quarta-feira, 6 de março de 2019

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (2º trimestre de 2019) OS RITMOS A VIDA


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (2º trimestre de 2019) OS RITMOS A VIDA

INTRODUÇÃO À LIÇÃO DO TRIMESTRE – TEMPOS DE FAMÍLIA – As lições deste trimestre apresentam temas de bons relacionamentos entre os filhos de Deus e as famílias, e foram escritas pelo casal Cláudio e Pamela Consuegra.

A família foi criada por Deus antes mesmo do pecado, e, depois da queda, podemos ter certeza de que o homem jamais buscaria criar uma organização que haveria de lhe impor limites e regras de convivência, contrariando seus instintos pecaminosos e egoístas. Deus fez apenas uma mulher para o homem e, mesmo assim, há uma tendência à poligamia ou ao adultério masculino e feminino.
Por ser de origem divina, o inimigo ataca a família de maneira implacável. As tentações aos pais de família, principalmente na área do sexo e do mau relacionamento com os filhos tem sido constantes; os ataques aos filhos, lançando-os contra os pais e os pais contra os filhos; o problema das drogas, do sexo ilícito, da pornografia, do homossexualismo tem causado muitos problemas nas igrejas e sociedade.

O que é um lar? É bom estabelecer a diferença entre uma casa e um lar. Casa é uma construção com alguns materiais, como; cimento e tijolos. Lar é uma construção que envolve normas, valores e princípios, que regem os bons relacionamentos entre pessoas e suas crenças. Casa é um abrigo das intempéries do tempo como; do calor, do frio e da chuva. Já o lar é o abrigo do medo, da dor, da solidão e do desamparo. Lar é o canto onde os membros da família anseiam por estar, onde alimentam-se de afeto e encontram o conforto do acolhimento na esposa, no marido, nos filhos, nos pais e, eventualmente, nos parentes que moram juntos. Em uma casa pode-se criar problemas, mas é no lar onde os eles são resolvidos.

A Bíblia Sagrada faz referência a este modelo de lar quando assim expressa-se: “Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa.” Salmo 128:3.

No contexto do lar surge a família que, sem dúvidas, é a instituição social mais importante que existe. No entanto, a família enfrenta uma crise profunda em nossa atual sociedade. Muitas famílias vivem sob o mesmo teto, comem juntas ao redor da mesma mesa, mas não têm um lar. Lembro-me de um dito popular: “Encha uma casa de amor, e ela se tornará em um lar.” Eu defendo a ideia de que um lar sólido é um presente de Deus construído com amor e sustentado por valores e princípios.

Achei interessante a maneira como Ernestine Schumann Heink definiu o lar: “Um teto para abrigar-nos da chuva. Quatro paredes para proteger-nos do vento. Assoalho para manter-nos longe do frio. Sim, mas é muito mais do que isso. É o choro de um bebé, a canção da mãe, a força do pai. É o calor de corações que se amam, a luz de olhos felizes, a bondade, a lealdade e o companheirismo. O lar é a primeira escola e a primeira igreja das crianças, onde aprendem o que é correto, o que é bom e o que é amável. É para onde as crianças vão quando querem conforto, quando estão feridas ou doentes. É onde a alegria é compartilhada e a tristeza é suavizada. Onde pai e mãe são respeitados e amados, e as crianças são queridas. É o lugar em que o mais simples dos alimentos é suficientemente bom para os reis, visto que é ganho com trabalho. É onde o dinheiro não é tão importante quanto o amor e a bondade. É onde até a chaleira canta de felicidade. Isso é um lar. Deus o abençoe.”

Sabemos que não existem famílias e nem lares perfeitos em nosso mundo pecaminoso. No entanto, nossa missão é restaurar famílias quebradas e transformar casas frias em lares calorosos, e aqui entra a participação ativa, primeiramente, do casal. O modelo bíblico para a formação de um casal é entre um homem e uma mulher casados civilmente, e que estão dispostos em estabelecer laços de responsabilidades e respeito mútuos. Entre essas responsabilidades está; a de ter e educar os filhos para servirem a sociedade e a Deus.

VERSO ÁUREO: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3:1

INTRODUÇÃO (sábado 30 de março) OS RITMOS DA VIDA – A lição desta semana mostra a época em que vivemos e os ritmos da nossa vida que adotamos, muitas vezes frenéticos e que não sobra tempo para as coisas mais importantes da vida como; Deus, família e igreja!

