COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (3º trimestre 2015) A SAGA DE JONAS
VERSO ÁUREO: “E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por
verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele
que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” Atos 10:34,35
INTRODUÇÃO (sábado 18 de julho) – O Deus criador não está
restrito a classe sociais, culturas, religiões e etnias. Deus ama todas as
pessoas; independentemente de quem elas sejam, onde estejam inseridas e qual o
tamanho dos seus problemas. Deus veio
para salvar o mundo todo: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu
o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna.” João 3:16
“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho
eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e
tribo, e língua, e povo.” Apocalipse 14:6
A história de Jonas é uma das mais conhecidas na Bíblia.
O profeta tinha sido enviado por Deus para avisar Nínive da destruição que iria acontecer. Jonas, porém, suspeitou de que aquele povo, não hebreu e idólatra,
poderia arrepender-se dos seus pecados e que Deus acabaria por lhe perdoar.
Sendo um profeta verdadeiro, Jonas sabia que o plano de Deus era salvar Nínive
e não destruí-la. Esta deve ser,
provavelmente, a razão por que ele tentou, de início, fugir. Por ação de forças
que estavam fora do seu controlo, Jonas, no entanto, mudou de opinião e
obedeceu à ordem de Deus. Em resposta à pregação de Jonas, toda a cidade
acreditou na mensagem e arrependeu-se de uma maneira que, infelizmente, Israel
e Judá não imitaram. Entretanto, Jonas teve uma série de importantes lições a
aprender. A história mostra como Deus estava pacientemente a ensinar ao teimoso profeta.
Jonas foi enviado à Nínive que era a capital da Assíria.
Como a maioria dos povos que reinaram no antigo Oriente Médio, os Assírios eram
um povo de camponeses e guerreiros rudes. A Assíria era essencialmente uma
nação de servos que viviam presos à terra que cultivavam; eles podiam ser vendidos
juntamente com a propriedade. Nínive adorava um deus que era metade homem e
metade peixe; Dagon. Eles acreditavam que, algum dia, este encarnaria na forma
humana, para lhes dar uma grande revelação. Juntando agora os fatos, podemos
chegar a uma conclusão de que o povo de Nínive aceitou, mais facilmente as
palavras de Jonas, por esses dois motivos. Mas, com certeza, Deus usou a crença
de um povo para o conduzir à maior crença em conhecer e obedecer o Deus Criador.
O fato da cidade toda se converter não significa que todos continuaram fiéis a
Deus. Assim como várias pessoas caem em apostasia após o batismo, com certeza,
uma boa parte dos ninivitas desistiram de seguir Cristo.
A história de Jonas com o relato surpreendente de um profeta
desobediente que, ao ser engolido por um grande peixe e vomitado na costa,
relutantemente levou a cidade ímpia de Nínive ao arrependimento. O relato
bíblico é frequentemente criticado pelos céticos por causa do seu conteúdo miraculoso.
Esses milagres são: Uma tempestade mediterrânea que foi causada e dissipada por
Deus. Ver Jonas 1:4-16. Um peixe enorme designado por Deus para engolir o
profeta depois que ele foi lançado ao mar pela tripulação do seu navio. Jonas
1:17. A sobrevivência de Jonas no ventre do peixe três dias e três noites, ou a
sua ressurreição dentre os mortos depois de ter sido vomitado na costa. O peixe
vomitando Jonas na costa por ordem de Deus. Jonas 2:10. A planta designada por
Deus a crescer rapidamente a fim de fornecer sombra. Jonas 4:6. Um verme
designado por Deus para atacar e fazer murchar a planta. Jonas 4:7. E um vento
abrasador enviado por Deus para causar desconforto a Jonas. Jonas 4:8.
Jesus também falou da provação de Jonas como um evento
histórico real. Ele a usou como uma metáfora tipológica da sua crucificação e
ressurreição, o que é, em si, um evento milagroso. Mateus citou Jesus: "Porque assim como esteve Jonas três dias
e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três
dias e três noites no coração da terra. Ninivitas se levantarão, no Juízo, com
esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E
eis aqui está quem é maior do que Jonas". Mateus 12:40-41 e Lucas 11:29-30, 32. Os céticos zombam dos
milagres descritos no livro de Jonas, como se não houvesse um mecanismo pelo
qual tais eventos poderiam ocorrer com a atuação de Deus. A história de Jonas
foi um milagre, mas o maior milagre que pode acontecer na vida de alguém é a
pessoas converterem-se a Jesus Cristo. O milagre da conversão já aconteceu em sua vida?
