quarta-feira, 22 de novembro de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (1º trimestre de 2018) A INFLUÊNCIA DO MATERIALISMO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (1º trimestre de 2018) A INFLUÊNCIA DO MATERIALISMO

VERSO ÁUREO: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2

INTRODUÇÃO GERAL AO TRIMESTRE – Durante todo este trimestre vamos estudar sobre Mordomia Cristã. O autor das lições é o Pr.John H.H. Mateus, e é doutor em Ministério pela Universidade Adventista da Andrews. É, dentro da Mordomia Cristã, o primeiro princípio a ser analisado é que Deus é o originador da vida e que dependemos dele até para recebermos o ar que respiramos.

Depois, devemos considerar o termo Mordomia Cristã de forma geral para evitar a conotação financeira que o termo pode produzir na mente de alguns. Pois, o termo Mordomia, mal analisado, suscita compreensão errada. Quando o crente ouve o termo Mordomia, a primeira conotação que estabelece é com seus recursos materiais e que estes estão sendo solicitados pela liderança da Igreja para atender despesas ou para sustentar a liderança da igreja.

A Bíblia ensina, por preceito e exemplo, que somos mordomos de Deus. Ele confiou-nos a administração de bens e dons espirituais que lhe pertencem, e a Ele tão somente. O homem pertence a Deus em três aspectos:1). Por direito de criação. 2) Por direito de preservação e 3). Por direito de redenção.

A Mordomia Cristã envolve 5 aspectos da vida do Cristão:

Nosso Corpo - Visto que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, devemos conservá-lo nas melhores condições possíveis. Se cuidamos da casa em que moramos, procurando mantê-la limpa e bem cuidada, quanto mais devemos cuidar do nosso corpo, que se tornou habitação do Espírito Santo!

Nossos Talentos - Cada um de nós tem talentos, ou dons espirituais, que nos foram entregues como oportunidades para realizar algo em favor do reino de Deus. Ninguém poderá dizer que não tem oportunidades, pois estaria assim acusando a Deus de injusto e parcial. O Senhor vai chamar à contas os seus servos, "Muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.” Mat. 25:19. Um dos princípios básicos da mordomia, expressos por Cristo, encontra-se exemplificado no acréscimo recebido pelo servo dos dez talentos. A ele, que já tinha dez, foi entregue aquele talento que o mordomo infiel não desenvolveu: "porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado". Mat. 25:29.

Nosso Tempo - Cada um recebe a mesma porção de tempo. Depende de nós o uso sábio ou negligente que faremos dele. E Deus também irá pedir conta do uso que fazemos do tempo.

Nossos Bens – Deus concede aos Seus filhos saúde, condições de trabalho e sustento, e pede apenas o dízimo e ofertas voluntárias para a manutenção do ministério da pregação da Palavra.

O Cuidado da Terra - Deus criou o mundo de forma perfeita e solicitou aos nossos primeiros pais que cuidassem do meio ambiente. A tarefa de cuidar ficou mais difícil depois da entrada do pecado, mas Deus deu condições para que Adão e Eva, e seus descendentes, tomassem conta da fauna e da flora, pois a terra precisava ser bem cuidada para que todos tivessem boas condições de vida.

Deus estabeleceu leis de ocupação e de uso do espaço. Ele mesmo deu o exemplo, plantando um jardim que se constituía o espaço que Adão e Eva deviam usar para o seu benefício. Com o crescimento da humanidade, cada família receberia o seu espaço, como domínio, para administrar e desfrutar. A propriedade do espaço sempre seria de Deus. Caso todos desenvolvessem os princípios de Mordomia Cristã como Deus ordena certamente viveríamos melhor aqui.

INTRODUÇÃO (sábado 30 de dezembro) A INFLUÊNCIA DO MATERIALISMO – A verdadeira Mordomia Cristã envolve um caminhar constante com Deus. Precisamos prestar culto a Deus, e isso é uma necessidade diária do homem. Isso não está relacionado em ir a Deus somente em dias de culto. Fazer isso é fechar as janelas da alma para aquilo que realmente importa, em termos diários, e permitir apenas que um lampejo de luz incida em sua vida em dias raros de culto.

