COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 2 (3º trimestre/2017) A AUTORIDADE E O EVANGELHO DE
PAULO
VERSO
ÁUREO: “Porque,
persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se
estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.”
Gálatas
1:10
INTRODUÇÃO
(sábado 1º de julho) – A lição desta semana tem como objetivos;
compreender a maneira como o apóstolo Paulo definia e aceitava a
autenticidade do seu chamado para o evangelho e apostolado, realçar
a paixão que este servo de Deus sentia em defender a Palavra de Deus
em meio a alguns erros e sermos levados a permanecer firmes nas
verdades da Bíblia. Paulo
aceitava a Bíblia como autoridade vinda de Deus.
Desde
que Paulo se converteu ao cristianismo, ele teve bem vincada a sua
preferência em obedecer a Palavra de Deus acima de qualquer vontade
humana. Basta olharmos para o verso áureo desta semana, e veremos
esta intenção. Os oponentes de Paulo o atacavam procurando atingir
as suas qualidades pessoais e a solidez do seu chamado e dos seus
ensinos. O papel do inimigo é sempre o de destruir a confiança
naquilo que procuramos desenvolver para Deus. Ele deseja impedir
qualquer iniciativa para o bem. Os opositores judaizantes falavam em
favor da tradição para baralhar as verdades que estavam sendo
introduzidas pelo Espírito Santo através de Paulo. Tanto judeus
como romanos e gregos concordavam entre si em manter as suas
tradições. Há boas tradições que podem e devem ser seguidas. Por
exemplo, Paulo manteve a tradição dos judeus em guardar o sábado.
Esta é uma tradição aprovada por Deus na Lei dos Dez Mandamentos.
Paulo
que recebeu uma educação dos judeus, cheia de tradições e regras,
e depois recebeu a luz
do Evangelho na estrada para Damasco, agora tinha que defender Jesus
Cristo “e este crucificado”. Paulo estava entre a cruz e o
punhal. Ele optou por Jesus. Para Paulo tornar-se
no
apóstolo de renome que foi, ele teve que jogar fora muitas tradições
que havia recebido dos seus pais e religião. E, como apóstolo, ele
foi dirigido por Deus para separar os ritos do Velho Testamento, como
a circuncisão e outras obras cerimoniais, e introduzir a verdadeira
compreensão da salvação pela fé e graça.
Paulo
começa a sua carta, às igrejas da Galácia ,abordando a questão de
autoridade. Sua própria autoridade como apóstolo veio diretamente
de Jesus, ver
Gálatas 1:1.
A autoridade de Jesus era a autoridade de Deus, que foi provada na
ressurreição. Veja também
Mateus 28:18 e Atos 17:30-31. O evangelho que Paulo pregou falou
sobre a graça de Cristo, que entregou-Se
pelos nossos pecados “para nos desarraigar deste mundo perverso”
Gál.
1:4.
Esta
carta foi escrita a
pessoas que já tinham recebido o evangelho verdadeiro. Ver
Gál 1:9,
mas
que estavam sendo desvirtuadas por falsos mestres.
Temos
apoiado a nossa fé em tradições ou nas crenças bíblicas?
