quarta-feira, 21 de junho de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (III trimestre 2017) JUSTIFICAÇÃO SÓ PELA FÉ

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (III trimestre 2017) JUSTIFICAÇÃO SÓ PELA FÉ

VERSO ÁUREO: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2:20

INTRODUÇÃO (sábado 15 de julho) - Em Romanos nos é dito: “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei. Ver romanos 3:20. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.” Rom.3:28. “Pois o que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.” Rom. 4:3, “e justificados, pois, mediante a fé”. Rom. 5:1. “Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça” Ver Rom. 4:5.

Em Tiago é dito:“Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente.” Tiago 2:24), e …assim também a fé sem obras é morta” Tiago 2:26.

Qual é o correto?Somos justificados pela fé ou pelas obras? Será que a Bíblia se contradiz? Uma crença fundamental dos cristãos é a de que somos justificados pela fé. Justificação significa que Deus declara um pecador como sendo justo. Ele faz isso ao dar crédito, ao atribuir a retidão de Jesus ao pecador. Isso é feito pela fé. Isto é, quando o pecador põe sua fé no sacrifício de Jesus e confia nele e não em si mesmo pela retidão, então Deus o justifica: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça”. Ver Romanos 4:3. Mas, e se a Bíblia ensina que somos justificados pela fé, será que ela também ensina que somos justificados pelas obras como Tiago parece querer dizer? Temos uma contradição? A resposta é não.

O contexto explica tudo. É errado pegar um versículo, lê-lo fora de contexto, e tentar desenvolver uma doutrina somente a partir dele. Portanto, vamos dar uma olhada no contexto de Tiago 2:24, onde diz que um homem é justificado pelas obras. O capítulo 2 da carta de Tiago tem 26 versículos: Os de 1-7 nos ensinam a não mostrarmos favoritismo, de 8-13 são comentários sobre a lei, e de 14-26 são sobre a relação entre a fé e as obras. A fé sem obras é morta.

Plenamente consciente do teor do evangelho que pregava, Paulo diligenciou por explicar aos gálatas como operava a justificação salvadora. Os judaizantes haviam explicado aos crentes que não bastava ter fé em Jesus para ser justificado, mas que deveriam submeter-se às antigas ordenanças, praticar as obras da lei de Moisés ou mesmo dos Dez Mandamentos para desfrutarem a salvação.

Muitos crentes confundem o papel de certos aspectos do evangelho: a) o que é e como funciona a justificação? b) qual o papel e o posicionamento das obras justas praticadas pelos santos, elas vêm antes da justificação ou depois? c) como funciona em mim a justiça imputada de Cristo? d) E a justiça comunicada? e) como opera a fé verdadeira? f) como obter essa fé viva?

Um estudo etimológico, origem das palavras, teológico, conteúdo espiritual, e semântico, significado dos textos de Paulo, por certo nos dará maior entendimento da teologia paulina da justiça pela fé. A confissão, o arrependimento e o abandono dos meus pecados, pela fé no sacrifício completo de Cristo, têm papel decisivo nos livros celestiais. Se arrependo-me e entrego-me a Cristo, as provas contra mim são retiradas dos autos; caso contrário, ali permanecerão para dar testemunho contra no dia final.

A salvação é somente pela fé mediante a graça de Deus. Seria justo deixar o pecador morrer para sempre; mas Jesus manifestou-Se para fazer justiça, isto é; salvar a humanidade. Esta salvação foi feita à parte da lei. Foi um ato de amor de Deus. A lei não podia resgatar o pecador de sua situação original. Somente o sangue de Jesus, a graça de Deus, e a fé do crente é que pode salvar o pecador. As nossas boas obras nã tem pode para salvar elas apenas manifestam uma vida transformada em Cristo.

