COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 1 (III trimestre/2017) PAULO: APÓSTOLO DOS GENTIOS
VERSO
ÁUREO: “E,
ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo:
Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.”
Atos
11:18
INTRODUÇÃO
AO TRIMESTRE; O EVANGELHO EM GÁLATAS - As lições deste trimestre foram escritas por Carl Cosaert, que é doutor e professor da cadeira de Estudos Bíblicos na Universidade de Walla Walla, em College Place, em Wassington, EUA.
Provavelmente
a Carta de Gálatas foi a mais antiga que Paulo escreveu. Ela foi
escrita um pouco depois do famoso Concílio de Jerusalém, conforme
Atos 15. Dependendo de onde o livro de Gálatas foi enviado e em qual
viagem missionária, Paulo iniciou as igrejas naquela área, o livro
de Gálatas foi escrito em algum lugar entre 48 e 55 d.C. Os
investigadores dizem que foi escrita no ano 49.
O
propósito principal da carta de Gálatas foi combater os judaizantes
(alguns
judeus convertidos ao cristianismo) que
pregavam que os crentes deviam ser perfeitos através do cumprimento
da lei de Deus. A verdade essencial da justificação pela fé e não
pelas obras da lei tinha sido obscurecida pela insistência por parte
dos judaizantes, e quando Paulo soube que este ensino tinha começado
a influenciar as igrejas de Galácia e que os tinha afastado de sua
herança de liberdade, ele escreveu o forte protesto contido em Gálatas..
A
crise que
os judaizantes provocaram foi
tão grande que Paulo começou
a carta, não com o tipo de agradecimento, que ele normalmente
utilizava, mas com uma expressão de espanto, de que as igrejas da
Galácia estavam sendo persuadidas por falsos
mestres. Eis o texto: "Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que
vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho.” Gálatas
1:6
Estes
são os versos
chaves do livro de Gálatas:
“... sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da
lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em
Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e
não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será
justificado.” Gálatas 2:16
"Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim." Gálatas 2:19-20
“E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé."Gálatas 3:11
“... para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!" Gálatas 4:5-6
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gálatas 5:22-23
As
cartas de
Tiago e Gálatas ilustram dois aspectos do cristianismo
que desde o início aparentam estar em conflito; mas, que na verdade, um complementa o outro. Tiago
insiste na ética de Cristo, uma demanda de que a fé prove a sua
existência pelos frutos das
boas
obras. Tanto Tiago
como
Paulo,
enfatizam
a necessidade da transformação do crente
pela graça de Deus. Ver
Tiago
1:18. Gálatas salienta a dinâmica do evangelho que produz boas
obras. Ver Gálatas
3:13-14. Paulo não era menos preocupado do que Tiago sobre uma
vida de boas obras em favor do próximo: “Porque vós, irmãos,
fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar
ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Porque
toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo.” Gálatas 5:13 e 14.
Como
os dois lados de uma moeda, esses dois aspectos da verdade cristã
devem sempre acompanhar um ao outro; fé
e boas obras. Além
das obras também o crente, salvo por Cristo, tem prazer em obedecer a
lei de Deus.
Amém?
Martinho
Lutero combateu a salvação através das esmolas, auto flagelação
e indulgências que a igreja Católica Romana pregava. Esse reformador
escreveu um outro capítulo na compreensão da justificação pela
fé. A Igreja Adventista do 7º Dia também redescobriu essa verdade
através de dois pastores que a implantaram no seio da igreja. Foi
através do estudo da carta de Gálatas que E.J Waggoner e A.T Jones
redescobriram a verdade sobre a Justificação pela Fé. É muito
importante para nós termos a compreensão exata da maneira carinhosa
que somos salvos; pela fé através da graça de Deus.
INTRODUÇÃO
(sábado 24 de junho)
– A
lição desta semana tem como objetivo perceber
os acontecimentos e desafios que levaram a pregação do evangelho
aos gentios. Sentir as tensões que rodearam a transformação de
Saulo, de um fariseu fanático em um zeloso pregador do evangelho
entre os gentios. Sentir o dever de anunciar o evangelho a todas
as pessoas que necessitam.
A
carta aos Gálatas é uma das mais lidas e comentadas em todo o mundo
cristão. E, dos escritos paulinos foi dos mais explorados por alguns
grupos ou igrejas, sobretudo em dois momentos: o da polémica de
Santo Agostinho com o herético Pelágio no séc. IV e o dos
reformadores, no debate católico-protestante. E podemos dizer que, dos cristãos atuais, com os Adventistas do 7º Dia. Especialmente por
que dizem que o sábado foi abolido.
