segunda-feira, 11 de maio de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (2º trimestre de 2015) JESUS EM JERUSALÉM

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (2º trimestre de 2015) JESUS EM JERUSALÉM

VERSO ÁUREO: “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela.” Lucas 19:41

INTRODUÇÃO (sábado 13 de junho) – A lição desta semana trata especialmente sobre a última semana que Jesus passou em Jerusalém, antes da Sua morte.

Quando Jesus entrou montado em um jumentinho em Jerusalém, era domingo e toda a cidade se alvoroçou e então alguns perguntaram: “Quem é este?” Alguém respondeu: "Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia". O profeta Zacarias já havia profetizado que Jesus iria entrar montado num burrinho: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu Rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta”. Zac. 9.9 e Mat. 21:4 e 5.

Na segunda feira Jesus tornou à Jerusalém e quando caminhava em sua direção encontrou uma figueira, e desejou Se alimentar dos seus frutos, mas só encontrou folhas, então disse: “Nunca mais coma alguém fruto de ti”. Marcos 11:14. Neste dia pela segunda vez, purificou o templo de sacerdotes corruptos que vendiam animais para sacrifício de forma indevida.

Na terça-feira, quando voltavam à Jerusalém, seus discípulos viram que a figueira se tinha secado desde as raízes e se espantaram, mas Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus; porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede em receber, tê-las-eis. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas”. Marcos 11:22-26. Já no templo, os principais sacerdotes; escribas e os anciãos se aproximaram dele e perguntaram com que autoridade fazia essas coisas. Esse foi um dia de grandes ensinamentos; Jesus calou a boca dos algozes e ninguém ousava perguntar-lhe mais nada, então Ele começou a censurar-lhes. São três capítulos; Mateus 23-25, de grandes discursos e Jesus termina dizendo: “Irão estes para a morte eterna, mas os justos, para a vida eterna”. Mateus 25:46. Antes de terminar a terça-feira, Jesus disse aos Seus discípulos: “Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa”. Mat. 26:1 e 2. Ou seja; a Páscoa começava ao pôr-do-sol da quinta-feira, que já começava a sexta-feira da paixão. Neste dia Jesus foi ungido por Maria em Betânia. Jesus elogiou a oferta da viúva pobre. Ver Marcos 12:41-44. Alguns gregos visitaram o templo que desejaram ver Jesus. Ver João 12:20-36

Na quarta-feira foi o dia que Judas Iscariotes negociou a venda de Jesus por 30 moedas de prata. Ver Lucas 22:4. Antes, Judas desfrutava de comunhão íntima com Jesus, porém depois O abandonou e O traiu. Neste dia não encontramos nenhum relato de Jesus, mas Ele foi ao monte e passou em oração pois sabia das grandes provas que teria que passar. Jesus chorou, no Monte das Oliveiras. Ele lamentou ser rejeitado por Jerusalém e se entristeceu pela destruição iminente da cidade. Ver Lucas 19:41-44

Na quinta-feira a tarde, Jesus iniciou a celebração da Páscoa apenas com os Seus discípulos, quando introduziu as cerimônias da Santa Ceia e Lava-Pés. Ver Mateus 26:17-30 e João 13. Pela manhã prepararam tudo, e à tarde a Santa Ceia foi celebrada, conforme registra Marcos 14:16,17: “E, saindo os seus discípulos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a Pascoa. E, chegada à tarde, foi com os doze. E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há-de trair-me." Logo em seguida, Jesus passou a confortar os Seus discípulos conforme João 14:1-16. Leia o capítulo 16 e veja quantas maravilhas Jesus prometeu. No versículo 33 Ele diz: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Depois Ele foi para o Jardim do Getsemani e teve lugar todos os acontecimentos descritos na Palavra. Depois da Ceia, antes de Jesus sair do cenáculo onde celebrou a Ceia, cantou um hino e, então, saiu com os onze ao monte das Oliveiras, e de lá foram ao lugar chamado Getsêmani e disse: “Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito”. Mat. 26:36,37. Jesus suava gotas de sangue intercedendo por todos nós. Judas traiu Jesus com um beijo. Ver Lucas 22:47 e 48. Então levaram Jesus à prisão sendo julgado e torturado pelos soldados até ao amanhecer de Sexta.

