os discípulos estavam no cenáculo, na última ceia. Ele lhes havia dado vários conselhos, que passariam por aflições, mas que Ele estaria com eles. Até ali ainda formavam um grupo discordante, com intenções diferentes, um querendo ser maior que o outro.

O mundo na época de Cristo, e no início do cristianismo, estava dividido por casta, estatuto social e género. Era uma sociedade em constante agitação social. A liberdade e dignidade das pessoas eram tolhidas, pois Roma reinava com braço de ferro. O Cristianismo surgiu e criou uma espécie de revolução social; e manter a unidade, naquele contexto, era algo quase impossível. As pessoas que convertiam-se ao cristianismo, vindas do judaísmo e religiões pagãs levavam consigo alguns costumes da sua religião e cultura, e era difícil as coisas correrem tão bem. Por isso houve a necessidade de ajustes espirituais. Mas como bebiam do mesmo Espírito, eles se entenderam.

A oração de Cristo está dividida em três partes: 1) Jesus ora por Si mesmo, 2) Pelos discípulos e 3) pelos que ainda viriam a crer, ou por nós. Hoje vamos estudar a oração de Cristo por Ele mesmo.  

Eis a oração por Si mesmo: Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti; assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” João 17:1-5.

Jesus mostrou que para sermos unidos com os outros, primeiro devemos estar unidos com Ele, assim como Ele está em íntima unidade com o Pai. Temos um alto e santo chamado para sermos um, como o Pai e o Filho são um. Se quisermos atingir esse objetivo, devemos seguir o Filho no caminho estreito que conduzirá à vida eterna. Jesus disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” João 6:38.

“Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;.” Hebreus 5:8-9.

Aqui podemos perceber a maneira como o Pai e o Filho tornaram-Se um. Jesus nasceu na humanidade; Ele tornou-Se o Filho do Homem. I Timóteo 2:5. Ele aprendeu a obediência como o Filho do Homem. Não foi fácil para Ele seguir esse caminho, mas Ele aprendeu através dos sofrimentos, e em Isaías 53 lemos sobre alguns dos sofrimentos pelos quais Ele aprendeu a obediência: “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.” Isaías 53:10. Jesus orou: “Não seja feita a minha vontade, mas a tua!” Lucas 22:42.

“A condição para a vida eterna ainda é a mesma que sempre foi: perfeita obediência à lei de Deus, perfeita justiça, exatamente como era no Paraíso, antes da queda de nossos primeiros pais. Se a vida eterna nos fosse concedida sob qualquer condição inferior a essa, a felicidade de todo o Universo estaria correndo perigo. Estaria aberto o caminho para que o pecado com toda a sua miséria se perpetuasse.” Caminho a Cristo, 39

“Quando o povo de Deus crer plenamente na oração de Cristo, quando praticar na vida diária as instruções nela contidas, a unidade de ação será um fato em nossas fileiras. Irmão estará ligado a irmão, pelos laços áureos do amor de Cristo. O Espírito de Deus, unicamente, é que pode efetuar essa unidade. Aquele que santificou a Si mesmo, pode santificar também a Seus discípulos. Unidos a Ele, estaremos também unidos entre nós, na mais santa fé. Quando buscarmos essa unidade com o empenho que Deus deseja, iremos alcançá-la.” Test. Igreja, vol 8, 243

“Quanto mais perto você estiver de Jesus, mas cheio de faltas se sentirá a seus próprios olhos, pois sua visão ficará mais clara, e suas imperfeições serão vistas em amplo e distinto contraste com a natureza perfeita de Cristo. Isso é prova de que os enganos de Satanás perderam seu poder, e que a influência vivificante do Espírito de Deus está lhe despertando. Quem não reconhece a própria pecaminosidade não consegue desenvolver um amor mais profundo por Jesus. A pessoa que é transformada pela graça de Cristo passará a admirar Seu caráter divino; mas o fato de não enxergar a própria deformidade moral é uma inequívoca evidência de que não tivemos uma visão da beleza e da excelência de Cristo.” Caminho a Cristo, 41

SEGUNDA-FEIRA (15 de outubro) JESUS ORA PELOS SEUS DISCÍPULOS – A lição de hoje mostra a segunda parte da oração de Cristo em João 17: 6-19. O que Jesus esperava dos Seus discípulos? 

Eis o Texto: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.” João 17:9-19.

