segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

CUIDADO COM A FÉ VIRTUAL - EXISTE RELIGIÃO VIRTUAL?


CUIDADO COM A FÉ VIRTUAL

Uma rádio cristã oferece confissão eletrônica - Confessar-se "online",  até isso já é possível. A estação de rádio "Premier Christian Radio" de Londres oferece aos ouvintes a possibilidade de confessar os seus pecados, demonstrar arrependimento e receber o perdão de Deus em seu site na internet.

Segundo informações da própria emissora, ela seria a primeira a dispor de um confessionário virtual. O endereço "www.theconfessor.co.uk" oferece duas alternativas: entrar em contato com um conselheiro real por telefone ou confessar os pecados em um espaço virtual. Dizem eles que nada é arquivado; o segredo da confissão é preservado.  Durante a consulta, o internauta pode ler versículos bíblicos que falam do amor, da misericórdia e do perdão de Deus, projetados em um fundo com céu azul e nuvens brancas. A "Premier Christian Radio" tem aproximadamente 200.000 ouvintes.


Sabe amigo! Com a chegada das novas tecnologias, a nossa vida ficou facilitada em muitos aspectos;  e um deles é a bênção de podermos fazer boas amizades e ter acessos à sites e blogs cristãos para as pesquisas de materiais bíblicos. Mas corre-se o risco de alguns desejarem ficar apenas no nível “on line” e não mais desejar ir à igreja e entreter comunhão com Jesus e com os fiéis. Há aproximadamente dois anos resolvi abrir um blog com temas bíblicos para auxiliar pessoas não só na pesquisa, mas também na divulgação da Palavra de Deus: - http://temasbblicos.blogspot.com/  Na mesma época abri contas em algumas redes sociais, com o mesmo objetivo.

O que tenho percebido é que há pessoas de várias religiões que, sem perceber, desenvolvem a sua religião unicamente através da internet. Fazem orações, lêem a bíblia, ouvem músicas sacras e sermões pelos site à fora. Isso é bom! Mas pena que muitos estão se contentando apenas com migalhas, e já não buscam à Deus em oração particular e fervorosa, e acham que ver um culto através da internet, ou ler um texto bíblico na telinha com computador, é a mesma coisa do que se estivesse em plena comunhão com os irmãos da fé. O papel da internet em favor da nossa fé tem um limite. É o de fazer-nos lembrar da responsabilidade cristã que temos para com a nossa devoção pessoal, familiar, e de frequentar aos cultos e o de pregar o evangelho “olhos nos olhos.” 

Alguns tem acalmando a sua consciência missionária quando enviam um texto bíblico para um amigo internauta. Mas eu pergunto; onde fica o convite que fazemos a um amigo para ir à igreja conosco e sentar-se do nosso lado?  E aquele estudo bíblico, e aquela oração que fazemos pessoalmente com o nosso interessado?

Hoje o comércio do evangelho tomou proporções gigantescas e tem levado muita “gente boa” para os seus engodos. O pretender perdoar pecados como  citado através da rádio da Inglaterra, é um exemplo. Só Jesus perdoa os nossos pecados, e à Ele devemos confessar. A pressão que as redes sociais e  internet fazem para aceitarmos erros doutrinários faz com que devamos ter um filtro espiritual muito bom para não sermos contaminados. “Lede tudo e retende o bem”. O mesmo critério deve ser usado em relação a pretendermos desenvolver a “religião online”. Alguns já estão enredados neste ponto. Digo enredado, porque isso tudo deve servir de um meio para chegarmos em um fim que é termos uma vibrante fé no nosso Senhor Jesus e no envolvimento com os crentes da igreja.

Assistir um culto pela internet , em casa, é igual do que assistir na igreja? A minha resposta é um redondo não; salvo em duas situações é recomendado: quando um membro da igreja está enfermo ou quando a pessoa é apenas um interessado.

Temos a necessidade de vivermos unidos uns aos outros, porque só podemos ser edificados e abençoados se permanecermos juntos como um só corpo, “pois, ali o Senhor ordena a sua bênção e a vida para sempre” Veja alguns textos bíblicos:

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” Salmo. 133: 1-3

“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.”  Heb. 10:25

Quais são algumas vantagens de se viver em comunhão?

a) Somos protegidos -  Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” Eclesiastes 4:9-12

b) Somos edificados mutuamente.-  A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” Col. 3:16

c) Recebemos uma bênção especial – “Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” Salmo 133:3

Vemos através destes versos bíblicos que é imprescindível para o cristão se fazer presente na igreja para a adoração ao Criador; pois ali ele recebe uma bênção especial, é admoestado e animado espiritualmente. Para além destes importantes aspectos, quando alguém assiste um culto pela internet, geralmente sai no meio para fazer alguma coisa, ou tem a atenção ligada em um outro ponto. A sua capacidade de concentração é mutilada, e a suposta adoração fica imperfeita. Acrescento a isso a posição que o internauta assume diante da tela, que algumas vezes é deitado. Salvo poucas excepções, o lugar do adorador é na igreja. Lembrando que os recursos tecnológicos devem ser apenas um meio e nunca um fim. E que não podemos nos contentar com migalhas quando Deus quer nos oferecer um banquete!

Que Deus abençoe você para poder oferecer o melhor de si para Deus.

Luís Carlos Fonseca

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