COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 4 (4º TRIMESTRE 2018) A CHAVE PARA A UNIDADE
VERSO ÁUREO:
“Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que
propusera em si mesmo. De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na
dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que
estão na terra.” Efésios 1:9,10
INTRODUÇÃO
(sábado 20 de outubro) - O Apóstolo Paulo faz-nos lembrar que para alcançar a
unidade da fé é preciso que sejamos um só no Senhor. Ver Efésios 4: 4-6. Para
isso é preciso que, como igreja de Cristo, deixemos tudo o que é carnal para
trás; julgamentos, distinção de pessoas, disputa entre irmãos e olhemos juntos
num só objetivo, numa só fé assim citados nestes versículos. O esforço que
temos que fazer é grande, mas a recompensa é maior ainda.
Quando Jesus
aproximou-se de Pedro para lavar os seus pés, o discípulo afastou-se com
espanto: “Senhor, você não vai lavar os meus pés!” Jesus respondeu-lhe: “Se eu
não os lavar, você não terá parte comigo.” João 13:8. De fato, Jesus estava
dizendo: “Pedro, se eu lavar os seus pés, teremos algo precioso em comum para
vivermos em comunhão, uma base para a verdadeira unidade.” Ele quer que os seus
filhos sirvam e se submetam uns aos outros, na casa de Deus e na vida cotidiana.
Como praticar a unidade da fé no
corpo de Cristo, que é a igreja? Na carta do Apóstolo Paulo aos Efésios, no capítulo 4, ele
compara a igreja de Cristo como um corpo bem ajustado e ligado por todas as
juntas, v 16. Trazendo este conceito para o nosso cotidiano cristão: esse é o
principal meio de alcançarmos a unidade da fé. O corpo é composto por membros,
juntas e tecidos, o corpo de Cristo é igualmente colocado cada um com sua
função dentro dele. Deus designou dons para cada um de nós. No versículo 11
Paulo descreve alguns desses dons, designados para cada crente.
Paulo
visitou a cidade de Éfeso no final da segunda viagem missionária, por volta do
ano 52 d.C. Em sua terceira viagem missionária, permaneceu em Éfeso três anos,
ensinando tanto a judeus como a gregos, pregando tanto acerca do arrependimento
como da fé em Cristo. A igreja de Éfeso era composta de pessoas de várias
culturas e classes sociais, gentios e judeus, e Paulo apelou para a unidade em
Cristo, pois onde há pessoas existem divergências de ideias. Éfeso significa; desejável.
Essa igreja, que começou bem a sua jornada rumo à Pátria celestial, havia
abandonado o que lhe deu o conceito de desejável: o “Amor”. Quanto à doutrina,
era ortodoxa e implacável, mas quanto à prática do amor, tornou-se,
fria e seca. O amor é a essência da vida cristã, e a igreja de Éfeso o tinha
perdido.
Nos dias de
hoje existem crentes fiéis, mas sem amor. Crentes ortodoxos nas doutrinas, como
eram os efésios, mas sem amor. Crentes que conhecem a Bíblia, mas perderam o
encanto por Jesus. Crentes que morrem em defesa da fé e atacam a heresia como
escorpiões do deserto, mas não amam mais o Senhor com a mesma devoção. Crentes
que trabalham até a exaustão, mas não contemplam o Senhor na beleza de sua
santidade e não movem um braço para ajudar o próximo que, verdadeiramente,
necessita de ajuda.
DOMINGO (21
de outubro) BÊNÇÃOS EM CRISTO – No texto
para hoje vemos quantas bênçãos espirituais nos foram concedidas em Cristo:
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com
todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. Como também nos
elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor. E nos predestinou para filhos de adoção
por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para
louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em
quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as
riquezas da sua graça. Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e
prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu
beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas
as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus
como as que estão na terra; nele, digo, em quem também fomos feitos herança,
havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as
coisas, segundo o conselho da sua vontade; com o fim de sermos para louvor da sua
glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; em quem também vós estais,
depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e,
tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o
qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para
louvor da sua glória.” Efésios 1:3-14
A maior
bênção que o ser humano pode receber de Deus é ser adotado no Seu reino
espiritual. Fomos adotados como filhos tendo direito a herança celestial. As
bênçãos espirituais que Paulo fala sobre a adoção, outros autores do Novo
Testamento frequentemente associam com a regeneração e a justificação. A
palavra huiothesia ocorre apenas cinco vezes no Novo Testamento, e todas elas
nos escritos do apóstolo Paulo: Romanos 8:15,23; 9:4; Gál 4:5; Efés 1:5. Uma
vez, Paulo aplica o termo à Israel como nação, ver Rom 9:4; três vezes Paulo
relaciona esta palavra às bênçãos experimentadas pelo crente já na vida
presente, ver Rom 8:15; Gál 4:5 e Ef 1:5, texto de hoje, e uma vez para se
referir à completa realização da adoção na vinda de Cristo e na eternidade. Ver
Rom 8:23.