Encontramos nesta oração 5 motivos porque Jesus orou por Seus discípulos e por nós também:

1) ”Guarda para que sejam um” – Diante desta declaração de Cristo temos as mesmas possibilidades que Jesus tinha, se também estamos dispostos a ser um sacrifício. Jesus tornou-Se o autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem. Ver Hebreus 5: 9. Desta forma, nos tornamos um, como o Pai e o Filho são um. Isto é tão importante que Paulo diz que por esta razão ele recebeu graça e apostolado para trabalhar a obediência à fé entre todas as nações. Ver Romanos 1: 5. Entretanto, é impossível aprender obediência sem estar disposto a ser ferido como Cristo o foi. É perfeitamente possível desenvolvermos esta unidade, pois Jesus mesmo o disse.

Bem-aventurados aqueles que receberam o conhecimento de como existe a unidade entre o Filho e o Pai, que desejam seguir o Filho no novo e vivo caminho. A oração de Jesus está sendo cumprida em suas vidas e eles experimentam uma ininterrupta glória entre si. Eles andam na luz como Ele está na luz, e o sangue de Jesus purifica-os de todo pecado. Eles têm comunhão uns com os outros. Ver I João 1: 7. Amém?

2) “Para que tenham a minha alegria neles mesmo” - A obra de Jesus pelos homens foi realizada na cruz. Esta é a sua alegria; e agora o que falta é somente que esta obra tenha resultado sobre os discípulos; que sejam guardados, protegidos, santificados e unidos pelo laço do amor. O amor é longânimo; regozija-se na verdade e suporta todas as coisas; e o crente que ama acredita em todas as coisas, espera todas as coisas e suporta todas as coisas. Veja Colossenses 3: 12-14.

3) “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” - Jesus começa orando por Seus discípulos que estavam consigo, estavam apenas 11 de Seus discípulos, pois Judas, quem iria trai-lo, já havia saído para o entregar, enquanto clamava estava pedindo que Deus os guardasse, não tirando eles do mundo, mas sim o mundo deles e livrando de todo o mal e pecados. Ver João  17:15. Jesus estava orando ao Pai e fazendo uma função de Advogado quando rogou por aqueles que desejava que não houvesse fracasso nenhum entre eles, é comum vermos Jesus nos defendendo diante do Pai, o apóstolo João diz em uma de suas epístolas: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.” I João 2:1. Outro ponto a considerar nesta parte da oração de Cristo é que estamos no mundo, mas já pertencemos ao mundo celestial.

4) “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” - O fato de que o verbo seja um imperativo aoristo indica claramente que a santificação dos discípulos seria uma experiência de crise. Significa um processo diário que leva à um ato definitivo de santificação. Qual é a natureza da santificação que Jesus pede ao Pai para os discípulos? O processo em direção ao Céu em que seguem os filhos de Deus, após a justificação, chama-se santificação. Os que trilham por esse caminho são chamados de santos. Na santificação, aceitamos a Cristo como Senhor. E como Senhor, Ele dirige nossa vida. Ele passa a conduzir nossos pensamentos, emoções, sentimentos e ações. Como Senhor, santifica nosso viver diário. Ler I Ped. 1:15; 3:15. A santificação é um ensinamento da Palavra de Deus. Ver Heb. 12:14. E somos aconselhados a buscar a paz e a santificação. Sem alcançarmos a santificação, não veremos o Senhor. A ênfase da Bíblia é que sejamos santificados em tudo; I Tess. 5:23. Para viver vida vitoriosa e santa, temos de manter comunhão com Cristo, cada dia.

5) “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” – O discípulo tem uma missão, que é a de espalhar o amor de Deus ao mundo. Assim como Jesus foi enviado ao mundo para redimir a raça humana, somos chamados para a missão de levar a salvação de Deus, através do Evangelho, ao mundo.

TERÇA-FEIRA (16 de outubro) “POR AQUELES QUE HÃO DE CRER EM MIM” - Jesus orou por todos aqueles que ainda iriam crer no Seu nome. Jesus disse: “Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim. ” João 17:20. Essas palavras que Jesus disse abrem a oportunidade para a humanidade ser salva por Ele. Ele disse sobre você: “Pai, por este também eu oro!”. Que coisa linda! Amém?

