segunda-feira, 17 de outubro de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (4º trimestre 2016) CASTIGO RETRIBUTIVO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (4º trimestre 2016) CASTIGO RETRIBUTIVO

VERSO ÁUREO: “Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso?” Jó 11:7

INTRODUÇÃO (sábado 5 de novembro) – O verso áureo traz as palavras de Zofar que reforça a ideia do castigo retributivo de Deus aos pecadores. Os pagãos acreditavam na teologia da retribuição dos deuses aos pecados dos seus súditos. Os judeus herdaram esse pensamento errado e o divulgaram, como vemos aqui, e hoje muitos crentes também pensam que o sofrimento tem a origem em Deus.

O que é castigo retributivo? É a punição direta por algo de errado que fazemos. Esse era o pensamento que os amigos de Jó; Elifaz, Bildade e Zofar tinham sobre o sofrimento. Sofremos por causa dos nossos pecados. Esse pensamento é pagão e falso, pois; o que dizer de bebês e das pessoas que vivem uma vida de plena comunhão com Deus, como Jó, e sofrem acidentes, são acometidas de doenças e de mortes prematuras?   

Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas? Esta é uma pergunta muito difícil de ser respondida. Deus é eterno e Onisciente e nós que somos criaturas Suas não conseguimos compreender tudo sobre Deus. Devemos ficar contentes com a revelação que nos é dada sobre o sofrimento humano. O livro de Jó lida com o assunto do sofrimento e a quilo que Jó e seus amigos não entendiam, nós conseguimos compreender pela revelação de Deus. O ponto alto no livro de Jó é que mesmo ele não entendendo o drama do conflito que se passava com ele, ele permaneceu fiel a Deus. Deus permitiu que Satanás fizesse tudo o que desejou com Jó, exceto matá-lo. Qual foi a reação de Jó? “Ainda que ele me mate, nele esperarei.” Jó 13:15. “... o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.” Jó 1:21. Jó não compreendeu porque Deus tinha permitido as coisas que permitiu, mas sabia que Deus era bom e por isso perseverou confiando nele.

Esta também deve ser a nossa reação; Deus é bom, justo, amoroso e misericordioso mas algumas vezes nos acontecem coisas que simplesmente não podemos entender. Entretanto, ao invés de duvidar da bondade de Deus, nossa reação deve ser a de confiar em Deus. Veja este texto:  “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Prov. 3:5-6.

Dentro do assunto "castigo retributivo" uma pergunta que também devemos fazer é: Por que coisas boas acontecem com pessoas más? Apesar da natureza má e pecadora que herdamos, Deus assim mesmo nos amou. Ele nos amou o suficiente para morrer, a fim de carregar a pena dos pecados de todos; bons e maus. Ver Romanos 6:23. Tudo o que as pessoas precisam fazer é crer em Jesus Cristo e O aceitar. Ver João 3:16 e Romanos 10:9. Esta questão é semelhante ao seu oposto: Por que Deus permite que coisas ruins aconteçam a pessoas boas? O Salmo 73 é a nossa resposta às mesmas perguntas que deixou Asafe muito preocupado. Encontrando-se em terrível angústia e agonia de alma, ele escreveu: "Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.” Salmo 73:2-3.

Asafe, que escreveu o Salmo 73, recebeu a resposta que está no final do Salmo. Asafe invejou essas pessoas más até perceber uma coisa muito importante; quando entrou no santuário de Deus, ele compreendeu plenamente o seu destino final: "Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles.”

O tema da retribuição divina está mais relacionado com o juízo final do que com esta vida. Vemos que Deus dará retribuição final a cada um no dia do juízo, mas enquanto estivermos aqui, tanto os bons como os maus recebem os favores de Deus e sofrem as consequências diretas do pecado causado pelo diabo e permitido por Deus para o nosso crescimento espiritual. Veja estes textos: “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” Mateus 5:45,46

“E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” João 9:1-3

Chegamos a conclusão de que sofrimento sobrevêm a todos; bons e maus, ricos e pobres e a sua presença não constitui uma evidência de que Deus nos abandonou. Amém?