Data
e destinatários de Gálatas. Quem foram os Gálatas? No tempo do
N.T, a Galácia era uma província romana da Ásia Menor, que abrangia
os seguintes territórios: a Galácia propriamente dita, a Frígia, a
Pisídia e a Licaónia. Galácia, em Atos 16:6, 18 e 23, distingue-se
da Frígia. As igrejas da Galácia devem ter sido fundadas por
ocasião da 1.ª viagem missionária de Paulo ver Atos 13:1-14,26.
Paulo escreve a carta aos Gálatas entre 48 e 55 d.C, a partir de
Éfeso ou de Corinto, depois de I Tessalonissenses e antes de
Romanos, Filemon e Filipenses.
Em
que contexto foi escrita a carta aos Gálatas? Na
altura, nem sempre havia uma distinção clara entre judaísmo e
cristianismo. Pregadores judeus, que seguiram os passos de Paulo,
vieram anunciar a necessidade da circuncisão para a salvação. É
que, no início da Igreja, o mais sério problema que se apresentou à
consciência cristã foi o da relação da “nova doutrina” de
Cristo com a lei
de Moisés, ou melhor, com o Antigo Testamento. O Antigo Testamento,
cujos cinco primeiros livros, ou Pentateuco, constituem a lei
de Moisés, continua hoje respeitado como inspirado pelos cristãos
como a Palavra de Deus; mas as suas prescrições sobre a forma do
culto, alguns alimentos, as doenças, e a circuncisão deixaram de
vigorar. Ver o livro de Levíticos.
Hoje, é claro que não estamos
obrigados a tais prescrições; para os primeiros cristãos, porém,
o assunto não era tão claro. Tratava-se de judeus convertidos, que
continuavam a observar algumas leis cerimoniais e a circuncidar-se. A Igreja nasceu no
seio do Antigo Testamento. Esta carta
pode considerar-se uma espécie de circular, apaixonada e polémica,
dirigida às pequenas comunidades dispersas pelo imenso território
da Galácia, que estavam em situação de crise de identidade cristã.
Tratava-se da fidelidade ou infidelidade ao Evangelho, num momento em
que o cristianismo corria perigo de se converter numa simples seita
judaica.
Divisão
e conteúdo - O conteúdo desta Carta pode resumir-se no seguinte:
Introdução:
1:1-10
I.
Origem divina do Evangelho: 1:11-2 e 21
II.
O Evangelho torna-nos filhos de Deus: 3:1-4 e 7
III.
O Evangelho torna-nos livres: 4:8-5 e 12
IV.
Vida cristã, caminho de liberdade: 5: 13-6 10
Conclusão:
6:11-18.
A
Teologia de Gálatas - A discussão acerca do anúncio do
Evangelho também aos pagãos, considerados imundos conforme alguns
judeus. Ver Atos 10:11-15, foi o primeiro problema que surgiu após a
ressurreição de Cristo e do Pentecostes. Depois, levantou-se o
problema de se os cristãos, vindos do paganismo, estavam também
sujeitos à circuncisão. Divergiam as opiniões e Paulo, depois de
convertido, tornou-se o campeão da liberdade cristã ou da não
sujeição aos ritos mosaicos da lei, interpretada à maneira dos
fariseus.
Isso mereceu-lhe a hostilidade, não só dos judeus, mas
também dos cristãos de origem judaica. O chamado Concílio de
Jerusalém, conforme atos 15, não conseguiu acalmar completamente os ânimos. Cristãos de origem judaica e os judaizantes, puseram em
causa a validade e legitimidade do anúncio evangélico feito por
Paulo, negando-lhe a dignidade apostólica e acusando-o de pregar um
Evangelho mutilado e de anunciar um cristianismo diferente do dos
outros apóstolos de Jerusalém.
DOMINGO
(25 de junho) PERSEGUIDOR DE CRISTÃOS - A primeira aparição de Saulo foi quando do apedrejamento de
Estevão, conforme Atos 7:58. Depois, Saulo apareceu perseguindo os
cristãos em Jerusalém de
forma
geral. Ver Atos 8:1-5. Saulo continuou sua campanha contra a nova
religião conhecida, mais tarde, como cristianismo. Ele achou que seu
dever como judeu fiel fosse a perseguição dos cristãos, e não
mediu esforços
para cumprir esse papel. Ameaçava, prendia e testemunhava contra os
seguidores de Jesus. Foi com esse intuito que viajou quase 250
quilômetros de Jerusalém à Damasco, levando a autorização dos
principais líderes dos judeus. Ver
Atos
9:1-2.
