terça-feira, 6 de novembro de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 (4º trimestre 2018) A PROVA MAIS CONVINCENTE


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 (4º trimestre 2018) A PROVA MAIS CONVINCENTE

VERSO ÁUREO: “Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.” João 11:51,52

INTRODUÇÃO (sábado 24 de novembro) – A prova mais convincente da unidade entre os irmãos é quando os pessoas de fora percebem essa unidade e desejam viver no nosso meio. Na lição da semana passada estudamos como a unidade se torna visível mediante uma mensagem comum, centrada em Jesus como Salvador e nas doutrinas bíblicas. Nesta semana vamos nos concentrar na unidade visível da igreja, manifestada na vida cotidiana dos cristãos e na missão da igreja em atrair pessoas para o corpo unido de Cristo.
A mais convincente prova de unidade é amar uns aos outros como Jesus nos amou. O perdão dos nossos pecados e a salvação que partilhamos, como adventistas, são os melhores vínculos dessa comunhão. Podemos mostrar ao mundo nossa unidade e testemunhar de nossa fé. Amém?


Por que as pessoas deixam de andar em unidade? Veja alguns motivos ou causas que fazem com que as pessoas deixem de andar em unidade: a) Egocentrismo: Acham que sua opinião ou seu jeito de fazer é melhor do que o de seu líder ou do coletivo. b) Competição: Querem sempre estar “certas” e serem “melhores” que os outros ou do que seus líderes. c) Auto-pastoreio: não conseguem se abrir para serem ensinadas, conduzidas, pastoreadas, caminhar em unidade como as ovelhas. d) Fator psicológico. Há um espírito maligno atuando em suas vidas. Em alguns casos é um legado de orfandade, quando as pessoas não tiveram a figura paterna presente e acolhedora na sua infância.

O que a unidade faz? Gera força, pois Deus habita no meio da unidade. Veja a unidade da trindade Divina. Mateus 18:19-20. Porque um ajuda ao outro. Leia Eclesiastes 4:9-12. Proporciona um ambiente agradável. Um ambiente gerado pela unidade estimula e encoraja a todos. Veja I Coríntios 1:10. Um ambiente onde todos falam a mesma linguagem, têm a mesma visão e lutam para conquistar alvos comuns, gera credibilidade e confiança para as pessoas que chegam nesse ambiente. Já um ambiente em que as pessoas criticam umas as outras e falam línguas diferentes, criticam seus líderes e uns aos outros, gera desconfiança em quem chega.

O inimigo de Deus tem todo interesse em afastar as pessoas do corpo de Cristo, pois ao afastar uma pessoa da unidade, destrói com mais facilidade, já que sozinha ela está mais vulnerável. Ver Heb. 10:24,25.

Eu preciso me unir a Deus, em comunhão com Ele, e estar em concordância com Seu propósito para minha vida. Assim eu sou instrumento para contribuir com a unidade da igreja, da família e do pequeno grupo que participo. A esposa precisa estar unida ao seu marido ou ajudá-lo nas decisões e assim viverem em concordância. Pais e filhos também necessitam estar unidos, colegas de trabalho devem estar unidos. Quando há concordância dentro do lar, tudo se torna possível, principalmente se estiver sujeito a Cristo. O crente também tem uma visão de evangelismo. Estar unidos não é apenas estarmos todos juntos em um culto ou conviver na igreja, na família ou trabalho. Devemos estar unidos na divulgação da Palavra de Deus.  

“A unidade com Cristo estabelece um vínculo de unidade de uns com os outros. Essa unidade é, para o mundo, a mais convincente prova da majestade e da virtude de Cristo, bem como de Seu poder de tirar o pecado.” Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.148.

DOMINGO (25 de novembro) SOB A CRUZ DE CRISTO – Não é estranho Deus ter usado Caifás para explicar a morte de Cristo, embora ele não soubesse o que estava fazendo ao condenar Jesus à morte? “Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.” João 11:51,52. 