Que tipo de lar Deus deseja que os Seus filhos tenham? Um lugar onde reine a paz, e para isso o Senhor Jesus deve ser o hóspede especial: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” Salmo 127:1. Caso os pais organizassem e distribuíssem melhor o seu tempo, e passassem mais tempo de qualidade com os filhos, transmitindo-lhes princípios cristãos, teríamos; “mais amor do que ódio, mais perdão do que ofensas, mais união do que discórdias, mais alegria do que tristeza, mais luz do que trevas e mais consolo do que desconsolo.” Francisco de Assis.

Li uma história curiosa. Em um programa de rádio que entrevistava crianças de várias idades, muitas vezes com resultados engraçados e de grande sabedoria vinda daqueles meninos. Uma entrevista interessante foi a seguinte: Repórter - Onde moras?  Menino - Mudamos para cá há pouco tempo e ainda estamos em um hotel. Repórter - Então, vós não tendes um lar? Menino - Senhor, temos um lar, nós não temos uma casa para colocá-lo dentro.

Vivemos em um mundo de rápidas e constantes mudanças, e temos a tendência de nos adaptarmos ao ritmo imposto pelas mudanças e conceitos vigentes. Nada nos incomoda mais do que esperar. Queremos tudo "on line" e em tempo real, e isso dentro dos mais diversos segmentos de nossas vidas. Não suportamos esperar em um restaurante o tempo de preparo de uma refeição. Filas de bancos e transportes nos causam irritação. Quantas vezes somos surpreendidos colocando palavras na boca da outra pessoa por ela ser lenta no raciocínio ou no falar? Jung já dizia: “a pressa não do é diabo, ela é o diabo”. Sim, vivemos neste ritmo e achamos que tudo o que nos envolvemos deve entrar neste mesmo ritmo, e a família e a igreja são afetadas!

Famílias cristãs tornam-se mundanas quando perdem a sua intimidade com o Deus e com a Sua Palavra. Banalizam as verdades eternas e sacrificam os valores de Deus quando não mais crescem na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Ellen Gould White, conselheira Cristã, em seu livro Conselho aos Pais Professores e Estudantes, pág. 107 assim expressa-se: “É no lar que a educação da criança deve ser iniciada. Ali está sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como instrutores, a criança terá de aprender as lições que a devem guiar por toda a vida.”

O mundo está cheio de laços maldosos para os pés dos nossos jovens, portanto, o preparo que habilitará a criança a combater com êxito na luta contra o mal deve começar mesmo antes do seu nascimento. A educação da criança constitui parte importante do plano de Deus para tornar evidente o poder do cristianismo. Um estudo sobre o tempo gasto dentro do lar tem mostrado que nossos filhos passam de 6 a 8 horas diante da televisão, dos jogos ou de um computador, mas não passam mais do que 5 a 10 minutos conversando com seus pais. Com esses dados poderíamos perguntar: quem está exercendo maior influência na vida de nossos filhos? Que tipo de lares estão se formando? Como será a nossa igreja e sociedade?

Muitos pais preocupam-se com a formação espiritual dos filhos, mas esquecem que a menos que esta preocupação pessoal, seja transmitida aos filhos, estes não aprenderão somente se os pais estiverem apenas preocupados consigo mesmos. Os pais necessitam transmitir esses valores morais e espirituais, através dos momentos que passam juntos com os filhos, quer seja através de brincadeiras em casa ou em um parque, ou em contar histórias da Bíblia e inclusive levando os filhos à igreja.

DOMINGO (31 de março) NO PRINCÍPIO – Há dois pontos de vista relacionados com a origem do universo: a) O modelo bíblico da criação e b) O modelo evolucionista ateu. Em qual modelo é mais difícil de acreditar? Nos dois, pois ninguém de nós esteve presente no momento em que o universo veio a existência, ou para chegar no nível em que se encontra hoje. Para aceitar, tanto um como outro modelo, a pessoa tem que exercer muita fé. O evolucionista acredita que tudo veio do acaso. A partir de uma minúscula poeira cósmica que explodiu; é o tal Big Bang, o mundo começou a evoluir e chegou até hoje, mas ainda continuará a evoluir até o infinito no tempo.