Quem
era Saulo? Descendia de uma família de hebreus da tribo de
Benjamim, que haviam obtido a cidadania romana, de grandes posses e
prestígio político. Seus pais, sendo como eram, fiéis a lei
mosaica, o mandaram logo para Jerusalém para ser educado lá.
Fariseu fervoroso, recebeu na circuncisão o nome de Saulo e teve
como professor um dos mais sábios e notáveis rabinos daquele tempo,
o grande Gamaliel, neto do ainda mais famoso Hilel, de quem recebeu
as lições sobre os ensinos do Antigo Testamento.
Porque
Estevão foi apedrejado? Conforme Atos 6:9-15 foi porque ele
aceitou o evangelho de Cristo e passou a não dar mais importância
aos rituais do templo e aos rituais da lei de Moisés que os judeus
continuavam cumprindo. Essa atitude de Estevão enraiveceu Saulo, e
outros, que instigaram perseguição, desde sua ida ao Conselho dos
judeus até a morte de Estevão. Estevão foi considerado o primeiro
mártir do Cristianismo; mas, a partir dele muitos outros morreram
por causa de Cristo. O próprio Paulo disse: “E também todos os
que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.”
II Tim. 3:12
“E,
resolvido plenamente a dar razão aos sacerdotes e escribas, Saulo
fez acérrima oposição às doutrinas ensinadas pelos discípulos de
Jesus. Sua atividade, fazendo com que homens santos e santas mulheres
fossem arrastados perante os tribunais, onde alguns eram condenados à
prisão, e outros à morte, unicamente por causa de sua fé em Jesus,
trouxe tristezas e pesares à igreja recém organizada, e fez muitos
buscarem segurança na fuga.” Atos dos Apóstolos, 62
SEGUNDA-FEIRA
(26 de junho)
A CONVERSÃO DE SAULO – Quando Saulo se aproximava de Damasco,
Jesus apareceu e confrontou os conceitos errados desse perseguidor.
Saulo foi honesto e cedeu ao Cristo que ele havia perseguido
com tanto zelo. Arrependeu-se dos seus erros e, três dias depois,
foi batizado para o perdão dos seus pecados. Ver
Atos
22:1-16.
Deus
tinha um propósito para com Saulo. Em uma viagem que fazia para
Damasco o Senhor Jesus apareceu para ele e disse: “E, indo no
caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o
cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma
voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atos 9:3 e
4. E Saulo aturdido perguntou e obteve a resposta: “E ele disse:
Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.” Atos
9:5.
Saulo,
mais do que ninguém, tornou-se em um especialista em defender a graça
de Deus, pois a sua conversão dependeu totalmente da graça de
Jesus. Ele não merecia viver, merecia
sim o castigo de Deus. Aliás, ninguém merece a salvação. Como a
própria definição diz: “Graça
é um favor imerecido”
Saulo
não era ateu, ele era um religioso que vivia sinceramente
equivocado. Como temos tratado as pessoas que desprezam Deus e os
Seus princípios, mas mesmo assim dizem pertencer a alguma religião?
Coloco
outra questão para meditarmos: Será que a tanto tempo na igreja,
como Saulo, já conhecemos totalmente Jesus?
Com
a mesma determinação que se opunha o cristianismo, antes de conhecer a
verdade, Paulo defendia a mensagem da cruz de Cristo durante todo o
resto da sua vida. Conhecido, na maioria das referências bíblicas, como Paulo, este homem se tornou um dos mais influentes dos apóstolos
de Jesus. Viajou incansavelmente para levar a mensagem do evangelho
aos outros, especialmente às nações excluídas do judaísmo.
“Às
portas de Damasco a visão do Crucificado mudou todo o curso de sua
vida. O perseguidor tornou-se discípulo, o mestre, aluno. Os dias de
trevas passados em solidão em Damasco foram como anos em sua
experiência. As Escrituras do Antigo Testamento, entesouradas em sua
memória, foram o seu estudo, e Cristo o seu mestre. Para ele também
a solidão da Natureza se tornou uma escola. Para o deserto da Arábia
foi ele, a fim de estudar ali as Escrituras e aprender acerca de
Deus. Esvaziou a alma dos preconceitos e tradições que lhe haviam
moldado a vida e recebeu instruções da Fonte da verdade.”