Muitos antes de nós existirmos Ele nos amou, o mesmo João escreveu em uma de suas epístolas: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro” I João 4:19. Se estamos aqui hoje foi porque um Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque orou por cada um de nós. Jesus roga por nós: a própria palavra rogar explica muito. Rogar: “pedir com insistência e humildade; suplicar, implorar, instar.”. Nesse momento Ele está pedindo com insistência diante de Deus, pedindo com fervor em nosso favor. Ele é o nosso intercessor.

Da mesma maneira que rogou em Sua oração, também o fez quando estava diante do Pai, pedindo para que enviasse o Espírito Santo. E, se hoje claramente vemos que Jesus não negou sua palavras, muito pelo contrário o Espírito Santo é sentido por todos aqueles que tem comunhão em Seu nome. Podemos saber que se não falhou em pedir o Espírito, também não falhou em rogar nessa oração que fez. Jesus não estava preocupado com que tipo de pessoas seríamos, se rico ou pobre, alto ou baixo ou bonito e feio. A única coisa que Ele olhava nesse momento era para cada um de nós para que nenhuma alma se perca, mas que venham ao pleno conhecimento da verdade.” II Pedro 3:9. Jesus orou “Pela sua palavra, hão de crer em mim.

Pode haver um presente melhor para uma mãe do que a salvação de seus filhos? A oração de Cristo por nós pode ser exemplificada por pais que oram por seus filhos. Muitos homens famosos foram influenciados por suas mães. A mãe de George Washington era uma mulher cristã piedosa, com profundo senso espiritual. Seu filho foi o primeiro e um dos melhores presidentes dos EUA. Por outro lado a mãe de Nero, era gananciosa, sensual e assassina, acabou sendo morta pelo próprio filho.  Sem dúvida alguma a mãe pode influenciar seu filho tanto para o bem quanto para o mal.

Suzana Wesley tinha 19 filhos e nunca abriu mão de orar uma hora por eles. Esse tempo era sagrado e seus filhos não ousavam interrompê-la, porque sabiam que ela estava no quarto derramando sua alma diante de Deus em favor de cada um deles. Essa mulher temente a Deus levou ao mundo um dos maiores pregadores do século XVIII, John Wesley, e um dos mais consagrados músicos evangélicos, Carlos Wesley. Amém?

Jesus orou por você para que tivesse unidade com outros cristãos de diferentes nações, culturas, tempos e lugares. Ele orou também por você para que que tivesse unidade com Ele, com o Pai e com o Espírito Santo, a fim de que sua vida convencesse outros de quem Ele é. Jesus declarou Seu amor por você e prometeu partilhar Sua glória conosco. Ele orou por sua salvação, afim de que pudesse estar com Ele para sempre, e prometeu continuar a revelar-Se a nós para que experimentássemos cada vez mais o Seu amor.

Enquanto orava, Jesus pensava em você. Ele vive hoje e todos os dias para “interceder” por você: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Hebreus 7:25. O desejo de Cristo é que você se torne um com Ele e com outros cristãos, para que aqueles que o virem creiam nEle. Ore para que sempre seja um com Ele e um com outros irmãos. Agradeça a Jesus porque mesmo naquele tempo Ele já orava por você. Amém?

QUARTA-FEIRA (17 de outubro) UNIDADE ENTRE CRISTÃOS – Um bom número de crentes chegam ao seu limite muito rapidamente, quando se trata de carregar seus semelhantes difíceis e desagradáveis. Em vez de serem humildes e terem o senso de missão, como Cristo teve, eles se tornam duros e defendem seu “eu e o meu”. Em vez de auxiliar e perdoar como Jesus nos perdoou, eles acabam sendo maus, falando mal de seu irmão.

Você pode nutrir antipatia por outra pessoa de quem você não gosta, mas você ainda é educado e sorri, embora mantenha distância. Você não quer cultivar comunhão espiritual com ele. O seu grande “eu” não pode suportar o “eu” da outra pessoa. Você não quer renunciar o seu “eu”para que possa entrar em posse do amor que sustenta todas as coisas e espera todas as coisas. Claro que você não quer discutir com a outra pessoa, então você mantém uma distância educada. Isto não é ser um como o Pai e o Filho são um!

A unidade entre os irmãos da mesma fé não é uma harmonia conseguida por meio da engenharia social, administração diplomática ou estratégia política. É um dom, quando Cristo habita no coração. A unidade da igreja envolve união de sentimentos, pensamentos e ação de todos; isso é um milagre em meio a tantas personalidades diferentes, é por isso que Jesus orou. A unidade da igreja começa com cada um de nós, individualmente, não apenas carregando o adjetivo “cristão”, mas em uma vida de verdadeira abnegação, dedicada a uma causa e a um bem maior que nós mesmos.