DOMINGO (19 de julho) O PROFETA FALHADO – Estes são os textos bíblicos para hoje:
“Também este restituiu os termos de Israel, desde a entrada de Hamate, até ao
mar da planície; conforme a palavra do Senhor Deus de Israel, a qual falara
pelo ministério de seu servo Jonas, filho do profeta Amitai, o qual era de
Gate-Hefer.” II Reis 14:25
“E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai,
dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque
a sua malícia subiu até à minha presença. Porém, Jonas se levantou para fugir
da presença do Senhor para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia
para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir
com eles para Társis, para longe da presença do Senhor.” Jonas 1:1-3. Ver
também Jonas 2: 1-9 e 3: 3-10
Quem foi Jonas?
Temos poucas referências sobre este homem. Sabemos que ele nasceu em Gáte-Éfer;
uma cidade próxima de Nazaré, era filho de Amitai, que também era profeta; viveu uns 750 anos antes de
Jesus e profetizou contra os pecados de Israel. Jonas foi um profeta que exerceu
seu ministério no governo do Rei Jeroboão II, início do século VII a.C (793 a
753 a.C)
Jonas era judeu e foi comissionado para pregar o
arrependimento na cidade de Nínive, uma viagem de 1300 km para o Oriente além
de sua morada. Nínive era inimiga de Israel e vivia a saquear os territórios de
Israel e Judá. Deus disse: “Vai
Jonas, fala para aquele povo se arrepender antes que eu envie meu juízo e
destrua a nação”. Ver Jonas 1:1-4
Por que Jonas falhou?
O profeta arrumou a bagagem e embarcou rumo a um destino oposto ao ordenado por
Deus. Társis era praticamente o último lugar do mapa, ficava na Espanha. Társis
era um grande centro metalúrgico de comércio bem desenvolvido. Jonas estava
certo de que Társis era o lugar ideal onde não seria notado, afinal a cidade
era agitada com muitos navios e pessoas embarcando e desembarcando, e ele pensou
que não seria notado. Ele pensou: "Não vou perder tempo com aqueles ímpios!"
Jonas é muito parecido conosco. ele recusou seguir a direção
indicada por Deus e comprou passagem para destino contrário. Sabendo o que
devemos fazer para anunciar o evangelho de Deus, devemos atender ao chamado de
Deus. mas, as vezes ignoramos os avisos e nos enganamos por não lembrar, ou
fazer questão de esquecer, que nada está oculto diante de Deus. Veja este texto: “Para onde me irei do
teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás;
se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas
da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a
tua destra me susterá.” Salmo 139:7-10
Jonas, deitado no porão do navio foi visitado por Deus. O
Senhor Deus enviou uma forte tempestade que abalou a embarcação. Veja o
texto: “Mas o Senhor mandou ao mar um
grande vento, e fez-se no mar uma forte tempestade, e o navio estava a ponto de
quebrar-se... Jonas, porém, desceu ao porão do navio, e, tendo-se deitado,
dormia um profundo sono. Jonas 1:4-5. Parecia que a história não era com o
profeta, o mundo estava desabando e ele lá, no porão! Quantas vezes isso aconteceu
conosco também! Incrível não é?
Sempre quando tentamos fugir dos planos de Deus, por livre
escolha, sofremos e as pessoas ao nosso redor também sofrem as consequências
Podemos aplicar a história de Jonas à nossa vida, quando vamos ao lugar mais
baixo da embarcação da nossa vida espiritual e ficamos como que adormecidos em
pecados, desobediência e sem rumo a seguir. Deus viu Jonas e os marinheiros no
porão, e cada um clamava ao seu deus, mas Jonas permanecia calado. Jonas
falhou! Ele foi omisso! E quando os filhos de Deus se calam, as pedras clamam! Os marinheiros
clamaram por socorro e tomados de grande temor, pediram que Jonas orasse a Deus
para acalmar o mar.