Às vezes perguntamos; porque estamos tão longe de Deus ou porque nos sentimos tão fracos espiritualmente. É comum ouvirmos a resposta; é porque damos muita atenção às coisas materiais deste mundo. E a resposta está correta. Enquanto nossos dias forem cheios de “pão” e vazios “de toda palavra que sai da boca de Deus”, estaremos confinados a termos somente o que é material, enquanto desfalecemos de fome daquilo que realmente importa, que é Deus agindo em nós.

Tão certo como ninguém vive sem o alimento, ninguém viverá sem o “Pão da Vida”. Vemos Cristo lembrando-nos de que o pão material não pode fazer com que ninguém escape do pior: “Não é como o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre”. Jesus faz um contraste muito interessante aqui. O Maná foi um pão material que foi enviado do céu, no entanto, não era capaz de trazer vida eterna, como Cristo pode realizar. Ele foi o verdadeiro Pão do céu, materializado na terra como homem para nos dar mais do que qualquer coisa material pode dar-nos a vida eterna.

O crente está rodeado de influências que levam a pensar que se tem dinheiro ai sim ele é abençoado. Depende, pois tem muita gente que usa de truques para burlar e enganar pessoas e instituições para ganhar dinheiro fácil. O dinheiro é uma das máscaras atrás das quais Satanás esconde-se para o crente prestar-lhe obediência. Não é errado ser rico, mas conquistar riquezas, de forma ilícita e usar a riqueza de forma egoísta, é uma maldição para o mal mordomo.

O dinheiro não nos foi dado para honrarmos e glorificarmos a nós mesmos. Como mordomos fiéis devemos usá-lo para a honra e glória de Deus. Alguns pensam que apenas parte de seus meios é do Senhor. Ao porem de parte uma cota para fins religiosos e caritativos, consideram o restante como sua propriedade, que podem usar como julgam conveniente. Erram nisso, porém. Tudo quanto possuímos é do Senhor, e Lhe somos responsáveis pelo uso que fazemos. No uso de cada centavo deve ser visto se amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.” Parábolas de Jesus, 188.

O dinheiro é de grande valor, porque pode realizar grande bem. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto, água para o sedento, vestido para o nu. É proteção para o opresso, e meio para socorrer o enfermo. Mas o dinheiro não é de mais valor que a areia, a não ser que o empreguemos para prover as necessidades da vida, para bênção de outros, e para o desenvolvimento da obra de Cristo. Riqueza acumulada não é somente inútil, como uma maldição. Nesta vida é uma armadilha para a pessoa, por desviar as afeições do tesouro celeste. No grande dia de Deus seu testemunho contra os talentos não usados e as oportunidades negligenciadas, condenará o seu possuidor. A Escritura diz: “Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” Tito 5:1-4. Parábolas de Jesus, 188

DOMINGO (31 de dezembro) O DEUS DESTE MUNDO – Em Mateus 6: 24 diz: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro “mamon”. Vivemos em um mundo onde muitas vezes valemos o que vestimos ou o que possuímos. Se meu carro é bom, sou bem tratado. Se meu cargo é alto então tenho influência nos lugares onde estou. Para o mundo vale mais o que eu tenho e o que eu posso do que realmente eu sou.

O dinheiro como forma de materialismo mereceu uma atenção muito especial por parte de Cristo. A única coisa na bíblia que é considerada como “deus” é o dinheiro. Não se pode servir a dois senhores como diz em Mateus 6, a Deus ou a Mamom; o deus do dinheiro. Quando vemos as palavras graça, misericórdia, salvação e outras encontramos cerca de mil palavras. Quando vemos a palavra dinheiro e variações temos mais de três mil palavras. Jesus falou sobre o dinheiro 90 vezes. Dos 107 versículos do Sermão do Monte, 22 referem-se ao dinheiro, e 24 das 49 parábolas de Jesus mencionam dinheiro.

O Apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, disse que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Ver Tim. 6:10. Por isso, temos que ter o maior cuidado com o uso do dinheiro, pois ele vai querer ocupar o lugar de Deus. O materialismo sussurrará em nossos ouvidos e fará promessas dando-nos a falsa ilusão de que com ele, teremos tudo. O diabo disse a Cristo no monte da tentação: “Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” Mateus 4:8,9

No mundo de mamom tudo está à venda, tudo tem um preço, inclusive pessoas, aliás, até Deus tem um preço. Jesus foi vendido por Judas por 30 moedas de prata. Ver Mat. 26:14-15. Hoje em dia, continuam vendendo Jesus por qualquer preço. Vemos pessoas que denominam-se cristãs, exigindo dinheiro das pessoas, em troca de curas, libertação e, até bênçãos materiais. Que coisa!

