COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 3 (3º trimestre /2017) A UNIDADE DO EVANGELHO
VERSO
ÁUREO: “Completai
o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo
ânimo, sentindo uma mesma coisa.” Filipenses
2:2
INTRODUÇÃO
(sábado 8 de julho) - O pensamento
central da lição desta semana consiste em examinar
o que causava separação entre os crentes do primeiro século;
ex-judeus religiosos e ex-gentios, convertidos
ao cristianismo, ver
aquilo que pode estar nos separando uns dos outros hoje,
decidir permanecer firmes nas doutrinas do Senhor Jesus, tolerando as
diferenças culturais dos irmãos crentes e ajudando-os a vencer as
suas fraquezas pessoais e
espirituais.
A
unidade na igreja cristã é uma necessidade não só para o bem da
organização da igreja, mas também para a teologia bíblica ser
seguida e respeitada por todos. O próprio Jesus quando olhou para o
futuro da Sua igreja, desejou que “todos fossem um”. Ver João
17:21.
Para um grupo de crentes que dizem seguir Jesus, estar
desunido por alguma coisa, isso parece muito mal. A igreja Adventista
do 7º Dia, em vários momentos, teve e tem que tratar com dissidentes
que resolvem deixar as doutrinas defendidas pela igreja e passam a
defender doutrinas pessoais ou diferentes da igreja. Sempre digo que a
igreja tem o direito de defender as suas doutrinas, e quem discorde
tem o dever de calar-se, dentro dos limites da igreja, e de respeitar a
igreja em sua maneira de agir e pensar em outros lugares, para além
da igreja. Tenho visto uma verdadeira guerra em algumas redes sociais. Isso é muito feio!
No
início do
cristianismo o
evangelho
de
Cristo espalhou-se, graças à presença do próprio Senhor Jesus. Mais tarde, após Sua
morte e ressurreição, coube aos novos convertidos ao recém-criado
cristianismo romper com suas tradições religiosas e sair pregando
as boas-novas do reino
dos
céus .
Em pouco tempo, a nova fé cresceu e, como não poderia deixar de
ser, surgiram as primeiras divergências entre seus seguidores; uma
delas foi a pregação dos judaizantes (alguns judeus convertidos ao
cristianismo) dizendo que a circuncisão ainda era necessária. A
outra heresia era de que a sensualidade devia ser permitida entre os
novos convertidos. Essa ideia diabólica veio de alguns gentios convertidos ao cristianismo.
A
falta de consenso, seja por motivos espirituais ou simples disputa de
poder, levou os crentes em Cristo a grandes divisões
no começo e em todos os tempos.
A grande
verdade
é que, ao longo destes dois mil anos e pelos mais diversos motivos
ou desculpas, tem
surgido mais de 30 mil igrejas cristãs, gerando novas
divisões e comprometendo
as doutrinas puras de Cristo e a vida de fiéis filhos de Deus. Como
encontrar o Caminho certo em meio a tantas igrejas?
A
igreja foi colocada na terra para servir de apoio aos
filhos de Deus, aliviando a sua dor e desconforto, e quando o
propósito do corpo da igreja deixa de existir, pela falta de amor e
união, acho muito importante cada crente, individualmente, analisar
a sua vida espiritual e praticar os princípios do amor, respeito,
mansidão, tolerância e obediência as doutrinas puras do evangelho.
A
igreja cristã sofreu uma crise de identidade no seu início. A
unidade cristã não consiste apenas em manter um bom relacionamento,
envolve também a unidade em Cristo e em Suas doutrinas. O que tem
acontecido, em quase todas as igrejas, é que alguns decidem não
seguir os passos de Jesus nos seus pormenores; e daí cria um
confronto e desconforto com os demais que procuram seguir direitinho
a Palavra do Senhor. Paulo tinha dificuldade de aceitação entre os
primeiros cristãos, por preconceito e ciúmes por parte de alguns,
mas a partir do momento que ele decidiu obedecer e pregar o único
evangelho, o poder de Deus superou a crise.
Hoje
temos visto a divisão entre alguns em dois aspectos: a)
Doutrinário. Por exemplo; hoje alguns irmãos tem
se separado da igreja Adventista do 7º Dia por causa da má
compreensão ou não aceitação da Pessoa Divina do Espírito Santo.