Educação, 63
Somos
ousados, como Paulo o foi, na pregação do evangelho de Cristo?
TERÇA-FEIRA
(27 de junho) SAULO EM DAMASCO – A cirurgia espiritual da vida de
Saulo requereu um estágio de 3 dias em Damasco. Deus é mesmo
maravilhoso! Paulo devia ir à casa de um homem chamado Judas e
aguardar por um outro homem chamado Ananias. Saulo começou a
compreender que em vez de estar trabalhando para Deus estava a
trabalhar para o diabo. Saulo entrou em Damasco em um homem diferente
do fariseu orgulhoso que era. Em vez de comer e beber, ele passou os
três primeiros dias em jejum e oração profunda. Ele percebeu que o
Messias já tinha chegado e operado a conversão em sua vida.
Foi
muito difícil para os crentes em Damasco acreditarem na conversão
de Saulo. Se, até mais de três anos depois da sua conversão, as
pessoas tinham medo dele, conforme Atos 9-26-30, imagine naqueles
primeiros dias!
Deus
é maravilhoso! Ele revelou-Se ao discípulo Ananias: "E havia
em Damasco um certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o Senhor
em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor. E disse-lhe
o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em
casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele
está orando; e numa visão ele viu que entrava um homem chamado
Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver. E
respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos
males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem poder dos
principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu
nome. Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um
vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis
e dos filhos de Israel.” Atos 9-10-15.
Saulo
tinha dificultado a obra do senhor e agora Deus iria usá-lo para
pregar a Palavra.
Como
tem sido conosco? Muito cuidado devemos ter para não ajuizar a
experiência espiritual dos outros. Devemos orar e trabalhar e deixar
os resultados com o Senhor Deus. Ver I Samuel 16:7 e Mateus 7:7
"Ao viajar Saulo para Damasco, com cartas autorizando-o a prender homens e mulheres que estivessem pregando a Jesus, e levá-los para Jerusalém, os anjos maus exultaram em torno dele. Mas súbito uma luz do Céu brilhou ao redor dele, luz que levou os anjos maus a fugirem e a Saulo fez cair por terra. Ele ouviu uma voz dizendo: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” Saulo indagou: “Quem és Tu, Senhor?” E o Senhor disse: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer. Os homens que com ele estavam, emudecidos, ouviram a voz, mas a ninguém viram. Ao extinguir-se a luz e levantar-se Saulo da terra e abrir os olhos, verificou que estava inteiramente privado da capacidade de ver. A glória da luz do céu o havia cegado. Conduziram-no pela mão e o levaram a Damasco; e esteve três dias sem ver, nem comeu nem bebeu. O Senhor então enviou o Seu anjo a um dos mesmos homens a quem Saulo esperara prender, e revelou-lhe em visão que deveria ir à rua chamada Direita “e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando; e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista. Ananias receou que houvesse nisto algum engano, e começou a relatar ao Senhor o que tinha ouvido acerca de Saulo. Mas o Senhor disse a Ananias: “Vai, porque este é para Mim um instrumento escolhido, para levar o Meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois Eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo Meu nome.” Ananias seguiu as instruções do Senhor e entrou na casa, e impondo-lhe as mãos, disse: “Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo.” Primeiros Escritos, 200
QUARTA-FEIRA
(28 de junho)
O EVANGELHO CHEGA AOS GENTIOS -
Quem
eram os gentios? Gentio é o nome que designava todas as nações,
além dos judeus. Ver Isaías.
49:6 e Romanos 2:14; 3:29. Os judeus eram o povo escolhido por Deus.
Tinham religião nobre,
cuja verdade contrastava com as falsidades das religiões dos gentios
que
eram pagãs.
Tinham leis que impediam a corrupção dos costumes e a alteração
das práticas religiosas, em contato com o paganismo, numa prova de
que eles se achavam superiores.
Tudo isto levou o povo judeu a
desprezar injustamente os gentios. Além disso, em virtude do rito da
circuncisão entre os judeus, os demais povos eram chamados de
‘incircuncisos’, numa evidente atitude de menosprezo. Prova de
que o preconceito e a discriminação já eram bem notadas
no tempo de Cristo.
