segunda-feira, 12 de março de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (2º trimestre 2018) O CONFLITO CÓSMICO



COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (2º trimestre 2018) O CONFLITO CÓSMICO

INTRODUÇAO AO TRIMESTRE: CRISTO, O FIM DOS DIAS E A PREPARAÇAO PARA O FIM – As lições deste trimestre foram escritas por Normam R. Gulley; doutor e professor de Pesquisa em Teologia Sistemática, na Universidade Adventista do Sul.

Jesus disse que o “dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão somente o Pai.” Mateus 24:36. Mas Jesus deu indicações precisas da proximidade da Sua volta a este mundo. Ele chamou essas indicações de sinais, e recomendou que estivéssemos atentos a eles porque a preparação é fundamental:  Disse Ele “Aprendei, pois a parábola da figueira: Quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.  Assim também vós, quando virdes todas estas coisas, sabei que esta próximo, às portas.” Mateus 24:32,33.

Nas profecias de Mateus 24, Jesus combina duas ocorrências: Duas destruições: a de Jerusalém e a do mundo, por ocasião da Sua segunda vinda e para o estabelecimento do Reino Eterno. Já dissemos que a primeira parte referia-se à destruição de Jerusalém. Ela ocorreu no ano 70 d.C., quando Tito, general Romano a cercou e a destruiu. Onze mil prisioneiros morreram de fome.  O historiador Flávius Josefo calcula que os romanos levaram cativos 97.000 pessoas e que mais de um milhão morreram durante os 5 meses em que a cidade foi sitiada.

Alguns sinais cumpriram-se na destruição de Jerusalém, e outros apontariam para a gloriosa volta do Senhor. Assim, o que já se cumpriu reforça a nossa confiança na parte final da profecia: “Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo:  Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.  E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.  Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos   em vários lugares. Porém, tudo isto é o princípio das dores. Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.”  Mateus 24: 4-8,11.

“Porque surgirão falsos cristos, e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.   Portanto, se vos disserem:  Eis que ele esta no deserto! não saiais. Ou ei-lo no interior da casa! não acrediteis.  Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem.” Mateus 24:24-27.

Jesus também disse que haveria outros sinais tais como o escurecimento do sol e da lua, e a  queda de  estrelas. Conforme Mateus 24: 29. Esses sinais cumpriram-se dia 19 de maio de 1780 e 13 de novembro de 1933 e foram  amplamente  divulgados  pelos  jornais  e  meios  científicos. Milhões de pessoas ficaram assustadas pensando que o fim do mundo havia chegado.

Outro sinal importante, dado por Jesus, foi a pregação do evangelho em todas as partes:  “Então, disse  o  Senhor:Virá  o fim.”  Mateus 24:14.

O Senhor também previu que as pessoas iriam esfriar em sua fé. E está aí um outro sinal importante: “E por se multiplicar a iniquidade o amor  de muitos  se esfriará.” Mateus 24:12. Estamos no fim!

Um menino de família cristã, ficou impressionado com a volta de Cristo e disse a sua mãe: Vou  dar  o  dinheiro  que  tenho  para  ajudar  as  pessoas  a  contarem  que Jesus vai voltar  em breve. Passaram-se alguns dias, e então ele disse à mãe.  Quero meu dinheiro de volta, porque  Jesus  não  voltou.

INTRODUÇÃO (sábado 31 de março) O CONFLITO CÓSMICO

VERSO ÁUREO: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Apocalipse 12:17
  
A mais elevada criatura do universo, Lúcifer, por algum motivo estranho, manifestou a vontade de ser igual e maior que Deus, dando origem a uma revolta celestial. Ele sentiu inveja de Cristo e sentiu orgulho por seus dotes, que Deus lhe havia dado; não os havia conquistado. Era assim elevado porque cuidava da adoração a Deus bem como do louvor. Envolvido na adoração, aos poucos imaginava-se sendo adorado, como se fosse Deus. Embora ele fosse o ser criado mais elevado, havia um abismo de qualidades e capacidades entre ele e o Criador, coisa que ele, devido a sua inveja e a arrogância que se formava, não pôde mais avaliar

Começou então sua campanha política celestial. Atacou a lei de Deus, isto é, o caráter do Criador. Essa foi uma revolta originada no céu. O impacto de sua campanha foi impressionante. Muitos anjos deram-lhe ouvidos, e entenderam que a sua argumentação era lógica. Ele dizia que a Lei de Deus não era justa, e que era inviável. Desde a eternidade Deus revelava-Se como um Criador de amor, que amava as Suas criaturas. E isso era muito bom, todos gostavam, os anjos amavam essa situação. Mas havia o outro lado do caráter de Deus, a Sua justiça. Lúcifer e todos os anjos, bem como os outros seres inteligentes criados sabiam, por revelação, que o caráter de Deus era amor mais justiça.