A unidade entre os cristãos é a mais forte evidência de que Deus enviou Cristo ao mundo. A unidade da igreja impacta a sociedade, sendo ela um grupo de pessoas unidas, dedicadas a cuidar uma das outras, partilhando juntas as boas novas durante a caminhada rumo ao Céu. A unidade da igreja será possível se todo membro tomar diariamente sua cruz, morrer diariamente para o eu e buscar diariamente não apenas o seu próprio bem mas o bem dos outros. Isso sim vai atrair o mundo!

Como sabemos se uma igreja é unida? Quando todos os seus membros vêm ao culto? Quando todos eles tomam a Santa-Ceia? Quando todos dão o dízimo? Quando todos oram? Ou é quando no momento de maiores dificuldades seja financeira; disciplinar ou mesmo pastoral, que ela se mantém unida? Uma igreja unida só consegue se manter assim, se aquilo que a faz unida continua a ser o centro dessa comunidade. Se o reino de Deus, o evangelho de Cristo, e a comunhão do Espírito não estão mais no foco central desta igreja, então a unidade não poderá se estabelecer.

Quem é o verdadeiro seguidor de Jesus e como podemos vencer o preconceito relacionado com pessoas de outras religiões? “E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós, é por nós. Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão.” Marcos 9:38-41

“Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.” João 10:16

“Talvez se pergunte: Não devemos ter ligação alguma com o mundo? A palavra do Senhor tem de ser nosso guia. Qualquer ligação com os infiéis e incrédulos, que nos viesse identificar com eles, é proibida pela Palavra. Temos de sair do meio deles, e ser separados. Em caso algum devemos unir-nos a eles em seus planos de trabalho. Mas não devemos viver isoladamente. Cumpre-nos fazer aos mundanos todo o bem que nos seja possível. Cristo nos deu um exemplo disto. Quando convidado a comer com publicanos e pecadores, não Se recusava; pois de nenhum outro modo, senão misturando-Se com eles, poderia chegar a essa classe. Mas, em toda ocasião [...] puxava temas de conversação que lhes apresentavam ao espírito os interesses eternos. E Ele nos ordena: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos Céus”. Mateus 5:16. — Obreiros Evangélicos, 394. A associação com os descrentes não nos causará dano se nos relacionarmos com eles no intuito de uni-los a Deus, e formos suficientemente fortes para evitar sua influência.” Conselhos para a Igreja, 320

QUINTA-FEIRA (18 de outubro) UMA FÉ PARTILHADA EM AMOREstes são os textos base para o estudo de hoje: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3

“E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.” I João 2:3-6.

Que novo mandamento Jesus deu aos seus discípulos? “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” João 13:34,35.

Jesus nos amou tanto que Ele deu a Sua vida por nós. É este tipo de amor que Ele também nos manda amar uns aos outros. “Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós.” Ele caracterizou o amor pelos outros como um mandamento, como algo que deveria necessariamente ser feito.

I Pedro 1:22 também nos diz: "Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coraçäo puro." I Pedro 4:8 menciona: "Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros.” Devemos amar uns aos outros de maneira tão ardente quanto Jesus nos amou.

A maior demonstração de amor que o crente pode revelar é falar do amor de Deus para as pessoas. O próprio Jesus deixou-nos o maior exemplo de serviço voluntário. Ele disse dele mesmo: “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” Mateus 20:28.

Deus chamou todos os crentes para o serviço em Sua obra. No entanto, muitas vezes a nossa falta de conhecimento e limitação pessoal faz que nos sintamos impossibilitados de nos envolvermos na obra do Senhor. Deus quer nos usar e precisamos estar disponíveis para que Ele nos use! Deus chama pastores e obreiros bíblicos, mas chama também os irmãos leigos e voluntários para estarmos unidos na Missão de socorrer as pessoas em suas necessidades físicas e espirituais.

Devemos servir por amor. Quando sentimos o amor de Deus em relação a nós, a nossa resposta natural é: "Senhor, queremos Te servir". Esta resposta acontece quando uma pessoa recebe amor incondicional, e o seu desejo é retribuir para quem lhe mostrou este amor. Existe uma frase que expressa esta atitude da seguinte maneira: "É possível oferecer sem amar, mas é impossível amar sem oferecer". Por isso Deus Disse em II Coríntios 5:14: "O amor de Cristo nos constrange. Uma pessoa que ama Jesus, revela amor às pessoas.