Agora, Paulo foi convidado por Deus para pregar aos gentios. Mesmo antes de
Paulo Jesus já teve que tratar com este assunto. Mas, Paulo pregou
de forma mais abrangente aos gentios.Onde foi estabelecida
a primeira igreja Cristã? Foi em Antioquia. Depois da dispersão
dos judeus, com a morte de Estevão, muitos cristãos foram para lá
e fundaram uma igreja. Ver Atos 11:19-21 e 26.
Barnabé
foi à Antioquia e depois Paulo foi convidado para ir também. Que
evento maravilhoso aconteceu em Antioquia?
“E
havia entre eles alguns homens cíprios e cirenenses, os quais
entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.
E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu
ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que
estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia. O qual, quando
chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que
permanecessem no Senhor, com propósito de coração; porque era
homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se
uniu ao Senhor. E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e,
achando-o, o conduziu para Antioquia. E sucedeu que todo um ano se
reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia
foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” Atos
11:20-26.
É
lindo ver como o Espírito Santo continuou a atuar de forma
maravilhosa na implantação da igreja Cristã logo nos primeiros
anos.
Temos
pregado o evangelho, mesmo para aquelas pessoas que achamos nunca
irão aceitar? O trabalho não é nosso, é de Deus!
Jesus
tinha dado ordens que o evangelho deveria ser pregado primeiro aos
judeus, para conversão dos eleitos de Deus entre eles, aos quais Ele
chamou de “ovelhas perdidas da casa de Israel” Mateus 10:6 e 15:24,
porque Deus desejava dar-lhes o privilégio de pregarem o evangelho
em todo o mundo, mas como estavam rejeitando, a porta para os gentios
foi aberta com a ida de Pedro à casa do centurião romano Cornélio
, depois da visão do lençol em Atos 10.
Depois, já na época de
Paulo, e para aproximar e estreitar os laços entre cristãos judeus
e gentios, o Senhor traria uma grande fome à terra, que atingiria
especialmente o território dos judeus, de maneira que estes fossem
socorridos materialmente pelos cristãos gentios, o que fizeram pelas
supervisão de Paulo e Barnabé, que estavam servindo aos gentios na
Igreja de Antioquia da Síria; igreja a qual Paulo foi conduzido por
Barnabé, depois de ser informado que a Palavra estava sendo pregada
também aos gentios, desde que Pedro havia ido à casa de Cornélio
pelo mandado do Senhor, e que foi grande o número de conversões
naquela cidade da Síria e depois em Chpre, Cirene e Antioquia, e
houve uma grande conversão de pessoas ao Senhor!
QUINTA-FEIRA
(29 de junho) CONFLITO DENTRO DA IGREJA – Onde há pessoas sempre
há algum tipo de problemas. E na igreja também não é diferente;
e não tardou muito para a igreja cristã experimentar problemas. Nem
todos achavam que a igreja devia receber os gentios. Era como
dizermos: Vamos batizar apenas filhos da igreja e os outros não
podem se tornar em membros.
Alguns judeus não aceitavam pertencer ao
cristianismo tendo como base a fé. Diziam eles que além da fé era
necessário a circuncisão e que deviam continuar na pratica da lei
de Moisés, que compreendia em guardar alguns ritos que tinham
caducado com a morte de Cristo. Alguns judeus diziam que para os gentios
serem verdadeiros cristão, deviam ser circuncidados. Paulo foi o
desbravador do cristianismo e teve que enfrentar esse tipo de
problema. Outros apóstolos também passaram pelo mesmo problema. Por
exemplo; Pedro quando aceitou Cornélio no seio da igreja. Ver Atos
10 e 11.
Mesmo
o Concílio de Jerusalém, conforme atos 15:1-5, ter apoiado a
implantação da teologia paulina da salvação pela fé e graça e
eliminando os ritos mosaicos, como a circuncisão, mais tarde Paulo
foi até ameaçado de morte por outros judeus. Em uma ocasião, 6
anos mais tarde, Paulo visitou o templo e foi perseguido: “Clamando:
Homens israelitas, acudi; este é o homem que por todas as partes
ensina a todos contra o povo e contra a lei, e contra este lugar; e,
demais disto, introduziu também no templo os gregos, e profanou este
santo lugar. " Atos 21:28.
Depois, Deus mostrou claramente o seu propósito em salvar a humanidade
quando o próprio Paulo disse: "E vos vestistes do novo, que se
renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão,
bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos.
