quarta-feira, 7 de março de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 13 (1º trimestre 2018) OS RESULTADOS DA MORDOMIA



COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 13 (1º trimestre 2018) OS RESULTADOS DA MORDOMIA

VERSO ÁUREO: “Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.” I Pedro 2:12

INTRODUÇÃO (sábado 24 de março) – Chegamos no final do trimestre que discorreu sobre Mordomia Cristã. Depois dos estudos sobre o tema, já temos condições de avaliar se somos bons mordomos ou não. O poeta inglês John Donne disse: “Nenhum homem é uma ilha isolada”. Ou seja, as nossas ações fazem eco no todo do qual fazemos parte. Somos não somente responsáveis pelas escolhas que fazemos, mas também as atitudes e ações decorrentes dessas escolhas são um espetáculo para uma audiência que nos observa o tempo todo em toda a vida. E ser mordomos de Cristo envolve essa responsabilidade!

Certo juiz norte-americano, utilizava-se de um expediente curioso para encorajar a boa conduta ao volante. Quando as pessoas eram acusadas de dirigirem embriagadas, ele dava-lhes duas opções. A primeira era colocar um adesivo com esta mensagem no para-choque do veículo: “Este carro pertence a um motorista bêbado já condenado”. A segunda opção, preferida por quase todos, era esta: os infratores deveriam inscrever-se no programa de tratamento para alcoólatras. As pessoas rejeitavam a primeira opção porque ficavam preocupadas com o que os outros iam pensar delas. Como mordomos de Deus devemos ter essa responsabilidade também.

A lição que se tira dos exemplos acima é que todos os dias, as pessoas ao nosso redor estão lendo o nosso exemplo, bom ou mau, e o apóstolo Paulo, sabendo que esse expediente bem se aplicava aos seguidores de Cristo, escreveu: “Vós sois a nossa carta… conhecida e lida por todos os homens.” II Cor 3:2. Para ele, nós estamos sendo observados, não somente por Deus, que tudo vê, mas também pelas pessoas ao nosso redor. Está escrito que o nosso comportamento é observado por uma “grande nuvem de testemunhas.” Heb. 12.1. Amém?

Muito embora as pessoas nem sempre emitem opinião sobre o nosso comportamento, estamos sendo lidos por todos ao nosso redor, pois somos cartas abertas. Deus também está lendo a nossa vida. O problema é que as vezes tememos muito mais a opinião pública do que a de Deus. Jesus, querendo que os discípulos de algum modo influenciassem, para o bem as pessoas ao seu redor, disse: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte.” Mat 5:13. O sal não pode deixar de temperar e conservar e a luz não pode deixar de brilhar. Em resumo, como mordomos de Cristo, não podemos ser omissos na vida, os resultados da nossa mordomia devem aparecer!

Devemos manter exemplar o nosso procedimento no meio das pessoas, para que; “naquilo que falam contra nós, observando-vos em nossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.” I Ped 2:12. Todos os seguidores de Jesus Cristo são “cartas abertas” e, portanto, “conhecida e lida por todos”. Por isso, cada um tem de decidir a mensagem que as pessoas lerão na sua própria vida, se a mesma glorificará a Deus ou será mero motivo de zombaria pelos outros.

“Mantende o perfume do caráter de Cristo em vossas próprias palavras e ações. Fazei com que os queixumes e lamúrias cessem definitivamente. Então os raios do sol da justiça de Cristo fluirão para vossos corações. Deus vos abençoará e vos fará uma bênção. ... É o caráter, não o terdes o nome nos livros da igreja, que vos torna cristãos. Que manifestações se darão quando Cristo, habitando no coração, for refletindo nas faces daqueles que O amam e guardam Seus mandamentos. ... O homem é transformado na imagem de Cristo. Um mundano pode passar e não ver a mudança, mas aqueles que tiveram comunhão com Cristo discernirão a expressão de Cristo em palavra, em espírito." Carta 6, 1889. Meditação Matinal - Olhando para o Alto, 18

DOMINGO (25 de março) A MORDOMIA E A PIEDADEO que é ser piedoso? As palavras piedade, piedoso e piedosamente são encontradas mais de 40 vezes no Novo Testamento e são mal-entendidas. A nossa palavra "piedade" vem do Latim, e tem dois sentidos: a) Amor e respeito às coisas religiosas; religiosidade; devoção. b) Pena dos males alheios; compaixão, dó, comiseração.