“Enquanto
Paulo pregava a Cristo em Damasco, todos os que o ouviam ficavam
admirados, e diziam: “Não é este o que em Jerusalém perseguia os
que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para os levar presos
aos principais dos sacerdotes?” Atos 9:21. Paulo declarava que sua
mudança de fé não tinha sido gerada por impulso ou fanatismo, mas
fora resultado de irresistível evidência. Em sua apresentação do
evangelho, ele procurava tornar claras as profecias relativas à
primeira vinda de Cristo. Mostrava irrefutavelmente que essas
profecias se tinham cumprido literalmente em Jesus de Nazaré. O
fundamento de sua fé era a segura palavra da profecia.” Atos
dos apóstolos, 69
DOMINGO
(2 de julho) PAULO, O AUTOR DA CARTA – Veja como os textos seguintes mostram a autenticidade de Paulo como apóstolo, através dos seus
escritos, no início do cristianismo:
“E
tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o
nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe
foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as
quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e
inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua
própria perdição.” II
Pedro 3:15-16
E
Gálatas
1:1 claramente identifica o apóstolo Paulo como o seu autor: “Paulo,
apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por
Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)
Gálatas 1:1
Os
estudiosos do Cânon Bíblico são quase unânimes em afirmar que os
primeiros cristãos não tinham nenhuma outra Escritura além do
Velho Testamento. E, nós sabemos que o Novo Testamento só ganhou
forma a partir do 2º século. Mas é curioso que Pedro já mencionou
a carta de Paulo como sendo Escritura. Alguns críticos dizem que
Pedro não foi inspirado, pois como ele saberia que os escritos de
Paulo seriam considerados inspirados? A própria igreja cristã
reconheceu que Paulo não era apenas alguém carismático e
trabalhador em favor da igreja, mas já reconheciam o chamado para a
apostolado. Os próprios apóstolos escreviam e pregavam como tendo
esta autoridade vinda de Deus. Eles eram movidos pelo Espírito Santo
de Deus. Amém?
Quem
eram os Gálatas e em que data a carta foi escrita? No tempo do
Novo Testamento a Galácia era uma província romana da Ásia Menor,
que abrangia os seguintes territórios: a Galácia propriamente dita,
a Frígia, a Pisídia e a Licaónia. A Galácia, em Atos 16:6, 18 e
23, distingue-se da Frígia. As igrejas da Galácia devem ter sido
fundadas por ocasião da 1.ª viagem missionária de Paulo. Ver Atos
13:1-14,26. O Apóstolo aos gentios escreveu a carta aos Gálatas
entre 55 e 57, a partir de Éfeso ou de Corinto, depois de I
Tessalonissenses e antes de Romanos, Filemon e Filipenses.
É
pena que hoje não é muito diferente do que foi nos dias de Paulo!
Hoje temos provas contundentes da inspiração Bíblica. São os
manuscritos encontrado próximo do Mar morto; são as descobertas
arqueológicas, são os milagres de vidas transformadas que
presenciamos, e mesmo assim há muita gente que não aceita a
inspiração Bíblica. Além dos ateus, dos agnósticos e outros,
existe a educação, a nível mundial, que enaltece a evolução
contrária à autoridade Bíblica da Criação! E muita gente segue
esta falsa linha da ciência.
Paulo
escreveu a carta aos Gálatas em um espírito de inspirada agitação.
Para Paulo, a questão não era se uma pessoa tinha sido
circuncidada, mas se havia se tornado "uma nova criação"
Gálatas 6:15. Se Paulo não tivesse sido bem sucedido em seus
argumentos a favor da justificação pela fé, o cristianismo teria
se tornado em uma seita dentro do judaísmo, ao invés de ser uma
forma universal de salvação. Damos graças a Deus por Paulo que foi
inspirado por Deus!
“Enquanto
permanecia em Corinto, Paulo teve motivos para sérias apreensões
com respeito a algumas igrejas já estabelecidas.
Através da influência de falsos ensinadores que se tinham levantado
entre os crentes em Jerusalém, a divisão, heresia e sensualismo
estavam rapidamente ganhando terreno entre os crentes na Galácia.
Esses falsos ensinadores estavam misturando tradições judaicas com
as verdades do evangelho. Desconsiderando a decisão do concílio
geral de Jerusalém, impuseram aos crentes gentios a observância da
lei cerimonial. A situação era crítica. Os males que haviam sido
introduzidos ameaçavam destruir rapidamente as igrejas da Galácia.
Paulo tinha o coração cortado e sua mente estava contristada por
essa franca apostasia da parte daqueles a quem ensinara fielmente os
princípios do evangelho. Imediatamente, ele escreveu aos enganados
crentes, expondo as falsas teorias que tinham aceitado, e com grande
severidade repreendeu a todos os que se estavam apartando da fé.
