terça-feira, 13 de junho de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2 (3º trimestre/2017) A AUTORIDADE E O EVANGELHO DE PAULO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2 (3º trimestre/2017) A AUTORIDADE E O EVANGELHO DE PAULO

VERSO ÁUREO: “Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.” Gálatas 1:10

INTRODUÇÃO (sábado 1º de julho) – A lição desta semana tem como objetivos; compreender a maneira como o apóstolo Paulo definia e aceitava a autenticidade do seu chamado para o evangelho e apostolado, realçar a paixão que este servo de Deus sentia em defender a Palavra de Deus em meio a alguns erros e sermos levados a permanecer firmes nas verdades da Bíblia. Paulo aceitava a Bíblia como autoridade vinda de Deus.

Desde que Paulo se converteu ao cristianismo, ele teve bem vincada a sua preferência em obedecer a Palavra de Deus acima de qualquer vontade humana. Basta olharmos para o verso áureo desta semana, e veremos esta intenção. Os oponentes de Paulo o atacavam procurando atingir as suas qualidades pessoais e a solidez do seu chamado e dos seus ensinos. O papel do inimigo é sempre o de destruir a confiança naquilo que procuramos desenvolver para Deus. Ele deseja impedir qualquer iniciativa para o bem. Os opositores judaizantes falavam em favor da tradição para baralhar as verdades que estavam sendo introduzidas pelo Espírito Santo através de Paulo. Tanto judeus como romanos e gregos concordavam entre si em manter as suas tradições. Há boas tradições que podem e devem ser seguidas. Por exemplo, Paulo manteve a tradição dos judeus em guardar o sábado. Esta é uma tradição aprovada por Deus na Lei dos Dez Mandamentos.

Paulo que recebeu uma educação dos judeus, cheia de tradições e regras, e depois recebeu a luz do Evangelho na estrada para Damasco, agora tinha que defender Jesus Cristo “e este crucificado”. Paulo estava entre a cruz e o punhal. Ele optou por Jesus. Para Paulo tornar-se no apóstolo de renome que foi, ele teve que jogar fora muitas tradições que havia recebido dos seus pais e religião. E, como apóstolo, ele foi dirigido por Deus para separar os ritos do Velho Testamento, como a circuncisão e outras obras cerimoniais, e introduzir a verdadeira compreensão da salvação pela fé e graça.

Paulo começa a sua carta, às igrejas da Galácia ,abordando a questão de autoridade. Sua própria autoridade como apóstolo veio diretamente de Jesus, ver Gálatas 1:1. A autoridade de Jesus era a autoridade de Deus, que foi provada na ressurreição. Veja também Mateus 28:18 e Atos 17:30-31. O evangelho que Paulo pregou falou sobre a graça de Cristo, que entregou-Se pelos nossos pecados “para nos desarraigar deste mundo perverso” Gál. 1:4. Esta carta foi escrita a pessoas que já tinham recebido o evangelho verdadeiro. Ver Gál 1:9, mas que estavam sendo desvirtuadas por falsos mestres.

Temos apoiado a nossa fé em tradições ou nas crenças bíblicas?

Enquanto Paulo pregava a Cristo em Damasco, todos os que o ouviam ficavam admirados, e diziam: “Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?” Atos 9:21. Paulo declarava que sua mudança de fé não tinha sido gerada por impulso ou fanatismo, mas fora resultado de irresistível evidência. Em sua apresentação do evangelho, ele procurava tornar claras as profecias relativas à primeira vinda de Cristo. Mostrava irrefutavelmente que essas profecias se tinham cumprido literalmente em Jesus de Nazaré. O fundamento de sua fé era a segura palavra da profecia.” Atos dos apóstolos, 69

DOMINGO (2 de julho) PAULO, O AUTOR DA CARTA – Veja como os textos seguintes mostram a autenticidade de Paulo como apóstolo, através dos seus escritos, no início do cristianismo:

E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” II Pedro 3:15-16

E Gálatas 1:1 claramente identifica o apóstolo Paulo como o seu autor: “Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos) Gálatas 1:1

Os estudiosos do Cânon Bíblico são quase unânimes em afirmar que os primeiros cristãos não tinham nenhuma outra Escritura além do Velho Testamento. E, nós sabemos que o Novo Testamento só ganhou forma a partir do 2º século. Mas é curioso que Pedro já mencionou a carta de Paulo como sendo Escritura. Alguns críticos dizem que Pedro não foi inspirado, pois como ele saberia que os escritos de Paulo seriam considerados inspirados? A própria igreja cristã reconheceu que Paulo não era apenas alguém carismático e trabalhador em favor da igreja, mas já reconheciam o chamado para a apostolado. Os próprios apóstolos escreviam e pregavam como tendo esta autoridade vinda de Deus. Eles eram movidos pelo Espírito Santo de Deus. Amém?