Quando Deus perdoa ao pecador, anula o castigo que ele merece e o trata como se não tivesse pecado, recebe-o no favor divino e o justifica em virtude dos méritos da justiça de Cristo. O pecador só pode ser justificado mediante a fé no sacrifício expiatório feito pelo amado Filho de Deus, que Se tornou um sacrifício pelos pecados do mundo culpado. Ninguém pode ser justificado por quaisquer obras próprias. Só pode ser liberto da culpa do pecado, da condenação da lei, da pena da transgressão, pela virtude do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a justificação, e a fé abrange não só a crença mas também a confiança. Muitos possuem uma fé nominal em Cristo, mas nada sabem da vital confiança nEle, a qual se apropria dos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto. Dessa fé nominal diz Tiago: “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?” Tiago 2:19 e 20 Mensagens Escolhidas vol 1, p. 389

DOMINGO (16 de julho) A QUESTÃO DA JUSTIFICAÇÃO (Gálatas 2:15 e 16) – Justificação é um termo legal usado em tribunais pelo juíz para declarar o réu inocente. O oposto é a condenação. Justificação é usada 39 vezes no Novo Testamento, sendo que 27 estão nas cartas de Paulo. Em Gálatas é usada 8 vezes. O verbo justificar, em português, tem entre seus significados o de restituir a inocência original. Já no idioma grego bíblico, acrescenta que dikaio significa pronunciar alguém justo como se nunca tivesse cometido algum pecado. Interessante não é?

O que Paulo quis dizer com o seguinte verso? “Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios.” Gálatas 2:15. Entendendo o contexto: É bom termos em conta que a carta aos Gálatas foi escrita primariamente na tentativa de resolver o problema em relação a circuncisão e assuntos relacionados com a lei cerimonial. O público alvo de Paulo nesta situação aqui eram os judeus. Na tentativa de conquistar para o seu lado os cristãos judeus, Paulo abordou o tema que normalmente eles concordariam; a distinção entre judeus e gentios.

Na mente dos judeus-cristãos, eles continuavam a ser os eleitos de Deus, e Deus lhes tinha confiado a lei. Eles tinham um carinho muito grande pela lei. Na mentalidade deles, os gentios eram pecadores. Os gentios estavam fora do concerto da promessa, mas a seguir Paulo adverte os judeus-cristãos que, com a Nova Aliança os gentios não eram menos do que os judeus. E Paulo esclarece que o perdão ou justificação é unicamente pela fé. Ele usa nos versos a seguir, quatro vezes a palavra justificação:

Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma.” Gálatas 2:16-17

Quem lê sem pensar muito no primeiro verso do estudo de hoje, pode pensar em Paulo como um xenófobo, que tem repulsa por estrangeiros, um judeu arrogante e preconceituoso, um etnocentrista, alguém que considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais, ou um chauvinista, patriota extremista. Porém, o apóstolo está mencionando as palavras que disse a Pedro quando o repreendeu publicamente por sua dissimulação. Em palavras simples Paulo disse: “Nós que somos judeus por natureza e conhecemos a lei de Deus, não somos como as nações que não têm noção de quem é nosso Deus, sabemos que o homem não é justificado pelas obras da lei, seja moral ou cerimonial, mas por intermédio da fé em Cristo Jesus.
Ninguém, seja ele judeu ou gentio, será considerado justo pelas obras da Lei...”

As duas fases da justificação: imputação e santificação ocorrem concomitantemente. Somos justificados pela fé cada dia e santificados pela fé diariamente.

“Perdão e justificação são uma só e a mesma coisa. Pela fé, o crente passa da posição de rebelde, de filho do pecado e de Satanás, para a posição de súdito leal de Cristo Jesus, não por causa de alguma bondade inerente, mas porque Cristo o recebe como Seu filho, por adoção. O pecador obtém o perdão de seus pecados, porque esses pecados são carregados por seu Substituto e Penhor. O Senhor fala a Seu Pai celestial, dizendo: ‘Este é Meu filho. Eu o absolvo da condenação da morte, dando-lhe minha apólice de seguro de vida, a vida eterna, porque tomei o seu lugar e sofri por seus pecados. Ele é mesmo Meu filho amado. Assim o homem, perdoado e revestido das belas vestes da justiça de Cristo, se encontra irrepreensível diante de Deus.”