Se o homem
fosse filho de Deus por natureza, então a doutrina da adoção seria uma grande mentira!
Por natureza somos “filhos da ira”. Efésios 2:3. Filhos de Deus somos em Jesus
Cristo, por obra do Espírito Santo dentro de nós, que é o DNA de Deus que
garante que somos de fato filhos de Deus. Como diz Paulo, “recebestes o
Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” Rom 8:15.
Adoção é tomar
alguém como filho que não o é por natureza e nascimento e ser adotado para uma
herança, no sentido espiritual, para uma herança que é incorruptível e
imaculada. Ver Rom 8:15-17 e Gálatas 4:5-7. Adoção é um ato voluntário de quem
adota espiritualmente. No caso, Deus exerce Sua soberana vontade nessa questão,
mediado por Cristo através da interferência do Espírito Santo. Ver Efésias 1:5
e Gál 4:4-6. Significa que o adotado leva o nome de quem o adotou e pode
chama-lo de “Pai!” Paulo mesmo diz que “O mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus” Rom 8:16. É um testemunho interno do
Espírito, que nos dá a certeza de que Deus nos aceitou em Cristo, e que agora
somos membros de Sua família, e que podemos confiar em Seu amor bondoso e
proteção. Que bênção poder pertencer ao reino de Deus mesmo estando na terra!
Não são só
bênçãos que advém da adoção, mas também responsabilidades. E grandes
responsabilidades! Afinal, agora temos o nome de nosso Pai celestial para zelar
e Sua vontade para obedecer. Jesus disse que não são os que o chamam de
“Senhor! Senhor!” que entrarão no reino dos céus, mas “aquele que faz a vontade
de meu Pai” Mat 7:21. A porta de entrada para a família de Deus é o batismo:
“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da
água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5. Amém?
SEGUNDA-FEIRA
(22 de outubro) DERRUBANDO A PAREDE – As raças, etnias e religiões diferentes
causam divisão entre as pessoas. As guerras mundiais acontecem por esse motivo.
Como Paulo indica um caminho mais
excelente para os membros da família de Deus? “Portanto, lembrai-vos de que
vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na
carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que naquele tempo
estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças
da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo
Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a
parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto
é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo
dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus
em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a
vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; Porque por ele ambos temos
acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem
forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre
o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal
pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo
santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de
Deus em Espírito.” Efésios 2:11-22
“Mas, agora,
em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue
de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado
a parede da separação que estava no meio, a inimizade.” Efésios 2:13-14.
O texto
referido para hoje fala do modo como Jesus derrubou barreiras de separação para
nos aproximar do Pai. Se você observar a vida de Jesus verá que Ele estava
sempre construindo pontes, e não muros; Sua vida, e ainda mais a Sua morte, nos
aproximou de Deus em vez de nos afastar dele. A religiosidade, os preconceitos,
as tradições e, por trás de tudo isso, o diabo, criam muitos obstáculos que dificultam
nosso caminho para Deus.
A Bíblia
também nos diz que Jesus nos abriu um caminho “novo e vivo” Ver Heb 10:20. E,
quanto a nós? O que temos feito? Estamos construindo pontes ou muros? Nossas
atitudes e modo de vida estão aproximando as pessoas de Jesus por meio de uma
demonstração viva de Seu amor ou criando barreira por meio de uma atitude fria, egoísta
e indiferente?
Jesus falava
a mesma língua que o povo à sua volta e ensinava usando figuras, como o pão ou
a porta, que todos compreendiam, mas muitos cristãos preferem usar um linguajar
igrejeiro que só os que frequentam uma igreja há muito tempo compreendem. E os novos na fé? Estamos facilitando o
seu caminho, consolidando-os na fé, proporcionando-lhes não só a acolhida, como
também o exemplo e ensino que necessitam, ou estamos barrando o seu
crescimento, desestimulando-os com críticas, julgamentos e indiferença? Jesus
convida-nos para sermos construtores, mas somente de pontes.