O modelo evolucionista atua com base na premissa de que não há nenhum objetivo final. Os evolucionistas aceitam que as mutações e a seleção natural operam cegamente em conjunto, mantendo aquilo que funciona, e eliminando aquilo que não serve. Já o modelo bíblico da criação ensina que o mundo veio a existência através do ato criador de Deus, e que o homem e a mulher “foram feitos à imagem do próprio Deus.” Hoje temos mais provas arqueológicas e científicas para acreditar na criação do que na evolução. É claro que os fatores fé e milagres exercem maior poder para o criacionista.

A Bíblia está repleta de argumentos indiscutíveis sobre a criação vinda das mãos de Deus, nosso Pai. Em Gênesis, Moisés descreve a criação com detalhes suficientes para entender de que tudo o que existe em nosso universo é obra de Deus. Nos Salmos são encontradas inúmeras composições exaltando a Deus como o Criador, por exemplo: “Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados. E os confirmou eternamente para sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassará.” Salmos 148:4-6

Os profetas, também, com frequência, proclamam que todo o universo é obra de Deus: Veja este texto: “Ele, que fez a terra com seu poder, que com sua sabedoria firmou o mundo, que, com sua inteligência, estendeu os céus.” Jeremias 51:15

Dentre os vários atributos naturais e morais de Deus, está a perfeição. Ele é perfeito em todos os Seus propósitos e realizações. Ele é o Criador e o idealizador do universo e, no caso dos humanos; Ele instituiu o casamento e a família. Isto já é suficiente para garantir que o casamento, no Senhor e entre um homem e uma mulher que vivem em obediência à Ele, sempre redunda em bênçãos para a família, igreja e sociedade!

O livro de Gênesis nos ajuda a entender alguns dos princípios estabelecidos por Deus para que o homem e a mulher se complementem e vivam as bênçãos da vida conjugal e familiar em santidade. Deus criou o homem e mulher para se completarem entre si e serem parceiros. Um dos princípios do céu é a ordem. “A ordem é a primeira lei do céu” Signs of the Times, 8/06/1908. Assim sendo, os moradores da terra foram criados para seguir a ordem do céu. Mas nem tudo é cor-de-rosa. Com a entrada do pecado o planeta ficou maculado. Mas, Deus instituiu a família para fazer o contraponto entre o pecado e a santidade. O casamento, ao lado do sábado, é a instituição mais antiga e sagrada que há. As duas instituições revelam a santidade do Deus Criador!

Adão recebeu Eva e disse: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.” Gênesis 2:23. Este texto das Escrituras mostra bem que o casamento é uma parceria e uma aliança, onde o homem e a mulher se auxiliam e se completam. Ninguém deve se casar para competir com o outro ou para mostrar ressentimentos. Auxiliar e corresponder são os verbos do verso 20, onde diz que a mulher deve ser uma “ajudadora idônea. O casamento é para preservar o mundo da corrupção moral e de muitas doenças.

SEGUNDA-FEIRA (1º de abril) OS RITMOS DA VIDA – Percebemos que em nossa sociedade existe uma inversão das prioridades na vida. O ritmo frenético e desordenado da vida urbana ocupa um tempo essencial de nossas vidas, e por vezes permitimos que nossas prioridades sejam modificadas.

A Bíblia menciona que “primeiro devemos buscar as primeiras coisas”. isso parece óbvio, mas na prática, nos distanciamos desta realidade com mais frequências que gostaríamos. Como podemos ordenar as prioridades? O que deve ter prioridade, à luz da Bíblia, na vida de um cristão?

Embora exista o que comumente chamamos de relógio do corpo, isto é; cada pessoa tem um ritmo particular, existem os princípios que o crente necessita cuidar para não desrespeitar:

1 - Deus em primeiro lugar. “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.” Marcos 12:29,30. De tudo o que há dentro do nosso coração em sinceridade, de tudo o que pode ter valor em nossa alma, de tudo o que nós discernimos e com um esforço verdadeiro e significativo, devemos buscar a Deus.

2 - A Família abaixo de Deus.  Muitos colocam a família em primeiro lugar e deixam as coisas de Deus para “se sobrar tempo”. Se este é o seu caso, sua alma está em risco!