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de
entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão,
longanimidade.” Colossenses 3:10-12
É
sempre assim, o preconceito racial e religioso está presente no
coração humano. Como filhos de Deus devemos manter o coração
limpo deste mal, e estarmos prontos para pregar o evangelho e receber
todas as pessoas que desejam entrar no seio da igreja de Cristo.
Amém?
Geralmente
os crentes desejam atribuir um certo grau de perfeição as pessoas
que fazem parte da igreja. Achamos que elas nunca erram. Isso faz com
que não saibamos lidar com certos erros que vão acontecendo diante
de nós. Cultivamos uma expectativa de santidade que não condiz com
a realidade da maioria das pessoas que fazem parte da igreja, e que
estão em busca de santidade em sua vida, mas que não acontecem do
dia para a noite. É mais fácil murmurar do que resolver os
problemas. Mas, temos, no exemplo de Paulo e nos demais apóstolos, a
iniciativa para resolverem os problemas com a presença e orientação do Espírito
Santo habitando em nós.
SEXTA-FEIRA
(30 de junho)
LEITURA ADICIONAL DA
LIÇÃO 1 (III trimestre/2017) PAULO: APÓSTOLO DOS GENTIOS –
A igreja cristã, no seu inicio, enfrentou forte oposição por parte
de Saulo; mas, após a sua conversão ele aceitou o chamado para
pregar o evangelho aos gentios e mostrar que a salvação é através da fé unicamente e pela graça de Deus.
Os
judaizantes atraíram os gálatas para a sua causa e Paulo
escreveu-lhes, então, esta carta polémica, em defesa da sua
dignidade apostólica e da ortodoxia da sua doutrina, reconhecida,
sobretudo, pelas colunas da Igreja-mãe de Jerusalém; Paulo expõe
aqui o seu pensamento sobre as relações entre a caducidade de
alguns ritos de Moisés. Para o apóstolo, a lei de Moisés foi
sobretudo um pedagogo, cuja missão era conduzir à Cristo. Ver
Gálatas 3: 24. Se os cristãos continuassem a apoiarem-se na Lei
mosaica, como necessária para a salvação, então a obra de Cristo
teria sido inútil: a salvação não nos viria por Ele, mas pela
Lei. Por isso, o que nos justifica não são as obras da Lei, mas a
fé em Cristo. Amém?
Partindo
deste princípio, Paulo foi ainda mais longe e esforçou-se por
provar aos seus adversários que a lei nunca justificou ninguém,
inclusive a Lei dos 10 Mandamentos. O próprio Abraão não foi
justificado pela observância da Lei, mas pela fé e pela promessa. A
lei não fez mais do que manifestar o pecado, ao indicar um caminho,
sem dar forças para o seguir. Só as boas-novas de Cristo, que é poder
de Deus para todo o que crê, justifica, porque, indicando o caminho,
dá também a força sobrenatural para O seguir. O grupo dos
judaizantes quase desapareceu com a queda de Jerusalém, por volta do
ano 70, e o evangelho correto adquiriu força. Amém?
“Paulo
fora anteriormente reconhecido como zeloso defensor da religião
judaica, e implacável perseguidor dos seguidores de Jesus. Corajoso,
independente, perseverante, seus talentos e preparo tê-lo-iam
capacitado a servir quase em qualquer atividade. Era capaz de
arrazoar com clareza extraordinária, e por seu fulminante sarcasmo
podia colocar o adversário em posição nada invejável. E agora os
judeus viam esse jovem extraordinariamente promissor unido com
aqueles a quem antes perseguira, pregando destemidamente no nome de
Jesus… “Um general que
tomba em combate está perdido para seu exército, mas sua morte não
acrescenta força ao inimigo. Mas quando um homem preeminente se une
às forças opositoras, não apenas se perdem seus serviços como
ganham decidida vantagem aqueles com quem se uniu. Saulo de Tarso, em
caminho para Damasco podia facilmente ter sido fulminado pelo Senhor,
e muita força se teria retirado do poder perseguidor. Mas Deus em
Sua providência não apenas poupou a vida de Saulo mas converteu-o,
transferindo assim um campeão do campo do inimigo para o lado de
Cristo. Orador eloquente e crítico severo, Paulo, com seu decidido
propósito e inquebrantável coragem, possuía as próprias
qualificações necessárias à igreja primitiva.” Atos dos
Apóstolos 124.
Luís
Carlos Fonseca
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