COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 5 (4º trimestre 2018) A EXPERIÊNCIA DA UNIDADE NA IGREJA PRIMITIVA
VERSO ÁUREO:
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações.” Atos 2:42
INTRODUÇÃO
(sábado 27 de outubro) – A lição desta semana trata da experiência que os
primeiros cristãos tiveram logo após a
ascensão de Cristo e o Pentecostes. A unidade é diferente de uniformidade. A
uniformidade é coisa dos homens, já a unidade, vem de Deus. Os soldados podem
estar vestidos com roupas parecidas, mas podem discordar entre si.
O apóstolo
Pedro pede para os crentes serem de um mesmo sentimento. Ele não está dizendo
que todos devem pensar e agir do mesmo modo, isso seria uniformidade, ele está
falando de unidade. Eis o texto: “E, finalmente, sede todos de um mesmo
sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e
afáveis. Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo
contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por
herança alcanceis a bênção. Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons,
Refreie a sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano. Aparte-se do
mal, e faça o bem; Busque a paz, e siga-a. Porque os olhos do Senhor estão
sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do
Senhor é contra os que fazem o mal.” I Pedro 3: 8-12.
Paulo
menciona, em I Corintios 12:1-26, que todos os membros são membros de um mesmo
corpo, que devemos ter a nossa maneira e estilo no ministério, mas que devemos
estar unidos ao corpo de Cristo, em amor. Os crentes são chamados para serem
unidos nos propósitos da igreja.
Em Atos 2:42
encontramos o propósito da igreja unida: “E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão da e nas orações.” As atividades
da igreja devem ser o ensino da doutrina bíblica, o providenciar um espaço de
adoração para os crentes, observar a Ceia do Senhor, estar em constante oração
e também devemos atentar para a pregação do evangelho. Mas também devemos abrir
a porta da nossa casa para recebermos os irmãos e amigos para celebrarmos a
nossa fé juntos, através de um refeição, como faziam os apóstolos.
“Trabalhemos
com ardor em prol da união. Oremos e trabalhemos para alcançá-la. Ela nos
produzirá saúde espiritual, elevação de pensamento, nobreza de caráter,
mentalidade celestial que nos capacitará para vencer o egoísmo e as ruins
suspeitas, e a ser mais do que vencedores por Aquele que nos amou e a Si mesmo
Se deu por nós. Crucifiquemos o eu; consideremos os outros superiores a nós; e
assim realizaremos a unidade em Cristo. Perante o Universo celestial, bem como
a igreja e o mundo, daremos prova indiscutível de que somos filhos e filhas de
Deus. Deus será glorificado através de nosso exemplo. O milagre que o mundo
necessita ver é o que une o coração dos filhos de Deus, uns aos outros, por um
amor cristão. Precisa ver os do povo do Senhor assentados juntos no lugares
celestiais em Cristo. Não quereremos dar através de nossa vida uma prova do que
a verdade divina pode fazer em favor dos que O amam e servem? Deus sabe o que
poderemos chegar a ser. Sabe o que a divina graça pode fazer em nosso favor, se
nos tornarmos participantes da natureza divina.” Testemunhos Para a Igreja vol.
9, 188
DOMINGO (28
de outubro) DIAS DE PREPARAÇÃO – Após a ascensão de Jesus, os discípulos
voltaram para Jerusalém aonde ficaram, no cenáculo, orando e suplicando pelo poder do alto
que o próprio Cristo tinha anunciado, e com eficiência conseguiram, como vemos,
depois dos dez dias aconteceu o Pentecostes: “Então voltaram para Jerusalém, do
monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do
caminho de um sábado. E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e
Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu,
Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente
em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus
irmãos”. Atos 2:12-14
Quando
retornaram a Jerusalém, os discípulos subiram ao cenáculo, onde habitavam os
onze apóstolos. O cenáculo pode ter sido o lugar onde se realizou a última
ceia; provavelmente a casa pertencia a Maria, a mãe de João Marcos, pois
encontramos a sua casa mencionada em Atos 12:12 descrita como o principal local
das reuniões cristãs. Com exceção de Judas Iscariotes, esta lista dos apóstolos
é semelhante àquelas que são encontradas nos outros Evangelhos.