Os anjos deram ouvidos; afinal, a ideia vinha da criatura mais elevada, que assistia junto ao trono de Deus. O que ele argumentava? O mesmo que argumenta ainda hoje, e sabemos o que é. Basta o amor, não precisa a justiça. Se todos amam-se, para que serve a justiça? E se alguém errar, o amor perdoa, e está resolvido. Hoje é o que as igrejas propagam, basta o amor, não queremos a justiça, ela foi cravada na cruz. Isso foi abolido. Pregam os antigos argumentos de Lúcifer.

Foi então que aconteceu a guerra no céu, Lúcifer e seus anjos contra Jesus, o Filho e Seus anjos. É evidente que a vitória foi da parte do Filho de Deus. Que coisa horrível aconteceu no Céu! Uma guerra, algo jamais imaginado! E foram expulsos. Então ocorreu a primeira de duas quedas de Lúcifer, que tornou-se em Satanás, a queda do céu para a terra. A sua segunda queda ainda está para acontecer, e  será da Terra para o inferno, onde será extinto, para sempre, ele e seus seguidores. 

“Depois que Satanás foi expulso do Céu, decidiu estabelecer seu reino sobre a Terra. Por meio dele o pecado entrou no mundo, e pelo pecado, a morte. Dando ouvidos às suas falsas acusações contra Deus, Adão caiu de seu elevado estado e as comportas da miséria se abriram sobre nosso mundo.” Cristo Triunfante. MM 2002, 19.

Foi na cruz que o mundo e o Universo entenderam que o caráter de Deus, que é amor mais justiça, é perfeitamente viável e correto para governar o universo. Ninguém esperava que o próprio Filho de Deus viesse a esta terra e Se tornasse em um simples ser humano, e morresse em lugar das pessoas. Para isto Jesus teve que esvaziar-Se de Suas prerrogativas divinas, e assumir a condição humana. Foi na cruz que o amor e a justiça se encontraram e mostraram que Deus é perfeito.

DOMINGO (1º e abril) A QUEDA DE UM SER PERFEITOEstes são os textos para o estudo de hoje: “E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor DEUS: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus.” Ezequiel 28:1,2

“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.” Ezeq. 28:18

“Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” Isaías 14:12-14

Uma pergunta que não quer calar é: como é que o pecado podia surgir em um ser criado perfeito e, ainda “no céu”? No universo criado por Deus, o conceito de perfeito inclui liberdade, liberdade moral, a capacidade de escolher entre o certo e o errado. E, Lúcifer teve esta liberdade no céu. Hoje uma pessoa que conhece o evangelho, e é libertada da velha vida de pecados, pela graça de Jesus, tem a mesma liberdade moral e espiritual, e o mesmo conhecimento de um Deus de amor e pureza, logo; sabe que deve escolher viver de acordo com o conhecimento adquirido na Palavra, para agradar a Deus e evitar a infelicidade, que a prática dos pecados produz.

Uma pessoa escravizada pelo pecado não tem a mesma capacidade moral que o filho resgatado pelo sangue de Jesus tem, em enxergar a santidade de Deus. Tanto Lúcifer como Adão e Eva tinham uma capacidade moral elevada, e facilmente podiam escolher não pecar. Mas, a livre escolha; e posso imaginar, que de início tiveram uma luta muito grande, levou-os ao pecado. Assim também é com o filho de Deus. Quando estamos santificados, e a tentação apresenta-se diante de nós, somos tentados a cair, mas temos a capacidade de permanecer na graça de Deus e da livre escolha.

Deus não produziu máquinas para obedecê-lo de forma programada. Ele quer uma adoração e gratidão que brote do coração das pessoas. O diabo veio para matar e destruir, mas Deus veio para dar vida, e vida envolve liberdade.