Na sexta, antes do sol nascer, Jesus foi humilhado, torturado e interrogado pelos sacerdotes, e pela manhã O entregaram a Pilatos que mandou crucifica-lo. Ainda na sexta-feira, Ele foi sepultado no túmulo de José, senador da república, ver Lucas 23:50, natural de Arimatéia. O corpo de Jesus esteve presente no túmulo os três dias: algumas horas da sexta-feira, sábado o dia todo e algumas horas do domingo quando ressuscitou pela madrugada.

Durante o sábado Jesus permaneceu no túmulo e foi vigiado. Os guardas que vigiavam é uma grande prova de que ninguém tirou o corpo de Jesus de lá. Isso foi muito bom para provar que Jesus ressuscitou mesmo. Pois, após a ressurreição de Cristo tentaram dizer que o corpo tinha sido tirado de lá: "E no dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dentre os mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro. E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes. E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra". Mat 27:62-66.

No domingo Jesus saiu triunfante da sepultura. Veja este texto: “E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e as suas vestes brancas como neve. E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos. Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito. E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos.” Mateus 28:2-8. Graças a Deus que Jesus ressuscitou, pois se Ele não tivesse ressuscitado a nossa fé seria vã. Ver I Cor. 15:14

DOMINGO (14 de junho) A ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM – A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém está relatada em Lucas 19:28-40, e é mais uma prova de que Deus cumpre as Suas promessas. A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém foi profetizada no Antigo Testamento, e era mais uma prova de que Jesus de Nazaré era mesmo o Messias prometido. O profeta Zacarias, que com o profeta Isaías foi um dos mais messiânicos de todos os profetas do A.T, profetizou dizendo: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta”. Zacarias 9:9

O salmista também profetizou dizendo as mesmas palavras que a multidão disse na entrada triunfal: ”Bendito aquele que vem em nome do Senhor; nós vos bendizemos desde a casa do Senhor”. Salmo 118:26.

A entrada triunfal de Cristo mostra que Ele é o Rei. Quando Jesus Se aproximava de Jerusalém, Ele foi aclamado como Rei. Aquela cerimônia de entrar montado em um jumentinho, e as pessoas gritando: “hosanas, hosanas, bendito o rei que vem em nome do Senhor!”, era uma cerimônia de coroação de um rei em Israel. Naquela época a nação de Israel era dominada pelo império romano, e os romanos escolhiam procuradores que governassem a nação e recebessem os impostos. Os judeus, em geral e também os discípulos, esperavam que Jesus estabelecesse o Seu reino terrestre e expulsasse os romanos. Se Jesus conseguisse atravessar os portões de Jerusalém, Ele seria coroado rei, e com certeza começaria ali uma grande revolução política, mas Jesus não veio fazer revolução política, Ele sabia o que estava fazendo; o Seu reino é o reino dos Céus. O salmista declarou que Jesus é o rei da gloria: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da glória. Quem é este rei da glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da glória. Quem é este Rei da glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da glória.” Sal 24:7-10. João na ilha de Patmos também declarou: “E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores”. Apoc. 19:16.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém apresenta um grande contraste: Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores possuiu um jumentinho por trono. Jesus, o Rei dos reis escolheu um burrinho para entrar em Jerusalém. Jesus nunca foi dirigido por critérios meramente humanas, mas por motivos divinos. Jesus revelou a  Sua humildade, isto aconteceu para que se cumprissem as palavras do profeta Zacarias em Zac. 9:9. O ser humano é vaidoso e soberbo e quer ser mais do que os outros, quer chamar a atenção e espera receber honras passageiras. Mas, Jesus usou um jumentinho para nos ensinar que na humildade está o verdadeiro cristianismo e que “a humildade precede a honra.” Prov 18:12

Você percebeu que temos poucos exemplos bíblicos de pessoas influentes que Deus escolheu para serem usadas na pregação do evangelho? Para salvar o Seu povo da fome, Deus escolheu José, o filho menor de Jacó. Ver Gên.40:41-43. Para libertar o Seu povo de 40 anos de opressão nas mãos dos Amalequitas, Deus escolheu Gideão, um malhador de trigo que se considerava o menor da casa de seu pai. Ver Juízes 6:15. Para trazer renovação espiritual e restauração do concerto de Deus com Israel, e ungir o 1º rei, Deus escolheu Samuel, que foi o menino de Ana, que era estéril, para se tornar profeta, juiz e sacerdote no meio daquela nação. Para reconstruir os muros de Jerusalém Deus usou Neemias, o copeiro do rei Artaxerxes. Ver  Neemias 1:5. Para curar o general Sírio; Naamã, Deus usou uma menina escrava para mostrar o Deus de Israel capaz de curar a doença de Naamã. Ver II Reis 5:1-3. Assim Deus também usa pessoas humildes que se colocam inteiramente em suas mãos. Veja este texto: "Não há limites à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o próprio eu, oferece margem à operação do Espírito Santo na pessoa, e vive uma vida de inteira consagração a Deus" D.T. N, 168

