COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 ( 2º trimestre de 2015) JESUS, O
GRANDE MESTRE
VERSO ÁUREO: “E admiravam a sua doutrina porque a sua
palavra era com autoridade.” Lucas 4:32
INTRODUÇÃO (sábado 23 de maio) – Jesus surpreende porque foi
o líder espiritual que ensinou por tão pouco tempo, mas impactou a vida de
tantas pessoas! Foram 3 anos e pouco de ministério que fez de Cristo o maior
mestre de todos os tempos. É claro que Ele veio ao mundo com o propósito de
salvar a humanidade e isso faz toda a diferença! Mas quando comparamos com
grandes líderes da história e da religião, vemos Jesus destacando-Se entre os
outros mestres. Jesus não lecionou em nenhuma universidade e nem escreveu livros, mas os Seus ensinos revolucionaram e revolucionam o pensamento de
grandes e pequenos ao redor do mundo.
Como Mestre divino, Jesus não escreveu palavras em papel,
mas gravou-as no coração dos seus discípulos e ouvintes. Vidas foram salvas do
pecado, perdidos foram encontrados, enfermos foram curados através do
ministério do Mestre Jesus! Jesus foi diferenciado entre os vários sábios.
Paulo mostrou que os ensinos e exemplo de vida de Cristo estão acima de
qualquer comparação de sabedoria e filosofias humanas. Paulo disse: “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos
o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.
Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este
crucificado.” I Coríntios 2:1-2.
Jesus esteve acima dos filósofos gregos, da sabedoria
judaica e da força romana! Jesus foi, é e sempre será o mestre por excelência!
Por exemplo: Quando um homem lhe fez uma pergunta filosófica: “Quem é o meu
próximo?” Ele contou a parábola do Bom Samaritano e no final disse: “Vai tu e
faz o mesmo”. Quando alguém O censurou por viver na companhia dos publicanos e
pecadores, Ele respondeu com as lindas parábolas da ovelha, dracma e filho
pródigo. Jesus sempre tinha uma resposta muito sábia. Quando lhe levaram uma
mulher apanhada em flagrante adultério ele disse: “quem não tem pecados atire a
primeira pedra”. Ele nem precisou usar o segundo recurso que era pedir a cabeça do homem
que tinha cometido o adultério com a mulher! Quando lhe perguntaram se os
judeus deviam pagar imposto à Roma ou não, Ele respondeu com a sabedoria de
mestre: “Dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”
Os discípulos de Cristo O consideravam Mestre. Este foi o
título com que mais se dirigiram a Jesus, e próprio Jesus Se considerava
Mestre: “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.” João
13:13. As pessoas em geral O chamavam de Mestre. O jovem rico, Nicodemos e o
povo em geral dirigiam a Jesus como Mestre. Ver Mat 22:16 e Mat 7:29
Como conhecer o Verdadeiro Mestre? Para se prevenir contra os falsos ensinos e contra falsos
mestres devemos conhecer a verdade. Para detectar uma imitação devemos estude o artigo verdadeiro. Cito um exemplo: Qualquer
crente que “maneja bem a palavra da verdade”, II Timóteo 2:15 e que faz um
estudo cuidadoso da Bíblia consegue identificar os falsos mestres que ensinam
falsas doutrinas. Um crente, em Cristo, que estudou a respeito do Pai, do Filho e
do Espírito Santo em Mateus 3:16-17, e nos vários textos da Bíblia, irá
imediatamente questionar qualquer doutrina que negue a trindade. Portanto, o
primeiro passo é estudar a Bíblia e julgar todo ensino de acordo com o que diz
a Escritura. Jesus é o verdadeiro mestre. Ele
mesmo disse de Si: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. João 14:6.
Que cuidados devemos
ter com os falsos mestres? Como eles se apresentam hoje? Aqueles que não
falam conforme a Palavra de Deus não devem ser recebidos pelos filhos de Deus.
Eles se apresentam através de ensinos contrários aos da Bíblia. Os livros de
auto-ajuda com cunho espiritualista, os filmes que destroem a religião e a moral e outras literaturas, devem ser evitados pelos santos! Deus
advertiu-nos: " Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo. I João 4: 1-3
DOMINGO (24 de maio) A AUTORIDADE DE JESUS – É-nos dito que
Jesus falava como quem tem autoridade: “E aconteceu que, concluindo Jesus este
discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; porquanto os ensinava como
tendo autoridade; e não como os escribas.” Mateus 7:28-29. Quando as
autoridades mandaram os soldados prender Jesus, eles voltaram de mãos abanando e disseram: “Nunca ninguém falou como este Homem.”