É-nos prometido em Naum 1:9 que a angústia não se levantará pela segunda vez. E isto deve encher-nos de alegria, pois quando estivermos na eternidade não mais lidaremos com este tipo de problema. Lúcifer abusou da liberdade e afastou-se de Deus, e isso foi provocado pelo orgulho. Que lições podemos aprender deste trágico erro?

Os anjos foram criados com o nobre desejo de render louvores ao seu Criador, e de fazer aquilo que lhes é solicitado. E os anjos no céu, prestam um louvor permanente a Deus; e neste ambiente celestial; predominam a harmonia, a perfeição, o amor e a adoração. Assim era antes da queda, e continuou a ser depois da queda dos anjos maus. Esta deve ser a nossa atitude também para com Deus. Pois fomos criados um pouco menores do que os anjos: “Mas em certo lugar testificou alguém, dizendo: que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites? Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste, e o constituíste sobre as obras de tuas mãos.” Heb. 2: 6 e 7. Aqui o autor citou o Salmo 8: 5 e 6. E todos os salvos tributarão à Deus louvores por toda a eternidade.

“Enquanto todos os seres criados reconheceram a lealdade pelo amor, houve perfeita harmonia em todo o universo de Deus. Era a alegria da hoste celestial cumprir o propósito do Criador. Deleitavam-se em refletir a sua glória e patentear o seu louvor. E enquanto foi supremo o amor para com Deus, o amor de uns para com os outros foi cheio de confiança e abnegação. Nenhuma nota discordante havia para deslustrar as harmonias celestiais. Sobreveio, porém, uma mudança neste estado de felicidade. Houve um ser que perverteu a liberdade que Deus concedera a Suas criaturas. O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do céu. Lúcifer, Filho da Alva, era o primeiro dos querubins cobridores, santo, incontaminado... pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria.” Patriarcas e Profetas, 35.

SEGUNDA-FEIRA (2 de abril) MAIS DO QUE CONHECIMENTO INTELECTUAL  A lição de hoje fala da independência de Deus e da escolha em fazermos a nossa própria vontade. A exaltação própria vem pela independência de Deus. É muito fácil as pessoas esquecerem-se das bênçãos de Deus. No leito de um hospital alguém pode fazer um voto de fidelidade e entrega a Deus, mas, depois que sai curado e cheio de saúde esquece-se de Deus. Isso temos visto com exemplos reais e bem perto de nós.

Entre o povo de Israel, enquanto no deserto, houve um grupo que permaneceu fiel a Deus, mas, depois que tinham tudo na terra de Canaã, esqueceram-se de Deus. Com quanta facilidade nos esquecemos das bênçãos de Deus na nossa vida! Com Lúcifer estava tudo bem também; mas, ele quis separar-se de Deus. Todas as vezes quando saímos de casa sem, antes, ter uma comunhão com Deus através da Palavra e da oração particular, estamos dando provas claras de que também não precisamos de Deus. Isto chama-se exaltação própria, independência de Deus ou orgulho. Até que ponto não estamos agindo da mesma forma que Lúcifer?

Tão logo Satanás foi lançado para a terra, ver Gên. 3:1-7, ele iniciou a sua tarefa de engano junto a Eva e Adão e os conduziu ao pecado. Nós também somos alvo dos ataques do inimigo. Jesus disse assim: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:33

O que a Bíblia menciona sobre essa batalha espiritual? Há dois erros básicos quando o assunto é a batalha espiritual: excesso e escassez de ênfase. Há aqueles que, para cada pecado, cada conflito e cada problema põem a culpa nos demônios que devem ser expulsos. Outros ignoram completamente a existência do diabo, e o fato de que a Bíblia nos instruí que nossa batalha é contra forças espirituais. 

O segredo do sucesso na batalha espiritual é encontrar o equilíbrio bíblico. Jesus, algumas vezes, expulsou demônios das pessoas, e algumas vezes, curou pessoas sem mencionar o demoníaco. O Apóstolo Paulo instrui os cristãos a começar a luta contra o pecado dentro de si mesmos, ver Romanos 6, e contra o diabo. Ver Efésios 6:10-18.

Em Efésios 6:10-12 encontramos: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Este texto ensina-nos algumas verdades cruciais: 1) Podemos ser fortes apenas no poder do Senhor. 2) É a armadura de Deus que nos protege. 3) Nossa batalha é contra forças espirituais do mal presentes no mundo.

