terça-feira, 23 de julho de 2019

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6 (3º TRIMESTRE 2019) ADORAR O CRIADOR


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6 (3º TRIMESTRE 2019) ADORAR O CRIADOR

VERSO ÁUREO: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” Isaías 58:6,7

INTRODUÇÃO (sábado 3 de agosto) – As lições deste trimestre ressaltam a necessidade que temos de atender os necessitados. A lição desta semana mostra que a verdadeira adoração a Deus inclui como elemento principal o atendimento aos pobres e oprimidos.
Aquilo que enche a nossa mente e coração é aquilo que devotamos algum tipo de adoração. Toda vez que permitimos que bens materiais, sejam eles quais forem, sejam o centro de nossa confiança, estamos permitindo que eles ocupem o lugar de Deus em nossa vida. Temos conhecido a Deus, temos visto o Seu poder e as obras de Suas mãos, porém, corremos o risco de nos esquecer de tudo isto, como o povo de Israel esqueceu tão rapidamente. Uma das coisas que o povo do passado esqueceu foi de dar o atendimento aos necessitados.

O povo de Israel achava que podia continuar adorando ao Deus de Israel, criador dos céus e da terra; e ao mesmo tempo imitar o mal exemplo dos povos pagãos, que faziam deuses para si. O afastamento de Deus levou o povo a praticar idolatria e quem está longe de Deus deixa de amar o próximo e de atender as suas necessidades. As culturas pagãs vizinhas faziam divindade de metal, de madeira e de pedras; e Israel quis copiar-lhes o exemplo. Hoje não é muito diferente na vida de alguns filhos de Deus. Eles querem manter o nome de cristãos, mas não deixam de praticar a idolatria embutida dentro de si. Falo do orgulho, do egoísmo, da avareza, da vaidade, da glutonaria, da prostituição e da sensualidade, que alguns filhos de Deus insistem em praticar.

Desprezo das viúvas e órfãos: Este também era um mandamento do Senhor Deus que o povo devia seguir, mas desprezavam esta parte social da religião. Deus da mesma forma lembrou-lhes da necessidade de voltarem a praticar esta parte da fé israelita: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” Isaías 58:6-7.

Deus colocou o povo de Israel para dar o atendimento aos necessitados e oprimidos, mas eles começaram a imitar o povo inimigo em vários aspectos, inclusive nas espoliações e guerras. As nações vizinhas de Israel se enriqueciam com a exploração de pessoas pobres, cobrando-lhes impostos caros, prisioneiros de guerra, pois as guerras antigas eram de um povo ou cidade contra outro povo para tomar o que estes haviam construído, apossar-se das mulheres e escravizar os homens. Os grandes monumentos antigos foram construídos tendo como base a exploração de gente contra gente. Deus sempre abominou este comportamento.

“A religião pura e imaculada perante o Pai é esta: “Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.” Tia. 1:27. Boas obras são os frutos que Cristo requer que produzamos; palavras amáveis, atos de benevolência, de terna consideração para com os pobres, os necessitados, os aflitos. Quando corações simpatizam com corações oprimidos por desânimo e angústia, quando a mão dispensa ao necessitado, é vestido o nu, bem-vindo o estrangeiro a um assento em vossa sala e um lugar em vosso coração, os anjos chegam muito perto, e acordes correspondentes ecoam no Céu”. Beneficência Social, 35. Amém?

DOMINGO (4 de agosto) IDOLATRIA E OPRESSÃO – A prática da idolatria, sem dúvida alguma, é um dos piores pecados que o ser humano pode cometer. É uma rejeição do Deus Criador dos céus e da terra, que merece todo louvor e respeito. Mesmo assim, observamos o crescimento de religiões pagãs e ouvimos, de vez em quando, da conversão de pessoas “cristãs” a tais crenças. Paulo falou com insistência quando disse: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria” I Coríntios 10:14.