Quando encontramos a palavra piedade ou piedoso na leitura do Novo Testamento, pensemos primeiro no sentido de devoção a Deus, temente a Deus, ou às coisas religiosas, e na santidade. Na maioria dos casos, essas definições vão comunicar melhor o sentido do original. Vamos ver alguns exemplos: Em I Timóteo 2:10 fala sobre "mulheres que professam ser piedosas". A palavra grega aqui é theosebeia, que obviamente inclui Deus, theos, como o objeto da devoção. João 9:31 usa uma forma da mesma palavra, onde é traduzido "teme a Deus". Outras palavras gregas são traduzidas como piedade, piedoso e piedosamente, especialmente a palavra eusebeia e outras da mesma família. O sentido principal destas palavras é louvor, reverência ou devoção.

Veja como este entendimento da lição de hoje esclarece alguns versículos. Paulo diz em II Timóteo 3:12: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos." O sentido de mostrar compaixão para com outras pessoas não se encaixa aqui, seremos perseguidos por mostrar compaixão? Não, antes, os que demonstram reverência a Deus serão oprimidos. Em I Timóteo 3:16 diz que "grande é o mistério da piedade", mas o versículo não fala de sentir dó para os outros. Fala, sim, dos motivos que temos para adorar a Jesus. Amém?

A mordomia é expressa através de uma vida piedosa. A palavra santo vem do grego “hagios”, que significa “consagrado a Deus, divino, sagrado, piedoso” A idéia da palavra santo é de um grupo de pessoas escolhidas para o Senhor e o Seu Reino. Há três referências relacionadas ao caráter piedoso dos santos; “...que a recebais no Senhor como convém aos santos...” Romanos 16:2. “...com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho no seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.” Efésios 4:12. “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos” Efésios 5:3. Os mordomos são chamados a ser santos, para cada vez mais permitir que a sua vida diária se aproxime da sua posição em Cristo. Essa é a descrição e o chamado bíblico dos santos ou piedosos.

Veja nestes textos inspirados a importância da piedade:  “E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência piedade, e à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”. II Pedro 1:1-8.

“Essas palavras são plenas de instrução e tratam do que é fundamental. O apóstolo apresenta perante os crentes a escada do progresso cristão, cujos degraus representam cada qual um acréscimo no conhecimento de Deus e em cuja ascensão não deve haver parada. Fé, virtude, ciência, temperança, paciência, piedade, amor fraternal e caridade são os degraus da escada. Permanecemos salvos ao subir degrau a degrau, passo após passo, para o alto ideal de Cristo para nós. Assim é Ele feito para nós sabedoria, e justiça, e santificação e redenção.” Atos dos Apóstolos, 297

SEGUNDA-FEIRA (26 de março) CONTENTAMENTO – Para o crente, o estado de conformação com as provações da vida é definido como contentamento. Paulo disse assim: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.” Filipenses 4:11,12.

O mordomo de Cristo não fica reclamando de tudo e de todos. Ele aceita os desafios da vida como degraus que levam a aproximar de Deus. As fontes que geram as provações são muitas e variadas. As provações podem vir diretamente de Deus, a exemplo do que ocorreu com Abraão em Gênesis 22; de Satanás, no caso de Jó, ver Jó 1:6-12; do nosso semelhante, como no episódio em que os irmãos de José lhe intentaram o mal, ver Gên. 37:14-28; 50.20 ou das mais diversas circunstâncias desencadeadas nos planos religiosos, políticos, sociais e econômicos. Portanto, uma coisa é absolutamente certa, Deus está monitorando cada uma delas visando nossa edificação.

O apóstolo Paulo, que entusiasticamente fez a seguinte confissão: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para conseguir Cristo” Filip. 3:8, demonstrou em seu ministério que realizava a missão para a qual foi chamado com muita alegria, como um presente que recebera do Senhor, e não como um fardo a ser suportado, apesar das provações que lhe sobrevinham. Ainda em Filipenses, encontramos a razão por que Paulo transmite tanto entusiasmo e contentamento: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.” Fip 4:11. Tiago deixa-nos o mandamento da alegria diante das provações e Paulo ensina o caminho para vivermos este princípio. O caminho é o aprendizado. Paulo aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação. Este deve ser o alvo e o desafio do bom mordomo em meio às provações.