DOMINGO (6 de novembro) MAIS ACUSAÇÕES – No tempo de Jó a falta de saúde e qualquer transtorno muito grave era considerado um flagelo de Deus e um castigo pelo pecado .Em vista desses conceitos errados tão difundidos, a aflição mental de Jó deve ter estado muito além de nossa compreensão. A perda da fé pode ser muito pior do que a perda de entes queridos. A fé nos conduz através das tragédias. Mas nada pode conduzir-nos através da morte da fé. E, a despeito de tudo o que aconteceu com Jó, ele não perdeu a sua fé em Deus. Jó tinha fé em Deus e muita experiência com Ele. Suas atitudes revelam que, apesar da depressão, Jó confiava em Deus. Ver Jó: 1:20-21 e 2:10. Amém?

A lição de hoje traz o discurso que Bildade fez a Jó. Veja parte do discurso: “Então respondendo Bildade o suíta, disse: Até quando falarás tais coisas, e as palavras da tua boca serão como um vento impetuoso? Porventura perverteria Deus o direito? E perverteria o Todo-poderoso a justiça? Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.” Jó 8:1-4.

Somente nesta pequena parte do discurso de Bildade encontramos palavras muito duras para quem estava de luto. Na tentativa de defender Deus, Bildade disse que Jó falava coisas sem sentindo; palavras jogadas ao vento e que Jó tinha abandonado Deus. Imagine você ir ao funeral de alguém que perdeu o filho e dizer para a pessoa: “Olha, o seu filho morreu por que merecia, pois ele era um grande pecador.” Foi isso que Bildade falou: “Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.” Jó 8:4. Hoje compreendemos a origem do mal e sabemos que os bons e maus sofrem, mas ainda há pessoas que não compreendem bem a questão do sofrimento e lançam ideias erradas sobre o caráter  bondoso de Deus. Há outras pessoas que mais atrapalham do que ajudam na tentativa de auxiliar o sofredor.

Bildade apelou à Jó para a sabedoria e a experiência das gerações passadas e deixou-nos algumas verdades importantes aqui . Ver Jó 8: 8-19. Bildade defendeu o seu argumento dirigindo a atenção de Jó para as conclusões das gerações passadas. Por causa da vida curta do homem, sua sabedoria tem que ser buscada nos antepassados. Bildade continuou sugerindo uma relação de causa e efeito entre a injustiça e o sofrimento. Ele mostrou seu princípio com três ilustrações: A) Assim como o papiro não pode existir sem lama, assim o homem não pode prosperar sem o favor de Deus. Ver vs 11-13. B) A confiança do ímpio é tão frágil como a teia da aranha; ele não tem nada em que se apoiar. Ver vs 14-15. C) O ímpio é como uma planta que cresce por pouco tempo, mas que é arrancada do seu lugar. Ver vs 16-19. D) Bildade concluiu seu discurso nos versos 20-22 e repetiu o pensamento que Deus preserva o justo, mas não apoiará os pecadores. E disse ainda que se Jó se arrependesse, Deus encheria a sua boca com risos e seus adversários ficariam envergonhados. Foram palavras muito bonitas, mas ditas para Jó sem necessidade e na hora errada, pois Jó estava de luto e em situação de desespero! Hoje sabemos que a poesia e o conteúdo do livro de Jó contribuiram para a nossa compreensão sobre o sofrimento, mas Bildade, como os outros amigos, foi uma péssima companhia no luto do amigo. mais atrapalhou do que ajudou. 

Que cuidados devemos ter quando ajudamos pessoas que sofrem? 

SEGUNDA-FEIRA (7 de novembro) MENOS DO QUE MERECE A TUA INIQUIDADE – A lição de hoje traz o discurso de Zofar e está relatado em Jó 11:1-20. Zofar disse que Jó não merecia nem viver por causa dos seus pecados. Outra vez aparece o pensamento da retribuição divina e necessitamos entender, de uma vez por todas, que Satanás é a causa primária de todo mal, sofrimento, dor e morte e devemos cuidar para não agir como a maioria ignorante que põe a culpa em Deus, ou nas pessoas, ainda que muitas pessoas provocam o sofrimento nos seus semelhantes. 

Como já mencionei, no passado e ainda nos dias de hoje as pessoas acreditam que Deus é a causa primária de todo o sofrimento. Por isso, é insinuado que Deus foi o causador de tudo o que aconteceu com Jó. Mas, Moisés esclarece que foi Satanás quem provocou e causou os sofrimentos de Jó e do mundo todo.