“O pecador pode errar, mas ele não é rejeitado sem misericórdia. Sua única esperança, porém, é arrependimento para com Deus e fé no Senhor Jesus Cristo. A prerrogativa do Pai é perdoar nossas transgressões e pecados, porque Cristo tomou sobre Si a nossa culpa e nos absolveu, imputando-nos Sua própria justiça. Seu sacrifício satisfaz plenamente as reivindicações da justiça.”

“Justificação é o contrário de condenação. A infinita misericórdia de Deus é manifestada para os que são completamente indignos. Ele perdoa as transgressões e os pecados por amor de Jesus, o qual Se tornou a propiciação pelos nossos pecados. Pela fé em Cristo, o transgressor culpado é conduzido ao favor de Deus e à forte esperança da vida eterna.” Fé e Obras, 103, 104.

SEGUNDA-FEIRA (17 de julho) OBRAS DA LEIO que Paulo quis dizer com a expressão: “Ninguém é justificado pelas obras da lei, conforme Gálatas 2:16? Ele quis dizer exatamente aquilo que lemos. Ninguém é considerado inocente perante Deus ao praticar as obras da lei.

A que lei Paulo referiu-se em Gálatas? A palavra Nomos, no original grego, para designar lei é ampla, e encontra-se 121 vezes nos escritos de Paulo. Lei pode ser a vontade geral de Deus para com o Seu povo, pode ser o Pentateuco, que são os 5 livros de Moisés, pode ser todo o Velho Testamento, podem ser os 10 mandamentos; e, também pode referir-se aos ritos que eram praticados pelo conjunto das leis cerimoniais do Antigo Testamento.

Muito provavelmente Paulo referiu-se à circuncisão e outros ritos relacionados com as leis cerimonias do V.T. que alguns judeus ainda insistiam em praticar. Mas, não importa a que lei Paulo referia-se, o certo é que ele está corretíssimo em dizer que ninguém é justificado pelas obras da lei. Qualquer esforço de ser salvo, ou para receber méritos pela lei, é tudo em vão! A salvação é única e exclusivamente pela fé. Amém?

As boas obras são apenas o reflexo de que o filho de Deus entendeu a questão da salvação e aceitou os méritos do sangue de Cristo na sua vida. Jesus disse: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.” Mateus 7:16-19

As obras da lei de acordo com Paulo são excelentes em si mesmas, não, porém, à parte de Cristo. “Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens.” Tito 3:8. As obras da Lei sem a fé não justificam ninguém. Pelo contrário, condenam como ações hipócritas porque não possuem a essência de justiça que é implantada no homem interior pelo poder divino.

Algo que necessitamos entender a respeito das obras da lei é que elas, para serem aceitas pelo céu, precisam decorrer de Cristo. Cristo nos imputa Seu caráter justo, perdoando nossos pecados e purificando-nos da propensão à iniquidade. Possuídos por Cristo, as obras que praticamos são feitas mediante poder de Deus agindo em nós e nunca pelo que venhamos realizar.
Por que Paulo praticou tantas boas obras que glorificaram a Deus? Porque não era ele quem mais vivia, mas Cristo. Na verdade podemos ser caridosos, missionários, bons vizinhos, bons membros de igreja, bons leitores das Escrituras, usar nossos talentos para o avanço da obra de Deus, dar muitos estudos bíblicos, fazer conferências, tornar-nos reformadores da saúde, devolver os dízimos e ofertas mas, se não possuirmos a fé que opera por amor, seremos como o bronze que soa e o címbalo que retine.

Espírito de Profecia: “Quem procura alcançar o Céu por suas próprias obras, guardando a lei, tenta uma impossibilidade. Não pode o homem salvar-se sem a obediência, mas suas obras não devem provir de si mesmo; Cristo deve operar nele o querer e o efetuar, segundo Sua boa vontade. Se o homem pudesse salvar-se por suas obras, teria ele algo em si mesmo, pelo qual se alegrar. O esforço que o homem faz em suas próprias forças para obter a salvação, é representado pela oferta de Caim. Tudo que o homem pode fazer sem Cristo é poluído pelo egoísmo e pecado; mas aquilo que é operado pela fé é aceitável a Deus. Quando procuramos alcançar o Céu pelos méritos de Cristo, a alma faz progresso. Olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé, podemos prosseguir de força em força, de vitória em vitória; pois por meio de Cristo a graça de Deus operou nossa salvação completa.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, 363 e 364.