Cito o nosso maior exemplo; Jesus: “Homem de dores e que sabe o que é padecer”, assim era Jesus de Nazaré. Sofreu rejeição. Padeceu por fazer a vontade de Deus. Foi perseguido e desprezado. Mas não perdeu a doçura em meio às lutas. As provações não deixaram Jesus amargurado. Continuava sereno. Mesmo tendo uma agenda apertada, atraía as crianças e lhes dispensava atenção. Apesar das dificuldades, contemplava e ensinava os Seus discípulos a contemplar os lírios do campo e as aves do céu. Instruiu-os a cultivar a arte da contemplação. Ensinou-lhes a vencer as inquietações do cotidiano tirando lições da natureza. Jesus tinha motivos para a amargura e o ódio. Foi traído pelo preço de um escravo, trocado por um homicida e crucificado como um malfeitor. Senhor das Suas emoções e fiel guerreiro contra o ódio e a amargura, Jesus optou pelo amor. Mesmo crucificado, sofrendo as mais terríveis dores, não Lhe faltou ternura para transmitir graça e perdão àqueles que só lhe causaram males. Seguimos os passos do nosso Mestre quando temos alegria, serenidade e ternura nas provações. Amém?

Veja estes textos inspirados: “Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” I Timóteo 6:6.

“A religião pura traz paz, felicidade, contentamento; a piedade é proveitosa para esta vida e a futura. Carta 1b, 1873. Aquele desassossego e descontentamento que finda na irritação e no queixume, é pecaminoso; mas o descontentamento consigo mesmo que induz o mais diligente esforço por maior aperfeiçoamento da mente para mais amplo campo de utilidade, é digno de louvor! Esse descontentamento não termina em decepção mas em reunir as forças para mais elevado e extenso campo de utilidade. Sede tão-somente equilibrados por firmes princípios religiosos e uma consciência sensível, tendo sempre o temor de Deus diante de vós, e certamente haveis de prosperar em habilitar-vos para uma vida útil.” Carta 16, 1872. Meditação Matinal – Nossa Alta Vocação, 293.

TERÇA-FEIRA (27 de março) CONFIANÇA – O mordomo de Deus confia plenamente em seu Senhor. Eis os textos para hoje: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.” Provérbios 3:5.

"Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio". Salmo 91:2

Não podemos confiar em alguém que não conhecemos, e esse é o segredo de aprender a confiar em Deus. Quando alguém diz: "Confie em mim", temos uma de duas reações. Ou podemos dizer: "Sim, eu vou confiar em você", ou podemos dizer: "Por que eu deveria?" No caso de Deus, confiar nEle é a consequência natural quando entendemos por que deveríamos.

A principal razão por que devemos confiar em Deus é que Ele é digno de nossa confiança. Ao contrário dos homens, Ele nunca mente e nunca deixa de cumprir as Suas promessas. "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá ?" Números 23:19, Salmo 89:34. Ao contrário dos homens, Ele tem o poder de realizar os Seus planos e propósitos. Isaías 14:24 diz-nos: "Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará." Além disso, os Seus planos são perfeitos, santos e justos, e Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que O amam e são chamados segundo o Seu propósito santo Romanos 8:28. Se nos esforçarmos para conhecer a Deus através da Sua Palavra, veremos que Ele é digno da nossa confiança, a qual vai crescer diariamente. Conhecer a Deus é confiar nEle.

Outra razão para confiar em Deus é que realmente não temos uma outra alternativa sensata. Não devemos confiar em nós mesmos ou em outras pessoas que são pecadores, imprevisíveis, não confiáveis, de sabedoria limitada e que frequentemente fazem más escolhas e decisões influenciadas pela emoção. Devemos sim confiar no Deus todo-poderoso, onisciente, gracioso, misericordioso e amoroso, sabendo que Ele tem boas intenções para nós. A escolha deve ser óbvia, mas, as vezes, deixamos de confiar em Deus porque não O conhecemos.

Em Salmo 125:1 diz: “Aqueles que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não pode ser abalado, mas permanece para sempre.” Depositar nossa confiança em Deus, faz-nos estar firmes como uma montanha, semelhante a ela não seremos abalados pelas adversidades da vida, mesmo passando pelo deserto ou por outra situação, mais com confiança em Deus permaneceremos firmes diante dos problemas e dificuldades. A confiança no Senhor produz uma firmeza inigualável. Como mordomos precisamos desenvolver uma confiança como de uma criança em relação ao seu pai. O mordomo recebe as ordens de Deus e as executa de forma obediente.