Jonas fugiu de Deus porque não estava disposto a fazer a vontade
dele. Mesmo agora, as pessoas encontram muitas razões para tentar fugir de
Deus. Algumas o fazem porque não O conhecem pessoalmente. Outras rejeitam até a
ideia de Deus e da Sua Palavra; embora os motivos variem; em muitos casos as
pessoas o fazem para não se sentirem culpadas da maneira como vivem. Há até
alguns cristãos que evitam Deus quando Ele os chama a fazer alguma coisa que
eles não querem, alguma coisa que vá contra a sua natureza inerentemente
egoísta e pecadora. O que devemos fazer
para vencer o egoísmo e a comodidade?
SEGUNDA-FEIRA (20 de julho) JONAS, UM MISSIONÁRIO PIONEIRO/PRECOCE - Jonas foi missionário antes do tempo porque Deus o usou ainda dentro do
navio para pregar aos homens da tripulação. O texto de hoje está em Jonas
1:3-7. Veja esta parte: “E o mestre
do navio chegou- se a ele, e disse-lhe: Que tens, dorminhoco? Levanta-te, clama
ao teu Deus; talvez assim ele se lembre de nós para que não pereçamos. Então
clamaram ao Senhor, e disseram: Ah, Senhor! Nós te rogamos, que não pereçamos
por causa da alma deste homem, e que não ponhas sobre nós o sangue inocente;
porque tu, Senhor, fizeste como te aprouve. E levantaram a Jonas, e o lançaram
ao mar, e cessou o mar da sua fúria. Temeram, pois, estes homens ao Senhor com
grande temor; e ofereceram sacrifício ao Senhor, e fizeram votos.” Jonas 1:6,
14-16. Mesmo Jonas tendo fugido das responsabilidades missionárias, Deus o usou
para enaltecer o Seu nome dentro do navio!
Jonas também foi um dos primeiros profetas a receber a ordem
de Deus para sair de sua terra e ir a uma cidade estrangeira e pregar. Até
certo ponto é compreensível a atitude do profeta, de temer ir, pois não havia
experiência anterior em sair à terras estrangeiros, principalmente em tom
ameaçador, como era a mensagem de Jonas e pela possibilidade de se tornar em um
prisioneiro. Mas por outro lado, quando Deus chama devemos atender a Sua ordem.
Jonas admitiu que estava desobedecendo a Deus e fugindo
da sua presença. Os marinheiros ficam revoltados com a atitude dele. Eles então
perguntam o que podiam fazer para reverter a situação e fazer a tempestade cessar. Acho que a resposta de Jonas os pegou de surpresa, pois ele lhes disse
que deveriam lançá-lo ao mar! Bem, mesmo aqueles marinheiros pagãos não eram
homens sem coração, de modo que relutaram e procuraram de todas as formas levar
o navio de volta a terra. Quando reconheceram que seus esforços eram em vão, pois
a tempestade ficava cada vez pior, eles acabaram orando ao Deus de Jonas, pedindo
que Ele os poupasse e os perdoasse pelo que precisariam fazer! Quando tudo o
mais não funcionou, lançaram o profeta ao mar. Quando a tempestade parou, miraculosamente, ficaram tão impressionados que adoraram ao Deus de Jonas.
A confissão de fé em Deus, feita por Jonas, como Criador do
mar e da terra seca mostra a futilidade das suas tentativas de escapar da
presença de Deus. A calmaria imediata que se seguiu à tempestade, depois de os
homens terem lançado Jonas ao mar, mostrou-lhes que o Senhor, como Criador, é
quem controla o mar. Fruto dessa demonstração, os marinheiros prestaram culto
ao Senhor ainda mais convictamente. Não nos é dito quanto tempo durou a
reverência para com Deus. Não há dúvida, porém, de que aqueles homens
aprenderam algo sobre Ele com base nesta experiência. Se continuaram com Deus
já não sabemos. É mais provável que mesmo tendo adorado Deus e feito votos ao
Senhor, tenham voltado a viver uma vida idolátrica, depois de ter passado a
experiência emocional.