Após saudar os gálatas com as palavras “graça e paz da parte de
Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo”, dirigiu-lhes estas
palavras de penetrante reprovação.” Atos
dos Apóstolos, 213
SEGUNDA-FEIRA
(3 de julho) O CHAMADO DE PAULO – Deus realiza três tipos de
chamados aos Seus filhos:
a)
O primeiro chamado é para que todos sejam salvos. Deus diz:
“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para
que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade.” Efésios 1:4-5. Todos
são predestinados para a salvação. Ver João 3:16.
b)
O segundo chamado é para os oficiais de igreja; como anciãos,
diretores de departamentos, diáconos e diaconisas, etc... Ver I
Timóeo 3:1-13 e Atos 6: 1-7.
c)
O terceiro chamado é para o ministério. São os pastores, os
promotores ou obreiros bíblicos e missionários assalariados ou não;
para a dinamização do trabalho. O apóstolo Paulo fez parte desta
tipo de chamado, vemos isso de forma muito clara em I Timóteo 1:12:
“E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor
nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério.”I
Timóteo 1:12
Paulo
mesmo fez questão de se apresentar como enviado por Deus. Isso
porque a descrença naqueles dias era muito grande, mesmo porque o cristianismo estava no seu início. Veja o que Paulo escreveu a seu
próprio respeito: “Paulo, apóstolo, não da parte dos homens,
nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o
ressuscitou dentre os mortos, E todos os irmãos que estão comigo,
às igrejas da Galácia.” Gálatas 1:1-2.
A
palavra apóstolo significa: “Um mensageiro” ou “aquele que é
enviado”. Os apóstolos foram aqueles que seguiram Jesus de perto,
e outros a quem Jesus apareceu depois da Sua ressurreição e deu
autoridade para pregarem em Seu nome, como foi o caso de Paulo. Nos
dias de Paulo haviam perturbadores que diziam para as pessoas não acreditarem em Cristo como Deus. É curioso que as pessoas hoje podem questionar se você e eu somos, de
fato, seguidores de Jesus ou se estamos seguindo o líder correto.
O
que irá garantir perante os outros que seguimos Jesus de verdade?
“Saulo
de Tarso, em caminho para Damasco, podia facilmente ter sido
fulminado pelo Senhor, e muita força se teria retirado do poder
perseguidor. Mas Deus em Sua providência não apenas poupou a vida
de Saulo, mas converteu-o, transferindo assim um campeão do campo do
inimigo para o lado de Cristo. Orador eloquente e crítico severo,
Paulo, com seu decidido propósito e inquebrantável coragem, possuía
as próprias qualificações necessárias à igreja primitiva.”
Atos dos Apóstolos, 124 .
Paulo
alterou o seu nome de Saulo para Paulo com um propósito. Foi Deus
que mudou o nome de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara. Mas a
mudança de Saulo para Paulo não foi Deus que fez, foi Paulo mesmo.
Paulo é o seu nome romano, e foi bem interessante usar para alcançar
as pessoas estrangeiras daquele tempo, quando o império que dominava
era o romano. Paulo era cidadão romano de nascença, por parte de
seu pai. Como Paulo, ele conseguiria maiores resultados junto aos
gentios.
TERÇA-FEIRA
(4 de julho) O EVANGELHO DE PAULO – Paulo, além de definir o seu
chamado, definiu também a mensagem que devia transmitir. Ele disse
assim:“Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus
Cristo. O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar
do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai, ao qual
seja dada glória para todo o sempre. Amém.” Gálatas 1:3-5.
Ver Efésios 1:2; Filip. 1:2 e Col. 1:2
“Graça”
era uma saudação comum entre os gregos,e “paz” era comum entre
os judeus; então Paulo geralmente iniciava as suas cartas desta
forma; para agradar as várias culturas existentes no cristianismo
emergente. Ele também foi um grande psicólogo e sociólogo.