Uma das
características de Lucas é a menção dos momentos de oração. Na verdade, a
oração para ele era algo muito importante. Devemos observar três fatos
relacionados à oração: Primeiro, os cristãos primitivos costumavam orar. Assim
como a oração havia caracterizado a vida de Jesus, ela caracterizava a de seus
seguidores. Ver Lucas 2:42; 3:1; 4:24 e 6:4. Portanto, a oração desempenha um
papel importante, ainda que não bem definido, no estabelecimento e cumprimento
dos propósitos de Deus.
Aqui Lucas
menciona a presença de mulheres nessas reuniões de oração. O grego é
indefinido; diz apenas “mulheres”, como que apresentando-as pela primeira vez.
Entretanto, é possível que se incluam aqui algumas mulheres anteriormente
mencionadas no evangelho como seguidoras de Jesus. Ver Lucas 8:2; 23:49, 55 e
24:10. Outras mulheres seriam as esposas dos discípulos. Maria, mãe de Jesus,
merece menção especial. Temos aqui a última menção de Maria no Novo Testamento;
é significativo que tenhamos nossa última imagem dela assim, a de uma mulher ajoelhada.
Amém?
Assim deve
acontecer conosco também. Devemos ter comunhão com Deus e com os nossos irmãos,
somos um só corpo. Devemos nos unir para orar e buscar, de forma unânimes, a
presença de Cristo. Hoje há crentes que não tem o costume de orar , mas na
verdade todos temos a necessidade de oração continuando a ação dos nossos irmãos
e irmãs primitivos.
Cento e vinte discípulos ficaram reunidos no
cenáculo orando e meditando. Foram dez dias de intensa comunhão com o Pai.
Durante esse período, eles foram sendo misteriosamente transformados, do desejo
de um reino terrestre para um reino espiritual e celestial. Até a ascensão de
Cristo, eles ainda sonhavam com o poder político terrestre, mas foram
transformados pelo poder do Espírito Santo e tiveram que recomeçar. Hoje muitos
sonham da mesma maneira como os discípulos sonhavam, construindo a vida aqui
como se não existisse o céu e a eternidade! Após aprenderem com o Espírito
Santo sobre a eternidade, eles anunciariam o reino de Deus com poder! Agora
eles estavam transformados. Eles eram aquilo que Jesus esperava que fossem!
Os
discípulos necessitaram de ter um novo começo, e nós também necessitamos.
Recomeçar significa começar de novo, ou seja, voltar ao ponto que houve
problema. Onde você parou? Onde sua motivação foi furtada? Deus diz em Romanos
12:2: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação
da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.”
Quantos
crentes estão voltando para a velha vida, para os compromissos mundanos e para
o pecado! Afastam-se dos outros discípulos, saem da igreja e isolam-se. Este
pode ser o princípio da apostasia. Precisamos esquecer o passado negativo e
avançar! Assim como Jesus mostrou um recomeço para os discípulos, Ele continua
conosco, embora não o reconheçamos de imediato. Ele não desistiu de nós. Sua
presença vem acompanhada por Sua palavra, e Ele continua falando ao nosso
coração através do Espírito Santo.
Cuidado com os sinais da apostasia! Quais
são eles? Deixar de participar das reuniões de oração, deixar de devolver os
dízimos e ofertas, começar encontrar defeitos nos irmãos e na igreja, não
participar da escola sabatina, rejeitar cargos, etc... Após o
recomeço: “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as
mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos.” Atos 1:14
“Os
discípulos de Cristo tinham profundo senso da própria ineficiência e, com
humilhação e oração, uniam sua fraqueza a Sua força, sua ignorância a Sua
sabedoria, sua indignidade a Sua justiça e sua pobreza a Sua inesgotável
riqueza. Assim fortalecidos e equipados, não hesitaram em avançar a serviço do
Mestre. Pouco tempo após a descida do Espírito Santo, e imediatamente depois de
um período de fervorosa oração, Pedro e João, subindo ao templo para adorar,
viram à porta Formosa, um coxo, de quarenta anos de idade, cuja vida, desde o
seu nascimento, tinha sido de dor e enfermidade. Esse infeliz havia durante
muito tempo desejado ver Jesus para ser curado, mas encontrava-se quase ao
desamparo, e estava muito afastado do cenário dos labores do grande Médico.