Certa vez, um fazendeiro vendeu um cavalo para o seu vizinho
e após certo tempo, o comprador trouxe o animal de volta reclamando que não
conseguia trabalhar com ele, pois simplesmente ele não o obedecia! "Ah,
desculpe, esqueci de lhe dizer", disse o antigo dono, apanhando
uma vara que estava caída no chão, e batendo depois na cabeça do cavalo!
Imediatamente, o animal passou a obedecer cada ordem que recebia. Sabe:
"algumas vezes, temos de chamar a atenção do cavalo!" Jonas estava se
comportando como um animal, pois sabia o que precisava fazer, mas não estava
disposto a obedecer, até Deus chamar sua atenção.
Nossa vila, cidade, país e o mundo clamam por pessoas que
estejam dispostas a anunciar a Palavra de Deus, e Deus quer levantar pregadores. Foi
isso que ocorreu com Jonas. Assim como Deus expressou amor por Nínive, Ele ama
os Seus filhos, embora eles tenham vivido em pecados e rebelião contra Sua Lei.
o amor de Deus em salvar o pecador vai além de qualquer amor ou sentimento
humano: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós,
sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:8. O amor de Deus pela humanidade
estende-se para além de qualquer fronteira, até às pessoas perdidas em qualquer
lugar. Esta verdade foi plenamente vista quando Deus enviou seu Filho Jesus
para morrer por todas as pessoas do mundo, e quando Jesus enviou os discípulos a
todo o mundo para pregar o evangelho e fazer discípulos de todas as nações. Ver
Mat. 28: 18-20. Vamos ser obedientes e
pregar?
TERÇA-FEIRA (21 de julho) NAS ENTRANHAS DO GRANDE PEIXE – A
Bíblia não menciona que peixe engoliu Jonas. A tradução para baleia é um grande
peixe que pode ter sido um cachalote, que ainda hoje é comum naquela região e
tem dimensões suficientes para engolir e armazenar uma pessoa em seu ventre.
Temos apenas essas
duas referências: “Preparou, pois, o Senhor um grande peixe, para que
tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do
peixe.” Jonas 1:17
“Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre
da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da
terra”. Mateus 12:40.
O que fez Jonas
quando esteve no ventre do grande peixe? Ele orou: “E orou Jonas ao Senhor, seu
Deus, das entranhas do peixe. E disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e
ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz. Porque
tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me
cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim. E eu
disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia tornarei a ver o teu
santo templo. As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou, e as algas
se enrolaram na minha cabeça. Eu desci até aos fundamentos dos montes; a terra
me encerrou para sempre com os seus ferrolhos; mas tu fizeste subir a minha
vida da perdição, ó Senhor meu Deus. Quando desfalecia em mim a minha alma,
lembrei-me do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo.” Jonas
2:1-7.
O que Jonas não fez em tempo de paz, teve que fazer na
angústia. Ainda no navio o capitão disse: “Invoca o teu Deus” Jonas
1:6. Jonas orou fervorosamente. Jonas temeu não poder mais ver o templo
do Senhor e desejou servir Deus a sério se saísse daquela situação. Na
angústia e tristeza é difícil encontrar verdadeiros adoradores como como Jonas.
Davi é um exemplo de alguém que adorava Deus nos momentos de tristeza e
alegria: “Na minha angústia clamei ao Senhor, e me ouviu.” Salmo 120:1
O Salmo de Jonas celebra o livramento operado por Deus das
perigosas profundidades do mar. É a única parte poética do livro. Nela, Jonas
lembra na sua oração rogando ajuda enquanto se afundava profundamente nas águas
e enfrentava a morte certa. Tornado plenamente consciente da sua salvação, o
profeta agradeceu a Deus por ela. O hino indica que Jonas conhecia bem os
salmos bíblicos de louvor e gratidão. Jonas fez um voto ao Senhor. Ele
sentia-se agradecido por, embora sendo merecedor de morrer, Deus lhe ter
manifestado a Sua extraordinária misericórdia. Apesar da sua desobediência,
Jonas ainda se considerava leal a Deus porque não se tinha entregado ao culto
idólatra. Qualquer que fossem as inúmeras falhas do seu caráter, Jonas estava
determinado a esforçar-se e a ser fiel ao seu chamado. As vezes é preciso
passarmos por uma experiência terrível para que abramos o coração ao Senhor,
para compreendermos que Ele é a nossa única esperança de salvação.