3 – O trabalho depois da família. A questão do trabalho gera muito debate e até mesmo controvérsias. Tem aqueles que exageram nas horas de trabalho e culpam o trabalho como agente responsável pela ausência da vivência familiar, e tem também aqueles que trabalham de qualquer jeito e não buscam o seu desenvolvimento profissional de forma equilibrada. Não é pecado almejar uma boa carreira profissional, mesmo porque isso pode proporcionar o melhor conforto para nossa família. Então trabalhar, além de ser uma ordenança bíblica, é também uma das formas que podemos servir a Deus e a família com mais qualidade.

4 – Igreja – Por incrível que possa parecer as coisas da igreja devem vir em 4º lugar. Não podemos confundir Deus com a Sua igreja, embora estejam muito ligados. Existe o que chamamos de trabalho missionário e cargos na igreja que tem sido causa de diversos problemas na família, pois muitos entendem que ir cumprir uma escala, ou se dedicar o máximo possível na igreja, que isto é buscar a Deus, e portanto, fazem isso ser a prioridade número um de suas vidas.

Não quero desanimar ninguém a servir a igreja. Mas, primeiro, as primeiras coisas. E precisamos ser honestos com isso. Minha oração é que o Senhor nos ajude a viver esta realidade no dia a dia: buscando “primeiro, as primeiras coisas”. Quando seguimos esta ordem vamos servir a igreja com alegria e disponibilidade!

O que nos faz pensar que Deus Se agrada pelo fato de deixarmos de lado nossas responsabilidades e inverter os valores e prioridades para dizer que estamos O servindo?

Como podemos conciliar o trabalho e as coisas da igreja, dando valor à Deus e à família? Veja os seguintes versos: “E cresceu o menino, e foi desmamado; então Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado.” Gênesis 21:8

“Depois teve esta mulher um filho, a quem pôs o nome de Sansão; e o menino cresceu, e o Senhor o abençoou.” Juízes 13:24

“Pois tu és a minha esperança, Senhor Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.” Salmos 71:5

“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade.” Provérbios 5:18

“Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.” Gênesis 15:5

“E faleceu Gideão, filho de Joás, numa boa velhice; e foi sepultado no sepulcro de seu pai Joás, em Ofra dos abiezritas.” Juízes 8:32

TERÇA-FEIRA (2 de abril) O INESPERADO – Nascemos para a felicidade, e todos procuram ser felizes, mas não é isso o que sempre acontece. Desde a entrada do pecado somos surpreendidos por revezes que acontecem na nossa vida. O sempre inesperado acontece! Deus é o Criador do universo que anseia para que nós O conheçamos. Deus deseja que confiemos nele, experimentemos sua força, amor, justiça, bondade e compaixão. Então ele diz a todos que estão dispostos: “venham a mim”. Diferente de nós, Deus sabe o que acontecerá amanhã. Ele diz: “Eu sou Deus, e não há ninguém como eu, declarando o fim desde o inicio.” Isaías 46:9.

Este planeta não é um lugar seguro. Deus nos criou com a capacidade de nos adaptarmos a situações difíceis. Quando um terrorista ataca, causa sofrimento e morte. Quando crentes sofrem acidentes ou passam por problemas difíceis, estarão envolvidos nesse sofrimento também, mas com eles há uma paz e força que só a presença de Deus oferece. Paulo colocou esse tema assim: “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados, ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.” II Coríntios 4:8-9

Deus nos diz: “O Senhor é bom, um refúgio em tempos de dificuldade. Ele cuida daqueles que nele confiam.” Naum 1:7 e, “O senhor está perto de todos que o invocam, de todos que o invocam com sinceridade. Ele realiza os desejos daqueles que o temem; ouve-os gritar por socorro e os salva.” Salmos 145:18-19.

Deus conhece a dor e o sofrimento que encontramos neste mundo. Jesus deixou o conforto e a segurança do seu lar, e entrou no duro ambiente em que vivemos. Jesus Se cansou, conheceu a fome e a sede, sofreu acusações dos outros e foi banido pela família e pelos amigos. Mas, Jesus experimentou muito mais que dificuldades diárias. Jesus, o Filho de Deus na forma humana, por vontade própria, levou sobre si todo o pecado e pagou a nossa penalidade de morte: “conhecemos o amor nisto, que ele deu a sua vida por nós.” I João 3:16

A lição desta semana traz o exemplo de Jó que sofreu e confiou em Deus. Jó perdeu alguns dos seus bens, sua saúde e a companhia da esposa e amigos. Jó percebeu que sua saúde estava debilitada, que seu hálito cheirava mal, ver Jó 19:17; ele sentiu o abandono dos amigos e irmãos, ver Jó 19:13,19; ele sentiu o desprezo até dos seus criados, ver Jó 19:16, mas a chama da existência ardia em seu coração. Tudo estava escuro, mas a esperança encontrava-se aquecida. Tudo era cinzas, mas a brasa da esperança ainda estava acesa. Como tem sido com você diante dos problemas que passa?