A lição de hoje mostra o povo de Israel fabricando ídolos para si, porque Moisés demorou no Monte Sinai, ficando eles sem o líder visível, por pouco tempo, conforme Êxodo 32. Encontramos um exemplo da tendência do coração pecaminoso do homem no deserto de Sinai. Sabemos que os israelitas, poucas semanas depois de serem libertados da escravidão egípcia, caíram na idolatria e adoraram os bezerros de ouro que Arão lhes fez. Ver Êxodo 32. Mas o problema não começou naquele dia triste. 

Durante a jornada do Egito ao monte Sinai, o povo repetidamente se mostrou ingrato. Murmuraram por falta de água. Êxodo 15:24; 17:2-3 e a respeito de comida, Êxodo 16:2-3,8-9. Não deram a Deus a devida adoração. Não mostraram a gratidão apropriada. Dessa maneira, tomaram passos decisivos para a idolatria. Ingratidão e irreverência se encontram numa lista de pecados terríveis. Ver II Timóteo 3:2. Quando deixamos de honrar a Deus como a fonte de todas as nossas bênçãos, conforme Tiago 1:17, corremos um grande risco de esquecer totalmente do nosso Criador, Sustentador e Salvador.

O Salmo 115 mostra claramente a inutilidade dos ídolos que os homens constroem para si: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade. Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus? Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.” Salmo 115:1-8.

Quando o povo de Deus imitou as nações pagas em sua idolatria, logo começou a oprimir os pobres, órfãos e viúvas. Esta é a tendência do ser humano; imitar as práticas religiosas que adotam. O desprezo das viúvas e órfãos foi a desobediência aos mandamentos de Deus. Este também era um mandamento do Senhor Deus, que o povo devia seguir, mas desprezavam esta parte social da religião.

O dinheiro hoje domina as casas de leis, as cortes e os palácios dos governos. O dinheiro é o maior “deus” deste mundo. Por ele, as pessoas roubam, mentem, corrompem-se, casam-se, divorciam-se, matam e morrem. O problema não é possuir dinheiro, mas ser possuído por ele. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. Não é pecado ser rico, pois a riqueza é uma bênção. É Deus quem nos dá sabedoria para adquirirmos riquezas.

O problema é colocar o coração nas riquezas. A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas o amor ao dinheiro. Os ricos sentenciados por Deus ajuntam para eles o que devem pagar aos trabalhadores. Algumas pessoas fraudulentas prejudicam os pobres e ainda jogam a culpa neles e alguns ricos até condenam os pobres nos tribunais. Ver Tiago 2:6 e 5:6. Ao contrário de roubar os pobres, Deus exige de nós cuidados em favor dos pobres e necessitados. A Bíblia ensina que Deus é, em essência, justiça. De fato, "Deus é... justo e reto". Deuteronómio 32:4. 

Além disso, a Bíblia sustenta a noção de justiça social na qual a preocupação e os cuidados são mostrados em favor dos pobres e aflitos. Ver Deuteronómio 10:18, 24:17 e 27:19. A Bíblia, muitas vezes, se refere ao órfão, à viúva e ao estrangeiro, ou seja; pessoas que não eram capazes de cuidar de si mesmas ou não tinham um sistema de apoio, como merecendo a nossa especial atenção. A nação de Israel foi ordenada por Deus para cuidar dos menos afortunados da sociedade, e, seu eventual fracasso de fazer isso foi, em parte, a razão para o seu julgamento, expulsão da terra e escravidão!

SEGUNDA-FEIRA (5 de agosto) UMA RAZÃO PARA ADORAR – Cada dia em que Deus criava algo, no final dizia: “Está bom”. Era o que Ele queria, que ficasse bom para Adão e Eva, e seus futuros descendentes. Não temos capacidade de imaginar, em nossos dias, como era lindo aquele ambiente, onde Adão e Eva acordaram, e deveriam viver. Enfim, tudo deveria contribuir para que fossem felizes eternamente. 

Em contrapartida, alguns seres humanos, impulsionados por interesses contrários aos de Deus, inventaram a teoria da evolução. Ela é tão absurda que chega a supor que tudo o que existe no Universo surgiu sem propósito, por acaso, por meio de uma enorme explosão.