Veja este texto
inspirado: “Jesus sabe as necessidades de Seus filhos, e gosta de
escutar-lhes as orações. Excluam eles o mundo e tudo quanto desviaria o
pensamento de Deus, e sintam que se acham a sós com Ele, que Seus olhos vêem o
mais íntimo do coração, e lêem o desejo da alma, e que podem falar com o
Senhor. Com fé humilde podem reivindicar as Suas promessas, e sentir que embora
não haja em vocês coisa alguma por que Lhe possam exigir o favor, podem, pelos
méritos e a justiça de Cristo, chegar com ousadia ao trono da graça, e achar
graça em tempo de necessidade. Não há nada que possa tornar a pessoa tão forte
para resistir às tentações de Satanás no grande conflito da vida como buscar a
Deus em humildade, lançando perante Ele vossa alma em todo o seu desamparo,
esperando que Ele seja seu ajudador e defensor.” The Youth’s Instructor, 7 de
Julho de 1892. FFD 121
Deus sempre escuta as orações. Deus falou ao peixe e ele
vomitou Jonas em Nínive: “Falou, pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou a
Jonas na terra seca.” Jonas 2:10.
QUARTA-FEIRA (22 de julho) A GERAÇÃO DE NÍNIVE – Quando
Jonas já estava na costa de Nínive, depois de já estar recomposto, Deus disse-lhe: “E veio a palavra do
Senhor segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta-te, e vai à grande cidade de
Nínive, e prega contra ela a mensagem que eu te digo.” Jonas 3:1,2.
Deus enviou Jonas à ímpia cidade de Nínive para adverti-la
contra a destruição iminente. Durante algum tempo, Deus havia tolerado a
iniquidade desta cidade, que era capital do poderoso império da Assíria. Jonas
sabia que esta nação apresentava a maior ameaça imaginável para seu próprio
povo de Israel. Os Assírios eram cruéis, sanguinários e não tinham misericórdia,
eram mestres nas artes da tortura e intimidação. A sua reputação manchou a
região mesopotâmica por séculos e os seus inimigos, antes mesmo de travarem
combate contra eles em campo aberto, já podiam sentir o gosto de sangue na
boca. Eles eram odiados por todos os povos ao redor. Nínive seria destruída,
por isso Jonas foi mandado até lá, para os avisar. Deus nunca deixa de avisar o
povo quando algo irá acontecer. O profeta temia e desprezava os ninivitas tanto
que tentou fugir de Deus e da sua responsabilidade dada por Deus.
Agora sim, pela segunda vez Deus falou a Jonas para que
seguisse à Nínive, e ele obedeceu. “E levantou-se Jonas, e foi a Nínive,
segundo a palavra do Senhor. Ora, Nínive era uma cidade muito grande, de três
dias de caminho. E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e
pregava, dizendo: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.” Jonas 3:3-4
Três dias de caminho e o profeta fez seu trabalho em um só
dia Que teimoso era Jonas! Não sei o
que se passou em sua mente, se cansou rápido, desanimou ou fez o trabalho
relaxadamente, não sei. Apesar do pouco tempo proclamando a Palavra de Deus, as
pessoas se arrependeram, se humilharam e buscaram Deus e Ele as ouviu! Amém?
Jonas percorreu aquela grande cidade proclamando a simples
mensagem de arrependimento e o resultado foi, sem paralelos, em toda a história
humana! A Palavra de Deus diz que do maior, o rei, ao menor, os ninivitas
creram na mensagem pregada por Jonas, arrependeram-se da sua impiedade e
humilharam-se diante de Deus! Por causa do arrependimento genuíno deles, Deus
não destruiu a cidade até um tempo posterior. A história registra que alguns
anos depois, os ninivitas voltaram aos seus caminhos pecaminosos e Deus acabou
destruindo o império Assírio, mas, independentemente disso, vemos na história
de Jonas o que Deus pode fazer nos corações dos homens quando estes O aceitam.