Seus rogos finalmente induziram alguns amigos a levá-lo à porta do templo, mas
chegando ali, soube que Aquele em quem suas esperanças se centralizavam havia
sido morto cruelmente.” Atos do Apóstolos, 32
SEGUNDA-FEIRA
(29 de outubro) DE BABEL AO PENTECOSTES – O Pentecostes foi uma demonstração de
como será a vida no céu. Um aspecto importante do dia de Pentecostes é o
milagroso falar em línguas estrangeiras que permitiu que pessoas de vários grupos
étnicos compreendessem a mensagem dos apóstolos. Na Torre de Babel vemos Deus
confundindo as línguas, porque as pessoas estavam desobedecendo a vontade de
Deus. Em Babel ocorreu a confusão das línguas, quando cada família passou a
falar uma língua diferente, formando nações hostis entre si. Ver Gên. 10:5, 20,
31 e 32. Daí surgiram as fronteiras nacionais, o preconceito entre raças e a guerra.
Já no Pentecostes vemos Deus facilitando a compreensão das línguas porque o povo
obedeceu a palavra de Deus. O Pentecostes é a festa da união, da compreensão e
da comunhão humana, Babel é símbolo de confusão e desunião. Em Babel os homens quiseram fazer-se de deus,
no Pentecostes os homens reconheceram Deus como soberano. Amém?
O
Pentecostes é muito importante tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos.
Pentecostes é o nome grego para uma festa judaica conhecido no Velho Testamento
como a Festa das Semanas. Ver Levítico 23:15 e Deuteronômio 16: 9
A palavra
grega significa cinquenta, e refere-se aos 50 dias que se passaram desde a
Páscoa. A Festa das Semanas comemorava o fim da safra de grãos ou das
colheitas. Mais interessante é a sua utilização em Joel e Atos. Ao olhar para
trás à profecia de Joel, ver Joel 2: 8-32 e para frente à promessa do Espírito
Santo nas últimas palavras de Cristo na terra, antes da Sua ascensão ao céu,
ver Atos 1:8, o Pentecostes marca o início da era da igreja.
No dia de
Pentecostes, descrito em Atos 2, os discípulos testemunharam o nascimento da
igreja do Novo Testamento com a vinda do Espírito Santo para habitar todos os
crentes. A descrição do fogo e vento mencionados no relato de Pentecostes
ressoa por todo o Antigo e o Novo Testamentos. O som do vento no dia de
Pentecostes foi impetuoso. Temos muitas referências bíblicas ao poder do vento
e sempre entendido como estando sob o controle de Deus. Ver Êxodo 10:13, Salmo
18:42, Isaías 11:15 e Mateus 14: 23-32. Mais significativo do que o vento como
poder é o vento como vida no Antigo Testamento. Ver Jó 12:10, e como Espírito
no Novo, ver João 3:8.
“A promessa do Espírito Santo não é limitada a
uma época ou povo. Cristo declarou que a divina influência do Espírito deveria
estar com Seus seguidores até o fim. Desde o dia do Pentecostes até ao
presente, o Confortador tem sido enviado a todos os que se rendem inteiramente
ao Senhor e a Seu serviço. A todos os que aceitam a Cristo como Salvador
pessoal, o Espírito Santo vem como consolador, santificador, guia e testemunha.
Quanto mais intimamente os crentes andam com Deus, tanto mais clara e poderosamente
testificam do amor do Redentor e da Sua graça salvadora. Os homens e mulheres,
que, através dos longos séculos de perseguição e prova, desfrutaram, em larga
escala, a presença do Espírito em sua vida, permaneceram como sinais e
maravilhas no mundo. Revelaram, diante dos anjos e dos homens, o transformador
poder do amor que redime.” Atos dos Apóstolos, 27.
TERÇA-FEIRA
(30 de outubro) UNIDADE DE COMUNHÃO – Este
é o texto para hoje: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na
comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam
estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e
repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes
todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e
singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E
todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos
2:42-47
O primeiro
sermão conduziu três mil convertidos! Talvez alguns pensaram: “Agora, o
que faremos com todas estas pessoas?” Lucas resumiu as atividades destes
primeiros crentes em um versículo: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e
na comunhão, no partir do pão e nas orações.” Atos 2:42. Os crentes primitivos
perseveravam na Palavra. Encontramos em Atos 5:42: “E todos os dias, no templo
e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.”