QUARTA-FEIRA (28 de março) A NOSSA INFLUÊNCIA – A influencia que exercemos perante os outros é de muita importância para a divulgação do evangelho. Depois que aceitamos Jesus como nosso Salvador temos uma responsabilidade acrescida no ato de testemunhar. A Bíblia diz: “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.” Efésios 5:8

Como a nossa mordomia deve trazer glória a Deus e ao mesmo tempo exercer influência sobre os outros? Ler Mateus 5:16; Tito 2:7 e I Pedro 2:11 e 12. A mordomia envolve fazermos uma boa gestão dos bens que Deus nos confiou como; os dons espirituais, o tempo e os bens materiais. Mas, ultrapassa essas fronteiras, levando o nosso testemunho às pessoas. A nossa mordomia deve ser exercida entre nossa família, comunidade e universo: “Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens.” I Coríntios 4:9.

Os mordomos de Cristo são convidados a exercerem o ministério perante as pessoas como luzeiros do mundo. Enquanto pensadores, filósofos e cientistas estão perplexos, sem saber o que fazer, embora conheçam a situação caótica do momento, Jesus aponta para mim e para você, e diz: “Vós sois a luz do mundo.” Temos, de fato, sido a luz do mundo? Como é que o cristão torna-se luz do mundo?
Referindo-se a Jesus, Mateus 4:16 diz: “O povo que jazia em trevas viu grande luz.” A primeira coisa que Jesus fez neste mundo foi desmascarar as trevas. Por quê? Porque ele era diferente de todas as pessoas que viviam nas trevas. O mordomo genuíno é, inevitavelmente, a luz do mundo, não porque esforça-se para ser, mas porque isso lhe é natural. Pelo fato de ser o que é, o cristão leva uma vida diferente e isso por si só denuncia todas as outras maneiras erradas de viver, deixando envergonhado quem as executa.

Alguém já chegou até você, sem nunca tê-lo visto antes, com a pergunta: Você é crente? Certamente, foi em um momento em que você estava condizente com o comportamento de cristão. Por outro lado, ninguém fará essa pergunta ao vê-lo entrar na igreja com a Bíblia na mão. Essa pergunta só é feita quando há contraste; quando você, de fato, atua como luz do mundo.

As pessoas do mundo precisam de contrastes. Onde, como e em que estamos causando contrastes? Em casa? No relacionamento com outras pessoas? Nos lugares que frequentamos? Na nossa aparência e maneira de falar? Nos programas de TV que assistimos? Em nossa temperança e fidelidade?

“Levem a luz aonde quer que forem; mostrem que tem força de propósito, que não são pessoas indecisas, facilmente dominadas por maus companheiros. Não aceitem as sugestões dos que desonram a Deus, antes procurem reformar, reaver e salvar pessoas do mal.” Mensagens aos Jovens, pág. 23

QUINTA-FEIRA (29 de março) AS PALAVRAS QUE QUEREMOS E NÃO QUEREMOS OUVIR – Quando Jesus voltar as pessoas vão ouvir de Deus as palavras de aprovação ou de desaprovação. Que palavras vai ouvir?  “E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” Mateus 25:21

“E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Mateus 7:23.

Jesus disse: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.” Apoc. 22:12. Paulo disse que a obra de cada crente vai ser provada pelo fogo e, "se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão.” I Cor 3:14. Em II Coríntios 5 está escrito que todos nós haveremos de aparecer perante o tribunal de Cristo, "para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito.” v. 10. A distinção entre dádiva e recompensa nas Escrituras é bem clara. A graça é um dom imerecido recebida pela fé, sem dinheiro e sem preço. Na graça o melhor serviço é sem valor, a obrigação não é reconhecida e o valor não é considerado. Porém, o galardão é merecido; é o salário pelo serviço prestado, recebido pelas obras através do labor e sacrifício. No galardão o menor serviço é lembrado, a obrigação é reconhecida e o valor é considerado. A recompensa depende totalmente do crente; a graça depende totalmente de Cristo. Qual será a sua recompensa?