A
mensagem de Paulo vinha diretamente de Jesus, não era dele. A
mensagem era de salvação através de Cristo. Contrário do que
alguns judeus esperavam, Paulo veio enaltecer o amor de Jesus através
da sua morte e ressurreição. Ele deixou a lei de lado na introdução
da sua carta aos Gálatas. Paulo sempre soube dar prioridade à
salvação pela fé e graça e a lei sempre ficava como algo
importante para ser obedecida como resultado da salvação já
obtida.
Hoje
em dia as religiões não cristãs criam as suas próprias normas e
tradições, e os seus líderes ensinam as pessoas a praticarem as
coisas relacionadas às suas crenças e filosofias. Mesmo dentro do
cristianismo há uma mistura de doutrinas, que fica difícil para as
pessoas sinceras seguirem a religião certa. Hoje há muitas pessoas
que são criadas dentro da sua religião cristã com todas as suas
tradições; e quando são deparadas com as verdades Bíblicas, a
maioria não deseja mudar de religião mesmo sabendo que se
continuarem naquele caminho, estarão a desobedecer a Palavra do
Senhor Deus. Isso é muito triste!
Paulo
serve de duplo exemplo para os crentes de hoje: a) Quando se
converteu e, b) Ao pregar o evangelho puro de Deus. Todos temos a
responsabilidade de colocar Jesus como o Senhor da nossa vida. O
Senhor pede e o servo obedece. Hoje há muitas pessoas em suas
igrejas dando ordens à Deus, quando dizem: “Eu ordeno que saia o
demônio...” “Eu ordeno que seja curado...” "Eu determino"
“Se vender a casa e der o dinheiro para a igreja, Deus irá
libertar...”. Etc... Alguns se colocam no lugar de Deus e dão
ordens para Deus. Incrível não é?
“Quando
enviou os doze, disse: “E, indo, pregai, dizendo: É chegado o
reino dos Céus." Mateus 10:7. Não tinham que resolver as questões
temporais do povo. Sua obra era persuadir os homens para que se
reconciliassem com Deus. Nesta obra consistia seu poder para abençoar
a humanidade. O único remédio para os pecados e sofrimentos dos
homens é Cristo. Unicamente o evangelho de Sua graça pode curar os
males que amaldiçoam a sociedade. ... Ele, unicamente, substitui o
cobiçoso coração do pecado pelo novo coração de amor.”
Parábolas de Jesus, 252-254
A
mensagem
principal de de Paulo era a do Cristo crucificado que salva por Sua
graça: “E
eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de
Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque
nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este
crucificado.” I
Cor. 2:1 e 2
Que
tipo de evangelho ouvimos e pregamos, da graça que transforma ou da
tradições secas que matam?
“Os
judeus tinham a Palavra contida no Antigo Testamento; misturaram-na,
porém, de tal maneira com as opiniões humanas que suas verdades
foram mistificadas, e encoberta a vontade de Deus para com o homem.
Os ensinadores religiosos do povo estão seguindo seu exemplo neste
século. Conquanto tivessem as Escrituras que testificavam de Cristo,
os judeus não foram capazes de discernir Cristo nas Escrituras; e,
embora tenhamos o Antigo e o Novo Testamentos, os homens torcem as
Escrituras para escapar de suas verdades; e, em suas interpretações
das Escrituras, eles ensinam — como o faziam os fariseus — os
preceitos e as tradições dos homens em lugar dos mandamentos de
Deus.” Meditação Matinal; Jesus, meu Modelo, 125
QUARTA-FEIRA
(5 de julho) NÃO HÁ OUTRO EVANGELHO – Como já analisamos ontem,
Paulo teve que enfrentar o problema da não aceitação do novo
evangelho que restaura e salva, o evangelho de Jesus Cristo.
Veja
o texto: “Maravilho-me
de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de
Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que
vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda
que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além
do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo
dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar
outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.”