“A história de Jó mostrara que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos. Mas Israel não entendera a lição. O mesmo erro pelo qual Deus reprovara os inimigos de Jó, repetiu-se nos judeus em sua rejeição de Cristo. A crença dos judeus a respeito da relação existente entre o pecado e o sofrimento, partilhavam-na os discípulos de Cristo. Procurando corrigir-lhes o erro, não explicou a causa da aflição do homem, mas disse-lhes qual seria o resultado. Em virtude da mesma, manifestar-se-iam as obras de Deus. "Enquanto estou no mundo", disse Ele, "sou a luz do mundo." João 9:5. Havendo então untado os olhos do cego, mandou-o lavar-se no tanque de Siloé e foi restaurada a vista do homem. Assim respondeu Jesus, de maneira prática, a pergunta dos discípulos, como costumava fazer com as que Lhe eram dirigidas por curiosidade. Os discípulos não eram chamados a discutir o fato de quem tinha ou não tinha pecado, mas a entender o poder e a misericórdia de Deus em dar vista ao cego. Era claro que não havia poder de curar no lodo, ou no tanque em que o cego foi mandado lavar-se, mas que a virtude residia em Cristo.” Desejado de Todas as Nações, 471.

O que existe de correto no argumento de Zofar? No início do seu discurso, Zofar enalteceu a grandeza e sabedoria do Deus Criador. Ele disse: “Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso? Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? É mais profunda do que o inferno, que poderás tu saber? Mais comprida é a sua medida do que a terra, e mais larga do que o mar. Se ele passar, aprisionar, ou chamar a juízo, quem o impedirá?” Jó 11:7-10. 

Existem assuntos na Bíblia por demais profundos para entendermos na sua totalidade, pois Deus é grandioso e somos Suas criaturas limitadíssimas no entendimento. Somos levados a entender e aceitar somente aquilo que nos foi revelado na Bíblia. Com certeza que para nós é muito mais fácil sabermos sobre o sofrimento do que Zofar, mas esse amigo de Jó foi inspirado por Deus quando mostrou a nossa pequenez quando comparada com a grandeza do Criador. 

O que existe de errado no argumento de Zofar? Zofar acusou Jó de pecados. Ele disse: “Se tu preparares o teu coração, e estenderes as tuas mãos para ele; se há iniquidade na tua mão, lança-a para longe de ti e não deixes habitar a injustiça nas tuas tendas.” Jó 11:13,14. Existe aqui uma grande repreensão de Zofar ao patriarca assumindo que o coração e as mãos de Jó estavam cheios de pecado. Zofar disse que Jó devia se arrepender e pedir perdão a Deus para ser restaurado. Ver Jó 11: 15-19. Zofar terminou o discurso falando assim: “ Jó, se você não se arrepender, não verá o que deseja, não escapará do juízo de Deus, e tudo o que lhe resta é a morte!”. Incrível não é?

Daniel A. Chamberlin citou o resumo deste capítulo feito por D. Thomas da seguinte forma: “Já é tempo de alguém fazer calar a sua boca, Jó. Você quer marcar uma audiência no tribunal? Eu gostaria que Deus descesse agora e dissesse a você o que você é. Jó, falando francamente, você não tem nenhuma chance. Ele não precisa investigar para descobrir quem você é. Você iria descobrir muito cedo que, de fato, tem escapado por pouco. Jó, me ouça, só há uma coisa a ser feita: Arrependa-se.”

TERÇA-FEIRA (8 de novembro) RETRIBUIÇÃO DIVINA – A retribuição divina é para o bem e para a salvação da humanidade, mas quando os homens não aceitam, Deus age. Foi assim na época do dilúvio, será assim na segunda volta de Cristo e após o milênio. Mas, Deus também realizou algumas retribuições com algumas pessoas que receberam o fim que Deus achou por bem dar-lhes. 
Foi o caso de Coré, Datã e Abirão e suas famílias que foram engolidos pela terra diante de Moisés. Ver Números 16. Foi o caso de Acã, Geazi, Hananias e Safira e outros casos de punições imediatas. 