Passagens como o Salmo 95:1-8 sugerem que a adoração é parte da descrição do nosso trabalho como seres criados de Deus: “Ó vinde, adoremos e nos prostremos; ajoelhemos diante do Senhor, nosso criador.” Salmo 95:6. A adoração está em nosso sangue; é por isso que Deus nos criou.

O principal motivo porque adoramos Deus é que somos criaturas de um Criador. Veja alguns textos: “Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa. Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito. Ao Senhor teu Deus temerás; a ele servirás, e a ele te chegarás, e pelo seu nome jurarás. Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus olhos têm visto. Com setenta almas teus pais desceram ao Egito; e agora o Senhor teu Deus te pôs como as estrelas dos céus em multidão.” Deuteronômio 10:17-22

“Cantarei a misericórdia e o juízo; a ti, Senhor, cantarei.” Salmo 101:1

A natureza mostra-nos o caráter de Deus. A Bíblia diz em Salmos 19:1  “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” 

O poder de Deus controla a natureza. A Bíblia diz em Mateus 8:26: “Ele lhes respondeu: por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança.” A natureza prova a existência de Deus. 

A Bíblia diz em Romanos 1:20 “Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis.”

Temos várias razões para adorarmos Deus. Efésios 1 apresenta várias razões:

1) Porque Ele nos abençoou com todas as bênçãos espirituais: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.” v. 3. Suas bênçãos espirituais são asseguradas no céu, elas não estão limitadas por nossas ações ou pelo tempo terrestre. Elas são baseadas em Seu caráter e Seu propósito para conosco!

2) Porque Deus nos elegeu para a salvação: “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. v. 4. Nenhum cristão entende por que Deus o escolheu, mas, em Sua graça, Ele fez isso. Você já era parte de Seu plano divino antes do tempo começar.

3) Porque Ele nos predestinou para sermos salvos e nos adotou: “Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade. v. 5

4) Ele nos redimiu e perdoou: “Para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. Nele temos a redenção por meio de seu sangue.” v. 6-7. Deus enviou Seu Filho para pagar o preço que iria comprar você, para livrá-lo da prisão da consequência de seu pecado. O preço pago por Deus não foi em prata nem ouro, mas com o sangue precioso do Seu próprio Filho. Ver I Pedro 1:18-19. Deus fez isso por você gratuitamente!

Por causa do sacrifício de Jesus, Deus já não considera a dívida do nosso pecado. Ele perdoou todos os seus pecados. Isso significa que Ele já não Se lembra de nenhuma das nossas transgressões que são confessadas. Amém?

TERÇA-FEIRA (6 de agosto) OPRESSORES RELIGIOSOS – Deus, através dos profetas, usa uma linguagem forte para advertir os líderes religiosos daquela época que oprimiam os necessitados. Deus queria uma religião voltada para as necessidades do próximo: Ver os textos para hoje: Isaías 1:10-17, Amós 5:21-24 e Miqueias 6:6-8

“Ouvi a palavra do Senhor, vós poderosos de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra. De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios?” Isaías 1:10-12

“Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” Isaías 1:15-17

A noção cristã de justiça social é diferente da noção contemporânea de justiça social. As exortações bíblicas, para cuidar dos pobres, são mais no âmbito individual do que das instituições e sociedade como um todo. Em outras palavras, cada cristão é encorajado a fazer o que puder para ajudar o menor destes. A base para tais mandamentos bíblicos encontra-se no segundo dos grandes mandamentos; "amar ao próximo como a si mesmo." Ver Mateus 22:39.

A noção de justiça social dos homens de hoje substitui o indivíduo pela instituição. Jesus ordena que cada cristão se torne responsável por cuidar dos menos favorecidos da sociedade e da igreja. A abordagem bíblica vê Cristo como Salvador e motivador do amor, e cada cristão deve seguir os Seus passos.

Quando meditamos na parábola do bom samaritano, observamos que tanto o sacerdote como o levita deixaram de aplicar a lei neste episódio, pois o texto da lei manda amar ao próximo como a si mesmo. Observe a resposta dada pelo intérprete da lei a Jesus: “E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” Lucas 10:26-27.