Quem eram os Gálatas e em que data a carta foi escrita? No tempo do Novo Testamento a Galácia era uma província romana da Ásia Menor, que abrangia os seguintes territórios: a Galácia propriamente dita, a Frígia, a Pisídia e a Licaónia. A Galácia, em Atos 16:6, 18 e 23, distingue-se da Frígia. As igrejas da Galácia devem ter sido fundadas por ocasião da 1.ª viagem missionária de Paulo. Ver Atos 13:1-14,26. O Apóstolo aos gentios escreveu a carta aos Gálatas entre 55 e 57, a partir de Éfeso ou de Corinto, depois de I Tessalonissenses e antes de Romanos, Filemon e Filipenses.

É pena que hoje não é muito diferente do que foi nos dias de Paulo! Hoje temos provas contundentes da inspiração Bíblica. São os manuscritos encontrado próximo do Mar morto; são as descobertas arqueológicas, são os milagres de vidas transformadas que presenciamos, e mesmo assim há muita gente que não aceita a inspiração Bíblica. Além dos ateus, dos agnósticos e outros, existe a educação, a nível mundial, que enaltece a evolução contrária à autoridade Bíblica da Criação! E muita gente segue esta falsa linha da ciência.

Paulo escreveu a carta aos Gálatas em um espírito de inspirada agitação. Para Paulo, a questão não era se uma pessoa tinha sido circuncidada, mas se havia se tornado "uma nova criação" Gálatas 6:15. Se Paulo não tivesse sido bem sucedido em seus argumentos a favor da justificação pela fé, o cristianismo teria se tornado em uma seita dentro do judaísmo, ao invés de ser uma forma universal de salvação. Damos graças a Deus por Paulo que foi inspirado por Deus!

Enquanto permanecia em Corinto, Paulo teve motivos para sérias apreensões com respeito a algumas igrejas já estabelecidas. Através da influência de falsos ensinadores que se tinham levantado entre os crentes em Jerusalém, a divisão, heresia e sensualismo estavam rapidamente ganhando terreno entre os crentes na Galácia. Esses falsos ensinadores estavam misturando tradições judaicas com as verdades do evangelho. Desconsiderando a decisão do concílio geral de Jerusalém, impuseram aos crentes gentios a observância da lei cerimonial. A situação era crítica. Os males que haviam sido introduzidos ameaçavam destruir rapidamente as igrejas da Galácia. Paulo tinha o coração cortado e sua mente estava contristada por essa franca apostasia da parte daqueles a quem ensinara fielmente os princípios do evangelho. Imediatamente, ele escreveu aos enganados crentes, expondo as falsas teorias que tinham aceitado, e com grande severidade repreendeu a todos os que se estavam apartando da fé. Após saudar os gálatas com as palavras “graça e paz da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo”, dirigiu-lhes estas palavras de penetrante reprovação.” Atos dos Apóstolos, 213

SEGUNDA-FEIRA (3 de julho) O CHAMADO DE PAULO – Deus realiza três tipos de chamados aos Seus filhos:

a) O primeiro chamado é para que todos sejam salvos. Deus diz: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.” Efésios 1:4-5. Todos são predestinados para a salvação. Ver João 3:16.

b) O segundo chamado é para os oficiais de igreja; como anciãos, diretores de departamentos, diáconos e diaconisas, etc... Ver I Timóeo 3:1-13 e Atos 6: 1-7.

c) O terceiro chamado é para o ministério. São os pastores, os promotores ou obreiros bíblicos e missionários assalariados ou não; para a dinamização do trabalho. O apóstolo Paulo fez parte desta tipo de chamado, vemos isso de forma muito clara em I Timóteo 1:12: “E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério.”I Timóteo 1:12

Paulo mesmo fez questão de se apresentar como enviado por Deus. Isso porque a descrença naqueles dias era muito grande, mesmo porque o cristianismo estava no seu início. Veja o que Paulo escreveu a seu próprio respeito: “Paulo, apóstolo, não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos, E todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia.” Gálatas 1:1-2.