A fé e as obras andam de mãos dadas; elas atuam harmoniosamente na obra de vencer. As obras sem fé são mortas, e a fé sem obras é inoperante. As obras nunca nos salvarão; é o mérito de Cristo que será eficaz em nosso favor. Mediante a fé nEle, Cristo tornará todos os nossos esforços imperfeitos aceitáveis a Deus. A fé que precisamos ter não é uma fé indolente; a fé que salva é aquela que opera pelo amor e purifica o ser. Quem quer levantar a Deus mãos santas, sem ira e sem rancor, andará inteligentemente no caminho dos mandamentos de Deus...Fé e Obras, 48.

TERÇA-FEIRA (18 de julho) O FUNDAMENTO DA NOSSA JUSTIFICAÇÃO - Onde está a base da nossa salvação? Está no Senhor Jesus. Veja este texto: “E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé.” Filipenses 3:9. Os seguintes textos mostram-nos, respectivamente, que somos salvos pela fé; pelo sangue e pela graça de Jesus Cristo: Romanos 5:1; 5:9 e Efésios 2:8

Com certeza, os judeus-cristãos acreditavam que Jesus podia salvá-los, mas achavam que eles necessitavam realizar ou operar parte da própria salvação pelas obras que podiam realizar. Paulo teve o trabalho de mostrar para os judeus convertidos à Jesus que apenas a fé já era suficiente para a salvação.

Hoje alguns Adventistas do 7º Dia, e quero crer que são poucos, por termos a prerrogativa de obedecer os 10 mandamentos da lei de Deus, incluindo o sábado; alguns instintivamente passam a falsa ideia de que a salvação é através da guarda dos mandamentos.

É certo que o crente salvo deseja ardentemente guardar a Palavra de Deus em todos os seus detalhes; mas a forma como alguns pregam, deixam a ideia de legalismo. É comum ao conversarmos com pessoas de outras confissões religiosas ouvirmos delas: “Vocês pregam que o sábado e a lei salvam”. Não! Os Adventistas ensinam que a salvação é pela fé e pela graça, e isso tem que ficar bem claro! Foi a obediência perfeita de Cristo e Sua fidelidade à Deus e por nós, que possibilita a nossa salvação. As nossas obras são imperfeitas e maculadas pela nódoa do pecado inerente em nós pela nossa natureza pecaminosa.

Somos pecadores por natureza. O amor infinito de Jesus, contemplando nossa absoluta miséria, levou-O a revestir-Se da humanidade e viver uma existência imaculada. Segundo os requisitos da justiça divina, Cristo tem o direito universal de nos atribuir os valores e merecimentos de Sua vida santa.

Os méritos da morte vicária de Cristo ficaram disponíveis a partir da cruz e da ressurreição. Assim como o pecado entrou no mundo através de Adão, ele sai do mundo por intermédio de Cristo. Porém, esses atributos que Jesus põe à disposição de todo filho e filha de Adão pedem pré-requisitos: 1) fé, crer que Jesus pode perdoar todos os pecados e que realmente assim o faz. 2) confissão, a confissão é um ato humano de reconhecimento da ofensa feita a Deus ou pecado; contudo, ninguém confessa nada se não for persuadido pelo Espírito Santo. O arrependimento também é um dom de Deus.