Caifás pensou que estivesse fazendo apenas uma declaração política. Porém, João a usou para revelar uma verdade fundamental sobre o significado da morte substitutiva de Jesus por todos os fiéis de Deus, que um dia seriam reunidos “em um só corpo”.

Experimentamos também a unidade em Cristo por meio do batismo. “Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.” Gál 3:26, 27. O batismo é outro vínculo que partilhamos, pois simboliza nossa fé em Cristo. Temos um Pai em comum; portanto, somos todos filhos e filhas de Deus. E temos um Salvador em comum, em cuja morte e ressurreição somos batizados. Ver Rom 6:3, 4.

Que vantagens a cruz de Cristo nos proporciona?

Providencia a remissão dos pecados. Ver  Heb. 9:11–14.  Antigamente os escravos eram libertos por certo preço em dinheiro, no judaísmo os pecadores eram libertos por sacrifícios de animais, na cruz os pecadores foram libertos pelo sangue de Cristo. Ver Heb 9:14. E quando estava na cruz, Cristo declarou o pagamento da dívida, João. 19:30. Amém?

Providencia a justificação dos pecadores. Ver Rom. 3:24,25. Justificar significa perdoar ou declarar com justiça que o réu é justo. Jesus que não cometeu pecados foi feito pecado para sermos justificados. Ver II Cor.5:21. Os injustos são justificados em nome de Cristo. Ver I Cor. 6:9–11. A fé no sacrifício de Cristo é o preço a pagar pelo pecador. Ver Efé. 2:8,9. “justificados pela fé temos paz com Deus” Efésios 5:1

A cruz de Cristo providencia a comunhão com Deus. Ver I Cor. 1:9. Nós somos chamamos à comunhão com a trindade Divina. Isto significa participar das suas promessas e da sua natureza. Ver II Ped. 1:3,4

A cruz de Cristo providencia a felicidade eterna. No Cristianismo, a cruz é a mediação do amor de Deus e Sua justiça. Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ver João 1:29. Por causa do sacrifício expiatório de Jesus na cruz, aqueles que depositam a sua fé e confiança n'Ele para a salvação recebem a promessa da vida eterna. João 3:16. No entanto, Jesus chamou os Seus seguidores a tomar a Sua cruz e segui-lo. Mateus 16:24.
Levando em conta os benefícios da cruz aceitamos o convite para ter comunhão com Deus, a qual nos concede tanto a felicidade presente como a futura, e essa felicidade leva-nos à unidade com os nossos irmãos e demais pessoas.

“Vindo habitar conosco, Jesus devia revelar Deus tanto aos homens como aos anjos. Ele era a Palavra de Deus; o pensamento de Deus tornado audível. Em Sua oração pelos discípulos, diz: “Eu lhes fiz conhecer o Teu nome”;  misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade  “para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja”. João 17:26. Mas não somente a Seus filhos nascidos na Terra era feita essa revelação. Nosso pequenino mundo é o livro de estudo do Universo. O maravilhoso desígnio de graça do Senhor, o mistério do amor que redime, é o tema para que “os anjos desejam bem atentar”, e será seu estudo através dos séculos sem fim. Mas os seres remidos e os não caídos encontrarão na cruz de Cristo sua ciência e seu cântico. Ver-se-á que a glória que resplandece na face de Jesus Cristo é a glória do abnegado amor. À luz do Calvário se patenteará que a lei do amor que renuncia é a lei da vida para a Terra e o Céu; que o amor que “não busca os seus interesses” (1 Coríntios 13:5) tem sua fonte no coração de Deus; e que no manso e humilde Jesus se manifesta o caráter dAquele que habita na luz inacessível ao homem.” Ellen White Meditações Matinais – Refletindo a Cristo, 7

SEGUNDA-FEIRA (26 de novembro) MINISTÉRIO DE RECONCILIAÇÃO – No texto de hoje Paulo afirmou que, em Cristo, somos novas criaturas, reconciliadas com Deus. Qual é então o nosso ministério neste mundo? Que diferença poderíamos fazer em nossa comunidade sendo um corpo unido?
  