Jesus tinha autoridade porque usava de grande didática para
ensinar os Seus ouvintes. Jesus foi o Mestre por excelência e ensinou com
maestria. Jesus tinha uma capacidade inigualável para deixar os Seus ensinos na
mente do povo. Ele adaptava as Suas mensagens de acordo com a faixa etária e
cultura de cada pessoa. Para cada caso, Ele usava um método próprio e adequado. No
templo, nas sinagogas, nas casas, nas praças, nas estradas, no deserto e
na praia Jesus fazia perguntas, contava histórias, parábolas, abria discussões, fazia dramatizações, ensinava lições objetivas e fazia demonstrações práticas para ensinar. Jesus
partia das coisas comuns da vida para ensinar as coisas espirituais. Para ensinar Jesus usou o sal, a luz, a água, o
pão, o fermento, a semente, os pássaros, as flores, o arado, a rede, o vento, a
porta, a ovelha e o curral.
Jesus tinha autoridade porque não Se prendia a coisas fúteis
e banais. Ele não Se limitava a transmitir conhecimentos, mas a formar e
transformar vidas. Jesus ensinou as bem-aventuranças para mostrar quem teria
acesso ao Seu reino. Ele ganhava o respeito das pessoas porque tinha um
profundo interesse por elas. Temos o exemplo da mulher pecadora relatada em
João 8:1-11, onde Jesus revelou o Seu perdão e aceitação. Ele disse à mulher: “E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém
mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores?
Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu
também te condeno; vai-te, e não peques mais.” João 8:10-11
Jesus revelava autoridade pelo próprio conteúdo do Seu
ensino. Ele disse: “..Eu sou a verdade…A própria vida de Jesus confirmava as
Suas palavras. Ele vivia aquilo que falava. Quando Jesus terminou o Sermão do
Monte, as multidões ficaram maravilhadas, porque Ele ensinava com autoridade e
não como os escribas e fariseus. Jesus tinha uma autoridade adquirida e não
imposta. O elemento mais importante na vida de um mestre é aquilo que ele é em
si. A vida de um mestre é a lição que mais apela ao coração do seu discípulo. O
exemplo é a melhor e mais eficaz maneira de ensinar. Jesus podia ensinar sobre
mansidão e humildade porque Ele era manso e humilde: “Bem-aventurados os
mansos, porque eles herdarão a terra.” Mateus 5:5
“Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis
descanso para as vossas almas.” Mateus 11:29.
Jesus podia ensinar sobre o
perdão porque Ele perdoou os seus opositores: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que fazem…”Lucas 23:34.
Damos testemunho com
autoridade porque vivemos a mensagem que pregamos?
SEGUNDA-FEIRA (25 de maio) O MAIS GRANDIOSO SERMÃO DE CRISTO
– Realmente, o Sermão da Montanha é grandioso porque é muito difícil de ser
vivido. É um sermão muito exigente! O Sermão da Montanha, ou Sermão do Monte, é
a mensagem que Jesus deu em Mateus capítulos 5-7. Mateus 5:1-2 é a razão pela
qual esse texto é conhecido como o Sermão da Montanha: "Vendo Jesus as
multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus
discípulos; e ele passou a ensiná-los".
O Sermão da Montanha abrange vários temas diferentes. Se
tivéssemos que resumir o Sermão do Monte; a uma única frase seria mais ou menos
assim: “Como viver uma vida dedicada e agradável a Deus, livre de hipocrisia,
cheia de amor e graça, e cheia de sabedoria e discernimento".
Este sermão fala das bem-aventuranças, do sal e luz, do
cumprimento da lei por Jesus, do ódio e assassinato, da luxúria e adultério, do
divórcio e do novo casamento, dos juramentos, do tal "olho por olho" da lei de
Talião. Da necessidade que temos de amar e orar pelos inimigos, ensina-nos a
orar e a jejuar, fala dos tesouros no céu, fala para não vivermos preocupados
com o dia do amanhã, menciona acerca dos falsos profetas e proíbe o julgamento
crítico. Mateus 7:28-29 conclui o Sermão do Monte com a seguinte declaração:
"Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas
da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os
escribas."
