Alcançando os Vizinhos
Introdução - Ler Atos 28:1-15
1. Paulo
viajava num navio com outros 275 presos com destino à Roma. O apóstolo seria
julgado por César. Após longa viagem, um tufão seguido por tempestade causou um
naufrágio, mas todos sobreviveram. Era o inverno de 60 ou 61 d.C. e chegaram à
praia de Malta.
2. Malta:
ilha ao Sul da Itália. Fora dominada por Roma em 218 a.C. Até hoje, nessa ilha
(um país independente) existe a chamada Baía de São Paulo, onde
tradicionalmente se acredita ter ocorrido o naufrágio.
3. Paulo e os prisioneiros permaneceram em Malta por 3 meses, até o fim do inverno. Ali, encontraram os
moradores da ilha, dos quais não esperavam coisa boa. Mas, naqueles três meses,
tanto Paulo quanto os malteses passaram a ter um relacionamento amistoso.
I. Enxergando
a comunidade com o olhar de Cristo
1. Ler Atos
28:1-6.
2. Assim como
os malteses e os náufragos do relato bíblico, a humanidade está dividida.
a) O texto
bíblico transmite um quadro de isolamento: uma ilha distante, um povo de outra
língua, pessoas suspeitas chegando. Era um encontro de estranhos.
b) Da mesma
forma, a humanidade está dividida. Às vezes, não conhecemos nem nosso vizinho.
A vida moderna nos distancia ainda mais uns dos outros.
c) De alguma
forma, evitamos o contato com as pessoas, nos fechamos para elas, e elas se
fecham para nós. Assim também fechamos a porta para que outras pessoas conheçam
a Deus.
3. A tragédia
une as pessoas.
a) Apesar de
os náufragos serem estranhos, os habitantes da ilha, “bárbaros” (nome dado às
pessoas que não falavam o idioma oficial do Império), os ajudaram.
b) Em muitos
lugares, em razão de catástrofes, as comunidades têm se unido em busca de
alternativas que ajudem às pessoas.
4. Na
verdade, as pessoas estão mais receptivas a algum contato do que imaginamos.
5. Assim como
em Malta, hoje a sociedade está receptiva ao nosso contato. Vivemos uma
abertura religiosa e cultural.
a) As pessoas
da comunidade praticam ações bondosas e têm censo de justiça (Rm 2:14).
Conhecem a Deus, mas não conhecem toda a verdade sobre Deus.
6. Os
integrantes da comunidade precisam ser vistos como irmãos.
a) Dificilmente
são inimigos. Na verdade, nossos inimigos não são de carne e osso (Ef 6:12).
b) Precisamos
ver as pessoas de maneira diferente: não com o olhar da indiferença ou da
descrença, mas com o olhar de Cristo. É enxergar no vizinho um futuro cristão.
É ver uma igreja onde ela ainda não existe.
II. Precisamos
ser vistos como o povo da esperança
1. Ler Atos
28:7-10.
2. A presença
de Cristo em nós nos torna:
a) Pessoas
que querem ajudar. Paulo protegeu a vida dos presos e até os ajudou a recolher
gravetos para a fogueira (ver At 28:3). Pequenos atos de bondade cativam as
pessoas. “É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço
pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado
a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os pobres devem
ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas
confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes aconselhados.
Cumpre-nos chorar com os que choram, e alegrar-nos com os que se alegram.
Aliado ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus,
esta obra jamais ficará sem frutos” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver,
p. 144).
3. Por meio
do cristão fiel, Deus realiza milagres na vida das pessoas.
a) A
narrativa do texto bíblico traz outros milagres: soldados não matam os
prisioneiros; prisioneiros não se rebelam; o povo desperta para a fé.
4. Mas, o
maior milagre ocorre quando uma pessoa aceita Cristo como seu Salvador.
5. Precisamos
ser representantes de Cristo para que a comunidade nos veja a partir de outra
perspectiva.
a) Como
embaixadores (2 Co 5:20).
Conclusão
1. Sua igreja
‘faz parte’ do bairro em que está, ou parece distante do povo? A comunidade
consegue enxergar Jesus em sua igreja ou vê apenas mais uma “placa”?
2. Você
conversa com seus vizinhos? Acredita que eles podem ser salvos? Por outro lado,
seus vizinhos vêem em sua vida um convite à salvação?
3. Jesus nos
chama a contemplar as pessoas da comunidade com Seu olhar. Também nos chama a
mostrar em nossa vida quem Ele é.
Autor. Diogo Cavalcante : Revista do Ancião Jan – Mar / 2014 - oferecido por Departamento de
Comunicação da Associação Paulista Sudoeste
Luís Carlos Fonseca
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