segunda-feira, 20 de maio de 2013

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 – O DIA DO SENHOR (Sofonias e Naum)


RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 – O DIA DO SENHOR (Sofonias e Naum)

VERSO ÁUREO: “O Senhor será terrível para eles, porque emagrecerá todos os deuses da terra; e todos virão adorá-lo, cada um desde o seu lugar, de todas as ilhas dos gentios.” Sofonias 2:11

INTRODUÇÃO: Quem escreveu o livro de Sofonias? Sofonias 1:1 identifica o seu autor como sendo o profeta Sofonias. O nome de Sofonias significa: "defendido por Deus"

Quando foi escrito?: O Livro de Sofonias foi, provavelmente, escrito entre 735 e 725 AC.


A mensagem de Sofonias de julgamento e incentivo contém três doutrinas principais: 1) Deus é soberano sobre todas as nações. 2) Os ímpios serão punidos e os justos serão recompensados no dia do julgamento. 3) Deus abençoa aqueles que se arrependem e confiam nEle.

Sofonias pronuncia o juízo do Senhor sobre toda a terra, sobre Judá, sobre as nações vizinhas, sobre Jerusalém e sobre todas as nações. Isso é seguido por proclamações de bênçãos do Senhor sobre todas as nações e especialmente sobre o remanescente fiel do Seu povo em Judá. Sofonias teve a coragem de falar abertamente porque sabia que estava proclamando a Palavra do Senhor. Seu livro começa com "A palavra do Senhor" e termina com "diz o Senhor". Ele sabia que nem os muitos deuses que o povo adorava nem o poder do exército assírio poderiam salvá-los. Deus é misericordioso e compassivo, mas quando todos os seus avisos são ignorados, o julgamento é de se esperar. O Dia do Julgamento de Deus é frequentemente mencionado nas Escrituras. Os profetas o chamaram de "dia do Senhor". Eles se referiam a vários eventos, a queda de Jerusalém, por exemplo como manifestações do Dia de Deus, cada um dos quais apontava para o último dia do Senhor.

Grande parte das bênçãos finais sobre Sião ainda está para ser cumprida, o que nos leva a concluir que são profecias messiânicas que aguardam a segunda vinda de Cristo para serem finalmente concretizadas. O Senhor removeu o nosso castigo somente através de Cristo, o qual veio para morrer pelos pecados de Seu povo. Ver Sofonias 3:15 e João 3:16. Entretanto, Israel ainda não reconheceu o seu verdadeiro Salvador. Isso ainda está para acontecer. Ver Romanos 11:25-27. A promessa de paz e segurança para Israel, numa altura em que o seu Rei está no seu meio, será cumprida quando Cristo voltar para julgar o mundo e resgatá-lo à Si próprio. Assim como Ele subiu ao céu depois da Sua ressurreição, assim Ele regressará e criará uma Nova Jerusalém na terra. Ver Apocalipse 21. Naquela época, todas as promessas de Deus para Israel serão cumpridas.

DOMINGO (26 de maio) UM DIA DE TREVAS – O ponto central da mensagem de Sofonias é o dia do Senhor. Veja estes versos:  “Cala-te diante do Senhor Deus, porque o dia do Senhor está perto; porque o Senhor preparou o sacrifício, e santificou os seus convidados.” Sofonias 1:7

“O grande dia do Senhor está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o poderoso.” Sofonias 1:14

Há, pelo menos, duas referências, para o dia do Senhor: a) O santo sábado. O sábado é o dia do Senhor como vemos na palavra de Deus e faz parte do 4º mandamento da lei de Deus. Ver Marcos 2:27 e 28 e  Apoc. 1:10. 2) O dia do juízo anunciado pelos profetas. O dia de trevas anunciado por Sofonias referia-se primeiramente a invasão da Assíria e babilônica contra o povo de Deus. Ele descreve como sendo um dia terrível como vemos: “Uivai vós, moradores de Mactes, porque todo o povo que mercadejava está arruinado, todos os que estavam carregados de dinheiro foram destruídos. E há-de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que se espessam como a borra do vinho, que dizem no seu coração: O Senhor não faz o bem nem faz o mal.” Sofonias 1:11-12.

O dia de trevas também faz referência para o juízo final quando Jesus voltar à terra e destruir os desobedientes e ímpios e dar a salvação aos Seus filhos. O juízo de Deus mostra-nos que Deus está interessado em por fim ao pecado e garantir a vida eterna aos que O obedecem.

Tendo em vista que todos passarão pelo dia do juízo como devemos viver? Veja este texto: “Irmãos, vosso dever, felicidade e utilidade futura, assim como salvação final, convidam-vos a cortardes os laços de vossas afeições, de tudo que é terreno e corruptível. Existe uma simpatia não santificada, que participa da natureza de um sentimentalismo apaixonado e é terrena, sensual. Serão necessários decididos esforços para que alguns de vós vençam e mudem o rumo de sua vida, pois não se puseram em ligação com a Força de Israel, e se tornaram débeis. Agora sois chamados em altas vozes a serdes diligentes no emprego de todo meio de graça, a fim de poderdes ser transformados no caráter e crescer à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus.” Testemunhos Seletos, II, 99 e 100.