O maior feito da carreira profética de Jonas foi o
arrependimento da cidade. Depois dos marinheiros, os ninivitas foram, na
narrativa deste livro, o segundo grupo de não hebreus a voltarem-se para Deus,
e tudo graças à interação de Deus com um mensageiro com muitas falhas. Os
resultados foram maravilhosos. Para se humilharem diante de Deus, o povo de Nínive
vestiu-se de pano de saco, pôs cinza sobre a cabeça e jejuou. Tudo isto eram
sinais exteriores de tristeza e de arrependimento.
A nossa geração está
diferente da geração de Nínive? Veja este texto inspirado: “Sabe, porém,
isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens
amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os
bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos
de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes
afasta-te.” II Timóteo 3:1-5.
O que estamos fazendo
para advertir as pessoas dos seus pecados e levá-las ao arrependimento?
QUINTA-FEIRA (23 de julho) – O LAMENTO DE JONAS – Em Jonas
4:1-11 encontramos a tristeza de Jonas por causa da conversão das pessoas. Estranho não é? Geralmente ficamos
felizes quando as pessoas aceitam Jesus, mas Jonas ficou triste!
O ódio de Jonas pelos ninivitas até que era compreensível,
considerando-se toda a maldade que eles realizavam. O homem não pensa, nem
sente e nem ama como Deus, mas, e as 120.000 pessoas, sem mencionar os
animais, que sofreriam se Deus destruísse a cidade? Nossa velha, caída e
depravada natureza humana raramente vê o quadro geral, pois somos egoístas e
queremos que tudo seja feito da nossa maneira. Deus não devia explicações ao Jonas, mas de forma pacientemente Ele explicou Sua vontade soberana a Jonas. Sim,
Deus preparou um pregador, providenciou um grande peixe, uma planta, um verme e
um vento quente para realizar sua boa e perfeita vontade. O peixe era tudo o
que era necessário para que o trabalho do pregador fosse realizado, a planta, o
verme e o vento foram para a instrução de Jonas!
Como Jonas agiu como uma criança mimada e teimosa, Deus o
tratou como ele merecia. Podemos imaginar Deus usando linguagem infantil em suas
respostas ao Jonas: "Pobrezinho, está magoado comigo? Venha, sente-se aqui
debaixo da sombra desta planta. O verme malvado comeu a planta, o sol e o vento
quente estão fazendo meu menino desmaiar?" Esta maneira condescendente
teve o objetivo de deixar Jonas constrangido por sua atitude infantil e, ao
mesmo tempo, mostrar-lhe a grandeza da graça de Deus para um povo que não
merecia Sua misericórdia. E você merece
as misericórdias de Deus?
Você que recebeu Jesus Cristo como seu Salvador
pessoal, mas vive uma vida espiritual morna e descuidada, precisa pedir perdão a
Deus e renovar os seus compromissos. Deus o perdoará imediatamente e encherá
seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa
iniciar uma vida diária de comunhão, com oração, estudo da Bíblia, adoração na
igreja e trabalho missionário.
Deus salvou os marinheiros, os ninivitas e também o Seu
profeta desobediente. A Sua compaixão está aberta a todas as pessoas, alcança
até os piores pecadores, ultrapassa fronteiras e vai além dos nossos limites e
compreensão humanos.
Veja este texto: “Confuso,
humilhado e incapaz de compreender o propósito de Deus em poupar Nínive, Jonas,
não obstante, tinha cumprido a comissão que lhe fora dada de advertir a grande
cidade; e, embora o acontecimento predito não se tivesse realizado, a mensagem
de advertência era nada menos do que de Deus. E ela cumpriu o propósito de
Deus. A glória da Sua graça fora revelada entre os pagãos.” Profetas e Reis, 182
Um estudo recente realizado na Universidade de Miami
demonstrou que as pessoas têm mais probabilidades de perdoar quando os relacionamentos
são caracterizados por duas qualidades: (a) intimidade e envolvimento no
relacionamento e (b) um elevado grau de pedido de desculpas e de passos no
sentido de reparação por parte do transgressor, logo a seguir à transgressão.
Mas, o que dizer de situações, como a que Jonas enfrentou, em que seguir o amor de
Deus e o perdão que Ele outorga exige olhar para lá dos atos ofensivos do
passado, cometidos por um grupo de pessoas com quem não se tem qualquer
relacionamento pessoal?