Veja o texto: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. II Coríntios 5:17-21.

Jesus reconciliou o mundo através da Sua morte, e cabe a cada crente exercer o ministério da reconciliação. Não existe nenhum membro de igreja que não tenha um amigo, vizinho, colega de trabalho, membro da família ou alguém especial com quem tenha bom relacionamento e queira levar o amor de Jesus. Pelo menos uma pessoa, que ele possa convidar para participar de um culto ou programa especial na igreja. Convidar alguém é algo que todos podem fazer.

É tarefa de todos fortalecer o conceito de evangelismo pela amizade, estimulando cada membro da igreja a transformar amigos em irmãos. “Em Sua sabedoria o Senhor põe os que estão à procura da verdade em contato com seus semelhantes que a conhecem” Atos dos Apóstolos, 134.

Todos os membros são convidados à criar condições para que milhões de pessoas acompanhem-nos na igreja. “Não devemos esperar que as pessoas venham a nós; precisamos procurá-las onde estiverem” Serviço Cristão,121.

Certamente nosso mundo é conhecido por desordem, problemas, guerras e conflitos. Todos esses fatores afetam nossa vida pessoal, comunitária e nacional. Às vezes parece que toda a nossa vida está em conflito. Mas a desunião e a desordem não prevalecerão para sempre. Deus está em uma missão para promover a unidade cósmica.

Encontramos nas palavras de Jesus os três passos que devemos seguir para restaurarmos os relacionamentos quebrados e reconciliar as pessoas. Eis o texto: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.” Mateus 18:15-17

O quarto passo e último, deste processo, seria a aplicação da disciplina ao membro da igreja. Lamentavelmente esse ensinamento de Cristo não tem sido seguido devidamente e muita confusão tem-se visto no seio de algumas igrejas. Há ocasiões em que todas as tentativas de reconciliação falham; neste caso Jesus pediu para que o assunto fosse apresentado à igreja. 

Depois do assunto ser apresentado perante a igreja, em uma reunião administrativa, e ao a pessoa continuar irreconciliável, aí a medida de disciplina do membro se faz necessária.
Em Efésios 2:13-16, Paulo apresentou os princípios de Cristo para que haja paz entre os cristãos: por meio de Sua morte na cruz, Jesus fez dos judeus e gentios um só povo e destruiu as barreiras étnicas e religiosas que os separavam. Se Cristo conseguiu fazer isso com os judeus e gentios no primeiro século, Ele ainda pode fazer muito mais para derrubar as barreiras étnicas, culturais e corações duros que dividem as pessoas em nossa igreja hoje! Amém?

Mediante o ministério da reconciliação, a igreja declara ao universo que o divino plano da redenção é verdadeiro e poderoso. O grande conflito é sobre Deus e Seu caráter. Na medida em que a igreja cultiva a unidade e a reconciliação, o universo vê a obra da sabedoria eterna de Deus. Ver Efésios 3:8-11.

TERÇA-FEIRA (27 de novembro) UMA UNIDADE PRÁTICA – A lição de hoje convida-nos a vivermos o evangelho e não apenas senti-lo. A regra áurea do evangelho deve ser praticada por todos nós: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” Mateus 7:12.

Muitas outras passagens das Escrituras encorajam os cristãos a seguir o exemplo de Jesus e a ser testemunhas vivas da graça de Deus para outros. Somos incentivados a suportar os fardos uns dos outros: “Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.” Gálatas 6:12. Somo incentivados a viver na simplicidade e a concentrar-nos na espiritualidade interior em lugar da ostentação externa. Ver Mat 16:24-26 e I Ped 3:3.

Veja como este texto mostra a necessidade que temos de sermos testemunhas de Cristo: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Atos 1:8. Quando recebemos o evangelho, as boas novas do Evangelho jamais ficam guardadas. Sabemos deste versículo acima “de trás pra frente” não é mesmo?
  