Jó mantinha a esperança bem viva no coração e era isso que o mantinha vivo. O Dr. Edmund Haggai, fundador do Instituto que leva seu nome, afirmou que podemos restaurar tudo na vida se não perdermos a integridade moral, com reputação e valor individual, tudo é possível ser restaurado. 

Diante dos problemas, devemos lembrar que ainda temos pele, sentimos dor e porque estamos vivos já é, em si mesmo, um forte elemento de esperança! O Dr. Jurgen Moltmann no seu livro “A Teologia da Esperança”, afirma que o grande problema da humanidade é a apatia, a falta de brilho nos olhos e a falta de esperança. Gosto de pensar que perdas no presente podem se transformar em ganhos no futuro. Amém?

A declaração de esperança de Jó não estava nele, mas fora dele e sua fé estava firmada em Jesus que estava acima dele. Jó olhou para o futuro e viu o resgatador de sua alma; o seu Redentor. Jó não colocou sua esperança em si mesmo. Ele estava no limite de suas forças pessoais, exausto e perplexo. Ele olhou para fora e viu cinismo; olhou para dentro de si e viu desespero; mas olhou para Deus e renasceu a esperança. Eis a notável declaração de Jó: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior.” Jó 19:25-27. Onde temos colocado a nossa esperança?

QUARTA-FEIRA (3 de abril) TRANSIÇÕES – As pessoas gostam de ficar confortavelmente sentadas no seu sofá. Imagine você sentado na sala, e alguém bate a porta. É o seu amigo que lhe convida para saírem para fazerem um passeio. Está chovendo e fazendo frio. Você está nos quatro cantos no seu mais pequeno conforto. Está confortável neste local que conhece tão bem. Você tem duas hipóteses; ficar na sala ou sair com seu amigo. Neste caso, avance! Ampliar a zona de conforto é aumentar a nossa liberdade, as nossas hipóteses de felicidade e realização.

Na fase da passagem da adolescência para a idade adulta, ocorrem transições traduzidas no desenvolvimento, realização e consolidação da identidade pessoal e social do jovem, que culminarão com a aquisição do estatuto social de adulto. Essa transição é muito dolorida para o adolescente. É por isso que muitos jovens suicidam-se.

O livro de Atos é uma transição de Israel para a igreja Cristã. A primeira passagem sobre a transição é encontrada no capítulo um de Atos, antes que a Igreja tivesse tido início, no capítulo seguinte. Lucas nos diz que Jesus apareceu repetidas vezes a Seus discípulos depois de Sua ressurreição, durante um período de quarenta dias, “falando sobre as coisas concernentes ao reino de Deus” Atos 1:3.  

O crente quando se converte passa por momentos muito doloridos. Ele deixa de ser um homem carnal e passa a ser espiritual. Existe uma transformação no caráter da pessoa. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:1,2

Como foi a conversão de Saulo? Ver Atos 9:1-19 Mas quem foi Saulo?

1. Judeu - Saulo era um judeu de Tarso, cidade de grande cultura. Dificilmente teria escapado à influência da cultura grega, embora sendo fariseu. É provável que não tenha estudado em escolas gregas. Como judeu helenista, por virtude da cultura grega a que não pôde escapar, por escolha e por tradição familiar, era “hebreu nascido de hebreus”. Filip. 3:5. Falava o hebraico, o aramaico e o grego. Era filho de uma família rica, preeminente ao ponto de alcançar para ele o privilégio de estudar aos pés de Gamaliel, o grande mestre fariseu de Jerusalém. Por nascimento era cidadão romano. Tamanha era a importância da sua família, que a sua irmã, que residia em Jerusalém, parece ter tido acesso às famílias dos sumos sacerdotes. Ver Atos 23:16.

2. Perseguidor - Este homem foi um perseguidor da Igreja de Cristo. Ver Filip 3:6. Como perseguidor, ele viajava para Damasco com um plano definido: capturar cristãos. Ele pretendia aprisioná-los e levá-los para Jerusalém, para serem torturados e, quem sabe, mortos, como aconteceu com Estêvão.