SEGUNDA (15 de junho) JERUSALÉM: A PURIFICAÇÃO DO TEMPLOEste é o relato de Lucas sobre a purificação do templo: “E, entrando no templo, começou a expulsar todos os que nele vendiam e compravam, dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores. E todos os dias ensinava no templo; mas os principais dos sacerdotes, e os escribas, e os principais do povo procuravam matá-lo. E não achavam meio de o fazer, porque todo o povo pendia para ele, escutando-o.” Lucas 19:45-48

Na purificação do templo, vemos Jesus dando aos judeus uma última advertência. Jesus disse que a menos que obedecessem ao que Ele lhes veio anunciar, não haveria salvação para a nação judaica. Jesus estava como que dizendo: “Ouçam as minhas palavras e as coloquem em prática, ou estejam preparados para o ano 70 d.C.” A história nos mostra que, neste ano, as tropas romanas marcharam sobre Jerusalém e a saquearam, destruindo o templo e forçando os judeus a se espalharem entre as nações. foi a partir daí que aconteceu a Diáspora.

Há quem diga que existiu dois momentos que Jesus purificou o templo, João relata a purificação logo no início do ministério de Jesus, enquanto os sinoticos relatam na última semana, antes de Cristo morrer. Veja o texto: “Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas cousas; não façais da casa de Meu Pai casa de negócio. Lembraram-se os discípulos de que está escrito: O zelo da Tua casa Me consumirá.” João 2:13-17.

Quem eram os cambistas e vendilhões do templo? Eram pessoas autorizadas pelos anciãos e sacerdotes que se estabeleciam no templo para trocar moedas e vender animais para sacrifícios, especialmente na época da Pascoa, quando se reuniam em torno de 300 mil peregrinos. No tempo do ministério de Jesus, o imposto anual do templo era de duas dracmas, uma didracma. Ver Mat. 17:24. 

Os cambistas trocavam o dinheiro padrão grego e romano por dinheiro hebraico. Uma vez que judeus de terras muito distantes vinham à Jerusalém para celebrar a Pascoa e pagavam este imposto nessa ocasião, eram necessários os serviços dos cambistas, para trocar moedas estrangeiras em dinheiro aceitável como pagamento do imposto do templo. E as taxas eram muito altas! As pessoas que vinham de longe compravam animais e outros itens relacionados com as cerimônias para serem oferecidos a Deus no templo. O preço que os sacerdotes colocavam para os animais era exorbitante, e, para além disso, eles vendiam os animais que erram desprezados anteriormente pelo próprio templo, por apresentar alguns defeitos. De acordo com a Míxena, Shekalim 1:3, uma coleção de ensinos e de tradições rabínicos, no dia 15 de adar, ou cerca de um mês antes da Páscoa, os cambistas montavam seus negócios nas províncias. Mas no dia 25 de adar, quando os judeus e prosélitos de muitas outras terras começavam a chegar a Jerusalém, os cambistas se estabeleciam na área do templo.

A purificação do templo é também um convite para purificarmos o templo da nossa vida para que o Espírito Santo possa habitar e reinar soberano em nós.

Veja este texto maravilhoso: “Homem algum pode de si mesmo expulsar a turba má que tomou posse do coração. Unicamente Cristo pode purificar o templo da alma. Não forçará, porém, a entrada. Não vem ao templo do coração como ao de outrora; mas diz: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa”. Apocalipse 3:20. Ele virá, não somente por um dia; pois diz: “Neles habitarei, e entre eles andarei: [...] e eles serão o Meu povo”. 2 Coríntios 6:16. “Subjugará as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar”. Miquéias 7:19. Sua presença purificará e santificará a alma, de maneira que ela seja um santo templo para o Senhor, e uma “morada de Deus em Espírito”. Efésios 2:21, 22. D.T.N, 104.

Qual é a sua reação a Jesus; de hostilidade ou de bondade?

TERÇA-FEIRA (16 de junho) OS INFIÉIS – A lição de hoje trata da parábola dos servos infiéis ou dos lavradores maus que representa; em primeira mão o povo judeu que falhou em representar o reino de Deus e que participou da morte de Jesus, mas representa também todos os crentes que falham em não aceitar a salvação oferecida por Cristo.

