segunda-feira, 12 de novembro de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (4º trimestre de 2018) UNIDADE E RELACIONAMENTOS DESFEITOS


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (4º trimestre de 2018) UNIDADE E RELACIONAMENTOS DESFEITOS

VERSO ÁUREO: “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” Romanos 5:10

INTRODUÇÃO (sábado 1º de dezembro) - A essência do evangelho de Jesus Cristo é cura e transformação. E quando essas duas coisas ocorrem, certamente impactam nosso relacionamento com os outros. A Bíblia apresenta princípios e exemplos poderosos de como podemos ter relacionamentos bons e próximos com outras pessoas, mesmo neste mundo de pecado.
Para que haja harmonia em todos os relacionamentos entre as pessoas e Deus, é necessário prestarmos atenção nos 5 pontos principais da psicologia: Confiança, respeito, amizade cumplicidade e amor. Quando se perde a confiança, perde-se o respeito, rompe-se a amizade, não existe cumplicidade e o amor desaparece!

Como já analisamos em lições anteriores, mesmo depois do Pentecostes, a relação entre os cristãos foi tensa em alguns momentos. O Novo Testamento registra vários exemplos de como os líderes da igreja e os membros lidaram com esses desafios. Esses relatos são extremamente valiosos para a igreja de hoje. Eles revelam os resultados positivos de utilizarmos princípios bíblicos para lidar com os conflitos e preservar nossa unidade em Cristo.

Os relacionamentos mais íntimos podem ser rompidos. As palavras de amor podem ser substituídas pelas acusações ferinas; os abraços fraternos podem ser trocados pelo afastamento gelado e a alegria da comunhão pode ser perturbada pela tristeza da mágoa. Os relacionamentos adoecem na família, na igreja e no trabalho. Pessoas que andaram juntas e comungaram dos mesmos sentimentos e ideais, afastam-se. Cônjuges que fizeram votos de amor no altar, ferem um ao outro com palavras duras. Amigos que celebravam juntos as aventuras da vida, distanciam-se e irmãos que celebravam festa ao Senhor no mesmo altar, apartam-se tomados por gélida indiferença. É pena quando isso acontece!

Como podemos restaurar esses relacionamentos quebrados? Como buscar o caminho do perdão e tomar de volta aquilo que o inimigo levou de nós?

a) Reconhecer a nossa própria culpa na quebra desses relacionamentos. É mais fácil acusar os outros do que reconhecer nossos próprios erros!

b) Tomar atitudes práticas de construir pontes de aproximação em vez de levantar muros de separação. A honestidade em reconhecer nossa culpa e a humildade de dizer isso para a pessoa que está magoada conosco é o caminho mais curto e mais seguro para termos vitória na restauração dos relacionamentos quebrados. Jesus Cristo nos ensinou a tomar a iniciativa de buscar o perdão e a reconciliação.

c) Tomar a atitudes de perdoar o próximo que está ferido conosco, assim como Deus em Cristo nos perdoou. É mais fácil falar de perdão do que perdoar. O perdão não é coisa fácil, mas ele é possível e  necessário.

Na lição desta semana examinaremos relacionamentos restaurados e como as relações humanas influenciam na unidade em Cristo. O ministério do Espírito Santo envolve aproximar as pessoas de Deus e uma das outras, além de derrubar as barreiras no relacionamento com o Senhor e de uns para com os outros. Em suma; a maior demonstração do poder do evangelho não é necessariamente o que a igreja diz, mas como ela vive: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” João 13:35. 

Sem esse amor, todo o nosso discurso sobre a unidade da igreja não levará a nada. Somos convidados a buscar a graça de Deus diariamente. É dessa fonte da graça que emana a cura para os relacionamentos quebrados. Que Deus nos dê a alegria da cura dos relacionamentos no banquete da reconciliação! Amém?

DOMINGO (02 de dezembro) AMIZADE RESTAURADA – A lição de hoje mostra como Paulo e Barnabé experimentaram a alegria de ver a amizade restaurada, entre eles e com João Marcos, quando tiveram de tratar de João Marcos, parente de Barnabé, que falhou em algum momento. Eles tiveram um desentendimento sobre a confiabilidade de João Marcos que desistiu da primeira viagem missionária, ver Atos 15:36-39. Os potenciais perigos da pregação do evangelho fizeram com que João Marcos, em certo ponto, abandonasse Paulo e Barnabé e voltasse para casa. Atos 13:13.