O que Paulo
fala no texto é o fim do Judaísmo para dar lugar ao Cristianismo. Isto não
significa que todas as leis dadas por Deus aos Judeus foram abolidas. A lei
cerimonial, a qual apontava para Cristo, naturalmente chegou ao seu final
quando Cristo cumpriu aquilo para o qual ela apontava. A lei civil Judaica já
tinha desaparecido há muito tempo com a perda da soberania de Israel como
nação. Mas a lei moral, os preceitos morais, isto é, os Dez Mandamentos, os
quais são uma transcrição do caráter de Deus, estes são tão eternos quanto
Deus, e não podem ser abolidos em hipótese nenhuma.
Em todos os
seus ensinos, a respeito do final do sistema legal judeu, Paulo tornou
enfaticamente claro que a Lei moral não foi abolida. Romanos 3:31 menciona:
“Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a
lei”. Após a morte de Cristo Ele substitui a circuncisão pelo batismo e
continua esse sinal exterior, mas agora não por um corte no corpo, mas pelo
batismo. Ver Colossenses 2:11-12.
É importante
observar também que as leis de saúde, dadas ao povo Judeu, para que este não
tivesse muitas das doenças dos povos vizinhos que eram pagãos e idolatras, também são oferecidas a nós,
como cristãos, pois nosso corpo é o templo e morada, do Espírito Santo.
TERÇA-FEIRA
(23 de outubro) UNIDADE NUM SÓ CORPO – Todos são convidados a andar no unidade
do Espírito Santo: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é
digno da vocação com que fostes chamados, Com toda a humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a
unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” Efésios 4:1-3.
Somos
convidados a seguir a lógica simples das coisas que é seguir a fé e doutrinas
originais de Cristo, dos apóstolos e da igreja cristã primitiva. A unidade na
fé e doutrina só se realiza na obediência fiel as doutrinas de Jesus. Concorda? Em uma casa, empresa, escola,
clube, etc… se alguém está em desacordo, cria confusão e não unidade. Agora
surge uma pergunta: Se existe só uma doutrina cristã, por que existem tantas
religiões no cristianismo? De acordo com declarações enfáticas do Pr. Luís
Gonçalves, evangelista da Divisão Sul Americana da IASD, existem mais de 34 mil
religiões cristãs! Como manter a unidade?
A unidade da
igreja Cristã e, no caso a igreja Adventista, só se torna possível pela atuação
do Espírito Santo. Devemos lembrar que a ênfase dada ao Espírito Santo, sem o
apoio doutrinário da Bíblia, leva-nos a desenvolvermos práticas suspeitas. A
Bíblia e o Espírito Santo são parceiros em todos os detalhes. Eles andam de
mãos dadas, pois foi o Espírito Santo que inspirou os profetas a escreverem
cada palavra. Sendo assim, todos os cristãos deveriam voltar à origem do
Cristianismo primitivo crendo e vivendo as doutrinas como Jesus nos ensinou.
O que
aprendemos com o seguinte texto? “Há um só corpo e um só Espírito, como também
fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé,
um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em
todos vós.” Efésios 4:4-6.
O propósito
de Deus é trazer o corpo de Cristo à unidade: “até que todos cheguemos à
unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, a perfeita
varonilidade, a medida da estatura da plenitude de Cristo” Efés 4:13. Uma boa
percentagem dos membros da igreja, está vivendo um cristianismo histórico,
psicossomático e psicológico, distanciando cada vez mais da atuação direta do
Espírito Santo, para elevar-nos a níveis espirituais mais altos do que aqueles
em que vivemos. O que está faltando para a igreja dos últimos tempos é uma
descoberta espiritual, através da comunhão, para trazer-nos do reino da matéria
a um viver e um relacionamento mais íntimo com Jesus Cristo, no qual a vida de
Deus flua a todos os membros do Corpo de Cristo e vejamos pessoas convertidas
para o reino de Deus. Amém?