Estavam em torno das Escrituras e todos os dias se reuniam para orar e aprender
sobre a Palavra de Deus. Além disso, o texto diz que eles perseveravam, ou
venciam os obstáculos através da Palavra de Deus, ver Atos 2: 42,43, crendo
verdadeiramente nas verdades bíblicas.
Os crentes
da igreja primitiva tinham o objetivo comum de anunciar a Palavra. Veja este texto: “Pois nós não podemos
deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” Atos 4:20. Além de conhecer a
Palavra, tinham um objetivo em comum que era pregar o Evangelho. Todos eram
missionários, pregadores, e todos testemunhavam a obra de Deus em suas vidas.
Os crentes
primitivos pregavam a palavra na sua simplicidade. Em Atos 3: 6 lemos: “não
possuo ouro nem prata, mas o que tenho isso te dou: em nome de Jesus Cristo
Nazareno, levanta e anda”. Nos seguintes exemplos vemos palavras simples e
poderosas devido à fé que tinham: Atos 10:34: “Deus não faz acepção de pessoas”
Atos 16:31: “crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa”.
Outro fator importante
na vida dos apóstolos era a oração. O verdadeiro crente não pode viver sem
oração. Charlles. H. Spurgeon ao pregar sobre Atos 1:14; “Todos estes
perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de
Jesus, e com seus irmãos.” Atos 1:14, disse: “Como esperar o Pentecostes se nem
ainda fomos despertados para orar? Primeiro, vem a igreja toda, unânime,
perseverando em oração, só depois vem o Pentecostes”. A oração particular é
importante, mas a congregacional também o é. Portanto, frequente as reuniões de
oração da sua igreja com seus filhos e amigos. Amém?
Os apóstolos
discutiam os seus problemas à luz da Palavra: Veja este texto: “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos
discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas
deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze
convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos
a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete
homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais
encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao
ministério da palavra.” Atos 6:1-4
O livro de
Atos é um dos livros mais emocionantes da Bíblia porque mostra os atos do
Espírito Santo movendo os apóstolos e crentes primitivos na proclamação do
evangelho. De um pequeno grupo de crentes tímidos, relatado no capítulo 1,
estes homens e mulheres crentes, movidos pelo Espírito Santo, tornaram-se em
uma grande força ao ponto de abanar as estruturas do império romano. No
entanto, num período relativamente curto de tempo, de pouco mais de 30 anos, os
primeiros 120 discípulos de Cristo e seus convertidos mudaram o mundo.
Em torno de
200 anos depois do nascimento da igreja cristã primitiva, Tertuliano, um dos
pais da igreja primitiva, escreveu esta declaração sobre o impacto do evangelho
no mundo de então: “ocupamos todos os lugares que pertencem a vocês; vilas,
ilhas, fortalezas, cidades, comércios, os próprios acampamentos militares,
tribos, conselhos municipais, o palácio, o senado, o mercado local; nós não
deixamos nada, a não ser os vossos templos.” Os primeiros crentes invadiram a
cultura romana, e, embora o Império Romano dominou o mundo, o evangelho
prevaleceu! Amém?
Como os crentes daquele tempo
conseguiram essa façanha? Eles entenderam um segredo simples: cada homem e cada mulher era parte
da equipe e uniram-se em amor. O Ministério não era somente para um seleto
grupo chamado; "apóstolos". O
Ministério era para todos os que ingressavam na igreja. Cada membro da igreja
era um missionário e hoje temos a mesma tarefa diante de nós! Amém?