Eis a parábola: “E começou a dizer ao povo esta parábola: Certo homem plantou uma vinha, e arrendou-a a uns lavradores, e partiu para fora da terra por muito tempo; e no tempo próprio mandou um servo aos lavradores, para que lhe dessem dos frutos da vinha; mas os lavradores, espancando-o, mandaram-no vazio. E tornou ainda a mandar outro servo; mas eles, espancando também a este, e afrontando-o, mandaram-no vazio. E tornou ainda a mandar um terceiro; mas eles, ferindo também a este, o expulsaram. E disse o senhor da vinha: Que farei? Mandarei o meu filho amado; talvez que, vendo, o respeitem. Mas, vendo-o os lavradores, arrazoaram entre si, dizendo: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, para que a herança seja nossa. E, lançando-o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o senhor da vinha? Irá, e destruirá estes lavradores, e dará a outros a vinha. E, ouvindo eles isto, disseram: Não seja assim. Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está escrito? A pedra, que os edificadores reprovaram, Essa foi feita cabeça da esquina. Qualquer que cair sobre aquela pedra ficará em pedaços, e aquele sobre quem ela cair será feito em pó. E os principais dos sacerdotes e os escribas procuravam lançar mão dele naquela mesma hora; mas temeram o povo; porque entenderam que contra eles dissera esta parábola.” Lucas 20:9-19.

Nada mais irritava os judeus do que ouvirem de que os privilégios da nação de Israel, como povo de Deus, estavam para ser removidos. Deus iria de forma efetiva estender os benefícios do reino à pessoas de todas as tribos, povos e raças do mundo. Jesus na Sua humilhação, culminando com sua crucificação, é a pedra na qual os incrédulos tropeçaram. Ele era tanto escândalo para os judeus como loucura para os gentios. Na sua exaltação, todavia, Ele era e é a pedra que reduzirá a pó todos os Seus inimigos incluindo-se ai as lideranças religiosas daquele tempo e de agora.

Jesus foi morto fora de Jerusalém pois os lavradores arrastaram-no para fora da vinha. Ver Mat. 21:39. Em Hebreus 13:12 menciona que Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta. Jesus perguntou aos religiosos: “Quando, pois, vier o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?” Eles responderam: “Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos”. Os fariseus se auto sentenciaram.

Agora Jesus passou o direito de administrar a Sua vinha, para você e para mim. Veja este texto: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” I Pedro 2:9,10. A  Igreja, mesmo ocupando uma posição bem mais privilegiada do que o Israel antigo, precisa cuidar para não perder a sua posição! Devemos cuidar para não perder a posição que Deus nos confiou: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.” Apoc. 2:5

Você é um lavrador fiel?

QUARTA-FEIRA (17 de junho) DEUS VERSUS CÉSAREsse é o texto principal para o estudo de hoje: “E, observando-o, mandaram espias, que se fingissem justos, para o apanharem nalguma palavra, e o entregarem à jurisdição e poder do presidente. E perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus. É-nos lícito dar tributo a César ou não? E, entendendo ele a sua astúcia, disse-lhes: Por que me tentais? Mostrai-me uma moeda. De quem tem a imagem e a inscrição? E, respondendo eles, disseram: De César. Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, maravilhados da sua resposta, calaram-se.” Lucas 20:20-26.

Os adversários de Cristo tentaram enredar Jesus ao forçá-lo a tomar uma posição pública sobre a delicada questão do pagamento de impostos aos conquistadores romanos. Eles previram que Jesus certamente Se oporia ao imposto, pois de acordo com Flávius Josefus; para um judeu pagar imposto aos romanos era um ato de ofensa a Deus. Os opositores queriam entregar Jesus à autoridade do governador. Ver Lucas 20:20. Este governador era Pôncio Pilatos e ele era o responsável por coletar os impostos na província romana da Judeia. A princípio eles bajularam Jesus, elogiando Sua integridade, imparcialidade e devoção à verdade. Então perguntaram-lhe se era ou não certo que um judeu pagasse um imposto ordenado por César. Jesus primeiro os chamou de hipócritas e depois proferiu a Sua famosa frase: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”

E você acha que é lícito pagar impostos para governos corruptos? Paulo ampliou o conceito do papel do governo no plano de Deus. Eis o texto:"Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores: porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor quando se faz o bem, e, sim, quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela; visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por esse motivo também pagais tributos: porque são ministros de Deus, atendendo constantemente a este serviço. Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra". Romanos 13:1-7.