O próprio Cristo quando aqui esteve fez inúmeras curas e, nada cobrou; pelo contrário, ofereceu pães, peixes às pessoas, inclusive, quando Ele convocou os doze discípulos, Falou-lhes: "Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai". Portanto, não nos deixemos enganar por falsas doutrinas. Ver Itim. 6:3-5

O dinheiro, quando é mal usado, afasta-nos não só de Deus, mas também das pessoas, pois quando deixamos o materialismo nos dominar passamos a querer ser servido por todos, fazendo com que nossas relações sejam todas baseadas no interesse. Por isso, Jesus disse aos apóstolos: Eu vim para servir e não para ser servido.” Mat 20:28. Ele sabia que servir é muito melhor do que ser servido, pois servir é um ato de doação e de amor. Logo, desinteressado.

Muitos, do povo de Deus são entorpecidos pelo espírito do mundo, e estão negando sua fé pelas suas obras. Cultivam o amor ao dinheiro, às casas e terras, a ponto de isto lhes absorver as faculdades da mente e do ser e excluir o amor ao Criador e às pessoas por quem Cristo morreu. O deus deste mundo lhes cegou os olhos; seus interesses eternos se tornam secundários; e o cérebro, os ossos e os músculos são sobrecarregados ao máximo para lhes aumentar as posses terrenas. E todo esse acúmulo de cuidados e aflições é suportado em direta violação da exortação de Cristo: “Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Esquecem-se de que Ele disse também: “Ajuntai para vós tesouros no Céu”; que assim fazendo estarão trabalhando em seu próprio interesse. O tesouro acumulado no Céu está seguro; ladrão algum pode aproximar-se nem a traça corroê-lo. Mas seu tesouro está na Terra, e têm suas afeições em seu tesouro.” Conselho sobre Mordomia, 128

SEGUNDA-FEIRA (1º de janeiro) ENCHENDO OS CELEIROS - Salomão, o homem mais sábio que já existiu, foi também próspero e riquíssimo. E ele nos ensina como enchermos nossos celeiros. O celeiro é o lugar onde se coloca o fruto da colheita, ou seja, um grande armazém onde são armazenados os grãos. Hoje, o nosso celeiro é o lugar onde armazenamos o fruto da nossa colheita que é a nossa carteira, nossos bolsos, bolsas e conta bancária. E o propósito de Deus para nós é que o nosso celeiro se encha, e se encha fartamente. Deus é rico e deseja que Seus filhos vivam bem e felizes com saúde e fartura.

Salomão escreveu: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos. Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” Prov 3: 5-10

Por um lado Deus nos concede riquezas, mas Ele nos adverte do perigo das riquezas. E Jesus deixou este conceito mais evidente quando disse: “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” Lucas 12:15-21.

O rico pensava que era inteligente, mas, Deus achava que ele era simplesmente um homem sem juízo e tolo. Os seus planos de tranquilidade para o futuro foram inúteis. Ele não sabia que o futuro pertence somente a Deus. Os celeiros recheados de frutos e cereais não lhe serviram para nada. Inútil foi juntar tanta riqueza, sem nunca haver pensado em Deus nem nas necessidades do próximo. O homem morreu sem fé e sem humildade no coração. As suas riquezas de nada lhe valeram na pátria espiritual, porque ele nunca as utilizou para o bem dos outros. O que tem valor na eternidade ele não possuía, porque nunca havia juntado “tesouros no céu”, mas, somente na terra:

Assim é aquele; diz Jesus, ao terminar a parábola que, para si, junta tesouros e não é rico para com Deus”.