“O mundo
está a olhar com satisfação para a desunião entre os cristãos. Os infiéis com
isso se alegram. Deus requer uma mudança entre o Seu povo. A união com Cristo e
dos crentes entre si é nossa única segurança nestes últimos dias. Não tornemos
possível que Satanás aponte para os nossos membros da igreja, dizendo: “Eis
como este povo, que se põe sob o estandarte de Cristo, se odeia entre si! Nada
temos que temer deles, enquanto gastam mais esforço combatendo-se mutuamente, do
que na luta contra as minhas forças. Depois de receberem o Espírito Santo, os
discípulos saíram a proclamar um Salvador ressurgido, sendo seu desejo único a
salvação das pessoas. Regozijavam-se na doce comunhão com os santos. Eram
ternos, corteses, abnegados, dispostos a fazer qualquer sacrifício pela causa
da verdade. Em sua diária associação mútua, revelavam o amor que Cristo lhes
ordenara revelar. Por palavras e atos abnegados, procuravam acender esse amor
noutros corações.” Conselhos para a Igreja, 42.
QUARTA-FEIRA
(24 de outubro) OS LÍDERES DA IGREJA E A UNIDADE – Conhecendo o coração humano
Jesus orou em favor da unidade da igreja. Não existem dois seres humanos
iguais, dois digitais iguais, duas folhas iguais mesmo na mesma árvore, dois
flocos de neve iguais. Deus ama a unidade embora tenha criado a diversidade das
espécies. Com a Sua igreja é assim também. Várias são as culturas e tradições de
onde viemos e em Cristo formamos um só povo. Entre o povo de Deus existe
perfeita unidade na diversidade. Cada membro do corpo contribui com sua parte
para o êxito do todo. Esta questão, muito importante, foi claramente
compreendida pelos membros da igreja apostólica. Para eles a missão era da igreja.
Este é o texto para hoje: “Assim, Ele designou alguns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para
pastores e mestres, com o propósito de aperfeiçoar os santos para a obra do
ministério, para que o Corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos
a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à
maturidade, atingindo a medida da estatura da plenitude de Cristo.” Efésios 4:
11-13
Paulo,
inspirado pelo Espírito Santo, escreveu esta carta à igreja de Éfeso e, neste
texto, cita os dons e ministérios dado pelo Senhor. Façamos uma análise em
forma de pergunta, para que a própria bíblia responda:
1) Quais
foram os dons e ministérios que o Senhor concedeu? “Ele designou alguns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para
pastores e mestres”
2) Com que
propósito? “Com o propósito de aperfeiçoar os santos para a obra do ministério,
para que o corpo de Cristo seja edificado.”
3) Até
quando? “Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de
Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da estatura da plenitude de
Cristo”
Na verdade,
a igreja cristã primitiva não seria formada, e não existiríamos hoje como
igreja, se não fosse a atuação do Espírito Santo para promover a unidade entre
os crentes. Jesus é a cabeça da igreja e nós somos o corpo de Cristo. Ver
Efésios 1:22, 23 e 5:23. “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o
edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós
juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” Efésios 2:20-22
“É o
Espírito Santo que une a cabeça ao corpo. E o Seu trabalho é maravilhoso, pois
Ele tem a tarefa de unir Deus, que é santo, ao homem que é pecador. Como Deus
não baixa a Sua norma de santidade ao padrão humano, somos nós que devemos nos
elevar ao Seu padrão de santidade. Veja estes textos: “Como Deus é puro em Sua
esfera, assim o homem deve ser na sua. E será puro, se Cristo, a esperança da
glória, habitar no interior; pois ele imitará a vida de Cristo e refletirá Seu
caráter.” Obreiros Evangélicos, 366.
Há pelo
menos três maneiras de governos entre as igrejas cristãs:
1) O Governo Congregacional – Nesta forma
de governo eclesiástico, a igreja é aquela “comunidade local”, formada de
crentes unidos para a adoração e obediência a Deus, no testemunho público e
privado do Evangelho, constitui-se em uma Igreja local que é autônoma e não
está sujeita em termos de igreja a qualquer outra entidade senão à sua própria
congregação. O poder de mando de uma igreja congregacional reside em suas Assembleias.
Os Batistas e congregacionalistas fazem parte deste tipo de liderança.