Acham que o Espírito Santo é uma energia que sai de Cristo ou de
Deus. O Espírito Santo é uma pessoa e é Deus. b) Por motivos
de ciúmes. Cuidado! "Aquele que está em pé cuide para que não caia."
“É
importante notar que só depois de haverem os discípulos entrado em
união perfeita, quando não mais contendiam pelas posições
mais elevadas, foi o Espírito derramado. Estavam unânimes. Todas as
divergências haviam sido postas de lado. E o testemunho dado a seu
respeito depois de derramado o Espírito, é o mesmo. Note a
expressão: “Era um o coração e a alma da multidão dos que
criam”.” Atos 4:32. O Espírito dAquele que morreu para que os
pecadores vivessem, dirigia a inteira congregação de crentes. Os
discípulos não pediram uma bênção para si. Arcavam sob o peso da
preocupação pelos perdidos. O evangelho devia ser levado aos
confins da Terra, e reclamaram a dotação de poder que Cristo
prometera. Foi então derramado o Espírito Santo e milhares se
converteram num dia.” Conselhos para a Igreja, 99
DOMINGO
(9 de julho)
A IMPORTÂNCIA DA UNIDADE – Vamos ler o texto para hoje a fim de
compreendermos melhor o
assunto da unidade:
“Rogo-vos,
porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais
todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes
sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer. Porque a
respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família
de Cloé que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada
um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu
de Cristo. Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou
fostes vós batizados em nome de Paulo?” I Coríntios 1:10-13.
É
mais fácil observar divisões na igreja hoje ou aconteceu mais na época de Paulo?
Olhando de forma rápida dizemos que acontece nos dias de hoje. Mas,
precisamos lembrar que hoje temos todas as doutrinas organizadas, defendidas pela
igreja, na forma da Bíblia, já há muito tempo, mas
naquele tempo, quando ainda o cânon sagrado estava sendo organizado,
as pessoas estavam acostumadas com as mensagens de Pedro e outros
apóstolos, que estiveram com Cristo.
Alguns
consideravam Paulo um renegado. E, ele teve que mostrar através da
inspiração do Espírito Santo que os ritos do Velho Testamento
tinham caducado, e teve de introduzir a verdadeira teologia da
salvação; pela fé e graça unicamente. Imagina o reboliço que
isso causou na mente dos recém convertidos ao Cristianismo,
especialmente do judeus!
Não
é fácil ter que introduzir uma nova cultura! A acusação de que a
mensagem de Paulo não era verdadeira era um ataque não só a Deus,
mas aos santos apóstolos também. Muito cuidado devemos tomar para
não criticarmos e nem julgarmos as pessoas, principalmente aquelas
que estão na liderança da igreja. Demora-se uma vida para construir
bons relacionamentos e um caráter, e podemos destruir isso com
poucas palavras. Que Deus tenha misericórdia de nós.
Paulo
teve o cuidado de seguir as orientações de Deus e ir à Jerusalém
para conciliar as doutrinas a fim de não deixar nenhuma confusão.
Percebe que foi por revelação de Deus. Estamos dispostos a
seguir a revelação do Senhor para o benefício espiritual próprio,
da família e do corpo da igreja?
“Depois,
passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé,
levando também comigo Tito. E subi por
uma revelação,
e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e
particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma
não corresse ou não tivesse corrido em vão.” Gálatas 2:1-2
“Se
o mundo vê harmonia perfeita na igreja de Deus, isto será poderosa
demonstração aos seus olhos em favor da religião cristã.
Dissensões, lamentáveis diferenças e insignificantes provações
na igreja desonram nosso Redentor. Tudo isso se pode evitar mediante
a entrega do próprio eu ao Senhor, e se os seguidores de Cristo
obedecerem à voz da igreja. A incredulidade sugere que a
independência individual nos aumenta a importância, que é fraqueza
subordinar nossas idéias do que é direito e conveniente ao
veredicto da igreja; ceder a esses sentimentos e pontos de vista,
porém, não é seguro, levando-nos à anarquia e confusão. Cristo
viu que a unidade e a comunhão cristã eram necessárias à causa de
Deus, e portanto a recomendou aos discípulos. E a história do
cristianismo de então para cá demonstra de modo conclusivo que
unicamente na união está a força. Subordine-se o juízo individual
à autoridade da igreja.” Testemunhos para a Igreja, vol 4, p. 19
SEGUNDA-FEIRA
(10 de julho) A CIRCUNCISÃO E OS FALSOS IRMÃOS - Ao lermos os
seguintes textos, é fácil ver que havia falsos irmãos que
insistiam em ensinar que todos deviam ser circuncidados, mas, Paulo
era contra a circuncisão e outras leis cerimoniais que caducaram com
a morte do Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus.