SEGUNDA-FEIRA (27 de maio) OS MANSOS DA TERRA -  Este é o texto principal para hoje: “Congregai-vos, sim, congregai-vos, ó nação não desejável. Antes que o decreto produza o seu efeito, e o dia passe como a pragana; antes que venha sobre vós o furor da ira do Senhor, antes que venha sobre vós o dia da ira do Senhor. Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor.” Sofonias 2:1-3

Ser manso e humilde é o que Deus pede de cada filho Seu. O novo céu e a nova terra será lugar de pessoas convertidas à humildade e mansidão. Hoje, aqui e agora, é o tempo e o lugar para desenvolvermos estes atributos.

Veja estes textos: “Mansidão e humildade caracterizarão todos aqueles que obedecem à lei de Deus, todos os que, submissos, tomarão o jugo de Cristo. Essas graças produzirão o desejável resultado de paz no serviço de Cristo.” Signs of the Times, 16 de abril de 1912.

“Coisa alguma é aparentemente mais desamparada, e na realidade mais invencível, do que a alma que sente o seu nada, e confia inteiramente nos méritos do Salvador.” C.B.V, 182

O povo de Deus, no passado precisava voltar a reconhecer a palavra do Senhor como certa, verdadeira e única. O povo se tinha voltado para os ídolos e pecados, e Deus pedia arrependimento e confissão.

Por que caminhos temos andado? Precisamos reaprender a mansidão de Cristo?

TERÇA-FEIRA (28 de maio) UMA CIDADE CORRUPTA - Quais eram os pecados do povo de Israel? Veja o texto para hoje: “Ai da rebelde e contaminada, da cidade opressora! Não obedeceu à sua voz, não aceitou o castigo; não confiou no Senhor; nem se aproximou do seu Deus. Os seus príncipes são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que não deixam os ossos para a manhã. Os seus profetas são levianos, homens aleivosos; os seus sacerdotes profanaram o santuário, e fizeram violência à lei. O Senhor é justo no meio dela; ele não comete iniquidade; cada manhã traz o seu juízo à luz; nunca falta; mas o perverso não conhece a vergonha.” Sofonias 3:1-5.

No texto em referência Deus chama a atenção dos pecados que eram praticados em Jerusalém, e pelo povo escolhido. Incrível não é?

No passado o diabo dominou os líderes e a capital do país, Jerusalém. Ele controlou o rei, os conselheiros, suscitou falsos profetas e corrompeu os sacerdotes para que profanassem o santuário. Daí para obter o controle sobre o povo, foi fácil. Pelo fracasso dos líderes no testemunho e nas orientações ao povo, toda a nação fracassou. Será que vemos algum paralelo nos dias de hoje? Como tem sido comigo? Olho com atenção às necessidades do meu próximo?

Como Deus agiu com Jerusalém? Tomando como símbolo a uma prostituta; Deus permitiu que ela sofresse as consequências dos seus erros por um tempo. Quando ela chegou ao fundo do poço, como uma mulher rejeitada e nojenta até para seus amantes, Deus ofereceu seu amor não merecido, e tomou de volta sua esposa infiel. Com a mesma força que ele havia demonstrado sua santidade e justiça no castigo dos ímpios, ele mostra seu caráter divino, também, na sua grande bondade e misericórdia em resgatar Jerusalém. Se Deus fez assim com o Seu povo no passado, Ele também está disposto em socorrer-nos nas nossas mais profundas necessidades espirituais.

QUARTA-FEIRA (29 de maio) O MAIOR PRAZER DE DEUSEste é o texto para hoje: “O Senhor teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” Sofonias 3:17. No meio de uma mensagem de juízo Deus traz essa mensagem de salvação. Aqui vemos, claramente, que a alegria do Senhor está em salvar e não em condenar.

Isaías também menciona sobre a alegria que Deus tem com os Seus filhos. Veja estes textos: “Porque, como o jovem se casa com a virgem, assim teus filhos se casarão contigo; e como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus.” Isaías 62:5

“E exultarei em Jerusalém, e me alegrarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor.” Isaías 65:19.

