quinta-feira, 4 de junho de 2015

ESBOÇO DE SERMÃO: O Sábado na Eternidade

O Sábado na Eternidade
Isaías 66:22, 23

INTRODUÇÃO
1. Abraham Joshua Heschel, que foi rabino e um dos principais teólogos judeus do século 20, afirmou que o sábado foi dado ao homem como uma “antecipação do mundo futuro” e como um “emblema da eternidade” (The Sabbath Its Meaning for Modern Man, p. 74).

2. O sábado foi instituído nos umbrais da história humana com o propósito de que o primeiro casal pudesse sempre recordar sua origem, aprendesse a descansar em Deus e vivesse na expectativa daquilo que o sétimo dia da semana traria à sua existência.


3. O sábado é uma instituição eterna, pois sua observância foi requerida como obrigação permanente para o gênero humano, estendendo-se do Éden criado até o Éden restaurado.

I – O SÁBADO NO PRIMEIRO ÉDEN (Gên. 2:-2)
1. A Bíblia afirma que uma das primeiras instituições que Adão e Eva receberam no Éden, além do matrimônio, foi o sábado.

2. O primeiro dia completo da existência deles foi o sábado. Esse foi um dia de celebração e agradecimento pelo que Deus os presenteou ao criá-los. No paraíso, Deus deu o sábado à humanidade como memorial de Sua obra criadora.

3. Mediante a observância contínua do sábado, Adão e Eva lembrariam que Deus é o Criador e o Senhor de Suas vidas.

a) O processo da criação de todas as coisas atingiu seu ponto culminante no repouso. Deus havia criado Adão e Eva para viverem eternamente no Éden. Isso significa que Deus não estabeleceu o dia de repouso como uma instituição passageira.

b) A desobediência de Adão e Eva trouxe desgraça ao gênero humano (Gn 3:14-24). O primeiro casal teve que ser afastado do jardim do Éden, no entanto sua desobediência não anulou a observância do sábado, prova disso é que a menção do decálogo com respeito à observância do dia de repouso começa com a expressão “Lembra-te” (Ex 20:8-11).

4. Séculos mais tarde, Cristo afirmou: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra” (Mt 5:17, 18).
a) As palavras de Jesus enfatizam que, enquanto existirem os céus e a Terra, o sábado continuará sendo um dia de adoração a Jeová.

II – O SÁBADO NA NOVA TERRA (Isa. 66:22, 23)
1. A Bíblia indica que o plano original de Deus com respeito ao homem alcançará sua concretização no fim de todas as coisas (2Pe 3:13; Ap 21:1). Quando Deus fizer novo céu e nova Terra, Seu plano criador original terá seu cumprimento.

2. O Céu será uma escola em que Deus será o diretor e mestre das nações. Uma vez que o pecado terá desaparecido, o homem estará em condições de se relacionar face a face com Deus. O apóstolo João escreveu: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (Apoc. 21:3; 22:4).

3. Na nova Terra, a observância do sábado voltará a ser o clímax de uma Criação perfeita. Nesse dia, os redimidos voltarão a louvar a Deus reconhecendo a grandeza de Suas obras. O novo céu e nova Terra serão uma lembrança constante da obra criadora e redentora de Deus.

a) Os salvos recobrarão sua dignidade perdida. Já não haverá separação, nem limitações entre o visível e o invisível. As expectativas que Deus tinha ao criar este mundo para Sua glória serão totalmente realizadas.

b) Semana após semana, os salvos renderão tributo ao nome de Deus; e, no sábado, a adoração dos remidos atingirá sua consumação.

III – O SÁBADO E O CORDEIRO (Apoc. 21:22-24)
1. Não haverá nada que prejudique ou ameace o Universo perfeito de Deus. Tampouco haverá uma nova prova de lealdade para os salvos. Ali não haverá uma nova árvore da ciência do bem e do mal.

2. A nova Terra será o lugar dos salvos de todas as épocas. A cidade santa, a nova Jerusalém, estará ali. Também a árvore da vida, “que produz doze frutos” e cujas folhas são para a “a cura dos povos”. Cada mês, a árvore dará seu fruto, e a cada semana os redimidos se congregarão para adorar a Jesus Cristo, o Doador da vida o Autor e Consumador de sua salvação.
a) O sábado será o dia em que propiciará a comunhão harmoniosa dos redimidos de todas as eras com os anjos de Deus. Nesse dia, a família toda, nos Céus e na Terra, se congregará para prestar adoração e serviço ao Cordeiro de Deus.
b) Os salvos de cada geração andarão sob a luz do Cordeiro que habitará entre eles e “os reis da Terra Lhe trazem a Sua glória” (Apoc. 21:24).

3. Na nova Jerusalém, os redimidos se congregarão no fim de cada semana para adorar o Autor de sua salvação. Com reverente alegria, os redimidos clamarão: “Ao nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Apoc. 7:10).

4. O sétimo dia da semana foi santificado por Deus e dado à humanidade antes que o pecado entrasse neste mundo. Quando o pecado entrou, Deus proveu a oferta necessária para a redenção da humanidade. É em torno dessa oferta que a consumação do propósito original de Deus se concretizará. Por isso é que, por toda a eternidade, “de um sábado a outro”, todos estarão diante do Senhor para adorá-Lo (Isa. 66:23).

CONCLUSÃO
1. O sábado será um dia em que os redimidos guardarão na nova Terra.

2. Você não gostaria também de se tornar fiel a Deus na observância de Seu santo dia?

Que tal poder adorá-Lo, aos sábados, por toda a eternidade?

Por que não começar no próximo sábado?

Autor: Pr. Ricardo A. González - Este sermão é um oferecimento do Departamento de Comunicação da Associação Paulista Sudoeste

Luís Carlos Fonseca

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