Os amigos de Jó certamente tinham ouvido falar do dilúvio e de alguns destes casos, e associaram estes episódios isolados à toda sorte de sofrimento. Na ideia deles qualquer sofrimento vinha de Deus para punir o pecador. Mas, já vimos que as coisas não são assim. Ver estes textos sobre a retribuição de Deus. Gênesis 6:5-8; Gên. 13:13; Gên. 18: 20-32 e Gê 19:24 e 25

Deus é amor e distribui bênçãos às pessoas, mas a Sua bondade tem limites. Você percebeu que nós cobramos de Deus mas somos infiéis a Ele?. Mas, nosso Deus é Deus misericordioso, benigno, compassivo. E deseja que venhamos conhecê-lo e que tenhamos intimidade com Ele. Diz a Palavra: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.” Lamentações 3.22-23. Deus é fiel em nos salvar, restaurar e abençoar, independentemente de nossas acções: “Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus?” Romanos 3:3

É bom lembrarmos que é somente pela misericórdia de Deus nos permanecemos vivos, por isso, todos os dias devemos ser gratos à Deus por Sua infinita bondade. Devemos ser gratos, tementes e fiéis ao Senhor Jesus. Devemos nos colocar em posição de servos e nos oferecer ao Senhor todos os dias. Você lembra da oração que o rei Ezequias fez quando estava para morrer?: “Ó Senhor, lembra que eu tenho te servido com fidelidade e com todo o coração e sempre fiz aquilo que querias que eu fizesse. E chorou amargamente. Isaías 38:3. E Deus respondeu dizendo: “Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; acrescentarei, pois, aos teus dias quinze anos.” Isaías 38.5. Deus nos mostra a Sua fidelidade e nunca nos decepciona. Todos os nossos temores, anseios, desejos, devem ser colocados diante dele e Ele, a seu tempo, nos dará a resposta que precisamos. Amém?

O que dizer da morte de Cristo para nos salvar? Este continua sendo um grande tema para estudarmos por toda a eternidade. Até o grande conflito e o final dele mostra o amor de Deus. Veja estes textos: "Deus é amor." I João 4:16. Sua natureza, Sua lei, são amor; assim sempre será. "O Alto, o Sublime, que habita a eternidade" (Isa. 57:15), "cujos caminhos são eternos" (Hab. 3:6), não muda. NEle "não há mudança, nem sombra de variação". Tia. 1:17. Toda manifestação do poder criador é uma expressão de amor infinito. A soberania de Deus compreende a plenitude de bênçãos a todos os seres criados. ...A história do grande conflito entre o bem e o mal, desde o tempo em que, a princípio, se iniciou no Céu até à ruína final da rebelião e extirpação total do pecado, é também uma demonstração do imutável amor de Deus.” Patriarcas e Profetas, 33.

"Deus é amor" (I João 4:16), está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota. Os amáveis passarinhos, a encher de música o ar, com seus alegres trinos; as flores de delicados matizes, em sua perfeição, impregnando os ares de perfume; as altaneiras árvores da floresta, com sua luxuriante ramagem de um verde vivo - todos testificam da terna e paternal solicitude de nosso Deus, e de Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos.” Caminho a Cristo, 9 e 10.

No final de tudo, quando as pessoas rejeitarem o amor de Deus, Ele irá retribuir as pessoas conforme os seus atos: “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras.” Mateus 16:27.

“O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade.” Romanos 2:6-10

O que estamos recebendo de Deus hoje e o que vamos receber no dia do Juízo?

QUARTA-FEIRA (9 de outubro) SE O SENHOR CRIA UMA COISA NOVA – Deus é Deus e não precisa ser defendido. Os amigos de Jó tinham a necessidade de defender Deus diante de Jó, e ao defenderem Deus, esqueceram-se do sofrimento do amigo e pioraram ainda mais a sua situação. Cabe ao homem aceitar o Deus Criador e obedecer a Sua Palavra. Vemos que os amigos de Jó estavam acostumados com ideia da retribuição divina, isto é; se sou obediente, sou abençoado e se sou desobediente, sou amaldiçoado. É bem verdade que vemos a punição direta de Deus em algumas situações, como as 10 pragas que caíram no Egito e a morte de pessoas e famílias inteiras em algum momento da história do povo de Deus. A lição de hoje traz o caso de Coré, Datã e Abirão e suas famílias que foram engolidos pela terra diante de Moisés. Ver Números 16. Neste caso eles foram punidos diretamente por uma ação de Deus e não pela consequência natural de seus pecados. Mas, excluindo esses casos, na verdade Deus dá a chuva e o sol tanto aos bons com aos maus e em muitos casos vemos os maus vivendo em melhor situação do que os fiéis.