O Deus do Velho Testamento é mal interpretado por alguns. Deus é pintado como sendo cruel e mau. O texto para hoje é uma demonstração que Deus é misericordioso, pois mostrou grande amor pelo povo que muito desobedeceu e errou. Deus nunca foi cruel, Ele sempre foi justo. Quando a polícia invade uma comunidade em busca de traficantes e criminosos, não vai jogando flores. Vai com armas e pronta para exercer o poder de polícia que a sociedade delegou, e nem por isso a polícia é má, Agora imagine um mundo de traficantes e criminosos, e Deus precisando lidar com isso. O problema é que alguns não crêem que o ser humano é intrinsecamente mau por natureza. Deus é santo, e qualquer partícula de pecado é abominável para Ele. Deus estabeleceu governos e usou povos para colocar em prática o Seu juízo. Os israelitas quando estavam bem com Deus foram usados para destruir povos apóstatas que tentavam eliminar o povo de Deus, atrapalhar assim os planos de Deus. Mas, agora, porque o povo não se arrependeu Deus teve que permitir o juízo.

QUINTA-FEIRA (30 de maio) A RESPOSTA DE DEUS À INJUSTIÇA – A lição de hoje fala sobre o livro de Naum. Naum não escreveu este livro como uma advertência ou uma "chamada ao arrependimento" para o povo de Nínive. Deus já tinha enviado o profeta Jonas, 150 anos antes, com Sua promessa do que aconteceria se continuassem em seus maus caminhos. As pessoas daquela época se haviam arrependido, mas agora viviam tão mal como antes. Os assírios se tinham tornado absolutamente brutais em suas conquistas. Eles penduravam os corpos de suas vítimas em postes e colocavam a sua pele nas paredes das suas tendas, entre outras coisas cruéis que faziam. Agora Naum estava dizendo ao povo de Judá para não se desesperarem porque Deus havia pronunciado julgamento e os assírios em breve estariam recebendo o que mereciam.

Veja alguns versos especiais deste livro: Naum 1:7: “O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam.”

Naum 1:14: “Porém contra ti, Assíria, o Senhor deu ordem que não haja posteridade que leve o teu nome.”

Naum 1:15: “Eis sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, do que anuncia a paz.”

Naum 2:13: “Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos.”

Naum 3:19: “Não há remédio para a tua ferida; a tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?”

A palavra de juízo contra a Assíria reflete os juízos que Deus trará contra todas as nações que insistem em desobedecer a palavra do Senhor. O profeta mostra que Deus tem um grande poder e no momento certo ele saberá agir não só para destruir os que destroem a terra, mas para salvar os que temem o Seu nome e guardam os Seus mandamentos. O que os profetas diziam sempre se cumpria. Hoje temos a palavra dos profetas que diz sobre a volta de Jesus para por fim a este mundo de pecados. Faz-nos bem ouvir a palavra do Senhor e obedece-la.

SEXTA-FEIRA (31 de maio) LEITURA COMPLEMENTAR - Sofonias nos recorda que Deus fica ofendido com os pecados morais e religiosos de Seu povo. O povo de Deus não escapará de punição quando peca deliberadamente. A punição pode ser dolorosa, mas o seu propósito é redentor e não punitivo. A inevitabilidade da punição sobre a impiedade dá conforto em um momento em que parece que o mal está desenfreado e vitorioso. Temos a liberdade de desobedecer a Deus, mas não a liberdade para escapar das consequências dessa desobediência. Aqueles que são fiéis a Deus podem ser relativamente poucos, mas Deus não os esquece.

“Muitos não percebem que ao andarmos humildemente com Deus, nos colocamos numa posição em que o inimigo não pode tirar vantagem de nós. … Unicamente se nos submetermos como crianças dispostas a ser instruídas e disciplinadas, poderá Deus usar-nos para a Sua glória.” Refletindo a Cristo, MM 1986, 253.

Sobre Naum: Nínive já tinha uma vez respondido à pregação de Jonas e abandonado seus maus caminhos para servir ao Senhor Deus Jeová. Entretanto, 150 anos depois, Nínive retornou à idolatria, violência e arrogância. Ver Naum 3:1-4. Mais uma vez Deus enviou um de Seus profetas para Nínive para pregar o julgamento na destruição da cidade e exortá-los ao arrependimento. Infelizmente, os ninivitas não prestaram atenção à advertência de Naum e a cidade ficou sob o domínio da Babilônia.

O caráter de Deus é tão santo que Ele não pode pecar, nem aprovar qualquer tipo de pecado cometido por outros. O grande amor de Deus nunca faz com que Ele renegue Sua santidade neste sentido. Se Ele fizesse isso, não seria amor verdadeiro. Se Deus aceitasse o pecado cometido por outros, Ele seria participante deste pecado, portanto, ele se tornaria pecador também. E Deus não fará isso. A santidade de Deus não é passiva. A santidade de Deus é, obviamente, ativa na própria conduta dele. Mas, sendo Ele o dominador do universo, ele tem que agir em relação à conduta dos outros. Ele precisa decidir não apenas o que é certo e o que é errado, mas precisa decidir quem está certo e quem está errado. Então Ele precisa decidir o que será feito com aqueles que agem de forma errada, e também a maneira pela qual serão recompensados os que agem corretamente. O amor não pode estar desvinculado do juízo de Deus.

Luís Carlos Fonseca.


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