“Então
alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se
não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis
salvar-vos.” Atos 15:1
“Mas
nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a
circuncidar-se; E isto por causa dos falsos irmãos que se
intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que
temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; aos quais nem
ainda por uma hora cedemos com sujeição, para que a verdade do
evangelho permanecesse entre vós.” Gálatas 2:3-5
“Eis
que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de
nada vos aproveitará.... Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão
nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo
amor.” Gálatas 5:2 e 6
A
circuncisão era o concerto que o povo de Deus, do passado, fazia com
Ele. Embora este rito se destinasse apenas aos homens, as mulheres
eram convidadas a entrar neste relacionamento de paz e amor com Deus.
Em Gênesis 17:1-22 encontramos o concerto que Deus fez com o seu
povo através de Abraão.
A
circuncisão era feita nos meninos judeus quando tinham oito dias, ver Gên. 17:12, e nos adultos quando estes se convertiam ao judaísmo.
Esse ritual começou a ser feito por ordem de Deus no tempo de Abraão, mas com a chegada de João Batista e Cristo o rito de
admissão ao reino de deus passou a ser o batismo: “No
qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por
mão no despojo do corpo dos pecados da carne, pela circuncisão de
Cristo; sepultados
com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de
Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.” Col.
2:11 e 12
Com
a chegada de Cristo, Deus, de forma maravilhosa, introduziu o batismo
por imersão para servir de sinal da Nova Aliança com o Seu povo.
Hoje não precisamos mais da circuncisão, mas todos que querem estar
no céu precisam ser batizados. “Quem crer e for batizado será
salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:16.
Eu
devo cuidar para não ser um falso irmão ao introduzir as minhas
próprias ideias em lugar das doutrinas puras e santas da Palavra.
Paulo teve problemas com os judaizantes que pretendiam melhorar o
evangelho introduzindo os ritos já caducados. Deus não necessita da nossa ajuda para melhorar os Seus princípios, devemos ser humildes em aceitá-los, pois são eternos!
Infelizmente,
hoje, também há em cada igreja alguns engraçadinhos destes,
querendo atrapalhar o trabalho da igreja de Deus pregando a salvação
pelas obras ou méritos humanos. E pior ainda, alguns desses
judaizantes modernos começam procurar defeitos nos irmãos, nos
pastores, na liderança e na igreja colocando-se acima de todos.
Cuidado com esses falsos profetas!
Entre
muitos judeus ainda
se pratica a circuncisão, mas
é apenas
como medida
de higiene, e em alguns casos é realmente necessário. Mas, como
ritual religioso, não é mais necessário.
Hoje
somos convidados a termos o nosso coração circuncidado não para ficarmos ofendendo os outros e arranjando confusão, mas sim para estarmos unidos em Cristo.
Veja
o texto:
“Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do
coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos
homens, mas de Deus.” Romanos 2:29.
“Ao
Espírito
Santo pareceu bem não impor aos gentios conversos a lei cerimonial,
e o parecer dos apóstolos a esse respeito foi como o do Espírito de
Deus. Tiago presidiu ao concílio, e sua decisão final foi: “Pelo
que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que
se convertem a Deus” Atos
dos apóstolos, 107
“As
tradições e ideias humanas não devem tomar o lugar da verdade
revelada. O progresso da mensagem do evangelho não deve ser detido
por preconceitos e preferências das pessoas, qualquer que seja sua
posição na igreja.” Atos dos apóstolos, 110
“Cristo
transmitiu estas lições em Seus ensinos, mostrando que o serviço
cerimonial estava passando e não possuía virtude alguma. "A
hora vem, - disse Ele - e agora é, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a
tais que assim O adorem. Deus é espírito, e importa que os que O
adoram O adorem em espírito e em verdade." João 4:23 e 24. A
verdadeira circuncisão é a adoração de Cristo em espírito e em
verdade, não em formas e cerimônias, com pretensão hipócrita.”
Fundamentos da Educação Cristã, 339
TERÇA-FEIRA
(11 de julho) UNIDADE NA DIVERSIDADE – Paulo usou a palavra
“liberdade” mais vezes do que os outros escritores do Novo
Testamento.