A palavra “testemunho” significa: “afirmação fundamentada e comprovada”. Já a palavra “testemunha” nos diz que é: “alguém que assiste a um fato e atesta com veracidade ou validade legal”, ou seja, o testemunho deve ser feito por alguém capacitado para esclarecer os fatos, caso contrário, tal testemunho não poderá ser comprovado. Quando Jesus deu essa incumbência aos discípulos, Ele estava certo que esta seria mais uma ferramenta que ajudaria no avanço do Evangelho.

O poder do testemunho produz fé em Deus nas pessoas. O testemunho é capaz de fazer com que a confiança delas estejam em Deus que faz o impossível acontecer. Bem, esta é apenas uma de várias passagens na Bíblia cujo o testemunho foi o ponto chave para o avanço do reino de Deus, podemos ver nos evangelhos e no livro de Atos.

Como posso ser uma testemunha eficaz para Cristo entre os meus amigos, familiares e para um mundo perdido? Uma testemunha é alguém que atesta um fato, por isso, para ser uma testemunha eficaz para Cristo, é preciso ter um conhecimento de primeira mão dele. O Apóstolo João fala isso em I João 1:1-3, quando diz: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada."

Hoje, nós que temos experimentado a vida nova em Cristo, narramos do Seu amor e perdão, tanto verbalmente, quanto na maneira como vivemos. Isto é testemunhar. Para sermos eficazes em nosso testemunho, devemos receber o batismo diário do Espírito Santo. O poder do nosso testemunho é o Espírito Santo. É o Espírito que transforma a vida. Ver Tito 3:5, e uma vida transformada, torna-se evidente para todos. À medida que testemunhamos, devemos passar muito tempo em oração, apropriando-nos do poder do Espírito para que sejamos capazes de deixar nossa luz brilhar de tal forma que os outros vão reconhecer o poder de Deus em nós. Ver Mateus 5:16.

Veja estes textos: “Ele nos incumbiu da realização duma grande tarefa. Façamo-la com exatidão e determinação. Mostremos por nossa vida o que por nós fez a verdade.” Testemunhos Seletos, vol. 3, 51.

“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo na alma é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos e tornando ansiosos de beber da água da vida os que estão prestes a perecer.” O Desejado de Todas as Nações, 195.

Em 1902, Ellen G. White escreveu: “Todo cristão deve ser o que Cristo foi em Sua vida nesta Terra. Ele é nosso exemplo, não apenas em Sua pureza imaculada, mas em Sua paciência, mansidão, e disposição cativante” Ellen G. White, Signs of the Times, 16 de julho de 1902.
Em quais áreas da nossa vida somos chamados a mostrar nossa fidelidade a Jesus? Como devemos testemunhar do evangelho de Jesus publicamente?

QUARTA-FEIRA (28 de novembro) UNIDADE NO MEIO DA DIVERSIDADE - Quando Deus criou o mundo e o habitou, Ele o fez para que O representássemos na terra. Por exemplo; Deus escolheu Jacó que tinha doze filhos. E, cada filho tinha características peculiares, tanto físicas quanto psicológicas. Será que Deus não sabia disso e dos problemas que isso poderia gerar? Porque Deus não escolheu uma família perfeita?

A lição de hoje mostra, em Romanos 14 e 15, o apóstolo Paulo tratando de questões que estavam dividindo profundamente a igreja em Roma. Ele encorajou os romanos a mostrar tolerância e paciência uns aos outros e não dividir a igreja por causa desses assuntos.

Veja o texto principal para hoje e como podemos mantermos a unidade da igreja? “Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes. O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.” Romanos 14:1-6.

As questões que os irmãos da igreja de Roma discutiam não eram ponto de salvação. É muito provável que essas questões estivessem relacionadas com a impureza cerimonial judaica. Paulo não abordou na ocasião o problema de comer animais proibidos em Levítico 11. Eram alimentos sacrificados a ídolos que estava em discussão. O mesmo ocorre com a observância de alguns dias. A questão não se refere à observância semanal do sábado, pois sabemos que Paulo o observava regularmente o sábado. Veja estes textos: Atos 13:14, 16:13 e 17:2. 