Lucas também menciona partes do Sermão do Monte relatado por Mateus. Ver em
Lucas 6:20-49. Lucas traz um ponto muito importante contido no sermão do monte; é a tal regra de ouro do evangelho:
“E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós,
também.” Lucas 6:31. O perdão é essência do Sermão do Monte e dos ensinos de
Cristo, como um todo.
Lucas apresentou desta maneira o
Sermão do Monte dando ênfase no perdão e no modo cristão de viver:
“Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados;
soltai, e soltar-vos-ão. Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida
e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com
que medirdes também vos medirão de novo. E dizia-lhes uma parábola: Pode
porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova? O discípulo não é
superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. E
por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na
trave que está no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão,
deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave
que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então
verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.” Lucas 6:37-42.
O perdão é uma exigência dos evangelhos. É evidente que o princípio do perdão
deve funcionar a despeito da ausência de arrependimento. É muito mais fácil
perdoar se o ofensor se mostrar arrependido. Mas, Cristo, já na cruz, perdoou
aos Seus próprios adversários e assassinos a despeito de não se mostrarem
arrependidos.
Lucas menciona os
frutos que o crente deve produzir: “Porque não há boa árvore que dê mau
fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu
próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas
dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem
mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu
coração fala a boca.” Lucas 6:43-45. O crente sincero acaba, inevitavelmente, a
produzir bons frutos. A ligação com Cristo através da comunhão o leva a
produção de frutos para o reino de Deus. Ver João 15:1-10
Ver também os 4 ais apresentados por Lucas. Lucas 6:24-26
Tem procurado viver o
Sermão do Monte tal como é exigido por Jesus?
TERÇA-FEIRA (26 de maio) – UMA NOVA FAMÍLIA – Jesus teve uma
família quando aqui viveu. Os irmãos de Jesus são mencionados em vários
versículos da Bíblia. Ver Mateus 12:46, Lucas 8:19 e Marcos 3:31. Esses textos dizem que a mãe de
Jesus e seus irmãos forma ve-lo em certa ocasião. A Bíblia diz que Jesus
tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Judas. Ver Mateus 13:55. A Bíblia
também menciona que Jesus tinha irmãs, mas não sabemos seus nomes e quantas eram. Ver Mateus 13:56. Em João 7:1-10, Seus irmãos foram para uma festa, mas Jesus não foi com eles. Em Atos 1:14 encontramos os irmãos e mãe
de Jesus em oração com os discípulos. Depois, Paulo menciona em Gálatas 1:19 que Tiago
era irmão de Jesus. A conclusão mais natural dessas passagens é interpretar que
Jesus tinha irmãos e irmãs de sangue.
Não tenho motivos para não acreditar que esses irmãos e
irmãs não foram verdadeiros filhos de José e Maria e, no caso dos mais velhos;
filhos de José, portanto meio irmãos de Jesus. Alguns se opõem à ideia de que
Jesus tinha meio-irmãos e irmãs, não por sua leitura da Bíblia, mas por um
conceito pré-concebido da virgindade perpétua de Maria. O fato de Maria ter
gerado Jesus, sendo virgem, não a isenta de ter tido outros filhos e também não a
torna menos santa por isso, ao contrário; a enaltece ainda mais pois para uma
mulher judia ter muitos filhos, era sinal de bênçãos de Deus e prosperidade!
Mas a lição de hoje trata da nova família de Jesus, a família
universal. “Eis o texto principal para
hoje: “E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se
dele, por causa da multidão. E foi-lhe dito: Estão lá fora tua mãe e teus
irmãos, que querem ver-te. Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e
meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam. Lucas
8:19-21.
Na época de Jesus poucas pessoas tinham acesso as Escrituras
Sagradas, e era-lhes fundamental ouvir com muita atenção para memorizar e assim
poder estudar, meditar e obedecer a Palavra de Deus. A família espiritual de Jesus não
recebe apenas a teoria, porque: “a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta
na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes
aos olhos de Deus a quem temos de prestar contas.” Hebreus 4.12-13. Quando
pertencemos a família de Jesus, passamos a praticar tudo aquilo que a Palavra de
Deus nos manda fazer; assim estaremos sendo verdadeiramente filhos do reino
dos Céus.