A palavra apóstolo significa: “Um mensageiro” ou “aquele que é enviado”. Os apóstolos foram aqueles que seguiram Jesus de perto, e outros a quem Jesus apareceu depois da Sua ressurreição e deu autoridade para pregarem em Seu nome, como foi o caso de Paulo. Nos dias de Paulo haviam perturbadores que diziam para as pessoas não acreditarem em Cristo como Deus. É curioso que as pessoas hoje podem questionar se você e eu somos, de fato, seguidores de Jesus ou se estamos seguindo o líder correto.

O que irá garantir perante os outros que seguimos Jesus de verdade?

Saulo de Tarso, em caminho para Damasco, podia facilmente ter sido fulminado pelo Senhor, e muita força se teria retirado do poder perseguidor. Mas Deus em Sua providência não apenas poupou a vida de Saulo, mas converteu-o, transferindo assim um campeão do campo do inimigo para o lado de Cristo. Orador eloquente e crítico severo, Paulo, com seu decidido propósito e inquebrantável coragem, possuía as próprias qualificações necessárias à igreja primitiva.” Atos dos Apóstolos, 124 .

Paulo alterou o seu nome de Saulo para Paulo com um propósito. Foi Deus que mudou o nome de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara. Mas a mudança de Saulo para Paulo não foi Deus que fez, foi Paulo mesmo. Paulo é o seu nome romano, e foi bem interessante usar para alcançar as pessoas estrangeiras daquele tempo, quando o império que dominava era o romano. Paulo era cidadão romano de nascença, por parte de seu pai. Como Paulo, ele conseguiria maiores resultados junto aos gentios.

TERÇA-FEIRA (4 de julho) O EVANGELHO DE PAULO – Paulo, além de definir o seu chamado, definiu também a mensagem que devia transmitir. Ele disse assim:“Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo. O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai, ao qual seja dada glória para todo o sempre. Amém.” Gálatas 1:3-5. Ver Efésios 1:2; Filip. 1:2 e Col. 1:2

Graça” era uma saudação comum entre os gregos,e “paz” era comum entre os judeus; então Paulo geralmente iniciava as suas cartas desta forma; para agradar as várias culturas existentes no cristianismo emergente. Ele também foi um grande psicólogo e sociólogo.

A mensagem de Paulo vinha diretamente de Jesus, não era dele. A mensagem era de salvação através de Cristo. Contrário do que alguns judeus esperavam, Paulo veio enaltecer o amor de Jesus através da sua morte e ressurreição. Ele deixou a lei de lado na introdução da sua carta aos Gálatas. Paulo sempre soube dar prioridade à salvação pela fé e graça e a lei sempre ficava como algo importante para ser obedecida como resultado da salvação já obtida.

Hoje em dia as religiões não cristãs criam as suas próprias normas e tradições, e os seus líderes ensinam as pessoas a praticarem as coisas relacionadas às suas crenças e filosofias. Mesmo dentro do cristianismo há uma mistura de doutrinas, que fica difícil para as pessoas sinceras seguirem a religião certa. Hoje há muitas pessoas que são criadas dentro da sua religião cristã com todas as suas tradições; e quando são deparadas com as verdades Bíblicas, a maioria não deseja mudar de religião mesmo sabendo que se continuarem naquele caminho, estarão a desobedecer a Palavra do Senhor Deus. Isso é muito triste!

Paulo serve de duplo exemplo para os crentes de hoje: a) Quando se converteu e, b) Ao pregar o evangelho puro de Deus. Todos temos a responsabilidade de colocar Jesus como o Senhor da nossa vida. O Senhor pede e o servo obedece. Hoje há muitas pessoas em suas igrejas dando ordens à Deus, quando dizem: “Eu ordeno que saia o demônio...” “Eu ordeno que seja curado...” "Eu determino" “Se vender a casa e der o dinheiro para a igreja, Deus irá libertar...”. Etc... Alguns se colocam no lugar de Deus e dão ordens para Deus. Incrível não é?

Quando enviou os doze, disse: “E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus." Mateus 10:7. Não tinham que resolver as questões temporais do povo. Sua obra era persuadir os homens para que se reconciliassem com Deus. Nesta obra consistia seu poder para abençoar a humanidade. O único remédio para os pecados e sofrimentos dos homens é Cristo. Unicamente o evangelho de Sua graça pode curar os males que amaldiçoam a sociedade. ... Ele, unicamente, substitui o cobiçoso coração do pecado pelo novo coração de amor.” Parábolas de Jesus, 252-254

A mensagem principal de de Paulo era a do Cristo crucificado que salva por Sua graça: “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” I Cor. 2:1 e 2

Que tipo de evangelho ouvimos e pregamos, da graça que transforma ou da tradições secas que matam?