O amor estava acima de qualquer regra; se a lei fosse quebrada ou transgredida pelos religiosos, socorrendo a vítima dos salteadores, certamente que ambos não seriam punidos pois ao mesmo tempo teriam obedecido a Lei, amando e socorrendo o próximo que estava diante deles. O que aqui vemos é o pecado de omissão e a indiferença com que o levita e o sacerdote trataram o episódio.

“O poder despótico que se tem desenvolvido, como se a posição tivesse feito dos homens deuses, faz-me temer, e deveria causar temor. É uma maldição onde quer e por quem quer que seja exercido” Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 359-361.

“Um espírito de exaltação e severidade, como existia entre os fariseus, existe em nossas igrejas, especialmente com aqueles que têm sagradas responsabilidades a seu encargo” Review and Herald, 23 de dezembro de 1890.

QUARTA-FEIRA (7 de agosto) UMA FORMA DE ADORAÇÃO – A lição de hoje apresenta a forma de adoração a Deus que deve estar relacionada entre o culto na igreja e em casa em sintonia com a religião prática. E o texto base é Isaías 58.

"Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:2 e 3. Deus pede exclusividade na adoração. Ele menciona no mandamento seguinte que é “Deus zeloso”. A tradução literal para zeloso é “ciumento.” Este ciúme não é doentio, como alguns cônjuges revelam, mas é um ciúme de cuidados. Deus pode ter esse zelo, pois Ele é o Criador. No contexto da adoração tem muita gente que está adorando aquilo que não sabe. Muitas pessoas criam ídolos para si.

“O que quer que acariciemos que leve a diminuir o nosso amor para com Deus, ou se incompatibilize com o culto que lhe é devido, disso estamos a fazer um deus.” Patriarcas e profetas, 265

No que consiste a verdadeira religião de acordo com o conceito divino? Deus desejava que Seu povo exercesse justiça para com os que não conseguiam se defender, que acudissem os pobres, que socorressem os necessitados, que perdoassem os endividados, que alimentassem os famintos, que fossem bons para com os os estrangeiros, que garantissem a liberdade à todos e que fizessem o bem aos semelhantes.

A leitura completa de Isaías 58 nos dará uma boa noção do que o Senhor deseja que façamos sem hipocrisia e fingimentos vãos. Veja alguns dos versículos deste capítulo: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo. Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.” Isaías 58:6-8

No que consiste a verdadeira religião? “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” Tiago 1:27. Deus dotou-nos de recursos para distribuirmos às pessoas que mais necessitam. Sugiro a leitura de Mateus 25 sobre o cuidado que devemos ter para com as pessoas e no que consiste a verdadeira religião.

Vemos que Deus promete bênçãos maravilhosas quando adotamos a verdadeira forma de adoração: “Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente; e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.” Isaías 58:8-12.

Já desfrutamos estas bênçãos de Deus?

QUINTA-FEIRA (8 de agosto) MISERICÓRDIA E FIDELIDADE – A lição de hoje aborda a indiferença dos fariseus quanto aos necessitados e ainda a exploração junto as viúvas. Veja o texto principal para hoje: “E, ensinando-os, dizia-lhes: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas, e das saudações nas praças, e das primeiras cadeiras nas sinagogas, e dos primeiros assentos nas ceias; que devoram as casas das viúvas, e isso com pretexto de largas orações. 
Estes receberão mais grave condenação.” Marcos 12:38-40.

A vida cristã pede justiça, misericórdia e fidelidade. Não podemos deixar de celebrar a fé, mas também não podemos abandonar a vida religiosa cheia de amor. Não se vive a religião de Jesus Cristo sem a prática da justiça, da misericórdia e da fidelidade. Jesus disse: “Ai de vós, mestres da lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade.” Mateus 23: 23.

Jesus continuou no seu discurso com o ensinamento sobre o perigo da vida farisaica, que está voltada a observar as práticas externas da lei de Deus e, contudo, deixa de lado o essencial da lei Divina. Vejam, os fariseus pagavam direitinho o dízimo e fazem questão de realizar tudo na medida, tirar cada medida certa e mostrar para os homens que cumpriam com seus deveres e suas obrigações.