Deus instituiu o governo civil para servir como Seu ministro para o bem. Princípios de justiça e direito são o alicerce do governo do universo, por Deus, e foram planejados por Deus para serem, do mesmo modo, o alicerce dos princípios do governo civil. Ver Salmo 89:14 e 15; Jeremias 22:1-5 e Provérbios 14:34. Se os governantes são fiéis ou não, cabe ao crente obedecer Deus.

Quais são as responsabilidades do crente para com o governo? O cristão deve orar pelos governantes e não os criticar. Ver I Timóteo 2:1-2 e Judas vs 8-10. O cristão deve pagar os impostos devidos ao estado, e não dar o seu jeitinho. Ver Mateus 22:21 e Romanos 13:6-7. Deus espera que o cristão aja com honestidade e integridade em todas as áreas da vida. O cristão deve obedecer o governo e suas leis. Ver I Pedro 2:13 e Romanos 13:1-2, 5. Deus espera que o cristão respeite e se submeta à autoridade de todas as formas. Veja este texto: “Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra.” Tito 3:1. O cristão não está autorizado a tomar atitudes revolucionárias, pois não há na Bíblia nenhuma passagem que especifique uma forma particular de governo e o cristão deve submeter a qualquer tipo de governo que tem o poder. Em resumo, os cristãos obedecem à lei e honram o governo. Ver Romanos 13:7 e I Pedro 2:17.

E quais são as obrigações do crente quanto aos dízimos e ofertas? Veja este texto inspirado: “O Senhor falou com relação a dar os dízimos. Ele disse: ‘Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.’ Mas ao mesmo tempo em que pronuncia uma bênção sobre todos os que trazem seus dízimos, pronuncia uma maldição sobre os que os retêm. Muito recentemente tive luz direta do Senhor sobre essa questão, a de que muitos adventistas do sétimo dia estavam roubando a Deus nos dízimos e ofertas, e me foi claramente revelado que Malaquias apresentou o caso como ele realmente é. Como ousa então o homem até mesmo pensar em seu coração que uma sugestão para reter os dízimos e ofertas vem do Senhor? Onde, meu irmão, vos desviastes do caminho? Oh, ponde os vossos pés de novo no caminho reto!”. Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 60.

QUINTA-FEIRA (18 de junho) A SANTA-CEIA – Ver Lucas 22:13-20. A Santa Ceia foi instituída por Cristo para os cristãos celebrarem enquanto estiverem aqui. A Santa Ceia também aponta à segunda vinda de Cristo. Foi destinada a conservar viva essa esperança na mente dos discípulos e nos filhos de Deus, e também será celebrada na eternidade. A Santa Ceia será recordada para sempre. Jesus disse: “Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus.” Lucas 22:16

Veja que importante texto inspirado: “Ninguém deve se excluir da comunhão por estar presente, talvez, alguém que seja indigno. Todo discípulo é chamado a participar publicamente, e dar assim testemunho de que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal. É nessas ocasiões, indicadas por Ele mesmo, que Cristo Se encontra com Seu povo, e os revigora por Sua presença. Corações e mãos indignos podem mesmo dirigir a ordenança; todavia Cristo ali Se encontra para ministrar a Seus filhos. Todos quantos ali chegam com a fé baseada nEle, serão grandemente abençoados. Todos quantos negligenciam esses períodos de divino privilégio, sofrerão prejuízo. Deles se poderia quase dizer: “Nem todos estais limpos”. João 13:11. D.T.N, 466.

Introduzida no contexto da Pascoa, a Santa Ceia tem contornos espirituais maravilhosos, pois envolve o verdadeiro Cordeiro; “Aquele que tira o pecado do mundo”. A Pascoa deixou de existir quando, no momento da morte do Cordeiro pascal, “o véu do templo rasgou-se de alto abaixo”.

Chamo a sua atenção para a ordem que Jesus deu aos Seus discípulos e a nós: “Tomai, comei, isto é o meu corpo…. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.” Mateus 26:26 e 27. Quando a verbo aparece no imperativo é um mandamento. E mandamentos bíblicos existem para serem cumpridos! Portanto amigo, quando a sua igreja prepara a Santa Ceia você deve mesmo participar.