Os judeus tinham a Palavra contida no Antigo Testamento; misturaram-na, porém, de tal maneira com as opiniões humanas que suas verdades foram mistificadas, e encoberta a vontade de Deus para com o homem. Os ensinadores religiosos do povo estão seguindo seu exemplo neste século. Conquanto tivessem as Escrituras que testificavam de Cristo, os judeus não foram capazes de discernir Cristo nas Escrituras; e, embora tenhamos o Antigo e o Novo Testamentos, os homens torcem as Escrituras para escapar de suas verdades; e, em suas interpretações das Escrituras, eles ensinam — como o faziam os fariseus — os preceitos e as tradições dos homens em lugar dos mandamentos de Deus.” Meditação Matinal; Jesus, meu Modelo, 125  

QUARTA-FEIRA (5 de julho) NÃO HÁ OUTRO EVANGELHO – Como já analisamos ontem, Paulo teve que enfrentar o problema da não aceitação do novo evangelho que restaura e salva, o evangelho de Jesus Cristo.

Veja o texto: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” Gálatas 1:6-9

Que tipo de problemas a igreja de Gálatas enfrentava para Paulo ter que falar desta maneira? Paulo não faz rodeios e de forma clara, mostra que alguns atraiçoaram o verdadeiro evangelho seguindo uma tradição cheia de formas e que já não tinha valor. Alguns insistiam em praticar a circuncisão e outros ritos da lei cerimonial, sendo que Paulo ensinava que depois de Jesus a salvação era pela fé, e que as pessoas já não dependiam daquelas formas como método de salvação. Ver Atos 5:1-5.

Paulo ficou tão perturbado com este comportamento que desejou que aqueles que insistissem em praticar aqueles ritos, caíssem sob a maldição de Deus: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” Gálatas 1:8-9.

Hoje vemos várias pessoas aceitando o evangelho de Cristo de forma relativa e não absoluta. A tendência de muitos é acomodar o evangelho de Cristo de acordo com as regras já pré-estabelecidas por suas religiões ou de acordo com as suas conveniências pessoais. Outras pessoas enaltecem os milagres e a experiência emocional acima das doutrinas de Deus e da razão. Quando não há o devido equilíbrio entre a razão e a emoção, a religião fica coxa.

Onde o crente encontra poder para viver a experiência da salvação na graça de Deus e para obedecer os Seus mandamentos?

Os falsos mestres pregavam doutrinas de homens que desvirtuavam as doutrinas ensinadas na palavra de Deus. Para além de alguns ensinarem a sensualidade relacionada ao cristianismo os judaizantes ensinavam que a salvação era obtida através das obras de ritos e cerimonias. Paulo teve que mostrar o verdadeiro evangelho que consiste na salvação pela graça de Deus e fé do crente e que concede poder para restaurar a vida do crente.

QUINTA-FEIRA (6 de julho) A ORIGEM DO EVANGELHO DE PAULO – Parece que o tema de hoje é uma repetição da lição de terça. Embora o tema esteja relacionado, a ênfase é diferente. Na época de Paulo ainda existia testemunhas vivas, e que tinham andado com Jesus, e isso dava autoridade para Paulo dizer da maneira como dizia. Uma dose significativa de confiança e autoridade estava associada a estes homens que eram testemunhas vivas.

Qual foi a reação de Paulo quando foi confrontado com os críticos judaizantes de que ele não tinha conhecido Jesus? Embora Paulo não tinha recebido e evangelho do Cristo histórico, ele havia recebido do Cristo celestial, ressuscitado e que agora estava à direita do Pai no santuário celestial. A revelação de Jesus a Paulo foi tão poderosa que aqueles que tinham andado com Cristo puderam confirmar, conforme vemos nos versos seguintes: “Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto. Depois fui para as partes da Síria e da Cilícia. E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo. Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia agora a fé que antes destruía. E glorificavam a Deus a respeito de mim.” Gálatas 1:20-24.