Leia Deut. 8:10-14 e veja os perigo de acumular riquezas sem dar glórias a Deus: “Quando, pois, tiveres comido, e fores farto, louvarás ao Senhor teu Deus pela boa terra que te deu. Guarda-te que não te esqueças do Senhor teu Deus, deixando de guardar os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus estatutos que hoje te ordeno; para não suceder que, havendo tu comido e fores farto, e havendo edificado boas casas, e habitando-as, e se tiverem aumentado os teus gados e os teus rebanhos, e se acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar tudo quanto tens, se eleve o teu coração e te esqueças do Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.” Deut 8:10-14

Pela parábola do rico insensato mostrou Cristo a loucura dos que fazem do mundo seu tudo. Este homem recebera tudo de Deus. Ao sol fora permitido brilhar sobre sua propriedade; pois seus raios caem sobre justos e injustos. A chuva desce do céu do mesmo modo sobre maus e bons. O Senhor fizera que a vegetação florescesse e os campos produzissem abundantemente. O rico estava em perplexidade sobre o que devia fazer com a colheita. Seus celeiros estavam super abarrotados, e não tinha lugar para o excedente. Não pensou em Deus, de quem vieram todas as dádivas. Não reconheceu que Deus o fizera mordomo de Seus bens, para que socorresse os necessitados. Tinha a abençoada oportunidade de se tornar distribuidor das bênçãos de Deus, porém unicamente pensou em administrar ao próprio conforto. A situação do pobre, do órfão, da viúva, do enfermo, do aflito, foi trazida à atenção desse rico. Havia muitos lares nos quais distribuir seus bens. Podia ele facilmente privar-se de uma porção de sua abundância e muitas famílias poderiam ser libertas das privações, muito faminto poderia ser saciado, vestido muito nu, muito coração alegrado, respondida muita súplica por pão e roupa, e uma melodia de louvor teria ascendido ao Céu. O Senhor ouvira a oração do necessitado, e em Sua bondade tomara providência para o pobre. Havia na bênção outorgada ao rico abundante provisão para a indigência de muitos. Cerrou ele, porém, o coração ao clamor do indigente.” Parábolas de Jesus,132

TERÇA-FEIRA (2 de janeiro) A ATRAÇÃO DO MATERIALISMOEste é o texto de hoje: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mateus 6:22-24.

A concupiscência não é o pecado, mas é o que nos atrai para ele. É tudo aquilo que me atrai para pecar. Todos nós possuímos desejos e cobiças específicas, que são as nossas concupiscências pessoais. É este desejo que nos atrai ao pecado. Paulo também disse: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." ITimóteo 6:10 Paulo diz que aqueles que quiseram se enriquecer caíram em laços e ciladas. A vontade de Deus é que tenhamos o necessário para viver, e que estejamos tranquilos e confiantes nele para o nosso sustento. Mateus 6:33.

Como Jesus relacionou-Se com o dinheiro? Ele nasceu em um lugar que não era seu. Tinha uma profissão bem simples e usou um jumento emprestado na sua entrada em Jerusalém. Vestia-Se com roupas doadas e fez um milagre para pagar o imposto.Quando foi levado por seus seguidores para que pudesse admirar as construções do templo, falou em derrubar! Se ele Se apresentasse em algumas denominações com o intuito de tornar-Se pastor, certamente seria rejeitado. Definitivamente, seu padrão não condiz com alguns modelos de igreja que temos hoje. Igreja de construção simples, mas de bom gosto glorifica o nome de Deus.

As pessoas mais miseráveis que há são dominadas pelo materialismo e lembre-se que ninguém fica materialista da noite para o dia. Muitas vezes sua condição de vida e suas lutas pela sobrevivência faz com que você se torne um materialista a cada dia. Enquanto você vive, inconsciente ou inconscientemente vai desenvolvendo atitudes que farão de você um materialista. Cuidado!

Encontramos na bílbia exemplos de pessoas que eram materialista e altruístas.
Ananias e Safira: Atos 5:1-11 e o jovem rico: Luc 18.18-23. Em ambos os casos eles  eram escravos da paixão pelo materialismo. Por outro lado encontramos pessoas que se desprenderam-se de seus bens para a promoção do bem estar do próximo e da obra de Deus. Barnabé: Atos 4:36,37 vendeu o que tinha, trouxe o dinheiro e depositou aos pés dos apóstolos. A mulher que lavou Jesus: Mac 14:1-9. Neste dois casos não houve, de nenhuma parte, a permissão para que os valores materiais e terrenos o tirassem do foco daquilo que era essencial para o relacionamento com Deus.