Como
entender a palavra liberdade? Um alcoólatra não é livre para
escolher deixar de beber. Um adúltero não é livre para deixar o
vício. Um mentiroso não consegue, por si só, abandonar este mal.
Um transgressor do trânsito ou das leis da sociedade é escravo das
leis que a regem. Mas quem vive com Cristo, já é livre destes males
e não pratica isso. Quem voltar a praticar, depois do batismo, é por
opção pessoal. Quem volta a praticar os mesmos pecados, no
início a pessoa sofre muito por ter que trair o maravilhoso Jesus, e
ter que sair da zona da consciência tranquila.
A
liberdade Bíblica está relacionada com a devoção que o crente tem com
Cristo. O crente já não vive escravo dos seus desejos pecaminosos
de anteriormente. Ver Romanos 6; e já não pode ser condenado pela
lei de Deus. Ver Rom. 8:1 e 2; e tem algo muitíssimo importante, que
as vezes não se dá o devido valor; o cristão vive livre da morte
eterna. Viver eternamente é algo que enche-me da alegria, por
antecipação. Ver I Cor. 15:55.
O
apóstolo Pedro foi chamado para pregar aos Judeus e Paulo aos
gentios. Enquanto Pedro teve que tratar com judeus e tolerava alguns
que ainda queriam ser circuncidados, Paulo, por pregar aos gentios,
mostrava apenas o batismo. Em ambos os casos o evangelho era o mesmo;
a salvação em Jesus. O fato mais lindo é que alguns anos depois
este assunto ficou resolvido e não se ouviu mais falar da
circuncisão, outros ritos e leis cerimoniais. O amor prevaleceu à
inveja e intrigas. Passou a existir a unidade de doutrinas,
pensamentos e sentimentos, a despeito de tanta diversidade! A
verdadeira liberdade conduziu os crentes a unidade. Amém?
Como
devemos tratar alguns irmãos que tem os seus métodos próprios de
interpretar textos bíblicos e do Espírito de profecia ou em não
aceitar métodos de evangelismo?
Veja
como os seguintes textos nos motivam a sermos unidos em Cristo:
“Rogo-vos... que andeis de
modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e
mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito
no vínculo da paz. Efés. 4:1-3.
“Paulo
insta com os efésios para que preservem a unidade e amor. ...
Divisões na igreja desonram a religião de Cristo ante o mundo, e
dão ocasião aos inimigos da verdade para justificar o seu
procedimento. Testemunhos Seletos, vol. 2, 80.
“A
união dos crentes com Cristo terá como resultado natural a união
de uns com os outros, união cujo vínculo é o mais duradouro sobre
a Terra. Somos um em Cristo, como Cristo é um
com o Pai. Os cristãos são ramos, apenas ramos, na Videira viva.
... Nossa vida tem de vir da videira-mãe. É somente mediante união
pessoal com Cristo, por comunhão com Ele diariamente, a toda hora,
que podemos produzir os frutos do Espírito Santo. ... Nosso
crescimento na graça, nossa felicidade, nossa utilidade, tudo
depende de nossa união com Cristo e o grau de fé que nEle
exercemos. Conselhos Sobre Educação, 77 e 78.
“Deus
realizará
uma obra em nosso tempo que poucos esperam. Ele suscitará e exaltará
entre nós os que são mais adestrados pela unção de Seu Espírito,
do que pelo preparo exterior de instituições científicas. Estes
meios não devem ser desprezados ou condenados; eles são ordenados
por Deus,
mas só podem fornecer as habilitações exteriores. Deus
mostrará que não depende de seres humanos instruídos e cheios de
si.” Eventos Finais, 176.
QUARTA-FEIRA
(12
de julho)
CONFRONTO EM ANTIOQUIA – Você
se considera um colaborador
ou um separador?
Veja
este texto e interprete o seu contexto:“E,
chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era
repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de
Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi
retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E
os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até
Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação.” Gálatas
2:11-13.
Aqui
mostra Pedro fazendo uma viagem missionária a Antioquia, lugar da
primeira igreja de ex-gentios, convertidos ao cristianismo, onde Paulo pregou
e fundou a igreja. Enquanto Pedro lá estava, comia à vontade
com os crentes gentios, e quando ainda lá esteva chegou um grupo de
cristãos judeus, e Pedro alterou totalmente o seu comportamento.