Na vida cristã há apenas uma autoridade central; é o evangelho pregado por Jesus Cristo. A maior prova do evangelho é a transformação que Jesus opera na vida das pessoas, são os milagres! Não vemos o vento, mas sabemos que ele existe. Não vemos a energia elétrica ou o átomo, mas sabemos que existem. Muitos nunca estiveram na Antárdida, mas acreditam na sua existência; assim devemos ser nós, devemos acreditar na inspiração bíblica e dos apóstolos. Muitas das coisas que sabemos é porque as pessoas nos contaram, e confiamos nelas. É certo que muitas coisas podem ser inventadas, mas na Palavra de Deus podemos confiar e ficar tranquilos, pois ela é verdadeira. Temos provas suficientes para dizer que a Bíblia é inspirada por Deus. Devemos não só experimentar a transformação que o evangelho opera em nós e nas pessoas, mas devemos estar dispostos em transmiti-lo aos nossos semelhantes.

Paulo, antes desejava a morte dos cristãos, e depois de convertido passou a anunciar o amor de Deus com grande poder. E a inspiração de Paulo é autentica, ele foi o escritor que mais contribuiu para o evangelho no Novo Testamento. Paulo escreveu 13 cartas, ou 14 se considerarmos Hebreus como de sua autoria, dos 27 livros que compõem o Novo Testamento, a parte da Bíblia que orienta os cristãos no seu serviço ao Senhor nos dias de hoje.

Nesses livros, escritos na forma de cartas às igrejas e a alguns indivíduos, ele discursou sobre as diferenças importantíssimas entre a lei e a graça. Ele mostrou que as ordenanças caducaram com a morte de Cristo, enalteceu a salvação pela fé e graça e mostrou a necessidade do crente salvo obedecer os 10 mandamentos da lei de Deus. Ele apresentou com clareza a mensagem da graça de Deus, oferecendo a salvação para as pessoas de todas as nações.

Em Gálatas 1:15 e 16 Paulo menciona que foi chamado para apóstolo desde antes do seu nascimento: "Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue.” Gálatas 1:15,16. Nos versículos 13 e 14 Paulo falava; "perseguia eu a igreja de Deus... e a devastava... quanto ao judaísmo avantajava-me... sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais." Mas nos versículos 15 e 16 ele começou a falar de Deus.

Em primeiro lugar Deus o separou antes do seu nascimento. Assim como Jacó foi escolhido antes de nascer, em preferência ao seu irmão gêmeo Esaú, e como Jeremias, designado para ser profeta antes de nascer, Paulo, antes de nascer, foi separado para ser apóstolo. Depois, essa escolha antes do seu nascimento levou à sua vocação histórica. Deus o chamou pela Sua graça,isto é; por seu amor totalmente imerecido. Paulo lutou contra Deus por tanto tempo, mas a graça de Deus alcançou Paulo e finalmente aprouve a Deus revelar seu Filho no apóstolo. Agora os seus olhos estavam abertos para ver Jesus não como um charlatão, mas como o Messias dos judeus, Filho de Deus e o Salvador do mundo, e Paulo foi ousado em pregar e escrever as suas cartas. Amém?

SEXTA-FEIRA (7 de julho) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 2 (3º trimestre/2017) A AUTORIDADE E O EVANGELHO DE PAULO – Paulo começa a sua carta aos Gálatas mostrando a autoridade do evangelho vindo de Deus e que salva pela graça. Paulo começa mostrando fortemente que qualquer argumento que desvie da graça salvadora de Deus deve ser combatida como sendo heresias. Falsos mestres entraram na igreja cristã e estavam desviando a fé em Jesus, dos crentes conversos, para as tradições dos judeus.

A alma de Paulo ficou estarrecida ao ver os perigos que ameaçavam destruir rapidamente estas igrejas. Imediatamente escreveu aos Gálatas, expondo as falsas teorias daqueles mestres e, com grande severidade, censurando aqueles que se tinham afastado da fé.” Ellen White; Sketches From the of Life of Paul, 189

Os opositores de Paulo baseavam os seus ensinos naquilo que essencialmente era uma apelo à tradição.

Qual é o lugar que ocupa a tradição na vida de uma igreja ou indivíduo?E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.” Gálatas 1:14. Com certeza Paulo era grato por conservar algumas boas tradições do judaísmo e poder transportá-las para o cristianismo. Como o mandamento do sábado e a alimentação saudável, por exemplo.

Paulo depunha toda a sua confiança e fé no Evangelho puro da Palavra de Deus e não nas tradições de homens. 

De que maneira a nossa vida pode ser um exemplo positivo para os descrentes?


Luís Carlos Fonseca.

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