Em Efésios 6:13-18 dá-nos uma descrição da armadura espiritual que Deus nos fornece: Devemos: a) Resistir firmes com o cinto da verdade, b) Com a couraça da justiça. c) Com o evangelho da paz. d) Com escudo da fé. e) Com o capacete da salvação. f) Com a espada do Espírito e, g) Com oração no Espírito. O que estas peças da armadura espiritual representam para nós em nossa batalha espiritual? 

Deus convida-nos para não vacilar na nossa fé, não importa o quão fortemente sejamos atacados. Nossa arma de ataque deve ser a Palavra de Deus, não nossas próprias opiniões e sentimentos. Devemos seguir o exemplo de Jesus em reconhecer que algumas vitórias espirituais são possíveis somente através da oração.

Jesus é nosso principal exemplo para a batalha espiritual. Observe como Jesus lidou com os ataques diretos de Satanás: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam.” Mateus 4:1-11.

A melhor maneira de combater Satanás é como Jesus nos mostrou, ou seja, citar as Escrituras, pois o diabo não tem poder contra a espada de Espírito, a Palavra do Deus Vivo.

"Quando Satanás se tornou inteiramente cônscio de que não havia possibilidade de ser de novo acolhido no favor de Deus, sua malícia e ódio começaram a ser manifestos. Ele confabulou com os seus anjos, e foi estabelecido um plano para ainda operar contra o governo de Deus. Quando Adão e Eva foram postos no belo jardim, Satanás estava assentando planos para destruí-los. De nenhuma maneira poderia este feliz casal ser privado de sua felicidade se obedecessem a Deus. Satanás não poderia exercer o seu poder sobre eles, a não ser que eles primeiro desobedecessem a Deus e desmerecessem o Seu favor. Algum plano devia, portanto, ser delineado que os levasse à desobediência e os fizesse incorrer no desagrado de Deus.” Primeiros Escritos, 146.

TERÇA-FEIRA (3 de abril) GUERRA NO CÉU E NA TERRA -  Quem são os atores que comandam as estratégias deste conflito? Aqui está uma intrigante questão que parece paradoxal: Um é o Criador, e o outro é a criatura. O conflito originou-se com a criatura. Por que a criatura lançou em um conflito com o seu Criador?

Outra questão aparentemente estranha: O conflito teve seu início em um ambiente de perfeita harmonia, paz e felicidade, conhecido como Céu. Veja este texto: “Houve então uma guerra nos céus. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram.” Apoc. 12:7. 

Como foi possível haver guerra no céu? É que ao Deus criar seres inteligentes à Sua semelhança, dotou-os com o direito à liberdade de escolha. Deus correu o risco de ver Suas criaturas rebelarem-se contra Ele. A liberdade que Deus outorgou às Suas criaturas era regida pelos princípios de Sua lei, obedecendo ou desobedecendo.

O que nos é dito sobre Lúcifer em seu primeiro estado? “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti… se encheu o teu interior de violência, e pecaste”. Ezeq. 28:15 e 16.

Lúcifer, desde que foi criado, vivia em harmonia com o padrão da justiça, o caráter de Deus, até que pecou, cometendo injustiça e como resultado desta rebelião surgiu a injustiça no universo. “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários.” Ezeq. 28:18. No céu havia um código de conduta: “Bendigam o Senhor, vós, seus anjos poderosos, que obedecem à sua palavra.” Sal. 103:20.

Numa linguagem profética, até o profeta e Deus ficaram admirados com reação de Lúcifer.  Não há explicação racional para o surgimento do pecado. Como entender que um ser perfeito, na presença de um Deus perfeito, em um ambiente de perfeição, pudesse gerar ideias de descontentamento, contestação, rebelião e pecar contra o seu Criador perfeito? O pecado de Lúcifer nasceu da contestação do amor e da justiça de Deus. Começou a alimentar a ideia de que Deus não era nem amoroso nem justo com as Suas criaturas.

Veja estes textos: “Desde o princípio a grande controvérsia fora a respeito da lei de Deus. Satanás procurara provar que Deus era injusto, que Sua lei era defeituosa, e que o bem do universo exigia que ela fosse mudada. Atacando a lei, visava ele subverter a autoridade de seu Autor. Mostrar-se-ia no conflito se os estatutos divinos eram deficientes e passíveis de mudança, ou perfeitos e imutáveis.“ Patriarcas e Profetas, 65.

“Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria… Não contente com a sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador… E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de Cristo apenas.” Patriarcas e Profetas, pág. 15.

Tendo em vista que o conflito arrastou-se para a terra, que cuidados devemos ter para não cairmos presas nas ciladas do diabo? Ver Apoc. 12:12 e I Pedro 5:8.

QUARTA-FEIRA (4 de abril) SEMPRE CONVOSCO, ATÉ AO FIM – A lição de hoje mostra a perseguição que o diabo infringe sobre os filhos de Deus no seu cotidiano e também no contexto da profecia bíblica. O diabo não contava com a graça salvadora de Cristo. Diz a palavra: “Mas onde avultou o pecado, a graça superabundou.” Rom. 5:20. E quando ele percebeu que tomou o próprio veneno, ao Jesus morreu para salva-nos, aí então começou a trabalhar depressa.

Quais foram os ataques do diabo no passado?

1) Corrompeu de tal modo os serviços típicos do Velho Testamento, com contrafações, que, quando Cristo veio, não foi reconhecido como o Messias prometido. Os pagãos proliferaram-se e com sacrifícios de animais e até de pessoas, que o povo de Israel caiu em apostasia.

2) Até os judeus não reconheceram a chegada do Messias “E, levantando-se o sumo-sacerdote, e todos os que estavam com ele (e eram eles da seita dos saduceus), encheram-se de inveja.” Atos 5:17

Quais são os ataques do diabo hoje?

1) A chegada do homem do pecado: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” II Tessalonicenses 2:3-4.

2) Espiritismo, Espiritualismo, Nova Era, etc… “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demónios.” I Timóteo 4:1. Isso tudo é visto em igrejas cristãs e não cristãs, e de forma declarada e forte. Esta guerra é no nível espiritual, mas houve e haverá também a guerra física contra os filhos de Deus.

Veja o cumprimento da profecia dos 1260 anos em síntese - Em Apocalipse 11:3 e 12:6, faz-se menção de 1260 dias. Em Apocalipse 11:2 e 13:5, são mencionados 42 meses, que, multiplicados por 30 dias do mês, resultam também em 1260 dias. Em Daniel 7:25; 12:7 e Apocalipse 12:14, menciona-se "tempo e tempos e metade de um tempo", ou seja, três tempos e meio, que na verdade, equivalem a três anos e meio. Três anos e meio, multiplicados pelos 12 meses do ano, dão 42 meses, que, multiplicados por 30 dias de cada mês, resultam outra vez em 1260 dias. 1 "tempo" = um ano = 360 dias - 2 "tempos" = dois anos = 720 dias. 1/2 "tempo" = meio ano =180 dias. Total - 1260 dias/anos

Existe na História um período de exatamente 1260 anos de perseguição religiosa, que começou no ano 538. d.C, com o edito de Justiniano. Foi Justiniano quem, depois de derrotar os ostrogodos, decretou que o bispo de Roma teria a preeminência sobre os bispos das outras cidades, pelo fato de que Roma era a capital do império e dominava o mundo político daqueles dias. Esse período abarcou os anos em que a Igreja perseguiu aqueles que negavam a obedecer-lhe cegamente. Como já vimos, nessa época a igreja Romana utilizou um instrumento chamado santa inquisição e tentou impedir que qualquer pessoa estudasse a Bíblia. Isso para que ninguém percebesse os erros que foram transferidos do paganismo para o cristianismo daqueles dias.

Ler e defender verdades bíblicas era considerado heresia, e a pena para os hereges era a fogueira. Previa ainda a confissão de "delitos" sob torturas terríveis. Instrumentos de torturas usados pela igreja Católica Romana medieval podem ser vistos em vários museus, como o Museu da Inquisição, em Lima, Peru e na Europa. Esse período de perseguição terminou em 1798, quando o General Berthier levou preso o líder religioso da igreja, o papa Pio VI.