Aqui
encontramos Pedro cometendo esta falta. Pedro devia manter a mesma
postura, em permanecer na mesa com os gentios, e convidar os cristãos
judeus para participarem da sua refeição e convívio. Eu diria que
Pedro perdeu uma grande oportunidade para unir os crentes de
diferentes culturas. Ele cometeu esse erro. Faltou-lhe jeito em
resolver aquela situação. A questão aqui não estava na comida,
mas no medo de enfrentar o preconceito dos judaizantes em relação
aos novos crentes, vindos do paganismo.
Paulo
também, embora correto na filosofia e teologia, exagerou em chamar
Pedro e Cornélio de hipócritas. Mas, como Jesus quando chamou
alguns fariseus da mesma maneira, Paulo também o fez. Ver Gálatas
2:13. Este é um termo muito duro de um servo de Deus para um colega
seu de ministério.
Alguns
dizem que Pedro estava comendo carnes imundas com os gentios, mas
sabemos que isso não é correto. O contexto aqui era o comer com os
ex-gentios e provavelmente com parentes de crentes, que eram pagãos, e que também
lá estavam. Com certeza, se estivessem comendo alimentos imundos
teria causado um grande celeuma e estaria escrito na Bíblia. Era
como se você hoje fosse visto em um bar ou café com amigos
descrentes e outros crentes, e na mesa houvesse bebidas alcoólicas,
mas também aquilo que nos é permitido comer.
Porque
é tão fácil ser hipócrita? Que influência pode ter a força de
uma cultura e de tradições sobre nós? Como temos tratado os nossos
irmãos?
Pedro
já havia cometido um ato falho
como este
quando negou a Jesus
por três vezes. Ele
disse que nem conhecia a Jesus,
embora sendo discípulo dele.
Agora Pedro caiu outra vez em seu ponto fraco: acovardou-se
diante daqueles judeus fanáticos. Foi
a segunda queda com
grandes consequências. Paulo
chamou a sua
atenção
desta forma tão forte. A visão do lençol, relatada em Atos
10, não tinha sido suficiente. Isso mostra que o desenvolvimento do
caráter de cada crente vai acontecendo e aperfeiçoando até
aquele dia: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós
começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.”
Filipenses
1:6
QUINTA-FEIRA(13
de julho) A PREOCUPAÇÃO DE PAULO – Eis o texto principal para
hoje: “Mas, quando vi que não andavam bem e conforme a verdade
do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo
judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os
gentios a viverem como judeus?” Gálatas 2:14. Neste verso Paulo
deixa claro o ponto já apresentado na lição de ontem.
A
questão aqui não era o fato de Pedro ter saído de entre os gentios
e ir com os visitantes de Jerusalém. Tinha algo maior envolvido na
repreensão de Paulo. A preocupação de Paulo era a verdade do
evangelho, pois a atitude de Pedro havia colocado em causa a mensagem
do evangelho.
A
viagem de Paulo à Jerusalém foi justamente para unir os crentes em
torno do assunto da circuncisão, e agora a atitude de Pedro estava
colocando em jogo este que já tinha sido resolvido. A pressão de
grupo sempre foi um problema. E devemos cuidar para não sermos
conduzidos pela força da maioria. A postura do cristão deve ser a
mesma em todos as circunstâncias e lugares.
Os
seguintes textos elucidam toda a preocupação de Paulo: “Nisto não
há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem
fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gálatas 3:28
“Onde
não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro,
cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos. Revesti-vos, pois,
como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia,
de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando-vos
uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver
queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós
também.” Colossenses 3:11-13.
A
insistência, por parte de alguns cristãos judeus, de que os gentios
tinham de ser circuncidados, a fim de se tornarem verdadeiros
seguidores de Cristo, levantou uma séria ameaça à unidade da
igreja no seu início. Mas, em vez de permitir que esta questão
dividisse a igreja em dois movimentos diferentes, os apóstolos se
humilharam perante o Senhor e trabalharam para manter a unidade do
evangelho. Amém?