Ellen White assim comenta: “Essa deserção fez com que Paulo julgasse Marcos por algum tempo desfavorável; e até mesmo com severidade. Por outro lado, Barnabé se inclinava a desculpá-lo devido à sua inexperiência. Estava ansioso para que Marcos não abandonasse o ministério, pois via nele qualidades que o habilitariam para ser útil obreiro de Cristo.” Atos dos Apóstolos, 170.

Mesmo com esses problemas de relacionamentos, o assunto entre eles precisava de ser resolvido. O apóstolo que pregava a graça devia estendê-la a um jovem pregador que o havia desapontado. O apóstolo do perdão necessitava perdoar. João Marcos se desenvolveu por meio da encorajadora orientação de Barnabé, ver Atos 15:39, e, por fim, o coração de Paulo parece ter sido tocado pelas mudanças.

João Marcos era parente de Barnabé e filho de Maria, em cuja casa a igreja primitiva se reunia em Jerusalém. Talvez Maria fosse uma mulher relativa­mente rica, pois tinha pelo menos uma empregada, Rode. Provavelmente, o cenáculo onde aconteceu o Pentecostes fosse a casa de João Marcos.

Em companhia de seu tio Barnabé, João Marcos acompanhou Paulo em sua primeira viagem missionária até Perge, de onde Marcos voltou, por motivos não declarados. Ver Atos 13:13 Rejeitado por Paulo para a segunda viagem missionária, ele e Barnabé partiram para Chipre. Ver Atos 15:38-40. Ignoramos o que aconteceu realmente com João Marcos em relação ao seu fracasso como missionário. Mas, podemos inferir que talvez fosse falta de experiência com Deus.

Graças a Deus, Barnabé deu uma segunda chance a João Marcos. Paulo e Barnabé estavam prontos a iniciar sua segunda viagem missionária, e Barnabé quis levar consigo o jovem que tinha fracassado na primeira viagem, porque podia enxergar o grande potencial na vida dele. Barnabé foi preponderante na restauração da vida de João Marcos.

Vemos também que João Marcos gozava de um relacionamento próximo com o apóstolo Pedro. Talvez fosse “filho na fé” dele, ver I Ped. 5:13. Sem dúvida alguma, Deus operou uma grande obra na vida de João Marcos.

O próprio Paulo, posteriormente, teve seu relacionamento restaurado com o jovem Marcos. A recusa de Paulo de levar Marcos na segunda Viagem Missionária poderia ter causado um distanciamento permanente entre os dois, mas felizmente isto não aconteceu. Durante os últimos anos da vida de Paulo, Marcos, aquele que foi rejeitado pelo apóstolo, fez-lhe companhia, permanecendo ao seu lado nas horas mais difíceis. Veja este texto: “Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o.” Colossenses 4:10. Ver também II Tim. 4:11. Embora os detalhes da reconciliação de Paulo com João Marcos estejam incompletos, o registro bíblico é claro. João Marcos se tornou um dos companheiros de confiança do apóstolo. Amém?

Como podemos perdoar os que nos machucaram ou nos decepcionaram? Ao mesmo tempo, por que o perdão nem sempre inclui uma restauração completa de um relacionamento anterior?

SEGUNDA-FEIRA (03 de dezembro) PASSAR DE ESCRAVO A FILHO – Quando Paulo estava na prisão, escreveu 4 cartas: Quais são as cartas? Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Filemom era um homem rico, fato que o permitia ter escravos. Naquela época era normal um homem rico ter escravos, e Filemom tinha os seus. Um dos escravos de Filemom chamava-se Onésimo, e ele fugiu da casa de Filemon e conheceu Paulo, provavelmente na prisão domiciliária em Roma.
  
A lição de hoje menciona a história de Onésimo que era servo de Filemom, que tinha fugido de Colossos para Roma. O apóstolo percebeu que conhecia pessoalmente o senhor de Onésimo. A epístola de Filemom é o apelo pessoal de Paulo a seu amigo, referente a um relacionamento restaurado com o escravo fugitivo.

Onésimo foi evangelizado e batizado por Paulo, como vemos no seguinte verso: “Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões.” Filemom 1:10. Como Onésimo tinha recebido as bases espirituais na casa do seu senhor, assim que chegou em Roma, logo procurou se juntar com os cristãos de lá. E Paulo o evangelizou, e Onésimo foi batizado.