Provavelmente, essa seja uma referência aos vários dias de festas judaicas ou de jejum. De acordo com Paulo, eram “contendas sobre dúvidas.” Rom. 14:1, indicando que não eram questões de salvação, mas de opinião, que deveriam ter sido deixadas por conta da consciência individual de cada um.

Temos em cada igreja local características exclusivas, que nos fazem diferentes em alguns aspectos, com identidade própria. Contudo, corre em nossas veias o mesmo sangue espiritual; o de Cristo. Portanto, da mesma maneira que a igreja em Roma e cada uma das doze tribos deveria respeitar e amar as demais, somos convidados ao mesmo! O meu desejo é que as nossas diferenças raciais, de pensamento não criem um muro entre nós, mas uma ponte, pois, creio eu, todos queremos cumprir os propósitos de Deus em nossa geração, ganhando almas para Cristo. Amém?

“Os obreiros de Deus devem se unir uns aos outros com amorável simpatia e confiança. Aquele que diz ou faz qualquer coisa que tenda a separar os membros da igreja de Cristo, está anulando os desígnios de Deus. Disputas e dissensões na igreja, o nutrir suspeitas e incredulidade, é desonroso para Cristo. Deus deseja que Seus servos cultivem afeição cristã uns pelos outros. A verdadeira religião liga os corações, não somente com Cristo, mas uns aos outros, na mais terna união. Quando soubermos o que significa estar assim unidos com Cristo, e com nossos irmãos, uma fragrante, benéfica influência acompanhará nossas obras aonde quer que formos.” Testemunhos para Igreja; vol 9. 145

QUINTA-FEIRA (29 de novembro) UNIDADE NA MISSÃO – A missão de Cristo na terra e o Pentecostes foram os pontos iniciais da unidade Cristã. Em Atos 1:14 e 2:46, a expressão “perseveravam unânimes” mostra como os discípulos deviam portar-se, e nós também.

Enquanto esperavam a descida do Espírito Santo, para os discípulos, teria sido fácil criticar uns aos outros. Alguns poderiam ter mencionado o fato de Pedro ter negado Jesus, ver João 18:15-18, 25-27, e a dúvida de Tomé quanto à ressurreição de Cristo, ver João 20:25. Eles poderiam ter se lembrado do pedido de João e Tiago, que solicitaram as posições mais poderosas no reino de Jesus, ver Marcos 10:35-41, ou de que Mateus havia sido um desprezado coletor de impostos. Ver Mateus 9:9.

O que eles fizeram nestes dias de preparo? A comunhão entre os discípulos e a intensidade de suas orações os prepararam para a importante experiência do Pentecostes. Quando se aproximaram de Deus e abandonaram suas diferenças pessoais, os discípulos foram preparados pelo Espírito Santo para se tornarem testemunhas destemidas e ousadas da ressurreição de Jesus.

Veja este comentário inspirado: “esses dias de preparo foram de profundo exame de coração. Os discípulos sentiram sua necessidade espiritual e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para a obra da salvação. Não suplicaram essas bênçãos apenas para si. Sentiam a responsabilidade que pesava sobre eles. Compreendiam que o evangelho devia ser proclamado ao mundo e clamavam pelo poder que Cristo havia prometido” Atos dos Apóstolos, 37.

Mesmo antes do Pentecostes, Cristo deixou advertências claras sobre a necessidade de pregarmos o evangelho: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” Mat 28:19-20.

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” Marcos 16:15-18.

Mateus enfatiza o ensino: fazer discípulos, ensinando; Marcos salienta a pregação: evangelismo acompanhado de sinais e maravilhas, libertação de demônios e cura. É interessante notar o “Ide” desses textos. Seja “Ide!” ou “Indo”, o mais importante é que temos que ir. Deus não nos quer parados! Fazer uma pausa é importante, separar tempo para a comunhão com Deus, descansar com a família, gozar as férias: tudo isso é bom e necessário! Mas a ociosidade não faz parte da vida do verdadeiro discípulo!