O materialismo desenvolve em nós valores falsos. Na verdade promove uma inversão de valores que o mundo pós-moderno tenta hoje dizer que está certo.O que acontece nessa situação é que as pessoas que pensam assim têm o foco em si mesmas e esquecem-se que tudo o que temos e somos vem e Deus e toda gloria deve ser dada à Ele. O tesouro que Deus deseja que consideremos é interior e espiritual. Diz respeito ao nosso coração e tem a ver com a eternidade. Eis um texto importante

Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam e nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.” Mateus 6:20, 21

"Um jovem foi a Cristo e disse: Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?” Jesus lhe ordenou que guardasse os mandamentos. Respondeu ele: “Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade: que me falta ainda?” Jesus olhou com amor para o jovem e fielmente lhe mostrou sua deficiência na observância da lei divina. Não amava ao próximo como a si mesmo. Seu amor egoísta às riquezas era um defeito, que, se não fosse reparado, o excluiria do Céu. “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no Céu; e vem, e segue-Me. Cristo queria que o jovem compreendesse que nada mais exigia dele senão que seguisse o exemplo que Ele mesmo, o Senhor do Céu, deixara. Abandonara Suas riquezas na glória, e Se tornara pobre, para que, pela Sua pobreza, o homem enriquecesse; e por amor dessas riquezas, pede ao homem que abandone as riquezas terrenas, a honra e o prazer. Ele sabe que enquanto as afeições estiverem voltadas para o mundo, serão desviados de Deus; portanto, disse ao jovem: “Vai, vende tudo o que tens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no Céu; e vem, e segue-Me.” Como recebeu ele as palavras de Cristo? Regozijou-se por poder alcançar o tesouro celeste? Oh, não! “Retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.” Para ele as riquezas significavam honra e poder; e o grande vulto do seu tesouro faz com que tal venda pareça quase impossível.” Conselho sobre Mordomia, 129

QUARTA-FEIRA (3 de janeiro) O AMOR DO EU – Este é o texto principal para o estudo de hoje: “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” Romanos 12:3. 

Há uma diferença entre o tipo de orgulho que Deus odeia, ver Provérbios 8:13 e o tipo de orgulho que sentimos por fazer algo bem feito. O tipo de orgulho que surge de sermos justos aos nossos próprios olhos é pecado e Deus odeia isso porque atrapalha a nossa aproximação dele. O Salmo 10:4 explica que os orgulhosos estão tão cheios de si que seus pensamentos estão longe de Deus: “Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus”. Esse tipo de orgulho arrogante é o contrário do espírito de humildade que Deus procura: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” Mateus 5:3.

Os “pobres de espírito” são aqueles que reconhecem sua falência espiritual e sua falta de habilidade de aproximar-se de Deus se não fosse por Sua divina graça. Os orgulhosos, por outro lado, são tão cegos por causa de seu orgulho que acham que não precisam de Deus ou pior, que Deus deve aceitá-los do jeito que são porque eles merecem a Sua aceitação.

O orgulho já impediu que muitas pessoas aceitassem a Jesus como Salvador pessoal. Recusar a admitir o próprio pecado e que não podemos fazer nada com nosso próprios esforços para merecer a vida eterna tem sido uma pedra de tropeço para muitas pessoas. Não devemos ter orgulho de nós mesmos, mas se queremos nos gloriar, então devemos proclamar as glórias de Deus. O que dizemos sobre nós mesmos não significa nada no trabalho de Deus. É o que Deus diz sobre nós que faz a diferença. Ver II Coríntios 10:13.

Numa linguagem profética, até o profeta e Deus ficaram admirados com reação de Lúcifer. Não há explicação racional para o surgimento do pecado. Foi o seu orgulho que originou o pecado no céu. Como entender que um ser perfeito, na presença de um Deus perfeito, em um ambiente de perfeição, pudesse gerar ideias de descontentamento, contestação, rebelião e pecar contra o seu Criador perfeito? O pecado de Lúcifer nasceu da contestação do amor e da justiça de Deus. Começou a alimentar a ideia de que Deus não era nem amoroso nem justo com as Suas criaturas.

Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria… Não contente com a sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador… E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de Cristo apenas.” Patriarcas e Profetas, pág. 15.

Quando Jesus advertiu os discípulos sobre a atitude reprovável que assumiriam em relação à Sua pessoa, Pedro disse: “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei”. Esse foi o primeiro passo do seu lamentável descuido que o levou à uma tremenda queda espiritual. Devemos cuidar para que a nossa “ostentação orgulhosa” não nos traia, dando início ao processo danoso de nossa derrota espiritual.