A
preocupação de Cristo, Paulo e demais apóstolos sempre foi da
unidade entre os crentes. A
fervente oração de Jesus expressava o Seu
anelo
pela unidade de Seus seguidores. É surpreendente a ênfase que
Cristo dá à unificação. Ele deseja que nós, Seus discípulos,
tenhamos a mesma unidade de propósito, amor e
dedicação que Ele tem com o Pai. A Divindade é o modelo perfeito
de unidade. Essa integração é tão grande que três Pessoas
distintas constituem um só Deus. “Ouve, Israel, o Senhor, nosso
Deus, é o único Senhor.” Deut
6:4. “A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus;
nenhum outro há, senão Ele.” Deut
4:35 “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos
Exércitos: Eu Sou o primeiro e Eu sou o último, e além de mim não
há Deus.” Is 44:6 e
Ap
1:17
Não podemos confundir unidade com ajuntamento. São conceitos diferentes. Não podemos comprometer princípios para conservar a integração. Os que são unidos no Mestre têm “o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Filp. 2:5. A primeira unidade deve ser em amor. Que nos amemos uns aos outros assim como Ele nos amou. A segunda unidade deve ser de doutrina, pois não podemos crer em ensinos diferentes daqueles revelados nas Escrituras. A terceira unidade tem de ser a de ação. Temos a grande comissão pesando sobre nossos ombros em anunciar o amor de Deus às pessoas. A quarta unidade tem de ser mediante o exercício da paciência e tolerância mútuas. A quinta unidade é de princípios, normas e conduta . Um crente não pode agir, em termos comportamentais, espirituais e morais, diferentemente do outro.
Não podemos confundir unidade com ajuntamento. São conceitos diferentes. Não podemos comprometer princípios para conservar a integração. Os que são unidos no Mestre têm “o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Filp. 2:5. A primeira unidade deve ser em amor. Que nos amemos uns aos outros assim como Ele nos amou. A segunda unidade deve ser de doutrina, pois não podemos crer em ensinos diferentes daqueles revelados nas Escrituras. A terceira unidade tem de ser a de ação. Temos a grande comissão pesando sobre nossos ombros em anunciar o amor de Deus às pessoas. A quarta unidade tem de ser mediante o exercício da paciência e tolerância mútuas. A quinta unidade é de princípios, normas e conduta . Um crente não pode agir, em termos comportamentais, espirituais e morais, diferentemente do outro.
SEXTA-FEIRA(14
de julho) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 3 (3º trimestre /2017) A UNIDADE DO EVANGELHO – Paulo estava preocupado com divisões na igreja. “Acaso, Cristo
está dividido?” I Cor
1:13. Como poderia o reino de Deus subsistir se estivesse dividido
contra si mesmo? A
unidade
devia triunfar para que o evangelho fosse pregado através do
Espírito Santo. O assunto da circuncisão foi debatido em grande
escala e ficou resolvido.
“mesmo
os melhores homens, se entregues a si mesmos, cometerão falhas
graves. Quanto maiores as responsabilidades colocadas sobre o agente
humano, quanto mais elevada a sua posição para ditar e controlar,
mais danos certamente ele provocará, pervertendo mentes e corações,
se não seguir cuidadosamente o caminho do Senhor. Em Antioquia Pedro
fracassou nos princípios de integridade. Paulo teve que confrontar
face a face a sua influência subversora. Isto ficou escrito para que
outros possam tirar proveito disso, e para que a lição possa ser um
solene aviso aos homens em posições elevadas, para que não
fracassem na integridade, mas sigam de perto os princípios.”
Comentários de Ellen White. Vol 6, 1108
“Portanto,
sendo os filhos de Deus um em Cristo, como considera Jesus as
classes, as distinções sociais, a separação do homem de seus
semelhantes, por causa da cor, da raça, posição, riqueza,
nascimento ou realizações? O segredo da unidade encontra-se na
igualdade entre os crentes em Cristo. A razão de todas as divisões,
discórdias e diferenças encontra-se na separação de Cristo.
Cristo é o centro para o qual todos devem ser atraídos; pois quanto
mais nos aproximamos do centro, tanto mais nos aproximaremos uns dos
outros em sentimento, em simpatia, em amor, crescendo no caráter e
imagem de Jesus. Para Deus não há acepção de pessoas.” Mensagens Eescolhidas vol 1,
259.
Se
Paulo tivesse repreendido Pedro de forma particular, não teria
surtido o mesmo efeito e sido melhor para todos?
Estamos
fazendo acepção de pessoas na igreja onde frequentamos? Tratamos
todos com a mesma cortesia ou cumprimentamos os ricos e cultos e
desprezamos os pobres, ignorantes e de aparência desagradável?
Lembremos que a unidade do corpo de Cristo se faz com todos os que
foram atraídos para o evangelho. Amém?
Luís
Carlos Fonseca
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