Há muito na história de Jonas que é difícil de compreender,
particularmente sobre o próprio Jonas. Talvez a lição mais clara seja a de que
a graça e o perdão de Deus vão muito além dos nossos. Como é que se pode
aprender a manifestar mais graça e perdão para com aqueles que não merecem, tal como vemos Deus fazer aqui
com Jonas e com os Ninivitas?
SEXTA-FEIRA (24 de julho) ESTUDO ADICIONAL DA LIÇÃO 4: A
SAGA DE JONAS – A história de Jonas mostra-nos que não podemos nos esconder de
Deus. O que Ele deseja realizar através de nós virá a acontecer, apesar de
todas as nossas oposições e reclamações. Em Efésios 2:10 lemos que Deus tem
planos para conosco e vai assegurar que vamos nos conformar com esses planos.
Quanto mais fácil seria se nós, ao contrário de Jonas, nos submetêssemos a Jesus totalmente e sem demora! O amor de Deus se manifesta em Sua acessibilidade a todos,
independentemente da nossa reputação, nacionalidade ou raça. A livre oferta do
Evangelho é para todos os povos em todos os tempos. Nossa tarefa como crentes é ser o meio pelo qual Deus fala ao mundo dessa oferta e alegrar-nos com a
salvação de outras pessoas. Esta é uma experiência que Deus quer que partilhemos com Ele, e não que sejamos ciumentos ou ressentidos com os que
vêm a Cristo em "conversões de última hora" ou que passam por situações
diferentes das nossas.
O livro de Jonas ensina
que Deus tem o pleno controle da Natureza. Imagine que um dos seus amigos
tivesse perdido um membro da família por causa de um desastre natural. Como lhe
explicaria que Deus, a despeito das catástrofes, continua a controlar todas as
coisas?
A história de Jonas ensina ainda da forma miraculosa de Deus
agir e da Sua capacidade em Se envolver em atos sobrenaturais. Como tal, ensina
jovens e idosos a serem abertos ao maravilhoso, a esperar mais do que aquilo
que os olhos humanos ou as leis da ciência nos dizem ser possível. A níveis
mais complexos, o livro ensina uma das lições espirituais mais profundas que
devemos aprender; a de que nenhuma pessoa está para lá da misericórdia
restauradora da graça de Deus.
Veja estes textos:
“Como o profeta Jonas considerasse as dificuldades e a aparente impossibilidade
desta comissão, foi tentado a duvidar da sabedoria do chamado. Enquanto
hesitava, duvidando ainda, Satanás o venceu com o desânimo. No encargo que
lhe fora dado, havia sido confiada a Jonas uma pesada responsabilidade; contudo
Aquele que o havia mandado ir, estava apto a sustentar Seu servo e garantir-lhe
o sucesso”. Profetas e Reis, 266.
“Mas Jonas revelou
que não valorizava as pessoas daquela condenada cidade. Valorizou sua reputação
e temeu que o considerassem um profeta falso. Agora, quando vê o Senhor
exercer os Seus compassivos atributos e poupar a cidade que havia corrompido
seu caminho diante dEle, Jonas não coopera com Deus em Seu misericordioso
desígnio. Não tem em vista os interesses do povo. Não o aflige o fato de que
deva perecer um número tão grande de pessoas que não foram ensinadas a fazer o
que é correto” Cristo Triunfante, Med. Matinais de 2002, 171
Quais são algumas lições que podemos aprender com os
erros de Jonas? De que modo o preconceito compromete o nosso testemunho
cristão? Foi corretamente observado que o livro de Jonas é um manual sobre como
não ser um profeta. Jonas foi um profeta de espírito rebelde e de prioridades
equivocadas. Era-lhe impossível controlar o seu desejo de vingança. Ele era
tacanho de espírito e tinha mau gênio. Em vez de se regozijar na graça que Deus
manifestou para com os Ninivitas, Jonas permitiu que o seu orgulho egoísta e
pecaminoso o tornasse rancoroso. A última palavra de Jonas neste livro é um
desejo de morte. Ver Jonas 4:8 e 9, enquanto a última palavra de Deus é uma
reafirmação da Sua incomensurável graça, uma declaração de vida!
Luís Carlos Fonseca
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