Nunca digamos: “Eu nunca farei isso!”. Paulo adverte: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia!” I Cor.10:12. Hoje tem bons cristãos ostentando santidade quando passam duas ou três horas em oração particular. Amém! Orar é necessário e quanto mais oramos, mais próximos de Deus nos encontramos; mas, fazer disso motivo de orgulho, para dizer que está cima da média dos irmãos que oram menos do que isso, é reprovado por Jesus no Sermão da Montanha. Ver Mateus 6. Quando damos ofertas e dízimos, jejuamos ou oramos, não precisamos tocar trombeta como os fariseus. Alguns fazem do seu trabalho missionário ou do seu estilo de vida e regime vegetariano um motivo para a sua "ostentação orgulhosa". Cuidado! Quando fazemos o que é correto com motivos errados, colocamos tudo a perder, como Pedro o fez. Cuidado com o seu “eu”! O "eu" de Lúcifer o tirou do céu, e o seu "eu" poderá o impedir de lá entrar.

O orgulho de sua própria glória alimentava o desejo de supremacia. As elevadas honras conferidas a Lúcifer não eram apreciadas como um dom de Deus, e não despertavam gratidão para com o Criador. Ele se gloriava em seu resplendor e exaltação, e aspirava a ser igual a Deus. Era amado e reverenciado pela hoste celestial. Anjos deleitavam-se em executar suas ordens, e, mais que todos eles, estava revestido de sabedoria e glória. Todavia, o Filho de Deus era o reconhecido Soberano do Céu, igual ao Pai em poder e autoridade. Em todos os conselhos de Deus, Cristo tomava parte, enquanto a Lúcifer não era assim permitido entrar em conhecimento dos propósitos divinos. “Por que”, perguntava o poderoso anjo, “deveria Cristo ter a supremacia? Por que é Ele desta maneira mais honrado do que Lúcifer?” O Grande Conflito 495.

QUINTA-FEIRA (4 de janeiro) A EXTREMA FUTILIDADE DO MATERIALISMO - É difícil não ser materialista em nossa sociedade atual que estimula o consumo e a aquisição de bens. Mas nem todo mundo é influenciado pelos apelos para adquirir o tablet, smartfone mais sofisticados do mercado ou o carro do ano. De qualquer forma, ser materialista não implica necessariamente em um “defeito”. “Pode ser que tal aspecto não interfira no dia a dia e nas relações a ponto de trazer prejuízos espirituais na vida do discípulo que mantém íntima comunhão com Deus.

Conheço empresários cristãos bem sucedidos nos negócios que não são afetados pelo materialismo em que estão inseridos. Que Deus os conserve assim, inclusive ajudando a financiar a pregação do evangelho. O sinal de alerta deve ser acionado quando o crente perde partes importantes da sua existência porque está muito apegado às conquistas materiais, e o exemplo típico é o pai, provedor, sempre ocupado em trabalhar e oferecer o máximo de si e perde a oportunidade de ver o filhos crescer e pior do que isso, deixa de ensinar o reino de Deus aos filhos e família, perdendo-os para o mundo.

Jesus falou uma verdade incisiva quando disse: “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.” Lucas 12:15. O que importa não é o que temos, mas sim o que somos. É muito fácil cair na rotina da vida; ganhar dinheiro, acumular bens com o frenesi para gratificar todos os desejos da carne, tendo a falsa ilusão de que a vida é plena, sem nada a perder, quando, na realidade; estejamos perdendo o melhor que a vida tem à oferecer, paz aqui na terra e a vida eterna.

De acordo com os textos abaixo o que significa ser propriedade de Deus e onde podemos encontrar a nossa verdadeira identidade?

Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra.” Deut. 7:6

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” I Pedro 2:9

Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15:5

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2:20.

O apego às coisas materiais é um dos grandes obstáculos para o nosso desenvolvimento espiritual, e é o nosso dever buscar conforto e bem-estar para nós mesmos e para os nossos queridos. Não há nada de mau no dinheiro e em adquirir bens materiais. O mal está no apego que nutrimos por eles. Da mesma forma que nos identificamos com nosso corpo, como se fôssemos ele, assim também nos identificamos facilmente com as coisas materiais, das mais luxuosas até às mais simples e inúteis. Pensamos que tendo coisas, possuindo objetos, seremos mais felizes! Mas a verdadeira felicidade consiste em mantermos um relacionamento com Jesus que; a partir do qual Ele nos dará sabedoria para ganharmos e administrarmos os bens materiais adquiridos.