Os amigos de Jó estavam certos em dizer-lhe que Deus abençoa de maneira destacada  aqueles que lhe são fiéis, pois essa ideia está correta. Veja este texto: “E o Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que temêssemos ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje. E será para nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o Senhor nosso Deus, como nos tem ordenado.” Deuteronômio 6:24,25.

Em Deuteronômio 28 encontramos palavras proferidas ao povo de Israel sobre as bênçãos decorrentes da obediência. Se o povo fosse obediente a Deus, seria exaltado entre as nações e a bênção de Deus acompanharia todas as áreas da vida daquele povo. Vivemos em uma época onde obedecer não é mais importante, estamos na geração do desafio e desrespeito a Deus, não importando se outros estão sendo prejudicados; mas temos que ser diferentes. As bênçãos decorrentes da obediência começam com escutarmos a voz de Deus em Sua Palavra. Na correria do dia a dia podemos não ouvir a voz de Deus.  

Para o povo de Israel a plantação e a criação de gado era o mais importante, então Deus prometeu abençoar a terra e seu fruto. Hoje, para nós são os filhos, a família, o trabalho, a saúde. A obediência é a forma que temos para glorificar a Deus, e Deus tem prazer em abençoar os Seus filhos obedientes. Deus tem abundância de bens para conceder-nos e espera a nossa alegria em estarmos em comunhão com Ele. Veja este texto: “Entretanto, se vocês não obedecerem ao Senhor, o seu Deus, e não seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos e decretos que hoje lhes dou, todas estas maldições cairão sobre vocês e os atingirão: Vocês serão amaldiçoados na cidade e serão amaldiçoados no campo.” Deuteronômio 28:15-16

Maldita é a terra e nossas cidades têm tantos problemas como; homicídios, desemprego, roubos, catástrofes . Veja este texto: “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição tem consumido a terra; e os que habitam nela são desolados; por isso são queimados os moradores da terra, e poucos homens restam.” Isaías 24:4-6. Os amigos de Jó compreendiam que temos a necessidade de dar ouvidos as palavras de Deus, de que as bênçãos de Deus também nos alcançarão se dermos ouvidos à Sua voz e abandonarmos a adoração à certos ídolos criados por nós mesmo.

Existe sabedoria na obediência: “Quando homens e mulheres são verdadeiramente convertidos, conscienciosamente consideram as leis da vida que Deus estabeleceu em seu ser, buscando assim evitar debilidade física, mental e moral. A obediência a essas leis deve ser considerada questão de dever pessoal. Nós mesmos haveremos de sofrer os danos da lei violada. Temos de responder perante Deus por nossos hábitos e práticas. Portanto, o que nos importa perguntar não é: “Que diz o mundo?” mas: “Como eu, que me declaro cristão, trato o organismo que Deus me deu? Trabalharei para o meu mais alto bem material e espiritual, guardando o meu corpo como um templo para a habitação do Espírito Santo, ou vou me dobrar às práticas e idéias do mundo?” Testimonies for the Church vol 6; 369 e 370.

QUINTA-FEIRA (10 de novembro) A SEGUNDA MORTE – Como a lição desta semana menciona sobre o castigo retributivo de Deus, vemos hoje sobre o maior castigo de Deus que será a segunda morte. Qual é a primeira morte? É a morte natural ou aquela que vai acontecer com os perdidos quando Jesus voltar. Qual será a segunda morte? É aquela que vai acontecer depois dos mil anos com os perdidos. Logo, para os perdidos morrerem duas vezes será necessário uma ressurreição. E a ressurreição dos perdidos vai acontecer no fim dos mil anos. Estes textos esclarecem bem: “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.” Apocalipse 20:5

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.” Apocalipse 2:11.

“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. Apocalipse 20:6.