2) O Governo Episcopal – Neste sistema
mais antigo, adotado como por exemplo pela igreja Católica Romana e pela igreja
Ortodoxa, os ministros principais da igreja são os bispos. Outros ministros são
presbíteros e diáconos. O governo é centralizado na figura de um dirigente,
responsável pelas decisões e destinos da igreja, mas que possui um grupo de
subalternos, o Colégio Episcopal, responsáveis pela administração da gestão do
sistema. Como denominação evangélica, as igrejas do Evangelho Quadrangular e
Universal seguem este governo, qual o bispo rege uma ou mais regiões
eclesiásticas e há ainda os pastores, evangelistas e diáconos.
3) O Governo Representativo – Essa forma
de governo, é caracterizada pela eleição de delegados, para voto em Assembleias,
para escolha dos dirigentes por um determinado período de tempo. Essa é a forma
de governo adotada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em todos os seus níveis
desde a igreja local, através dos líderes mencionados no texto de hoje e em
outro textos, como até a Associação Geral. A igreja
de Cristo sempre é apresentada na Escritura como um corpo unido em todas as suas partes e
como tal deve ser governado de forma representativa. Tecnicamente dividida em
departamentos e cada um despenhando uma tarefa específica, estes são administrados
por uma liderança central que mantém todos os seus ramos unidos, formando um
corpo harmônico e perfeito no cumprimento da missão da igreja.
Veja estes
textos: “Deve-se ter grande cuidado de que a obra, em cada ramo da causa,
esteja harmoniosamente unida com cada um dos outros ramos, fazendo assim um
todo perfeito.” Testemunhos Para a Igreja, vol. 9, 136.
“Portanto,
em nosso trabalho e nas nossas dádivas à causa de Deus, não é seguro ser
dominado pelos sentimentos ou pelo impulso. Dar ou trabalhar quando são
despertadas as nossas simpatias, e reter nossas dádivas ou serviço quando as
emoções não são estimuladas, é rumo inseguro e perigoso”. E orienta de modo
enfático: “Devem os cristãos agir guiados por princípios fixos, seguindo o
exemplo de abnegação e de sacrifício próprio do Salvador.” Conselhos Sobre
Mordomia, 25.
QUINTA-FEIRA
(25 de outubro) OS RELACIONAMENTOS HUMANOS EM CRISTO – Jesus ensinou uma regra
irretocável para quem quer estabelecer relacionamentos humanos de qualidade. Nós
cristão chamamos de “regra de ouro”. Quase no fim do Sermão da Montanha, Jesus
resumiu uma série de reflexões profundas sobre o comportamento humano numa frase:
“Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam.” Mat
7:12. Nesse mandamento de Cristo, Ele ensinou dois pontos sobre a evolução dos
relacionamentos humanos: devemos decidir como queremos ser tratados; em
seguida, precisamos começar a tratar os outros da mesma maneira.
Como filhos de
Deus somos convidados a darmos o exemplo nos nossos relacionamentos. Seja qual
for nossa condição num relacionamento, se percebemos que há uma questão a ser
resolvida, então a responsabilidade de fazer um esforço concentrado para gerar
mudança positiva está em nossas mãos. Paremos de acusar os outros para tentarmos nos
justificar. Tentemos ser fonte de inspiração e exemplo, mostrando a atitude
mais apropriada para cada ocasião de tribulação. Tomemos a decisão de não sermos as pessoas que
apenas reagem para defender-se, mas a que tomemos a iniciativa de
aproximação e amor para com todos.
Este é um texto sugerido para o
estudo de hoje:“Portanto,
vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o
tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei
qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há
contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e
cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando
sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus
Cristo; sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.” Efésios 5:15-21.
Conseguimos praticar estes ensinamentos,
especialmente o que está grifado?
Frequentemente
escutamos algo parecido com isso: Meu marido é um amor de pessoa para as
pessoas de fora, mas quando chega em casa, ele se transforma. Ele trata toda a
família pior do que cachorro. Ele usa palavras da baixo calão, ele xinga a
todos, ele não colabora com as atividades do lar, e é um verdadeiro bruta montes. Certas
esposas gostariam de ser a secretária do seu marido, na empresa onde o marido é
chefe, para serem tratadas dignamente, pelo menos na hora do expediente. Mas, o
inverso também acontece. Alguns maridos são mal tratados pelas esposas.
“Vós,
mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor...Vós, maridos, amai
vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo se entregou por
ela.” Efésios 5:22 e 25 Este texto é maravilhoso desde que seja praticado pelos
cônjuges.