Mas, o essencial eles não viviam: não colocavam em prática a justiça. Justiça no sentido de sermos justos uns com os outros, de sabermos reconhecer os valores e as necessidades dos mais pobres, e sofridos, dos injustiçados. Fazer justiça quer dizer reparar os erros, não permitir que a injustiça prevaleça, nem reine, nem triunfe em nenhum lugar.

“Vós não praticais a misericórdia”. A misericórdia é o resumo e a essência, do coração de Deus, que conhece nossas misérias e fragilidades. E, movido por compaixão, o Senhor não nos trata conforme as nossas faltas, mas sim conforme o Seu amor infinito e Sua bondade. O Senhor nos molda segundo o Seu coração misericordioso. “Vós deixais de lado a fidelidade”. A fidelidade ao coração de Deus, fidelidade à lei de Deus e ao amor de Deus. Ser fiel quer dizer ser comprometido com a vida, com o coração; ser fiel significa estar aplicado, mesmo que erre, a reparar seus próprios erros.

“Na providência de Deus os acontecimentos têm sido ordenados de maneira que sempre tenhamos os pobres conosco, a fim de que sejam no coração humano um constante exercício dos atributos do amor e da misericórdia. O homem deve cultivar a bondade e compaixão de Cristo; não deve distanciar-se dos tristes, dos aflitos, dos necessitados e angustiados” Beneficência Social, 17. Amém?

SEXTA-FEIRA (9 de agosto) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6 (3º TRIMESTRE 2019) ADORAR O CRIADOR – Quando um adorador de Deus passa por dificuldades, Deus mostra que Se importa de várias maneiras. Uma delas é o apoio amoroso dado por outros cristãos. Tiago 1:27 diz: A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” Tiago 1:27

Os cristãos do primeiro século ajudavam uns aos outros. Por exemplo, os que moravam na cidade de Antioquia decidiram enviar “socorros” aos “irmãos que moravam na Judeia” quando foi predito que haveria uma fome severa ali. Atos 11:28-30. Assim, os irmãos necessitados receberam as provisões que precisavam. Essa ação voluntária mostrou o amor cristão em ação. I João 3:18.

Cuidar das necessidades físicas e espirituais das viúvas e dos órfãos sempre foi uma parte integrante da adoração de Deus. Quando os israelitas colhiam seus cereais ou suas frutas, não deviam recolher as sobras no campo, fazendo eles mesmos uma respiga. A respiga devia ficar “para o residente forasteiro, para o menino órfão de pai e para a viúva”. Deuteronômio 24:19-21.

Além de mencionar órfãos e viúvas, Tiago mostrou também profunda preocupação com outros que eram pobres e desamparados. Tiago 2:5, 6, 15, 16. O apóstolo Paulo demonstrou ter uma preocupação similar. Quando ele e Barnabé receberam sua designação de pregação, "lembrar-se dos pobres" foi uma das instruções que receberam. “Esta mesma coisa diligenciei também fazer”, Paulo podia dizer de boa consciência.

Os princípios seguidos pelos servos de Deus no passado ainda são aplicados na igreja cristã hoje, quando se trata de se preocupar com os atribulados e de dar-lhes ajuda, quer através do atendimento pessoal ou da instituição, no nosso caso; da ADRA.

“A religião pura e imaculada perante o Pai é esta: “Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.” Tia. 1:27. Boas obras são os frutos que Cristo requer que produzamos; palavras amáveis, atos de benevolência, de terna consideração para com os pobres, os necessitados, os aflitos. Quando corações simpatizam com corações oprimidos por desânimo e angústia, quando a mão dispensa ao necessitado, é vestido o nu, bem-vindo o estrangeiro a um assento em vossa sala e um lugar em vosso coração, os anjos chegam muito perto, e acordes correspondentes ecoam no Céu” Beneficência Social, 35.

Luís Carlos Fonseca

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