Perceba, mais uma vez, o método do inimigo. Ele persegue a igreja de Deus, mas não identifica-se. Pelo contrário, o poder que persegue denomina-se a si mesmo Igreja de Deus, enquanto reclama adoração e obediência para si e não para Deus e Sua palavra. Com certeza, muitas pessoas que faziam parte da pretensa igreja de Deus achavam que estavam fazendo um favor a Deus, ao perseguir um bando de hereges que teimavam em obedecer à Bíblia e não à igreja. Só que essas pessoas, por sinceras que fossem, não percebiam que estavam sendo usadas pelo inimigo de Deus, na tentativa de destruir a verdadeira Igreja.

Que certeza tem os filhos de Deus da Sua proteção? “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mateus 28:20

QUINTA-FEIRA (5 de abril) A LEI E O EVANGELHO - Por que a lei e a salvação devem estar sempre juntas? Porque Deus que criou os dez mandamentos disse que eles jamais seriam mudados. Mesmo porque a lei de Deus expressa o Seu próprio carácter, e o Seu carácter é de amor. Os mandamentos foram criados para o nosso próprio benefício.

As leis do Velho Testamento são caducas e não mais aplicáveis aos cristãos sob o Novo Concerto? Há leis que caducaram por cumprirem sua função pré-figurativa, como as regras sobre ofertas de cordeiros e manjares, os sacrifícios e normas várias para sacerdotes e povo. Contudo, se há leis de caráter temporário, também há as de caráter eterno, que se caducassem trariam somente o caos a nível público e privado, por exemplo: “Honra o teu pai e a tua mãe”, “não matarás”, “não furtarás”, “não adulterarás.”

Antes do Sinai já havia a lei de Deus? Sim, e tanto é verdade que o Sábado existe desde a criação, antes do Sinai, pois Deus ao proclamar o mandamento por escrito, usou a expressão: “Lembra-te”. Deus jamais mandaria lembrar de uma coisa que o Seu povo, não o havia conhecido. No relato da criação temos este lindo texto: “E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.” Gênesis 2:2-3. Veja estes outros textos: Gênesis 35:1-4; 4:4-8; 39:7-9; 44:8; 12:18.

Qual é a função da lei? 1) Lembrar o pecador do seu pecado. 2) Mostrar o pecado quando este é praticado. 3) Orientar o perdoado, justificado e reconciliado pecador a trilhar o caminho da boa conduta. 4) Conduzir o pecador à Cristo, o único que pode salvar.

Qual é a função do evangelho? 

1) Perdoar: “É a obra de Deus ao lançar a glória do homem por terra, e fazer pelo homem o que não lhe é possível fazer em seu próprio poder.” Test. para Ministros, 456. O perdão é um ato da livre graça de Deus, mediante a qual Ele perdoa todos os nossos pecados e aceita-nos como justos aos Seus olhos, baseado somente na retidão de Cristo, a nós imputada, e recebida exclusivamente pela fé. 

2) Santificar: A santificação pode ser comparada a uma escada com muitos degraus que levam da terra ao Céu. Mas só existe uma escada assim, e precisamos descobrir onde ela começa antes de tentar subir. Os caminhos que a ela conduzem são: O chamado de Deus, o arrependimento, a conversão, a justificação, a regeneração ou novo nascimento. Cumpre-nos trilhar estes caminhos. A santificação começa por ocasião da conversão, e continua através de toda a vida do crente. É o gradual desenvolvimento de um caráter semelhante a Cristo, produzido pela submissão do crente à graça de Deus. Abrange todo o momento da vida, e é de importância progressiva. Significa perfeito amor, obediência e perfeita conformidade à vontade de Deus. Isso tudo vem de Cristo e nunca de qualquer esforço humano para conseguir.

3) Levar esperança ao pecador: Os teólogos falam da salvação em três tempos como indicam os verbos no original grego: Passado – Justificação. Fui salvo. É o que Cristo fez por nós. Tito 3:5. Presente – Santificação. Sou salvo. É o que Cristo está fazendo por nós. I Cor. 1:18. Futuro – Glorificação. Serei salvo. É o que Cristo fará por nós como vemos: “Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Romanos 5:9.

Como a lei de Deus pode auxiliar o crente que é salvo pela graça? “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” Romanos 3:19-20.

“Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.” Romanos 7:7.

“A obra de Deus é a mesma em todos os tempos, embora haja graus diversos de desenvolvimento e diferentes manifestações de Seu poder, para satisfazerem as necessidades dos homens nas várias épocas… O Salvador tipificado nos ritos e cerimônias da lei judaica, é precisamente o mesmo que se revela no evangelho.” Patriarcas e Profetas, pág. 373.