3. Encontro com Jesus - Próximo a Damasco, Saulo foi surpreendido de forma súbita por uma luz tão forte que o derrubou ao chão. Enquanto caído, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. “A voz ordenou: “Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer.”
Quando Deus muda os nossos planos ele transforma a nossa vida e o nosso caráter. A partir do encontro com Jesus e ao ouvir a sua voz, Saulo já não era mais a mesma pessoa. Ele já não era mais o dono dos seus planos.

4. Deus muda os planos. Quando Deus muda os nossos planos, ele não nos deixa no meio do caminho. Jesus não nos deixa no meio do caminho. Ele nos dá a direção e nos leva ao lugar dentro da Sua vontade. Ele completa a sua obra em nossas vidas. O texto diz que quando Ananias impôs as suas mãos sobre Saulo e orou, alguma coisa como que umas escamas caíram dos seus olhos, e foi batizado no Espírito Santo e nas águas. Ver Atos 9:17, 18. Eu penso que foi nesse momento que Saulo de Tarso viu a Jesus pela primeira vez em sua verdadeira posição e pode entender a razão por que os cristãos tinham tamanha fé em Jesus, sendo capazes de morrer por Ele. Saulo havia presenciado e consentido com a morte de Estevão.

Aceitamos as mudanças que Deus deseja fazer em nossa vida ou procuramos argumentos humanos para não mudarmos?

QUINTA-FEIRA (4 de abril) INTERAÇÕES – A essência do evangelho de Jesus Cristo é cura e transformação. E quando essas duas coisas ocorrem, certamente impactam nosso relacionamento com os outros. A Bíblia apresenta princípios e exemplos poderosos de como podemos ter relacionamentos bons e próximos com outras pessoas, mesmo neste mundo de pecados.

Para que haja harmonia em todos os relacionamentos entre as pessoas e Deus, é necessário prestarmos atenção nos 5 pontos principais da psicologia: Confiança, respeito, amizade cumplicidade e amor. Quando se perde a confiança, perde-se o respeito, rompe-se a amizade, não existe cumplicidade e o amor desaparece!

Os relacionamentos mais íntimos podem ser rompidos. As palavras de amor podem ser substituídas pelas acusações ferinas; os abraços fraternos podem ser trocados pelo afastamento gelado e a alegria da comunhão pode ser perturbada pela tristeza da mágoa. Os relacionamentos adoecem na família, na igreja e no trabalho. Pessoas que andaram juntas e comungaram dos mesmos sentimentos e ideais, afastam-se. Cônjuges que fizeram votos de amor no altar, ferem um ao outro com palavras duras. Amigos que celebravam juntos as aventuras da vida, distanciam-se e irmãos que celebravam festa ao Senhor no mesmo altar, apartam-se tomados por gélida indiferença. É pena quando isso acontece!

Como podemos restaurar esses relacionamentos quebrados? Como buscar o caminho do perdão e tomar de volta aquilo que o inimigo levou de nós?

a) Reconhecer a nossa própria culpa na quebra desses relacionamentos. É mais fácil acusar os outros do que reconhecer nossos próprios erros!

b) Tomar atitudes práticas de construir pontes de aproximação em vez de levantar muros de separação. A honestidade em reconhecer nossa culpa e a humildade de dizer isso para a pessoa que está magoada conosco é o caminho mais curto e mais seguro para termos vitória na restauração dos relacionamentos quebrados. Jesus Cristo nos ensinou a tomar a iniciativa de buscar o perdão e a reconciliação.

c) Tomar a atitudes de perdoar o próximo que está ferido conosco, assim como Deus em Cristo nos perdoou. É mais fácil falar de perdão do que perdoar. O perdão não é coisa fácil, mas ele é possível e  necessário.

Fomos criados para vivermos em comunidade. Fomos criados para a interação. Ninguém é uma ilha para viver sozinho. Deus criou-nos para amar, e mesmo depois da entrada do pecado o amor continuou existindo no coração humano. Moisés, em Génesis dois dá ênfase ao casamento e à unidade do vínculo conjugal. No plano de Deus o relacionamento entre marido e mulher foi estabelecido para ser íntimo, confiante, aberto e totalmente honesto. Nunca deveriam viver com reservas um em relação ao outro.