“A esposa
deve respeitar o marido. O marido deve amar sua esposa e mostrar desvelo por
ela; e unindo-se nos votos matrimoniais como um só ser, sua crença em Cristo
deve fazer que sejam um com Ele. Que pode agradar mais a Deus do que ver os que
assumem a relação matrimonial buscarem juntos aprender de Jesus a tornarem-se
mais e mais imbuídos do Seu Espírito? Manuscrito 36, 1899. Tendes agora deveres
por cumprir, que não tínheis antes de vosso casamento. “Revesti-vos, pois, ...
de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão,
longanimidade.” Andai em amor, como também Cristo vos amou.” “Vós, mulheres,
sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da
mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja. ... De sorte que, assim como a
igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a
seus maridos. Vós maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja,
e a Si mesmo Se entregou por ela.” O Lar Adventista, 114
O que significa honrar meu pai e
minha mãe? Honrar
seu pai e mãe é demonstrado através de palavras e ações que surgem de uma
atitude interior de estima e respeito pela posição que ocupam. A palavra grega
para honra significa reverenciar, estimar e valorizar. Honrar é dar respeito
não apenas pelo mérito, mas pela posição. Por exemplo, algumas pessoas podem
não concordar com as decisões de seu presidente, mas ainda devem respeitar sua
posição como líder de seu país. Assim também, os filhos de todas as idades
devem honrar seus pais, quer seus pais “mereçam” ou não. Deus nos exorta a
honrar nosso pai e mãe. Ele tanto valoriza honrar aos pais que incluiu esse
princípio nos dez mandamentos. Ver Êxodo 20:12 e novamente no Novo Testamento:
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que
te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” Efésios 6:1-3.
SEXTA-FEIRA
(26 de outubro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS A LIÇÃO 4 (4º TRIMESTRE 2018) A
CHAVE PARA A UNIDADE - Deus quer que seus seguidores vivam em união. Quando Jesus
preparou-Se para sua própria morte, uma das primeiras coisas em sua mente foi a
unidade dos seus discípulos: "Não rogo somente por estes, mas também por
aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que
todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em
nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" João 17:20-21
Todos os que
querem glorificar a Deus incentivarão esta unidade entre os crentes:
"Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns
para com os outros". Romanos 14:19. Como servos de Deus em comunhão com o
Espírito Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade: ".
. . completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o
mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por
partidarismo ou vangloria, mas por humildade, considerando cada um os outros
superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu,
senão também cada qual o que é dos outros.” Filipenses 2:2-4.
Paulo deu a
fórmula prática para esta paz quando escreveu à igreja dividida em Corinto:
"Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis a
todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente
unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer" I Coríntios 1:10.
Embora os métodos humanos para manter a unidade possam parecer práticos e
eficientes, os verdadeiros seguidores de Jesus procurarão manter a unidade do
modo que ele nos ensina na bíblia.
A unidade
artificial é fácil. Os homens são muito capazes de esconder diferenças reais e
criar alianças ímpias, como faziam os fariseus e os herodianos quando se uniam
contra seu adversário comum, Jesus. Mas a unidade real requer trabalho duro.
Exige estudo diligente, humildade genuína, amor pelos irmãos e, acima de tudo,
um amor intransigente por Deus e Sua palavra. Que Deus nos ajude a desenvolver
a mente de Cristo para servi-lo juntos! Amém?
“É propósito
de Deus que haja unidade entre Seus filhos. Não esperam viver juntos no mesmo
Céu? Está Cristo dividido contra Si mesmo? Dará Ele êxito ao Seu povo antes de
removerem eles o lixo da suspeita e da discórdia, antes que os obreiros, em
unidade de propósitos, dediquem coração e mente à obra que é tão santa aos
olhos de Deus? A união faz a força; a desunião enfraquece. Unidos uns aos
outros, trabalhando juntos, em harmonia, pela salvação dos homens, seremos na
verdade “cooperadores de Deus”. 1 Coríntios 3:9. Os que se recusam a trabalhar
em boa harmonia desonram grandemente a Deus. O inimigo deleita-se em vê-los
trabalhando para fins mutuamente contrários. Essas pessoas precisam cultivar o
amor fraternal e a ternura de coração. Se pudessem correr a cortina que lhes
vela o futuro e ver o resultado de sua desunião, por certo seriam levados a
arrepender-se.” Conselhos para a Igreja, 42
Luís Fonseca
Boa tarde gostaria de imprimir o estudo como fasso obg.
ResponderEliminar