Filhos
da Luz
João 12:20-23
Introdução
1.
A luz é essencial. Ela nos aquece, nos permite enxergar o que está no escuro, nos mantém sadios e nos dá vida.
2.
Cristo usou a luz de maneira simbólica para ilustrar algumas verdades de Seus ensinos (Mt 5:14; 6:22; Lc 11:36; Jo 3:20).
3.
Ele estimulou
Seus discípulos a crer na luz e a viver como “filhos da luz” (Jo 12:36).
4.
Como uma luz em
meios às trevas, a mensagem de Jesus alcançava as multidões (Mt 7:28-29).
5.
Quando Ele entrou em Jerusalém para a festa da Páscoa, recebeu a informação de que alguns gregos queriam vê-Lo (Jo 12:20-22).
6.
Cristo mencionou três características dos filhos da luz.
I.
Consagração -
João 12:24 e 25
1.
A característica dos filhos da luz é a consagração.
a)
“Entregando-nos a Deus, temos necessariamente
de renunciar a tudo que dEle nos separe. Não podemos pertencer metade
ao Senhor e metade ao mundo. Não
somos filhos de Deus a menos que o
sejamos totalmente” (Ellen G. White, Caminho
a Cristo, p. 44).
2.
Para que haja frutificação é necessário que o grão de trigo caia na terra e morra (v. 24).
3.
Cristo diz a Seus
discípulos que eles devem morrer para suas dificuldades e inclinações para o mundo. Temos a tendência de criar listas de inclinações a ser vencidas.
4.
“Odiar a sua vida” (v.25).
a)
Nesse verso, João usa duas palavras gregas traduzidas como “vida”. A primeira é psichê e se refere ao ser vivente
ou a vida natural. A segunda é zoê; é uma referência a vida eterna.
b)
Esse verso nos
diz, literalmente, que quem odeia a própria vida (psichê) vai preservá-la para a vida eterna (zoê).
c)
A ordem de Jesus é odiar a vida mundana e corrompida e amar a vida eterna que
recebemos dele. Para isso, é necessário um
relacionamento vivo com Deus.
II.
Lealdade
1.
Seguir a Cristo (v. 26).
a)
A segunda característica dos filhos da luz é a lealdade.
Ilustração: Conta-se a história de que Hitler queria usar a
igreja para dominar os alemães. Em uma
reunião, um pastor fiel a Deus por
nome Niemoller teria dito: “Meu objetivo é o
bem-estar do Estado, da Igreja e do
povo alemão.” Ao que Hitler respondeu: “Limite-se
à igreja. Eu cuido do povo alemão.” Niemoller deu talvez a resposta mais dura que Hitler recebeu na vida: “Nós também, como cristãos e homens do clero, temos responsabilidade para com o povo alemão. Esta responsabilidade nos foi confiada por Deus, e nem você nem ninguém neste mundo tem o
poder de tirá-la de nós!”
b)
Jesus não está falando de segui-Lo para alguns lugares. Ele estava chamando Seus discípulos para que permanecessem ao Seu lado onde quer que Ele estivesse.
c)
Permanecer com Jesus
implica em desprezar as coisas deste mundo e para elas
morrer (1 João 2:15-17).
2.
Seguidores ou discípulos de Cristo?
a)
Os evangelhos dizem que Jesus era seguido por
grandes multidões (Mt 4:25).
b)
A diferença entre seguidores e discípulos
é que estes se comprometem com os princípios do discipulado, enquanto aqueles, em sua maioria, simplesmente seguem com a multidão.
c)
No contexto missionário, o discípulo é comprometido com
a divulgação das boas-novas de
Cristo. Ellen G. White escreveu: “Os que
se uniram ao Senhor em concerto de
serviço, acham-se sob obrigação de a
Ele se unir também na grande, sublime obra de salvar pessoas” (Testemunhos Seletos, v. 3 p. 82).
III.
Autenticidade
1.
A terceira característica dos filhos da luz é a
autenticidade.
2.
O mundo precisa ver entre os cristãos mais autenticidade através de comportamento que eleve os princípios espirituais.
a)
Ilustração: Certa vez, um pastor norte-americano fez
uma pesquisa entre jovens de sua
igreja. A pergunta básica que fazia era:
“Na igreja, o que constitui a maior
barreira para permanecer cristão quando se
atinge a idade adulta? Entre as
várias respostas, boa parte delas dizia
essencialmente a mesma coisa: Pessoas que
agem como se não cometessem erros!”
3.
Ao retornar para casa, o filho pródigo deu provas de autenticidade para com o pai. Ele
assumiu sua condição (Lc 15:17-21).
4.
Ser autêntico significa não ter medo de mostrar aquilo que você é.
a)
“Jesus estima que a Ele nos cheguemos tais
como somos. Pecaminosos, desamparados, dependentes. Podemos ir a
Ele com todas as nossas fraquezas, leviandade e pecaminosidade, e nos lançar arrependidos aos Seus pés. É Seu prazer estreitar-nos em Seus braços de amor, atar nossas feridas, purificar-nos de toda a impureza” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 52).
b)
Como filhos da
luz, podemos alcançar essa característica através da graça e do poder de Deus (Jo 15:5; Fp 2:13).
Conclusão
1.
Paulo afirmou: “O Deus da
esperança vos encha de todo gozo e paz no vosso crer, para que
sejais ricos de esperança no poder do
Espírito Santo” (Rm 15:13).
2.
Cristo ilumina todo
aquele que deseja se tornar filho da esperança.
3.
Nesse mundo sem esperança o cristão fiel é uma referência de bons princípios.
4.
“Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 4:7).
Pr.
Felipe Alves Masotti - Revista
do Ancião Jan – Mar / 2012 - Oferecido por Depto de Comunicações da UCB
Luís Carlos Fonseca.
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