Jesus foi claro
quando disse: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos
mando? Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas Palavras, e as pratica, eu
vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma
casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a
enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido
bem construída. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que
edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra
ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.” Lucas
6.46-49.
A obediência incondicional aos mandamentos de Deus é uma
condição para pertencer a família universal de Jesus. Não adianta obedecer
alguns mandamentos e desobedecer outros. Veja
estes textos: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só
ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás
adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas
matares, estás feito transgressor da lei.” Tiago 2:10-11
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras
desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o
tempo está próximo.” Apocalipse 1:3. Lembrando que o batismo na igreja de Cristo é uma condição para pertencer a sua família: " E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado." Marcos 16. 15 e 16. Aqueles que são batizados tem direito de receber a herança da vida eterna e seus nomes são escritos no livro da vida!
Você já pertence a
família de Jesus ou ainda é um bastardo?
QUARTA-FEIRA (27 de maio) UMA DEFINIÇÃO DE AMOR: A PARÁBOLA
DO BOM SAMARITANO – PARTE I – Apenas Lucas relata a parábola do bom samaritano.
Esta parábola revela o tipo de amor que devemos desenvolver no nível
horizontal, em relação ao nosso próximo. Eis
a parábola: “E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e
dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E ele lhe disse: Que está
escrito na lei? Como lês? E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus
de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de
todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe:
Respondeste bem; faze isso, e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se a si
mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E, respondendo Jesus, disse:
Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os
quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E,
ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de
largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou
de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o,
moveu-se de íntima compaixão; e, aproximando-se, atou-lhe as feridas,
deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma
estalagem, e cuidou dele; e, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e
deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu
to pagarei quando voltar. Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo
daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de
misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.”
Lucas 10:25-37.
A lição de hoje mostra o perigo de desenvolvermos apenas uma
religião no nível intelectual. O doutor da lei perguntou para Jesus: “que farei
para herdar a vida eterna? V. 25. Os judeus, em geral, esperavam a chegada do
Messias para a libertação dos seus pecados. Quando o Messias chegou, no momento
do contexto das profecias, muitos não perceberam. Mesmo entre os discípulos de
Cristo havia a ideia de que Ele iria fundar o reino humano em que os judeus
iriam expulsar os romanos e reinariam aqui. No caso desta parábola, Jesus
mostrou a importância do cuidado que devemos ter com o nosso próximo para
herdarmos o reino dos Céus.
Os judeus sabiam muito bem o que fazer para ajudar os que
necessitavam, pois foram bem instruídos pelo próprio Jeová. Eles usavam uma
espécie de pequenas bolsas feitas em couro, eram os filactérios, e colocadas
nos pulsos, e quando necessitavam eles
liam os textos: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e
de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” Deuteronômio 6:5
“Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu
povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.” Levítico
19:18.
Jesus usou estes textos para lembrar o advogado ou jurista que fez a
pergunta quando disse: o que está
escrito na lei? Em outra ocasião Jesus mencionou a lei “..Amarás o Senhor
teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus 22:37-39
A beleza da parábola do bom samaritano é indescritível. O sacerdote e o levita eram vistos como os “santos” da história. Mas eles estavam "muito ocupados" com coisas mais importantes, estavam certamente em uma viagem a serviço do templo. Estavam tão preocupados com sua pontualidade e com a preparação de seus rituais religiosos, que esqueceram que o coração da verdadeira religião é o cuidado e o socorro ao ser humano que necessita. Veja este texto: "Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes." Mateus 12:7. Mais do que os rituais da lei, está o favor ao necessitado. Mais do que a religião, está o senso de humanidade e ajuda mútua entre os homens. Não adianta sacrificar, cultuar; mas, ignorar e fingir que não enxerga o próximo precisando de ajuda é pecado. Deus não recebe este tipo de adoração, Ele quer primeiro que exerçamos a misericórdia. Não podemos deixar de ver, e ignorar as dificuldades do nosso irmão. Precisamos ajudar e fazer o bem a todos. "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”. Tiago 4:17.