Na verdade,
a igreja cristã primitiva não seria formada, e não existiríamos hoje como
igreja, se não fosse a atuação do Espírito Santo para promover a unidade entre
os crentes. Jesus é a cabeça da igreja e nós somos o corpo de Cristo. Ver
Efésios 1:22, 23 e 5:23. “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o
edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós
juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” Efésios 2:20-22
É o Espírito
Santo que une a cabeça ao corpo. E o Seu trabalho é maravilhoso, pois Ele tem a
tarefa de unir Deus, que é santo, ao homem que é pecador. Como Deus não baixa a
Sua norma de santidade ao padrão humano, somos nós que devemos nos elevar ao
Seu padrão de santidade. Veja estes textos: “Como Deus é puro em Sua esfera,
assim o homem deve ser na sua. E será puro, se Cristo, a esperança da glória,
habitar no interior; pois ele imitará a vida de Cristo e refletirá Seu
caráter.” Obreiros Evangélicos, 366
QUARTA-FEIRA
(31 de outubro) GENEROSIDADE E GANÂNCIA – A lição de hoje compara a
generosidade de Barnabé com a ganância de Ananias e Safira. Veja os textos: “Então José,
cognominado pelos apóstolos Barnabé, que, traduzido, é Filho da consolação,
levita, natural de Chipre, possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e
o depositou aos pés dos apóstolos.” Atos 4:36,37
“Mas um
certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e
reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a
depositou aos pés dos apóstolos. Disse então Pedro: Ananias, por que encheu
Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte
do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em
teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos
homens, mas a Deus.” Atos 5:1-4
Uma das
passagens mais dramáticas do Novo Testamento encontra-se em Atos 5:1-11 e nos
remete ao estudo de hoje; o que causou a morte de Ananias e Safira. Como
sabemos, eles morreram após mentirem aos apóstolos sobre uma propriedade que
haviam vendido. Mas, na verdade, a mentira foi ao Espírito Santo de Deus. Esta
morte poderia ser evitada. Nós também precisamos ter cuidado com alguns
aspectos apresentados neste texto bíblico, pois foi colocado como uma
advertência para os cristãos.
Não foi Deus
e nem os apóstolos que pediram a venda da propriedade. Foi algo que nasceu no
coração deles, e seria apresentada como oferta. Ofertar era uma marca da igreja
primitiva, e o casal, de início, estava de acordo na venda da referida
propriedade e em dar como oferta. Ver Atos 1:14, 2:1,46, 24, 32-37. Em Atos 5:3
Pedro faz uma pergunta a Ananias: “por que encheu Satanás o teu coração, para
que mentisse ao Espírito Santo”?
Havia duas
formas deles não morrerem, pois a morte física foi consequência primeiramente
de uma cegueira e morte espiritual: A primeira forma, era não ser voluntário,
ou seja; não precisavam ter vendido nada, nem tão pouco querer repartir o
valor, ou ainda dar todo o valor. Pois Deus não pediu para que vendessem alguma
coisa. A segunda forma de evitarem o pecado, seria o seguinte: já que vendeu,
não omitir o preço real da venda! Com isso, eles acabaram mentindo ao Espírito
Santo e consequentemente aos apóstolos.
“Depois,
Ananias e Safira ofenderam o Espírito Santo cedendo a sentimentos de cobiça.
Começaram a lamentar o haverem feito aquela promessa e logo perderam a suave
influência da bênção que lhes havia aquecido o coração com o desejo de fazer
grandes coisas em benefício da causa de Cristo. Julgaram haverem-se precipitado
e sentiam ser necessário reconsiderar sua decisão. Falaram entre si sobre o
caso e resolveram não cumprir a promessa. Viam, porém, que os que entregavam
seus bens para suprir as necessidades de seus irmãos mais pobres, eram tidos em
alta estima pelos crentes e, com vergonha de que os irmãos viessem a saber que
sua mesquinhez de alma regateara aquilo que haviam solenemente dedicado a Deus,
resolveram deliberadamente vender sua propriedade e fingir que davam todo o
produto para o fundo comum, guardando, porém, para si mesmos, grande parte.
Desse modo garantiriam para si o pão do depósito comum, ao mesmo tempo que
alcançariam a alta estima de seus irmãos. Mas Deus aborrece a hipocrisia e a
falsidade. Ananias e Safira praticaram fraude em sua conduta para com Deus.
Mentiram ao Espírito Santo, e seu pecado foi punido com juízo rápido e
terrível. Quando Ananias chegou com sua oferta, Pedro disse: “Ananias, por que
encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e
retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E,
vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu
coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Atos 5:3, 4. “E Ananias, ouvindo
estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto
ouviram”. Atos 5:5. Atos dos Apóstolos, 40
“Não apenas
para a igreja primitiva, mas para todas as gerações futuras, este exemplo de
como Deus aborrece a cobiça, a fraude, a hipocrisia, foi dado como um sinal de
perigo. Foi a cobiça que Ananias e Safira tinham acariciado em primeiro lugar.