Gálatas 1:6-9
Que
tipo de problemas a igreja de Gálatas enfrentava para Paulo ter que
falar desta maneira? Paulo não faz rodeios e de forma clara,
mostra que alguns atraiçoaram o verdadeiro evangelho seguindo uma
tradição cheia de formas e que já não tinha valor. Alguns
insistiam em praticar a circuncisão e outros ritos da lei
cerimonial, sendo que Paulo ensinava que depois de Jesus a salvação
era pela fé, e que as pessoas já não dependiam daquelas formas
como método de salvação. Ver Atos 5:1-5.
Paulo
ficou tão perturbado com este comportamento que desejou que aqueles
que insistissem em praticar aqueles ritos, caíssem sob a maldição
de Deus: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos
anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja
anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo
digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já
recebestes, seja anátema.” Gálatas 1:8-9.
Hoje
vemos várias pessoas aceitando o evangelho de Cristo de forma
relativa e não absoluta. A tendência de muitos é acomodar o
evangelho de Cristo de acordo com as regras já pré-estabelecidas
por suas religiões ou de acordo com as suas conveniências pessoais.
Outras pessoas enaltecem os milagres e a experiência emocional acima
das doutrinas de Deus e da razão. Quando não há o devido
equilíbrio entre a razão e a emoção, a religião fica coxa.
Onde
o crente encontra poder para viver a experiência da salvação na
graça de Deus e para obedecer os Seus mandamentos?
Os
falsos mestres pregavam doutrinas de homens que desvirtuavam as
doutrinas ensinadas na palavra de Deus. Para além de alguns
ensinarem a sensualidade relacionada ao cristianismo os judaizantes
ensinavam que a salvação era obtida através das obras de ritos e
cerimonias. Paulo teve que mostrar o verdadeiro evangelho que
consiste na salvação pela graça de Deus e fé do crente e que concede poder para restaurar a vida do crente.
QUINTA-FEIRA
(6 de julho) A ORIGEM DO EVANGELHO DE PAULO – Parece que o tema de
hoje é uma repetição da lição de terça. Embora o tema esteja
relacionado, a ênfase é diferente. Na época de Paulo ainda existia
testemunhas vivas, e que tinham andado com Jesus, e isso dava
autoridade para Paulo dizer da maneira como dizia. Uma dose
significativa de confiança e autoridade estava associada a estes
homens que eram testemunhas vivas.
Qual
foi a reação de Paulo quando foi confrontado com os críticos
judaizantes de que ele não tinha conhecido Jesus? Embora
Paulo não tinha recebido e
evangelho
do Cristo histórico, ele havia recebido do Cristo celestial,
ressuscitado e que agora estava à direita do Pai no santuário
celestial. A revelação de Jesus a Paulo foi tão poderosa que
aqueles que tinham andado com Cristo puderam confirmar, conforme
vemos nos versos seguintes: “Ora,
acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não
minto. Depois fui para as partes da Síria e da Cilícia. E não era
conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo. Mas
somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia
agora a fé que antes destruía. E glorificavam a Deus a respeito de
mim.” Gálatas 1:20-24.
Na
vida cristã há apenas uma autoridade central; é o evangelho
pregado por Jesus Cristo. A maior prova do evangelho é a
transformação que Jesus opera na vida das pessoas, são os
milagres! Não vemos o vento, mas sabemos que ele existe. Não vemos
a energia elétrica ou o átomo, mas sabemos que existem. Muitos
nunca estiveram na Antárdida, mas acreditam na sua existência;
assim devemos ser nós, devemos acreditar na inspiração bíblica e
dos apóstolos. Muitas das coisas que sabemos é porque as pessoas
nos contaram, e confiamos nelas. É certo que muitas coisas podem ser
inventadas, mas na Palavra de Deus podemos confiar e ficar
tranquilos, pois ela é verdadeira. Temos provas suficientes para
dizer que a Bíblia é inspirada por Deus. Devemos não só
experimentar a transformação que o evangelho opera em nós e nas
pessoas, mas devemos estar dispostos em transmiti-lo aos nossos
semelhantes.