Em que resume a sua religião? Ter a devoção pessoal e familiar com Deus e ir à igreja para adorar é apenas uma parte da religião! Necessitamos de realizar mais para Cristo. A melhor maneira de manifestar amor às pessoas é falar-lhes do evangelho de Cristo, pois quando Cristo habita o coração, Ele transforma a vida!
QUINTA-FEIRA (28 de maio) UMA DEFINIÇÃO DE AMOR: A PARÁBOLA
DO BOM SAMARITANO – PARTE II - A parábola do bom samaritano encontra-se em
Lucas 10:30-35. Segue um resumo da parábola: Essa parábola originou-se da
pergunta de um intérprete da lei, um advogado ou jurista e também religioso,
que buscava experimentar Jesus: “Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou
a Jesus: Quem é o meu próximo?” Luc. 10:29. Buscando responder a essa pergunta,
Jesus contou uma história: O cenário dessa parábola é o caminho entre Jerusalém
e Jericó. Um homem, viajando por esse caminho, veio a ser interceptado por
bandidos que, depois de o roubarem, ainda o deixaram gravemente ferido. Três
personagens são inseridos por Jesus na história: Um sacerdote, um levita e um
samaritano. O sacerdote e o levita eram religiosos. Esperava-se deles que
fossem praticantes da palavra de Deus, pois a conheciam. Eles sabiam o que
tinham de fazer. Já o samaritano era considerado pelos judeus uma pessoa de
segunda qualidade, indigna, pois eram inimigos. O detalhe da história é que o
sacerdote e o levita nem ligaram para o homem que havia acabado de ser
assaltado e agredido, mas o samaritano fez de tudo para salvar esse homem.
Quem Deus escolhe
hoje para praticar a lei do amor? O maior sermão pregado em toda história
não foi aquele de Martin Luter King, ou o do apóstolo Paulo, no areópago em
Atenas, nem mesmo o de Charlles Spurgeon, em Londres, mas foi o Sermão da
Montanha. Convém destacar algo que, às vezes, não é percebido, a frase: “Jesus
vendo as multidões teve compaixão por elas..” Mais do que olhar, houve uma
contemplação de Cristo para com o ser humano; seus sonhos, suas dificuldades,
suas crises, suas depressões e seus abismos. Esta prévia empatia, o colocar-Se
no lugar dos outros, foi a causa do sucesso deste inesquecível tratado sobre a
vida humana e do amor prático que Jesus demonstrou em Seu ministério. Mas, e eu
e você o que temos com isso? A questão é simples; se não ajudarmos o próximo,
os samaritanos vão fazer, aliás já estão fazendo. E no dia do juízo como será?
Que mensagens
fundamentais nos são dadas nos seguintes textos? “Todavia, se cumprirdes,
conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem
fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos
pela lei como transgressores.” Tiago 2:8-9.
“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o
teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos
maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz
que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e
injustos.” Mateus 5:43-45.
O advogado ou intérprete da lei tinha bem definida a missão
de ajudar o próximo, mas não esperava ouvir de Jesus uma resposta tão dura e
difícil de ser praticada. Os judeus não se davam com os samaritanos. Com esta
parábola Jesus mostrou duas verdades: Os judeus não podiam ter preconceitos em
relação as raças, religiões e nacionalidades e a religião deles tinha caído em
um mero formalismo. O ferido foi atendido não pelos que se diziam religiosos; levita e
sacerdote, mas sim por um rejeitado samaritano. Percebeu?
No centro da parábola do bom samaritano há uma afirmação
sobre o comportamento altruísta e egoísta. O samaritano foi altruísta e colocou
a sua própria segurança em risco para ajudar um estranho. O levita e o
sacerdote, que eram os religiosos de plantão, estavam totalmente motivados pelo
interesse próprio e não queriam arriscar a sua própria segurança. Jesus quis
ensinar que o Seu verdadeiro seguidor não olha a religião, raça, posição social
ou conforto pessoal para ajudar o próximo. Ele arregaça as mangas e sai ao encontro dos que dele necessitam!
Quem é o meu próximo
e como posso ajudá-lo? Jesus definiu muito bem a quem ajudar. Veja este texto: “Então os justos lhe
responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou
com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos?
ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um
destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Mateus 25:37-40.
Como ajudar? Veja estes textos: “Cada ato de amor,
toda palavra de bondade, toda oração em favor dos sofredores e oprimidos, é
relatada perante o trono eterno, e anotada no imperecível registro do Céu.”