“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.” Apocalipse 20:14

Veja este outro texto que menciona o destino dos perdidos: “Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio, mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.” II Pedro 3:5-7.

Existe o juízo reservado para todas as pessoas. Na segunda volta de Cristo os salvos mortos vão ressuscitar e os vivos salvos serão transformados e ambos serão arrebatados para o céu, onde viverão por mil anos: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” I Tessalonicenses 4:16,17.

Já os perdidos terão a sua recompensa em duas etapas. A primeira será na volta de Cristo quando serão destruídos pela glória do Senhor e, depois dos mil anos serão ressuscitados para o juízo final e destruídos para sempre: “Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do seu poder.” II Tessalonicenses 1:8,9

“E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. Apocalipse 20:7-10.

Os amigos de Jó falharam em muitas coisas na tentativa de aconselhar Jó, mas tinham o conhecimento, embora parcial, da retribuição de Deus. Hoje temos a boa notícia de que Deus está do nosso lado para nos ajudar afim de conseguimos a vida eterna e não passarmos pela desgraça da segunda morte. E enquanto estivermos aqui temos a promessa e a certeza de que Deus está do nosso lado para nos ajudar nas dificuldades que se apresentam diante de nós. Em Jesus temos a esperança de que logo, logo, todo o sofrimento terá um fim e viveremos no paraíso eterno com todos os salvos. Amém?

“O propósito original de Deus na criação da Terra é cumprido ao ser ela feita a eterna habitação dos remidos. “Os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre.” Salmos 37:29. É o tempo para o qual homens santos de Deus olharam com expectação desde que a flamejante espada barrou ao primeiro par a entrada no Éden, tempo para a “redenção da possessão de Deus”. Efésios 1:14. A Terra originariamente dada ao homem como seu reino, por ele entregue às mãos de Satanás, e por tanto tempo mantida pelo poderoso inimigo, foi reconquistada pelo grande plano da redenção. The Signs of the Times, 29 de Dezembro de 1909. Tudo que foi perdido pelo primeiro Adão será restaurado pelo segundo. Diz o profeta: “A ti, ó Torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, a ti virá o primeiro domínio.” Miquéias 4:8. E Paulo aponta para a “redenção da possessão de Deus”. Efésios 1:14. Deus criou a Terra para ser habitada por seres santos e felizes. Este propósito será cumprido quando, renovada pelo poder de Deus e liberta do pecado e da tristeza, ela se tornar o eterno lar dos remidos.” The Review and Herald, 22 de Outubro de 1908. O Lar Adventista,  539 e 540

SEXTA-FEIRA (11 de novembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 7 (4º trimestre 2016) CASTIGO RETIBUTIVO Deus nos castiga quando pecamos? Primeiro precisamos encontrar a diferença entre castigo e disciplina. Para quem aceita Cristo, todos os nossos pecados; passados, presentes e futuros, já foram punidos na cruz. Como cristãos, nunca seremos punidos pelo pecado. Isso foi feito de uma vez por todas por Jesus. "Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus.” Romanos 8:1. Nosso pecado foi pregado na cruz com Jesus, e nunca seremos punidos por causa dele. É claro que necessitamos de nos arrepender, confessar e abandonar o pecado conhecido. Os pecados que insistimos em deixar em nossa vida, esses sim Deus aplica a Sua disciplina para nos salvar. Se continuarmos a agir de forma pecaminosa, sem arrependimento, Deus traz a Sua disciplina divina sobre nós. Ver Hebreus 12:7-11. A disciplina, então, é o que Deus usa para conduzir os Seus filhos da rebelião à obediência. Então, a disciplina é uma coisa boa!