Quando Paulo soube que Onésimo havia fugido da casa de um amigo, teve a iniciativa de tornar o assunto conhecido à Filemom, e solicitar o recebimento com amor e perdão para o escravo, e sugeriu até a sua libertação, como vemos: “Não já como servo; antes, mais do que servo, como irmão amado, particularmente de mim, e quanto mais de ti, assim na carne como no Senhor? Assim, pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo.” Filemom 1:16 e17

Qual tinha sido o pecado do escravo Onésimo? Onésimo provavelmente havia furtado algo da casa do seu senhor, ou simplesmente fugido, mas Paulo responsabilizou-se pelo homem: “E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta. Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi; eu o pagarei, para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te deves.” Filemom 1:18-19

Paulo era realmente amigo de Filemon, pois nele confiava, como vemos a seguir: “Escrevi-te confiado na tua obediência, sabendo que ainda farás mais do que digo. E juntamente prepara-me também pousada, porque espero que pelas vossas orações vos hei-de ser concedido.” Filemom 1:21-22. E, Paulo era também uma grande autoridade eclesiástica que Filemom respeitava muito.

Os relacionamentos eram importantes para Paulo. O apóstolo sabia que as relações rompidas prejudicam o crescimento espiritual e a unidade da igreja. Filemom era um líder da igreja de Colossos. Se ele nutrisse amargura para com Onésimo, isso afetaria negativamente seu testemunho cristão e o testemunho da igreja aos incrédulos da comunidade. O significado do nome Onésimo é útil, e Paulo diz a Filemon que ele era inútil, mas que, depois da sua conversão havia se tornado útil para o evangelho.

Veja quatro pontos para serem considerados neste episódio:

1) Onésimo tinha uma situação de pecador – Ele era devedor, e merecia a morte ao ser encontrado. Em relação à lei vigente, poderia se dizer que ele era um pecador, ou um criminoso digno de morte: “O qual noutro tempo te foi inútil, mas agora a ti e a mim muito útil; eu to tornei a enviar.” Filemom 1:11

“E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta.” Filemom 1:18

Mas; e nós, o que somos? “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23

2) Paulo intercedeu pelo escravo – Da mesma maneira Jesus Cristo intercede pelo pecador arrependido, por intermédio do Espírito Santo. Paulo, além de apresentar a salvação eterna, concedeu à Onésimo o livramento da morte, através de uma intercessão direta ao senhor de Onésimo, oferecendo seu próprio nome como garantia, como vemos no seguinte texto: “Assim, pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo. E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta.” Filemom 1:17-18. Jesus é o nosso intercessor, e podemos nos apresentar a Deus através do Seu nome. Ele paga nossas dívidas e nos redime. Amém? 

“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:8

3) Onésimo fugiu do seu senhor - Há muitos por aí fugindo do Senhor Deus, de conhecê-Lo, de andar com Ele. De obedecê-Lo. Mas ao passar por dificuldades, ficam envergonhados de voltar. Mas, Deus sempre inicia o resgate. Em defesa de Onésimo estava Paulo para socorrê-lo. Bastou o erro ser admitido para Paulo auxiliá-lo. A história de Onésimo somente retrata um homem carnal que fugiu do seu Senhor, mas encontrou um defensor no momento mais difícil de sua vida. Paulo foi importante na restauração espiritual de Onésimo

4) Onésimo aceitou a salvação de forma incondicional: Onésimo tornou-se um servo de Paulo e não um escravo. Ele foi mais um fiel ajudador: “Juntamente com Onésimo, amado e fiel irmão, que é dos vossos; eles vos farão saber tudo o que por aqui se passa.” Colossenses 4:9

Como os princípios descritos na carta a Filemom podem impedir uma ruptura na unidade da igreja? Que relação você faz entre Onésimo e Filemom e você e Cristo? “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” João 15:15

TERÇA-FEIRA (04 de dezembro) DONS ESPIRITUAIS PARA A UNIDADE - Jesus usa diferentes obreiros para realizar diferentes ministérios em Sua igreja, embora cada um trabalhe em conjunto para a edificação do reino de Deus. Quando lemos I Coríntios 3:5-11; 12:1-11; 2 e I Coríntios 10:12-15, vemos os princípios para a cura e a restauração, tão vitais à unidade da igreja. Paulo disse: “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. I Coríntios 3:9.

Deus nos chama à cooperação, não à competição. Todo cristão é dotado por Deus para cooperar no ministério do corpo de Cristo e no serviço à comunidade. Não há dons superiores nem inferiores. Todos são necessários na igreja de Cristo, ver I Cor 12:18-23. Os dons que Deus nos concedeu não são para exibição egoísta, mas para ajudar na pregação do evangelho.