O desejo de reter para si a parte que haviam prometido ao Senhor, levou-os à
fraude e à hipocrisia. Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do
trabalho e dos donativos de Seu povo. As ofertas voluntárias e os dízimos
constituem o meio de manutenção da obra do Senhor. Dos bens confiados aos
homens, Deus reclama certa porção - o dízimo. A todos deixa Ele liberdade para decidirem
se desejam ou não dar mais do que isto. Mas quando o coração é tocado pela
influência do Espírito Santo, e é feito um voto de dar certa importância,
aquele que fez o voto não tem mais nenhum direito sobre a porção consagrada.
Promessas desta espécie feitas aos homens são olhadas como obrigatórias; seriam
menos obrigatórias as feitas a Deus? São as promessas julgadas no tribunal da
consciência menos obrigatórias que as escritas nos contratos humanos?” Atos dos
Apóstolos, 74
QUINTA-FEIRA
(1º de novembro) LEMBREM-SE DOS POBRES – O atendimento aos pobres e
necessitados foi a marca da igreja cristã primitiva. Que advertências nos são feitas sobre a atenção que devemos dar aos
pobres, necessitados e pessoas vulneráveis? Veja os textos para hoje: “Não
roubes ao pobre, porque é pobre, nem atropeles na porta o aflito; porque o
Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que os roubam ele lhes tirará a
vida.” Provérbios 22:22-23.
O seguinte
texto bíblico faz menção aos ricos que oprimem os pobres: “Eis que o jornal dos
trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído,
clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos
exércitos”. Tiago 5:4. Existem outras referências bíblicas que mencionam a
importância dos cristãos darem a devida atenção aos pobres. Veja este outro
texto: “O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e
não será ouvido”. Prov. 21:13.
O dinheiro
hoje domina as casas de leis, as cortes e os palácios dos governos. O dinheiro
é o maior “deus” deste mundo. Por ele as pessoas roubam, mentem, corrompem-se,
casam-se, divorciam-se, matam e morrem. O problema não é possuir dinheiro, mas
ser possuído por ele. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. Não é
pecado ser rico, pois a riqueza é uma bênção. É Deus quem nos dá sabedoria para
adquirirmos riquezas. O problema é colocar o coração nas riquezas. A raiz de
todos os males não é o dinheiro, mas o amor ao dinheiro. Os ricos sentenciados
por Deus ajuntam para eles o que devem pagar aos trabalhadores. Algumas pessoas
fraudulentas prejudicam os pobres e ainda jogam a culpa neles e alguns ricos
até condenam os pobres nos tribunais. Ver Tiago 2:6 e 5:6.
Ao contrário
de roubar os pobres, Deus exige de nós cuidados em favor dos
necessitados. A Bíblia ensina que Deus exerce justiça. De fato, "Deus é...
justo e reto". Deuteronômio 32:4. Além disso, a Bíblia sustenta a noção de
justiça social na qual a preocupação e os cuidados são mostrados em favor dos
pobres e aflitos. Ver Deuteronômio 10:18, 24:17 e 27:19. A Bíblia, muitas
vezes, se refere ao órfão, à viúva e ao estrangeiro, ou seja; pessoas que não
eram capazes de cuidar de si mesmas ou não tinham um sistema de apoio, como merecendo
a nossa especial atenção. A nação de Israel foi ordenada por Deus para cuidar
dos menos afortunados da sociedade, e seu eventual fracasso de fazer isso foi,
em parte, a razão para o seu julgamento e expulsão da terra.
A noção
cristã de justiça social é diferente da noção contemporânea de justiça social.
As exortações bíblicas para cuidar dos pobres são mais no âmbito individual do
que das instituições e sociedade como um todo. Em outras palavras, cada cristão
é encorajado a fazer o que puder para ajudar os pobres. A base para tais
mandamentos bíblicos encontra-se no segundo dos grandes mandamentos; "amar
ao próximo como a si mesmo." Ver Mateus 22:39. A noção de justiça social
dos homens de hoje substitui o indivíduo pela instituição. Jesus ordena que
cada cristão se torne responsável por cuidar dos menos favorecidos da sociedade
e da igreja. A abordagem bíblica vê Cristo como Salvador e motivador do amor e
cada cristão deve seguir os Seus passos.