“As murmurações do antigo Israel, e seu rebelde descontentamento, bem como os poderosos milagres operados em seu favor, e os castigos de sua idolatria e ingratidão, acham-se escritos para nosso benefício. O exemplo do antigo Israel é apresentado como advertência ao povo de Deus, a fim de evitarem a incredulidade e escaparem a Sua ira. Houvessem as iniquidades dos hebreus sido omitidas do registro sagrado, sendo contadas apenas suas virtudes, sua história deixaria de ensinar-nos a lição que ensina. Os infiéis e amantes do pecado desculpam seus crimes citando a maldade de homens a quem Deus deu autoridade, nos tempos antigos. Alegam que, se esses santos homens cederam à tentação e cometeram pecados, não é de admirar que eles também sejam culpados de proceder mal; e dão a entender que não são tão maus afinal de contas, uma vez que têm tão ilustres exemplos de iniquidade diante deles. Os princípios de justiça exigiam uma fiel narração dos fatos para benefício de todos quantos houvessem de ler os sagrados registros. Aí divisamos as provas da sabedoria divina. É-nos exigido obedecer à lei de Deus, e não somente somos instruídos quanto à pena da desobediência, como nos é contada, para benefício nosso e advertência, a história de Adão e Eva no Paraíso, e os tristes resultados de sua desobediência aos mandamentos de Deus. O relatório é pleno e explícito. Testemunhos Seletos, vol 1, 437.

“Caso o povo de Deus reconhecesse Sua maneira de lidar com eles, e Lhe aceitassem os ensinos, encontrariam caminho reto para seus pés, e uma luz para guiá-los por entre as trevas e o desânimo. Davi aprendeu sabedoria do trato de Deus para com ele, e curvou-se humildemente sob o castigo do Altíssimo. O quadro fiel de sua verdadeira condição, feito pelo profeta Natã, deu a Davi o conhecimento dos próprios pecados, e ajudou-o a afastá-los de si. Aceitou humildemente o conselho, e humilhou-se diante de Deus. “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma”, exclama ele. Salmos 19:7. Os pecadores arrependidos não têm motivo de desesperar-se por lhes serem lembradas suas transgressões e serem advertidos do perigo em que se encontram. Esses próprios esforços em seu favor, indicam quanto Deus os ama e deseja salvá-los. Só têm de seguir-Lhe os conselhos e fazer Sua vontade, para herdarem a vida eterna. Deus põe os pecados diante de Seu povo errante, a fim de que os vejam em toda a sua enormidade à luz da verdade divina. É seu dever então a eles renunciar para sempre. Deus é tão poderoso hoje para salvar do pecado, como o era nos tempos patriarcais, de Davi e dos profetas e apóstolos. A multidão de casos registrados na história sagrada em que o Senhor livrou Seu povo das iniqüidades deles, deve tornar os cristãos de hoje ansiosos de receberem as instruções divinas, e zelosos de aperfeiçoarem um caráter que suporte a íntima inspeção do juízo.” Testemunhos para a Igreja Vol 4, 15.
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“Os juízos de Deus foram incitados contra Jericó. Ela era uma fortaleza. Mas o Capitão do exército do Senhor, em pessoa, veio do Céu para dirigir os exércitos celestiais num ataque à cidade. Anjos de Deus apoderaram-se dos sólidos muros e os derrubaram.” Testemunhos para a Igreja vol 3, 264
“Sob a direção divina os anjos são todo-poderosos. Uma ocasião, em obediência à ordem de Cristo mataram numa noite cento e oitenta e cinco mil homens do exército assírio.” — O Desejado de Todas as Nações, 700.

“O mesmo anjo que viera dos paços reais para libertar a Pedro, fora o mensageiro da ira e juízo a Herodes. O anjo tocou em Pedro para o despertar do sono; foi com um contato diferente que ele feriu o ímpio rei, derribando seu orgulho e trazendo sobre ele o castigo do Todo-poderoso. Herodes morreu em grande angústia de espírito e corpo, sob o juízo retributivo de Deus.” Atos dos Apóstolos, 152.

“Um único anjo destruiu todos os primogênitos dos egípcios, enchendo a Terra de pranto. Quando Davi ofendeu a Deus, por contar o povo, um anjo fez aquela terrível destruição pela qual seu pecado foi punido. O mesmo poder destruidor exercido pelos santos anjos quando Deus ordena, será exercido pelos maus quando Ele o permitir. Há agora forças preparadas, e que aguardam apenas o consentimento divino para espalharem a desolação por toda parte.” O Grande Conflito, 614.


Luís Carlos Fonseca

2 comentários:

  1. Quero expressar meus agradecimentos por esses comentários, pois gosto muito de cada um que me leva a pensar de forma mais profunda sobre cada tema. São, portanto, espetaculares, confeço!

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