Deus nos concede dons para que vivamos em unidade, não em uniformidade. Paulo explica na seção construtiva de sua carta: “Ha diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo.” I Coríntios 12:4. De acordo com Paulo esse tipo de igreja não funciona muito bem e, usando a figura do corpo humano, ele explica: “Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você! " Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês!” I Coríntios 12:17 e 21. Paulo está falando de unidade e não de uniformidade. Com ele aprendemos que é a unidade, e não a uniformidade, que Cristo tem para a igreja e espera de cada um de nós.

A igreja funciona especialmente através da pluralidade, ou seja, o Espírito Santo usa todos os seus membros para que a obra de Cristo seja cumprida e Sua Palavra seja anunciada ao mundo. A obra de Cristo não é feita através das mãos de um ou dois líderes da igreja, mas através de todos os membros exercendo seus dons espirituais. Paulo também ensina que os membros da igreja devem ser solidários uns com os outros. “Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele.” I Cor. 12:26.

I Coríntios 14 mostra o que acontece quando um dom é mais valorizado do que outro, principalmente o dom de línguas. Dentro da igreja de Corinto, aqueles que falavam em línguas estrangeiras consideravam-se melhores do que os que não falavam e fizeram deste dom um tipo de credencial ou certificado de vida cristã. No entanto, os coríntios deviam considerar este dom apenas como mais um entre todos os dons que o Espírito Santo concede ao corpo de Cristo.

Você já teve ciúmes dos dons espirituais de alguém? Você aceita os cargos que lhe são confiados?

QUARTA-FEIRA (5 de dezembro) PERDÃO - O que é o perdão? Perdão é mais do que comida e bebida. Perdão é mais do que roupas e vestes. Perdão é mais do que todas as coisas materiais do mundo juntas. Perdoar envolve; o nosso interior, a nossa vontade, a nossa alma e o envolve o próprio Deus. Pois Deus é a fonte do Perdão, do amor e da misericórdia.

Certa vez, Deus apareceu em sonhos para Salomão e disse: “E se o meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei dos céus e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” II Crônicas 7:14.

As vezes levantamos reais barreiras à torrente perdoadora de Deus. O perdão que Deus deseja conceder-nos é maravilhoso, grandioso e infinito! Nós é que, as vezes, não desejamos esse perdão em sua plenitude. Em Lucas 23:34 encontramos o real perdão de Deus. “ ..Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”

Perdoar é livrar o outro da nossa condenação porque Cristo nos livrou de Sua condenação. O perdão não justifica o comportamento da pessoa para conosco. Podemos nos reconciliar com alguém que nos prejudicou, pois Cristo nos reconciliou com Ele quando pecamos. Podemos perdoar porque somos perdoados. Podemos amar porque somos amados. O perdão é uma escolha. Escolhemos perdoar, apesar das ações ou atitudes da outra pessoa. Esse é o verdadeiro espírito de Jesus.

O perdão humano é um tanto diferente do perdão divino. O homem, geralmente concede um perdão deficiente. Deus quando perdoa, também esquece. Isso é visto no seguinte verso: “Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades, e dos seus pecados e das suas prevaricações não me lembrarei mais.” Heb 8:12. Deus tem memória fraca quando se trata dos nossos pecados. Ele perdoa e esquece. Eu gosto de usar essa comparação quando se trata de Deus perdoar pecados. O ser humano é que tem uma boa memória. Geralmente não esquece os insultos que os outros fazem.

Durante a segunda guerra mundial quando os soldados ou civis viam algum inimigo cometer uma atrocidade, diziam uns aos outros. “marca esse homem para o futuro.” olhavam-no bem, de maneira que se sobrevivessem, pudessem mais tarde vingar-se. Quase todas as empresas, marcam os funcionários que causaram algum problema, quando são despedidos; e passam as informações negativas aos futuros patrões.

O homem sem Deus é capaz de guardar mágoas ou raiva dos seus semelhantes por uma vida toda. Uma pessoa, certa vez, me procurou pedindo para eu orar por ela, pois não conseguia perdoar uma outra pessoa. perguntei-lhe há quanto tempo já havia acontecido a ofensa. Ela disse-me que era há 45 atrás, e que o ofensor já havia falecido.

O perdão também é fundamental para nosso bem-estar espiritual. Deixar de perdoar alguém que nos prejudicou, mesmo que essa pessoa não mereça nosso perdão, dói mais em nós do que na outra pessoa. Cuidado para não beber o veneno do ódio!