Espírito de Profecia: "Conquanto tenhamos de estar em harmonia com a lei de Deus, não somos salvos pelas obras da lei; contudo, não podemos ser salvos sem obediência. A lei é a norma pela qual é avaliada o caráter. Mas não podemos absolutamente guardar os mandamentos de Deus sem a graça regeneradora de Cristo. Só Jesus pode purificar-nos de todo pecado. Ele não nos salva pela lei, nem nos salvará na desobediência à lei.” Fé e Obras, 96

A confissão verdadeira tem sempre caráter específico e faz distinção de pecados. Estes podem ser de natureza que devam ser apresentados a Deus unicamente; podem ser faltas que devam ser confessadas a pessoas que por elas foram ofendidas; ou podem ser de caráter público, devendo então ser confessados com a mesma publicidade. Toda confissão, porém, deve ser definida e sem rodeios, reconhecendo justamente os pecados dos quais sois culpados.” Caminho a Cristo, 38

A função do Espírito Santo é distintamente especificada nas palavras de Cristo: "E, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo." Jo 16:8. É o Espírito Santo que convence do pecado. Se o pecador atende à vivificadora influência do Espírito, será levado ao arrependimento e despertado para a importância de obedecer aos reclamos divinos.” Atos dos Apóstolos, 52.

Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (Rm 8:3, 4) A justiça da Lei só se cumpre verdadeiramente naquele que, purificado pelo sangue de Cristo, não anda segundo a carne ou o velho homem, mas segundo o Espírito ou novo homem.” Desejado de Todas as Nações, 122.

Para satisfazer os reclamos da lei, nossa fé tem de apoderar-se da justiça de Cristo, aceitando-a como nossa justiça. Mediante a união com Cristo, mediante a aceitação de Sua justiça pela fé, podemos ser habilitados para fazer as obras de Deus e ser cooperadores de Cristo. Se estais dispostos a flutuar ao sabor da corrente do mal, e não cooperardes com os seres celestes em restringir a transgressão em vossa família, e na igreja, a fim de que seja introduzida a justiça eterna, não tendes fé.” E Recebereis Poder, 62.

QUARTA-FEIRA (19 de julho) A OBEDIÊNCIA DA FÉ – É interessante que Deus sempre mantém unidas; a fé, a obediência e as boas obras. Paulo pregou que a salvação é pela fé, mas que mostrou em sua vida uma obediência incondicional. O exemplo mais claro que temos é o de Abraão. Ele exerceu uma fé tão grande em Deus que ia oferecer Izaque ao Senhor em holocausto.

Abraão acreditou tanto em Deus e agiu de conformidade com a Palavra do Senhor Deus. Mas, o próprio Paulo explicou que não foi por meio da obediência, ou pela guarda da lei que somos perdoados e considerados justos; mas sim por causa da fé. Reveja o seguinte texto: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Gálatas 2:16.

A obediência é uma questão muito séria. Os apóstolos sempre foram destemidos em obedecer o evangelho de Cristo. Paulo disse assim: “Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.” Gálatas 1:10. Veja o exemplo de Pedro: “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” Atos 5:29. 

Paulo mesmo disse que a salvação final será dada aos que obedecem: “Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.” II Tessalonicenses 1:8.

Quando um crente vive longe de Deus e a desobedecer a Palavra do Senhor, é prova de que a sua fé está fraca?

Muitos ensinam que a fé é uma crença intelectual e apenas passiva no sacrifício de Jesus. Eles dizem que basta você acreditar no que a Bíblia diz sobre a vida e a paixão de Cristo, crer que Ele morreu por você e por seus pecados, e isso é suficiente para torná-lo um remido. Cuidado com esse pensamento! Primeiro vem a fé através da revelação da Bíblia

Pela fé o crente recebe o Espírito Santo que o santifica e põe em harmonia com os preceitos da Lei de Deus, mediante o perdão suprido pelo sangue de Cristo. Além disso, o Espírito santo capacita o cristão, dando-lhe estímulos para a obediência aos reclamos bíblicos. Cabe ao homem apenas escolher se obedece ou não. Hoje tem muita gente dizendo que aceita Cristo sem ter uma vida transformada e vivendo na transgressao dos 10 mandamentos da lei de Deus.

A obediência de fé é ativada pelo amor constrangedor de Cristo, ver II Cor. 5:14. O verbo constranger utilizado por Paulo, no original grego, é sunecho que tem também o sentido de impelir, encorajar. Quem não ama a Cristo, não obedece. Por outro lado, o que O estima muito está sempre disposto a trabalhar por Ele, sofrer por Ele e até, sendo necessário até morrer por Ele.