Serviço Cristão, 222.
“Onde quer que haja um impulso de amor e simpatia, onde quer
que o coração se comova para abençoar e amparar os outros, é revelada a
operação do Santo Espírito de Deus….Permite que tenhamos contato com o sofrimento
e calamidade para nos tirar de nosso egoísmo; procura desenvolver em nós os
atributos de Seu carácter; compaixão, ternura e amor. Aceitando esta obra de
beneficência entramos em Sua escola para sermos qualificados para as cortes de
Deus. Cooperando com os seres celestes em sua obra na Terra, preparamo-nos para
a Sua companhia no Céu. “Espíritos ministradores, enviados para servir a favor
daqueles que hão-de herdar a salvação” (Hebreus 1:14), os anjos no Céu darão as
boas-vindas àquele que na Terra viveu não “para ser servido, mas para servir”.
Mateus 20:28. Nesta abençoada companhia aprenderemos, para nossa alegria
eterna, tudo que está encerrado na pergunta: “Quem é o meu próximo?” Lucas
10:29. Parábolas de Jesus, 385, 388, 389.
SEXTA-FEIRA (29 de maio) LEITURA COMPLEMENTAR DA LIÇÃO:
JESUS O GRANDE MESTRE – “O sermão da montanha, conquanto dirigido especialmente
para os discípulos, foi proferido aos ouvidos da multidão. Após a ordenação dos
apóstolos, Jesus foi com eles para a praia do mar. Ali, de manhã cedo, começara
o povo a se reunir. Além das costumadas multidões das cidades da Galiléia,
havia gente da Judéia e da própria Jerusalém; da Peréia, de Decápolis, da
Iduméia, para o sul da Judéia; e de Tiro, e Sidom, as cidades fenícias da costa
do Mediterrâneo. “Ouvindo quão grandes coisas fazia” (Marcos 3:8), “tinham
vindo para O ouvir, e serem curados das suas enfermidades. [...] Porque saía
dEle virtude, e curava a todos”. Lucas 6:17-19. O Sermão da Montanha, capitulo
31.
“Em Sua própria vida, deu Ele exemplo de obediência à lei de
Deus. No sermão da montanha Ele mostrou como seus requisitos vão além dos atos
exteriores, e penetram os pensamentos e as intenções do coração. A lei,
obedecida, leva os homens a renunciar “à impiedade e às concupiscências mundanas”,
e a viver “neste presente século sóbria, e justa, e piamente”. Tito 2:12. Mas o
inimigo de toda a justiça tornou cativo o mundo e tem levado homens e mulheres
à desobediência da lei. Conforme previu Paulo, multidões têm-se desviado das
claras e esquadrinhadoras verdades da Palavra de Deus e escolhido ensinadores
que lhes apresentem as fábulas que desejam. Muitos, tanto entre ministros como
entre o povo, estão tripudiando sobre os mandamentos de Deus. Assim é insultado
o Criador do mundo, e Satanás ri triunfante aos sucessos de seus enganos.” Atos
do Apóstolos, 284
O amor não substitui a obediência à lei de Deus. Hoje é
comum dizer: “Devemos amar a Deus e o próximo como a nós mesmos”. Sim, está
muito bem, essas são palavras de Jesus. Mas devemos cuidar com dois pontos:
primeiro; não apenas recitarmos esta declaração bíblica sem estender a mão ao
necessitado, e termos o cuidado de praticar os 10 mandamentos. Os dez mandamentos
foram distribuídos em duas tábuas. Os quatro primeiros, contidos na primeira
tábua, dizem respeito às exigências relacionadas com Deus, e os outros seis, às
exigências relacionadas com o homem.
Jesus é o mestre por excelência porque ensinou as verdades
eternas. Ele era, é e sempre será a própria verdade. Jesus é o mestre por
excelência porque foi o exemplo vivo dos Seus ensinamentos. Jesus amou Seus
discípulos, os lapidou, os preparou para a vida, os valorizou e fez deles uma
bênção para o mundo: Pedro, de pedra bruta tornou-se em uma pedra lapidada e
João, de filho do trovão foi transformado em um doce de homem! Assim também
Jesus o mestre Salvador pode transformar todas as pessoas que arrependidas se dirigem à Ele.
Luís Carlos Fonseca.
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