Devemos servir por missão. Temos uma grande responsabilidade em nossas mãos. Deus nos chama para sermos restauradores de brechas. Ver Isaías 58:6-12. Este é o nosso principal desafio! Em II Crônicas 29:11 encontramos este texto: “Agora, filhos meus, não sejais negligentes; pois o Senhor vos tem escolhido para estardes diante dele para o servirdes, e para serdes seus ministros..” Portanto, o nosso compromisso e  responsabilidade deve ser alcançar aqueles que não conhecem a Jesus.

James Hannington, nascido em 1847 foi missionário em Uganda onde morreu como mártir em favor do evangelho de Cristo. Ele dedicou a sua fortuna na pregação da Palavra. David Livingstone também ofereceu a sua vida em favor do evangelho de Cristo no interior do Continente Africano. Muitos outros fizeram a mesma coisa, viveram em função da Missão de Cristo; atendendo ao chamado para servir. John Wesley disse assim: “Faça todo o bem que puder, com todos os meios que tiver, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares onde estiver, para todas as pessoas que precisar, enquanto puder”.

O cristão verdadeiro não é apenas aquele que tem a verdade, mas é aquele que a ama e proclama com a vida e com os lábios. Portanto, de uma forma ou de outra, todos devem se envolver com a pregação do evangelho de Jesus Cristo de forma direta e indireta com a pregação, distribuição de materiais, livros, dvds, sites de evangelismo, estudos bíblicos, levantamento de interessados, produção de conteúdo cristão. Mas todos podem ser cristão no lar, no trabalho, na sociedade desenvolvendo os frutos do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5:22. Amém?

SEXTA-FEIRA (19 de outubro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (4º trimestre de 2018) “PARA QUE TODOS SEJAM UM” - Unidade significa ação coletiva, que tende a um único objetivo, coesão, integração, união. Na unidade não significa que todos se tornem iguais, que as diferenças desapareçam, mas significa que cada um abre mão do seu “pensamento próprio” para caminhar junto numa mesma visão, num mesmo propósito com os demais, para o cumprimento de metas estabelecidas pela liderança ou coletivamente, no caso; obedecer a palavra de Deus como guia de salvação.

A oração Sacerdotal de Jesus é uma lembrança para nós de que Ele está preocupado conosco. Assim também precisamos orar em favor das pessoas para que conheçam e aceitem Jesus como Salvador pessoal. Para além de auxiliarmos as pessoas nos aspectos físicos, materiais e emocionais, devemos dar a assistência espiritual.

“Porque Deus não é Deus de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos…” I Coríntios 14:33. Nesses dias tenho percebido muita confusão no corpo de Cristo. Há confusão em alguns lugares e isso não é algo de agora. De fato, isso tem sido uma das armas mais usadas por satanás para distrair os cristãos tirando-os do alvo principal, que é Cristo, bem como tem tirado de muitos a alegria de servir em sua obra.

O que fazer então? A maneira bíblica para se resolver isso é procurar sentar, conversar, resolver o problema em amor, olhar nos olhos da pessoa, falar a verdade, denunciar o pecado ou corrigir o pensamento errado acerca de doutrinas com provas, se for o caso,  Temos que agir com sabedoria movidos pelo amor de Deus para lidar com pessoas e com as confusões que surgem. Pois, cada indivíduo, é um universo de informações, e só saberemos o que ele está pensando sobre uma certa situação se ele falar o que realmente aconteceu ou está acontecendo. Eu sei que para haver uma reconciliação entre duas partes ou um grupo, por exemplo, não depende somente de uma parte, e sim das duas. Mas independente do que a outra parte vai fazer ou falar, você está disposto a fazer a sua parte certa?

“De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?”. Tiago 4:1. Isso também serve para ser aplicado na sua casa, sua família e no seu ambiente de trabalhos! Pois o motivo da confusão traz consigo toda espécie de coisas ruins não somente para uma igreja, mas também para a sua casa, seu casamento e seus filhos, se você deixa-lo entrar. Você sabe como resolvemos isso? Andando no Espírito Santo. Andando em amor!

Luís Carlos Fonseca

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