Espírito de Profecia: “A santificação é obtida unicamente em obediência à vontade de Deus. Muitos que estão deliberadamente espezinhando a lei de Jeová dizem ser possuidores de santidade de coração e santificação de vida. Mas não têm um conhecimento salvador de Deus ou de Sua lei. Encontram-se nas fileiras do grande rebelde. Ele está em guerra com a lei de Deus, a qual é o fundamento do governo divino no Céu e na Terra. Esses homens estão fazendo a mesma obra que seu mestre efetuou ao buscar tornar sem efeito a santa lei de Deus. Nenhum transgressor dos mandamentos pode ter permissão para entrar no Céu; pois aquele que era outrora um puro e exaltado querubim cobridor foi expulso de lá por rebelar-se contra o governo de Deus. “ Fé e obras, 29

Há o perigo de considerar que a justificação pela fé concede algum mérito à fé. Quando aceitamos a justiça de Cristo como um dom gratuito somos justificados gratuitamente por meio da redenção de Cristo. Que é fé? "O firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem." Hb 11:1. É uma aprovação do entendimento às palavras de Deus que leva o coração a uma voluntária consagração e serviço a Deus, o qual deu o entendimento, o qual sensibilizou o coração, o qual primeiro levou a mente a contemplar a Cristo na cruz do Calvário. Fé é entregar a Deus as faculdades intelectuais, submeter-Lhe a mente e a vontade e fazer de Cristo a única porta de entrada no reino dos Céus.” Fé o Obras, 25.

"Quando ele vê em Cristo a encarnação de infinito e abnegado amor e benevolência, há um despertamento de grata disposição do pecador em seguir a Cristo aonde Ele for." Manuscrito 87, 1900.

Concluímos que a fé leva ao conhecimento de Jesus, o conhecimento ao amor e o amor à obediência irrestrita. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Liberdade para servir de toda alma ao Deus Redentor e às almas por quem Ele deu Sua vida. Fé é muito mais do que uma simples concordância espiritual com a verdade revelada. Ela é o conhecimento íntimo de Alguém maravilhoso; o Único que pode satisfazer as mais profundas aspirações e somos levados a obediência.

QUINTA-FEIRA (20 de julho) A FÉ PROMOVE O PECADO? O próprio Paulo explica esta questão: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” Romanos 6:1-2.

O pecado é a transgressão da lei; é fugir dos planos de Deus para a nossa vida. O termo grego para pecado é amarthia, que significa: "errar o alvo". A fé portanto não favorece a transgressão da lei dos 10 mandamentos. Veja mais este texto de Paulo. “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” Romanos 3:31

Em Gálatas Paulo usa termos para mostrar que a fé genuína em Cristo estimula a obediência: “Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor. Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.” Gálatas 2:17-21

A obediência não é o meio pelo qual nós somos justificados diante de Deus. o nosso registro de bondade nunca consegue equiparar-se ao de Cristo. Cristo viveu em perfeita obediência e, possibilitou a nossa salvação. Ao apropriarmos dos méritos de Cristo pela fé somos salvos, e uma vez salvos e em comunhão com Ele, iremos produzir frutos para a obediência.

Quando a pessoa experimenta a salvação em Cristo, fica tão feliz que decide permanecer ligada à Cristo, e automaticamente a sua vida será de bons frutos, e viverá longe dos pecados que antes praticava.

A Bíblia está cheia de relatos dos principais servos de Deus batalhando para vencer o pecado. Em quase todos os casos eles tiveram que aprender em meio de muitas dificuldades e em algumas ocasiões por intermédio de dolorosas lições. Quando examinamos coletivamente a vida de Moisés, Davi, Samuel, Pedro e outros tantos, vemos que lutaram com todos os tipos de problemas conhecidos pelos homens.