Paulo escreveu aos Romanos: “Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada…” Rom 12:4-6. A partir dessa verdade, somando-a ao “ide” de Jesus, podemos concluir que todos, sem exceção, devemos ir, devemos fazer discípulos, devemos servir. Missionário não é somente aquele que vai para outro país pregar o Evangelho. Missionário é aquele que tem uma missão! A nossa missão mais urgente está em casa com a nossa família, familiares, amigos e vizinhos.

Qual é a sua missão? É sempre muito fácil encontrar coisas erradas na vida de outras pessoas. Como podemos deixar de lado os erros dos outros em favor de uma causa maior: fazer a vontade de Deus em uma igreja unida?

SEXTA-FEIRA (30 de novembro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 (4º trimestre 2018) A PROVA MAIS CONVINCENTE - A prova mais convincente da unidade entre os irmãos é quando os de fora percebem essa unidade e desejam viver no nosso meio. A mais convincente prova de unidade é amar uns aos outros como Jesus nos amou. O perdão dos pecados e a salvação que partilhamos, como adventistas, são os melhores vínculos dessa comunhão. Podemos mostrar ao mundo nossa unidade e testemunhar de nossa fé. Amém?

Como resultado da unidade dos crentes do primeiro e segundo século da nossa era, o cristianismo cresceu muito e havia cristão em todos os lugares. Tertuliano, um advogado romano, que viveu no ano 200 e que se tornou cristão, escreveu assim para os magistrados romanos: “Quase todos os cidadãos, de todas as cidades do império romano, são cristãos.”

Qual é a missão da igreja? Para que ela realmente existe? Em Efésios 1: 3-14 fala-nos de dois objetivos porque a igreja existe: Existimos primeiramente para prestar louvor e adoração ao Senhor nosso Deus. Como afirma Conner em seu livro: “A principal obrigação, portanto, de uma igreja não é o evangelismo, nem missões, nem beneficência; é a adoração. A adoração a Deus, em Cristo, devia estar no centro das demais coisas que a igreja realiza.” Conner, Walter Thomas. O Evangelho da Redenção, 2ª edição JUERP, Rio de Janeiro, 1981.

A outra missão da igreja é pregar o evangelho, mas antes de pregar devemos viver o evangelho de forma autêntica. Todo verdadeiro cristão deve andar como Jesus andou, fazer o que Jesus fazia e adotar o Seu estilo de vida. Portanto; os lugares que frequento, os alimentos que consumo, as amizades que tenho, as músicas que ouço, o tipo de leitura que faço, etc… devem estar de acordo com aquilo que Jesus faria, caso estivesse em nosso lugar. Concorda?  
Um budista e um maometano seguem aquilo que os seus líderes faziam. Assim um cristão deve fazer o mesmo que Jesus fez e pediu para fazerem.

William Ayer diz que: “Um grama de testemunho vale mais do que uma tonelada de propaganda.”

Gandhi, o pacifista indiano, sendo certa vez evangelizado por um cristão disse: “No vosso Cristo eu creio, eu não creio é no vosso cristianismo.”

O testemunho mais impactante que podemos dar não é o de simplesmente dizermos o que Cristo pode fazer pela vida de algumas pessoas, mas o que Ele tem feito por cada um de nós.
O cumprimento da promessa do Espírito Santo em nossa vida será evidenciado pela frutificação em resultados espirituais.

Lembrando a experiência apostólica depois do Pentecostes, a mensageira do Senhor declara: “Mas o Espírito Santo com divino poder convenceu o coração pelos argumentos. As palavras dos apóstolos eram como afiadas setas do Todo-Poderoso, convencendo os homens de sua terrível culpa em haverem rejeitado e crucificado o Senhor da glória… Com que abrasantes linguagens vestiam suas ideias quando testificavam dEle.” Atos dos Apóstolos, 45 e 46.

Luís Carlos Fonseca

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