Como adventistas pregamos que somos salvos pela fé em Cristo, mas também advogamos que devemos guardar os 10 mandamentos da lei de Deus como prova de que somos salvos: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apocalipse 14:12

SEXTA-FEIRA (6 de abril) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 1 (2º trimestre 2018) O CONFLITO CÓSMICO – A lição desta semana ensina-nos algumas verdades cruciais: a) O diabo existe e está vivo. b) Podemos ser fortes apenas no poder do Senhor Jesus. c) A nossa batalha é contra forças espirituais do mal presentes no mundo.

No meio desta guerra, quais os segredos para o sucesso espiritual? Primeiro, confiemos no poder de Deus e não na nossa própria força. Segundo, repreendamos Satanás, em nome de Jesus, não em nosso próprio poder. Terceiro, devemos proteger-nos com a completa armadura de Deus. Quarto, engajemo-nos na guerra com a espada do Espírito: a Palavra de Deus. Por último, devemos lembrar-nos que mesmo estando na batalha espiritual contra Satanás e seus demônios, nem todo o pecado ou problema é um demônio que deva ser repreendido. Com paciência e sabedoria, Deus vai ajudar-nos a resolver tais dificuldades. “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou”. Romanos 8:37. Amém?

O caráter de Deus será reivindicado em três aspectos muito importantes: 1) O pecado existe, causou um problema enorme na vida dos filhos de Deus, mas Deus vai dar um final nessa história, para que o pecado nunca mais reapareça. Ver Naum 1:9 e Apoc. 22:3 b) Revelar que o caráter de Deus é, antes de tudo, cheio de amor e misericórdias para com o pecador, e só após a recusa do pecador em aceitar tal salvação é que Deus age através da Sua justiça. Com certeza, amor e justiça podem conviver juntas. c) Satanás é mentiroso e falso, e ele age de forma contrária a vontade de Deus. Ele finalmente será destruído, no julgamento final, após os mil anos. Amém?

Satanás tem tido algum domínio sobre as pessoas e planeta, mas ele terá um fim. O transcurso da vida de Satanás pode ser classificado em 4 fases:

A) No céu. Como vimos na lição, o espetáculo cósmico teve o seu início no céu. Todos os anjos do céu ficaram sabendo da queda de Lúcifer e seus anjos, e houve tristeza no céu e no universo.

B) Na cruz de Cristo. Quando Jesus morreu Satanás teve a sua sentença de morte decretada. Veja este texto: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apocalipse 12:10-12.

3) Na vida dos cativos pelos pecados. A lição aposta no aspecto de que todos os filhos de Deus são chamados para serem um espectáculo ao mundo para derrotar as obras de Satanás, levando a salvação aos cativos em seus pecados. Veja estes textos: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mateus 5:16

“Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens.” I Coríntios 4:9

Todos são chamados para levar o evangelho aos perdidos. Antes de levarmos o evangelho é necessário ocorrer uma transformação na nossa vida. Necessitamos estar ligados à videira verdadeira; que é Cristo, para produzirmos frutos para o reino de Deus.

4) No juízo executivo ou pós-milenar. Depois de mais de 6 mil anos de pecado e degeneração, por fim será desmascarado para o universo o grande enganador, Satanás. No princípio a argumentação dele era que a obediência a lei de Deus não era necessária. Na terra, ele obteve vitória sobre Adão e Eva e o argumento volveu-se para a impossibilidade do ser humano guardar a lei de Deus. Hoje Satanás afirma que o ser humano não pode guardar a santa lei, e muitos hoje se tem colocado firmemente ao seu lado dentro de nossa amada igreja, afirmando que o ser humano não pode ter a vitória sobre os pecados conhecidos. Podemos e devemos deixar Jesus viver em nós e por nós, para que não mais vivamos na prática de pecados conhecidos. No fim dos mil anos o diabo será totalmente desmascarado onde ficará claro, para todo o universo, que seus pecados e acusações contra o carácter de Deus eram falsos. Ele também reconhecerá que Deus tinha razão. O carater de Deus será totalmente vindicado.  Ele será destruído para sempre juntamente com os anjos maus e pessoas perdidas!

Luís Carlos Fonseca

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