É interessante que a Bíblia faz dois relatos da criação. O primeiro vai de Gênesis 1:1 até Gênesis 2:3. 
O segundo relato vai de Gênesis 2:4 até o final do capítulo. O casamento, ao lado do sábado, é a instituição mais antiga e sagrada que há. O sábado é mencionado apenas no primeiro momento da criação, enquanto que o casamento está relatado nos dois momentos. O ser humano foi criado para amar. Há um fio de dependência, responsabilidade e cuidado que liga toda a criação; a planta com animal, o animal com homem e o homem com Deus

Alguns estudiosos da bíblia consideram Gênesis um e dois contraditórios, ou descrevendo duas criações distintas. Em Gênesis dois, Moisés destaca alguns acontecimentos de forma diferente de Gênesis um, mas, no fim e ao cabo, vai dar na mesma. Dificilmente Moisés falaria uma coisa no primeiro capítulo e outra coisa diferente no segundo capítulo.

A outra forma de interagirmos com as pessoas é pregando-lhes o evangelho. Não há maior privilégio neste mundo, depois de nos tornarmos filhos de Deus do que  servi-Lo fazendo a Sua obra.  O Senhor Jesus disse isso aos 70 homens que selecionou, na ocasião, para a missão de apregoar as boas novas: 
“E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.” Lucas 10:2,3

Veja como os textos para o estudo de hoje incentivam as nossas interações com os outros: 

“Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.” Romanos 15:7

“Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.” Efésios 4:2

“Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Efésios 4:32

“E o Senhor vos aumente, e faça crescer em amor uns para com os outros, e para com todos, como também o fazemos para convosco.”  I Tessalonicenses 3:12

“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5:16

SEXTA-FEIRA (5 de abril) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (2º trimestre de 2019) OS RITMOS A VIDA - Os doze discípulos de Cristo eram pessoas simples e sem muita formação académica, eram considerados “homens sem letras e indoutos” pelos governantes e autoridades religiosas da época. Ver Atos 4:13.

Mateus era um coletor de impostos, membro de uma das profissões mais desprezadas de sua época. Ver Mateus 9:9; 18:17. Pedro, André, Tiago e João, eram sócios em uma modesta empresa de pesca, Mateus 4:18-22, Lucas 5:1-10. Junto com Filipe, viviam na cidade de Betsaida, na província do norte da Galileia. João 1:44. A única coisa especial a respeito deles é que eram discípulos ou seguidores de Jesus Cristo.

Destaca-se a falta de compreensão espiritual durante o tempo de treinamento dos discipulos. Suas mentes ainda eram controladas por sua natureza carnal. O pensamento e comportamento deles eram “carnais” Ver Romanos 8:5-7. Jesus os repreendeu por sua falta de fé e dureza de coração. Ver Marcos 16:14

As atitudes e comportamentos deles durante esse tempo mostra que, mesmo vivendo na presença de Jesus, enquanto Ele estava na terra, pessoalmente ouvindo-O a ensinar e vendo Seu exemplo, não era o suficiente para transformar o pensamento deles, de carnal para espiritual.

Jesus repreendeu severamente a Tiago e João por sua atitude quanto a alguns que tinham rejeitado a Jesus: “Mas, os samaritanos, não o receberam … E os discípulos Tiago e João, vendo isso, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”. Lucas 9:53-56. Porém, João viria a ser conhecido como “o apóstolo do amor", uma grande reviravolta para um homem que havia sugerido destruir toda uma aldeia!

Os discípulos eram egoístas. Eles discutiam entre si sobre quem seria o maior. Ver Marcos 9:33-34, Lucas 22:24. Tiago e João, juntamente com sua mãe, até tentaram enganar Jesus para lhes atribuir as duas posições mais importantes no Seu Reino. Marcos 10:35-37, Mateus 20:20-21.

“Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu.”  O Desejado de Todas as Nações, 173

“Um lar cristão bem ordenado é poderoso argumento em favor da realidade da religião cristã - argumento que o incrédulo não pode contradizer. Todos podem ver que há na família uma influência em atividade, a qual afeta os filhos, e que o Deus de Abraão está com eles. Se os lares dos professos cristãos tivessem um molde religioso correto, exerceriam uma poderosa influência para o bem. Seriam na verdade a luz do mundo.” Patriarcas e Profetas, pág. 144.

Luís Carlos Fonseca

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