Eles batalharam contra o pecado, enfermidade, debilidades, faltas, tentações e atrações da carne. Davi lutou contra pecados e más atitudes, e os venceu. Com o poder de Deus. Moisés carecia de fé e confiança e tinha um temperamento forte, que teve que vencer. Também Jó e Elias lutaram contra o desalento e a depressão, até a ponto de quererem morrer. Porém esses homens perduraram e venceram.

Eles eliminaram seus problemas, ao invés que estes os eliminassem. Estes homens estavam ativamente treinados por Deus e tiveram que vencer Satanás, as tentações deste mundo e as atrações da carne. Um cristão é aquele que vence os seus problemas, debilidades, pecados e más atitudes, ao invés de ser derrotado por eles. Lembrando que a comunhão diária e constante com Cristo é que possibilita recebermos a graça salvadora de Deus, e conseguimos isso pela fé.

A pergunta acima é filosófica e retórica. A fé promove o pecado? Ela nos provoca e impele a buscarmos uma resposta bíblica. “Ao procurarmos ser aceitos por Deus por estarmos unidos com Cristo, fica claro que somos “pecadores” como os não-judeus. Mas será que isso quer dizer que Cristo trabalha em favor do pecado? Claro que não! Como lemos em Gálatas 2:17.

A fé nos méritos salvadores de Cristo, que é despertada pelo Espírito Santo, atrai a graça perdoadora de Deus. A graça de Deus nos é dada para vencermos o pecado, que é a transgressão da lei. A fé nunca autoriza a prática do pecado. De forma oposta, ela o censura e condena veementemente por sua própria existência. Em outros termos, a fé existe porque o pecado existe.

Se os que receberam uma vez a justiça de Cristo cometem pecado voluntário depois, é porque não deram ouvidos à Palavra transformadora para se santificarem. Cristo não é culpado pela atitude arbitrária do pecador em voltar aos caminhos do mal. Portanto, devemos permanecer em Cristo. Se um crente abandona seus pecados por meio de Cristo para retomá-los depois, anulou a expiação feita em seu favor e volta a ser como o gentio pagão. Precisa arrepender-se mais uma vez e voltar ao seio de Cristo e da igreja.

SEXTA-FEIRA ( 21 de julho) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 4 (III trimestre 2017) JUSTIFICAÇÃO SÓ PELA FÉ – A fé torna possível ao homem vir perante Deus e aceitar a salvação que é pela graça e morte de Cristo. Quando o pecador aceita Jesus, arrepende-se dos seus pecados e os confessa ele é aceito diante de Deus como se nunca tivesse cometido algum pecado. Amém? Logo nasce nele o desejo de obedecer a Palavra de Deus de forma incondicional e também o desejo de anunciar o evangelho que conheceu aos outros.

Reiteradas vezes me tem sido apresentado o perigo de nutrir, como um povo, falsas idéias da justificação pela fé. Durante anos tem-me sido mostrado que Satanás trabalharia de maneira especial para confundir a mente quanto a esse ponto. Tem-se alongado sobre a lei de Deus e ela tem sido apresentada às congregações quase de modo tão destituído do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relação para com a lei como a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da fé devido às idéias embaralhadas e confusas acerca da salvação, e porque os pastores têm trabalhado de maneira errônea para alcançar os corações. O ponto que durante anos tem sido recomendado com insistência à minha mente é a justiça imputada de Cristo. Tenho estranhado que este assunto não se tenha tornado o tema de sermões em nossas igrejas em todas as partes do país, sendo que tão constantemente é realçado perante mim e eu o tenho tornado o assunto de quase todo sermão e palestra que hei proferido para o povo…

Não há um ponto que necessite ser realçado com mais diligência, repetido com mais freqüência ou estabelecido com mais firmeza na mente de todos, do que a impossibilidade de o homem caído merecer alguma coisa por suas próprias e melhores boas obras. A salvação é unicamente pela fé em Jesus Cristo.” Fé e Obras, 18 e 19.

A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas é ele incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé pode ele apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a pessoa arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. Assim é que a fé é imputada como justiça; e a pessoa perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior.” Fé e Obras, 101

Luís Carlos Fonseca

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