Veja quais foram os resultados da
generosidade que foram sentidos na vida dos crentes da igreja de Corinto: “E Deus é poderoso para fazer
abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência,
abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos
pobres; a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente
ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira,
e aumente os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a
beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus. Porque a
administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas
também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova
desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que confessais quanto ao
evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para
com todos; e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da
excelente graça de Deus que em vós há. Graças a Deus, pois, pelo seu dom
inefável.” Coríntios 9:8-15
SEXTA-FEIRA (2
de novembro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 5 (4º trimestre 2018) A
EXPERIÊNCIA DA UNIDADE NA IGREJA PRIMITIVA – Os gentios, convertidos ao
cristianismo, disponibilizaram-se em socorrer os cristãos de Jerusalém, pois,
de lá veio o Messias e a mensagem da salvação. Eles queriam retribuir de alguma
forma, e isso foi fácil para eles. Os ex-gentios foram mais prudentes, não venderam tudo,
contribuíram de tal modo que eles mesmos não viessem depois a necessitar da
ajuda dos de fora. Os primeiros cristãos judeus foram tão generosos que
venderam tudo, ao menos os de Jerusalém. Havia um entusiasmo por disseminar o
evangelho da salvação!
A disposição
generosa dos gentios, da mesma forma como antes, dos cristãos de Jerusalém,
fortaleceu a unidade na igreja. É que quando um é por todos e todos são por um,
quando há genuína vontade de colaborar, de socorrer, de contribuir, a unidade
se manifesta como que automaticamente, afinal, todos estão revelando amor. Ou ainda,
quando em lugar do ódio existir amor, nessa condição existirá unidade. Amém?
Somos
convidados a sustentar a obra de Deus através dos nossos dízimos e ofertas. A
nossa motivação, ao devolver o dízimo, não é conseguir bênçãos materiais de
Deus, mas expressar gratidão e adoração pelas dádivas recebidas. Deus não faz
troca com ninguém. Existem igrejas que ensinam a teologia da prosperidade, um
tipo de troca com Deus; “quanto mais dinheiro dá mais bênçãos recebe”. Deus só
quer aquilo que é dele. Deus não pode ser comparado por um fundo de investimentos,
não é essa a relação que Ele deseja ter com Seus filhos. Deus ensina-nos a
ofertarmos humildemente e com sinceridade, não por ostentação ou interesse. Ver
Lucas 21:1-4. Portanto a devolução dos dízimos e ofertas coloca Deus e o homem
em suas devidas posições: Criador e criatura, Doador e receptor, Deus e
mordomo. Amém? A infidelidade é
considerado roubo a Deus!
“Deus lê os
propósitos e intenções do coração, e prova os motivos dos filhos dos homens.
Pode ser que Seu assinalado e visível desagrado não se manifeste como no caso
de Ananias e Safira, contudo, no fim, o castigo não será de modo algum mais
leve do que o que lhes foi infligido.” Conselho sobre Mordomia, 335
“A harmonia
e a união que existem entre homens de disposições várias constituem o mais
forte testemunho que se possa dar de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para
salvar os pecadores. É nosso privilégio dar este testemunho. Mas para isso
fazer, precisamos colocar-nos sob a ordem de Cristo. Nosso caráter tem que ser
moldado de conformidade com o caráter dEle, nossa vontade tem que ser rendida à
Sua. Então trabalharemos juntos sem um pensamento de colisão….Quando o povo de
Deus crer plenamente na oração de Cristo, quando praticar na vida diária as
instruções nela contidas, a unidade de ação será um fato em nossas fileiras.
Irmão estará ligado a irmão, pelos laços áureos do amor de Cristo. O Espírito
de Deus, unicamente, é que pode efetuar essa unidade. Aquele que santificou a
Si mesmo, pode santificar também a Seus discípulos. Unidos a Ele, estaremos
também unidos entre nós, na mais santa fé. Quando buscarmos essa unidade com o
empenho que Deus deseja, iremos alcançá-la. Não é o grande número de
instituições, grandes edifícios, e a aparência externa, que Deus requer, mas a
ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus e precioso,
unido um ao outro, tendo a vida escondida com Cristo em Deus. Cada homem deve
estar em seu lugar, desempenhando a sua tarefa, exercendo influência correta em
pensamento, palavras e ações. Quando todos os obreiros assim procederem, e não
antes, Sua obra será um todo completo e simétrico.” Testimonies for the Church
vol 8, 243. Conselhos para a Igreja, 44.
Luís Fonseca
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