Mais do que pensamos, a falta do perdão tem subtraído dos outros e de nós próprios, as preciosas bênçãos de Deus. Em Mateus capítulo 18 traz a parábola do credor incompassivo: “Por isso, o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. E não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, a sua mulher e seus filhos, fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu companheiro, prostrando-se aos seus pés, rogava-lhe dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém não quis, antes foi encerra-lo na prisão, até que pagasse a dívida.” Mat. 18:23-30

Como o perdão que temos em Cristo nos ajuda a perdoar os outros? Por que esse perdão é um aspecto tão essencial da nossa experiência cristã? Como os cristãos primitivos viveram a experiência do perdão?

QUINTA-FEIRA (06 de dezembro) RESTAURAÇÃO E UNIDADEEste é o texto para hoje: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.” Mateus 18:15-17

Não há na bíblia uma única citação que garanta que, no relacionamento entre os irmãos não surgiriam conflitos. O que vemos, no ensino de Jesus e dos apóstolos, é uma preocupação em deixar claro como resolver esses conflitos. A prova disso, é o número de textos que há nos evangelhos e nas cartas apostólicas sobre o perdão, o amor, a humildade, como manter a paz e o bom relacionamento entre os irmãos, e as advertências sobre os perigos e consequências de não se tratar a fundo os conflitos, quando esses surgissem.

O que devemos fazer? Buscar salvá-lo. “ Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.” Tiago 5:19-20

Como devemos ajudar? Sem contendas: “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,” II Timóteo 2:24-25

O que fazer se o irmão se arrepender? Devemos conceder-lhe o perdão imediatamente: “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.” Lucas 17:3-4

De acordo com Mateus 18:15-17 quais são os três passos indicados por Jesus para resolver conflitos quando somos prejudicados por outro membro da igreja?

1) Quando Jesus emitiu este princípio cristão, desejava manter o conflito interpessoal dentro da igreja e em um circuito fechado entre o menor número possível de pessoas. Sua intenção era a de que as duas pessoas envolvidas solucionassem o problema. Por isso, Ele declarou: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.” Mat 18:15.

2) Jesus nos convida a levar conosco uma ou duas pessoas. Essa segunda etapa no processo de reconciliação deve sempre ocorrer após o primeiro passo. O objetivo é unir as pessoas, e não as distanciar ainda mais. A pessoa que se junta à parte ofendida não vai para provar seu argumento nem para culpar o outro. Ela vai no amor e compaixão de Cristo, como conselheira e parceira de oração a fim de participar do processo de união de duas pessoas separadas.

3) Se os dois primeiros passos não ajudaram a reconciliar as duas partes, é necessário levar o caso a comissão ou conselho da igreja. O propósito de Cristo é a reconciliação. Não é culpar uma parte e livrar a outra.

Veja este texto inspirado: “Não permita que seu ressentimento se torne maldade. Não deixe que a ferida inflame e contamine o que está ao redor com palavras venenosas, que manchem a mente daqueles que as ouvem. Não permita que persistam em você e neles pensamentos de rancor. Vai ter com seu irmão e em humildade e sinceridade resolva com ele o problema.” Obreiros Evangélicos, 499.

SEXTA-FEIRA (07 de dezembro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (4º trimestre de 2018) UNIDADE E RELACIONAMENTOS DESFEITOS – Durante esta semana examinamos alguns relacionamentos que foram restaurados pela graça de Cristo. Somos convidados também a buscar a graça de Deus diariamente, buscar a fonte da graça que emana a cura para os relacionamentos quebrados. Que Deus nos dê a alegria da cura dos relacionamentos no banquete da reconciliação! Amém?

“Quando os obreiros tiverem a presença permanente de Cristo em sua vida, quando estiver morto todo o egoísmo, quando não houver nenhuma rivalidade, nenhuma contenda pela supremacia, quando existir unidade, quando eles se santificarem de maneira que o amor de uns pelos outros seja visto e sentido, então os chuveiros da graça do Espírito Santo hão de vir tão seguramente sobre eles como é certo que a promessa de Deus não falhará em um jota ou um til.”  Mensagens Escolhidas, v. 1, 175.

“Para subsistirmos no grande dia do Senhor, com Cristo como nosso refúgio, nossa torre forte, temos que deixar de lado toda inveja, toda luta pela supremacia. Temos que destruir completamente as raízes dessas coisas profanas, para que não tornem a brotar na vida. Precisamos colocar-nos inteiramente ao lado do Senhor.” Eventos Finais, 190.

Já possuímos as qualidades cristãs necessárias para sermos agentes de conciliação? “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” Colossenses 3:12-17

Nossa vida de santidade e testemunho tem contribuído para conduzir pessoas ao batismo? 

Luís Carlos Fonseca

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