"Eu sou a Videira, vós as varas" (João 15:5), disse Cristo aos discípulos. Embora estivesse para ser afastado deles, sua união espiritual com Ele devia permanecer imutável. A ligação dos ramos com a videira, disse, representa a relação que deveis manter comigo. O renovo é enxertado na videira viva e, fibra por fibra, veia por veia, imerge no tronco. A vida da videira torna-se a vida do ramo. Assim a alma morta em ofensas e pecados recebe vida mediante a ligação com Cristo. Pela fé nEle como Salvador pessoal, forma-se esta união. O pecador une a sua fraqueza à força de Cristo, seu vazio à plenitude dEle, sua fragilidade à perdurável resistência do Salvador. Assim ele possui a mente de Cristo. Sua humanidade tocou a nossa e nossa humanidade tocou a divindade. Assim, pela operação do Espírito Santo, o homem torna-se participante da natureza divina. É aceito no Amado.” Desejado de todas as Nações, 675.

SEXTA-FEIRA (5 de janeiro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 1 (1º trimestre de 2018) A INFLUÊNCIA DO MATERIALISMO – Deus deu-nos bens materias para usarmos com sabedoria para o nosso conforto e sustento, mas também para usarmos em favor das pessoas carenciadas e em favor da divulgação reino de Deus. E, quando assim fazemos recebemos as bênçãos de Deus.

O domínio que Deus deu aos nossos pais no Éden não foi total e sim parcial. O domínio esteve limitado pelo fruto proibido. Ao homem foi dada a tarefa para cuidar e proteger o meio ambiente e não para destruir. Mesmo sabendo que Jesus vai voltar em breve, como mordomos fiéis devemos cuidar do ambiente para evitarmos problemas ecológicos ainda mais graves.

Embora Deus seja o o dono do mundo e das riquezas, o inimigo, príncipe deste mundo, tem comprado muitas pessoas com bens materiais: “O inimigo hoje compra almas a preço bem baixo. "Por nada fostes vendidos" (Isa. 52:3), é a linguagem das Escrituras. Um vende a alma pelos aplausos do mundo, outro por dinheiro; um para satisfazer a paixões baixas, outro por diversões mundanas. Essas transações são efetuadas diariamente. Satanás faz ofertas por aqueles que são aquisição do sangue de Cristo, e compra-os a baixo preço, apesar do preço infinito pago pelo seu resgate.” Testemunhos Seletos Vol 2, Pág 18

Os seguidores de Cristo foram redimidos para servir. Nosso Senhor ensina que o verdadeiro objetivo da vida é servir. Cristo mesmo foi obreiro, e dá a todos os Seus seguidores a lei do serviço, o serviço a Deus e ao próximo. A lei de servir torna-se o vínculo que nos liga a Deus e a nosso semelhante” Parábolas de Jesus, 326.

Quando a Terra saiu das mãos de seu Criador, era extraordinariamente bela. Variada era a sua superfície, contendo montanhas, colinas e planícies, entrecortadas por majestosos rios e formosos lagos; as colinas e montanhas, entretanto, não eram abruptas e escabrosas, tendo em grande quantidade tremendos despenhadeiros e medonhos abismos como hoje elas são; as arestas agudas e ásperas do pétreo arcabouço da terra estavam sepultadas por sob o solo fértil, que por toda parte produzia um pujante crescimento de vegetação. Não havia asquerosos pântanos nem áridos desertos. Graciosos arbustos e delicadas flores saudavam a vista aonde quer que esta se volvesse. As elevações estavam coroadas de árvores mais majestosas do que qualquer que hoje exista. O ar, incontaminado por miasmas perniciosos, era puro e saudável. A paisagem toda sobrepujava em beleza os terrenos ornamentados do mais soberbo palácio. A hoste angélica olhava este cenário com deleite, e regozijava-se com as obras maravilhosas de Deus.” Patriarcas e Profetas.

Luís Carlos Fonseca


2 comentários:

  1. Obrigada pela maneira como comenta as lições, gosto muito, Deus o abençoe para continuar a faze-lo.

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  2. Obrigada pela lição quase que ficaria sem lição esta semana,Deus o abençoe Amém.

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