Até Judas Iscariotes participou e Jesus não impediu! Veja este texto: "Podem entrar pessoas que não são, no íntimo, servos da verdade e da santidade, mas que desejem tomar parte no serviço. Não devem ser proibidas. Acham-se ali testemunhas que estavam presentes quando Jesus lavou os pés dos discípulos e de Judas. Olhos mais que humanos contemplam a cena. Por Seu Santo Espírito, Cristo ali está para pôr o selo à Sua ordenança. Está ali para convencer e abrandar o coração. Nem um olhar, nem um pensamento de arrependimento escapa a Sua observação. Pelo coração contrito, quebrantado, espera Ele. Tudo está preparado para a recepção daquela alma. Aquele que lavou os pés de Judas, anseia lavar todo coração da mancha do pecado" DTN, pág. 656.

E aquele que se julga indigno, deve participar? As pessoas que dizem que não vão participar porque se julgam indignas, é porque ainda não entenderam o significado da Santa Ceia, nem o perdão de Jesus. E também interpretam de forma equivocada o texto de I Coríntios 11:27. Aqui estava tratando daquelas pessoas que gostavam de comer, além da porção oferecida na cerimônia, pois comiam para saciar a fome, foi por isso que Paulo disse para se alimentarem em casa, pois na Santa Ceia era para comer apenas a porção oferecida. Comiam para a condenação, pois não discerniam o significado da Santa Ceia.

A cerimônia do Lava-Pés está incluída na da Santa Ceia. Uma faz parte da outra, e devem ser realizadas no mesmo momento da celebração, conforme a ordem de Jesus em João 13. Sobre o Lava-pés Jesus mencionou: “Ora, se Eu Senhor e mestre, vos lavei os pés, vós deveis, também, lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, assim como Eu vos fiz, façais vós também.” João 13:14 e 15

Deixar de participar destes ritos significa: 1) Desobedecer ao mandamento do próprio Jesus. 2) Falta de fé no sacrifício de Jesus. 3) Não interpretar corretamente o texto onde menciona sobre os indignos. 4) Perder oportunidade de reconsagrar a vida. 5) Levar a vida religiosa de forma negativa e condescendente com este mundo, e 6) Dar exemplo negativo para filhos, familiares e outros crentes. 

Se no céu vamos participar, é bom praticarmos já aqui. Não é mesmo?

SEXTA-FEIRA (19 de junho) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 12: JESUS EM JERUSALÉM Jesus disse assim: “Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Porque a Minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.” João 6: 53-56

“Comer a carne e beber o sangue de Cristo é recebê-Lo como Salvador.” D.T.N, 269

Jesus poderia ter fugido da Sua responsabilidade de salvar a humanidade e não ido em Jerusalém para morrer a fim de nos salvar, mas como o Cordeiro de Deus, Ele foi levado ao matadouro. Veja este texto inspirado: “Foi para nos redimir que Jesus viveu, sofreu e morreu. Ele tornou-se um “Homem de dores” para que pudéssemos participar das alegrias eternas. Deus permitiu que o Seu Filho amado, cheio de graça e verdade, deixasse um mundo de glória indescritível e viesse para um mundo corrompido e maculado pelo pecado, escurecido pelas sombras da morte e da maldição. Ele permitiu que Jesus deixasse Sua amorosa companhia e a adoração dos anjos para sofrer a vergonha, os insultos, a humilhação, o ódio e a morte. “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados”. Isaías 53:5. Ei-Lo no deserto, no Getsêmani e na cruz! O imaculado Filho de Deus tomou sobre Si o fardo do pecado. Aquele que havia sido um com Deus sentiu de perto a terrível separação que o pecado causa entre Deus e o homem. Isso fez com que um grito de agonia saísse dos Seus lábios: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Mateus 27:46. Foi o peso do pecado, a noção de quão terrível ele é e a separação que causa entre Deus e o ser humano, foi isso que quebrantou o coração do Filho de Deus”. Caminho à Cristo, 11.

“Quanto mais nos achegarmos a Jesus e mais claramente discernirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claramente discerniremos a extraordinária malignidade do pecado, e tanto menos teremos a tendência de nos exaltar. Aqueles a quem o Céu considera santos, são os últimos a alardear sua própria bondade. O apóstolo Pedro tornou-se um fiel servo de Cristo e foi grandemente honrado com luz e poder divinos; e tomou parte ativa na edificação da igreja de Cristo; entretanto, Pedro jamais se esqueceu da tremenda experiência de sua humilhação; seu pecado foi perdoado; contudo bem sabia que unicamente a graça de Cristo lhe podia valer naquela fraqueza de caráter que lhe ocasionou a queda. Em si mesmo nada achava de que se gloriar.” Parábola de Jesus, 80.


Luís Carlos Fonseca

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