Paulo,
antes desejava a morte dos cristãos, e depois de convertido passou a
anunciar o amor de Deus com grande poder. E a inspiração de Paulo é
autentica, ele foi o escritor que mais contribuiu para o evangelho no
Novo Testamento. Paulo
escreveu 13 cartas, ou 14 se considerarmos Hebreus como de sua autoria, dos 27 livros que compõem o Novo Testamento, a parte da
Bíblia que orienta os cristãos no seu serviço ao Senhor nos dias
de hoje.
Nesses livros, escritos na forma de cartas às igrejas e a
alguns indivíduos, ele discursou sobre as diferenças
importantíssimas entre a lei
e
a graça. Ele mostrou que as ordenanças caducaram com a morte de
Cristo, enalteceu a salvação pela fé e graça e mostrou a
necessidade do crente salvo obedecer os 10 mandamentos da lei de
Deus.
Ele apresentou com clareza a mensagem da graça de Deus, oferecendo a
salvação para as pessoas de todas as nações.
Em
Gálatas 1:15 e 16 Paulo menciona que foi chamado para apóstolo
desde antes do seu nascimento: "Mas, quando aprouve a Deus, que
desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça,
revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não
consultei a carne nem o sangue.” Gálatas 1:15,16. Nos
versículos 13 e 14 Paulo
falava; "perseguia
eu a igreja de Deus... e a devastava...
quanto ao judaísmo avantajava-me... sendo extremamente zeloso das
tradições de meus pais." Mas nos versículos 15 e 16 ele
começou
a falar de Deus.
Em
primeiro
lugar
Deus
o separou
antes do
seu nascimento. Assim
como Jacó foi escolhido antes de nascer, em preferência ao seu
irmão gêmeo Esaú, e como Jeremias, designado para ser profeta
antes de nascer, Paulo, antes de nascer, foi separado para ser
apóstolo. Depois,
essa
escolha antes do seu nascimento levou à sua vocação histórica.
Deus o
chamou
pela Sua graça,isto é; por seu amor totalmente imerecido. Paulo
lutou
contra Deus por tanto tempo, mas a graça de Deus alcançou
Paulo
e
finalmente aprouve
a
Deus revelar
seu Filho no
apóstolo.
Agora os seus olhos estavam abertos para ver Jesus não como um
charlatão, mas como o Messias dos judeus, Filho de Deus e o Salvador
do mundo, e
Paulo foi ousado em pregar e escrever as suas cartas. Amém?
SEXTA-FEIRA
(7 de julho) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 2 (3º trimestre/2017) A
AUTORIDADE E O EVANGELHO DE PAULO – Paulo começa a sua carta aos
Gálatas mostrando a autoridade do evangelho vindo de Deus e que
salva pela graça. Paulo começa mostrando fortemente que qualquer
argumento que desvie da graça salvadora de Deus deve ser combatida
como sendo heresias. Falsos mestres entraram na igreja cristã e
estavam desviando a fé em Jesus, dos crentes conversos, para as
tradições dos judeus.
“A
alma de Paulo ficou estarrecida ao ver os perigos que ameaçavam
destruir rapidamente estas igrejas. Imediatamente escreveu aos
Gálatas, expondo as falsas teorias daqueles mestres e, com grande
severidade, censurando aqueles que se tinham afastado da fé.”
Ellen White; Sketches From the of Life of Paul, 189
Os
opositores de Paulo baseavam os seus ensinos naquilo que
essencialmente era uma apelo à tradição.
Qual
é o lugar que ocupa a tradição na vida de uma igreja ou indivíduo?
“E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da
minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.”
Gálatas 1:14. Com certeza Paulo era grato por conservar algumas
boas tradições do judaísmo e poder transportá-las para o
cristianismo. Como o mandamento do sábado e a alimentação
saudável, por exemplo.
Paulo
depunha toda a sua confiança e fé no Evangelho puro da Palavra de
Deus e não nas tradições de homens.
De que maneira a
nossa vida pode ser um exemplo positivo para os descrentes?
Luís
Carlos Fonseca.
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