Deus chamou Jesus de Servo bom e fiel. Por Sua vida, Sua obediência perfeita ao Pai Celestial, por Sua doação a cada um de nós até ao ponto de pagar nossa dívida morrendo por nós, o Pai O chama de Servo Bom e Fiel. Ele foi dedicado até ao extremo, por causa de cada um de nós. Por isso o Pai O chamou de Servo Bom e fiel. E agora, você e eu, como parte do corpo de Cristo, temos o privilégio de ouví-la dirigida também a nós.  É tão bom, como pastores e membros de igreja ouvir nosso bom Deus dizer-nos: servo bom e fiel. Se é tão doce o soar destas palavras hoje, imagine quanto mais serão no último dia!

Na Parábola dos talentos Jesus está falando do Reino dos Céus, a coisa mais importante do mundo. Ele diz: "Porque o reino dos céus é semelhante a um homem que viajou para um país distante, e chamou os seus servos e entregou seus bens a eles." Um recebeu 5 talentos, outro 2 e o último 1. É deste último, que é denominado pelo próprio Jesus de “servo inútil” que Jesus está tratando. Ele quer ensinar-nos a não sermos mordomos inúteis.

Jesus apresentou ao Pai tudo o que Ele fez para a salvação da humanidade pecadora e o Pai lhe disse: “MUITO BEM, SERVO BOM E FIEL”. Que você também possa humildemente chegar-se diante de Jesus, no dia em que Ele voltar, e dizer-lhe: “Senhor, confiaste-me tantos talentos; eis aqui outros que ganhei para ti”. Certamente ouvirá de seu Deus e Salvador: “Muito bem, Servo bom e fiel”.

“Cristo confia a Seus servos Seus bens; alguma coisa que deve ser usada para Ele. Dá a cada um a sua obra. Todos têm seu lugar no plano eterno do Céu. Todos devem colaborar com Cristo para a salvação das pessoas. Tão certo como nos está preparado um lugar nas mansões celestes, há também um lugar especial designado na Terra, onde devemos trabalhar para Deus.” Parábolas de Jesus 326, 327

SEXTA-FEIRA (30 de março) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 13 (1º trimestre 2018) OS RESULTADOS DA MORDOMIA – O resultado da mordomia depende de Deus e do homem. A parte de Deus é pedir e conceder condições para o homem obedecer, e a dos mordomos é obedecer Deus e procurar fazer a verdadeira mordomia.
  
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes.” Tiago 1:17.Como esse texto ajuda a estabelecer a base para um conceito de mordomia fundamentado na Bíblia? Muitas vezes tendemos a pensar em mordomia em termos de dinheiro apenas. No entanto, como vimos durante o trimestre, a mordomia envolve muito mais do que isso. Porém, seja lidando com dinheiro, com preocupações ambientais ou com nossa saúde, ou com os dons e com o tempo, existem certos princípios envolvidos na boa mordomia, princípios que têm seu fundamento último na criação descrita em Gênesis. No fim, visto que Deus é nosso Criador, e que tudo que temos é dádiva dele, devemos ser bons mordomos de tudo o que nos foi confiado.

O mundo em que vivemos é um presente de amor do Deus Criador daquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apoc 14:7. Dentro dessa criação Ele colocou os seres humanos, ligados intencionalmente em relacionamento com Ele, com outras pessoas e com o mundo ao redor. Portanto, como Adventistas do Sétimo Dia, consideramos que a preservação e cuidado do meio ambiente estão intimamente relacionados com nosso serviço para Ele. Visto que a pobreza humana e a degradação ambiental estão inter-relacionadas, comprometemo-nos a melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas como bons mordomos que de nós é requerido. Nosso objetivo é o desenvolvimento sustentável dos recursos, enquanto atendemos às necessidades humanas. E, nesse compromisso, confirmamos nossa condição de mordomos da criação de Deus e cremos que a total restauração será alcançada somente quando Deus fizer novas todas as coisas.

A Mordomia Cristã envolve 5 aspectos da vida do Cristão:

Nosso Corpo - Visto que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, devemos conservá-lo nas melhores condições possíveis. Se cuidamos da casa em que moramos, procurando mantê-la limpa e bem cuidada, quanto mais devemos cuidar do nosso corpo, que se tornou habitação do Espírito Santo!

Nossos Talentos - Cada um de nós tem talentos, ou dons espirituais, que nos foram entregues como oportunidades para realizar algo em favor do reino de Deus. Ninguém poderá dizer que não tem oportunidades, pois estaria assim acusando a Deus de injusto e parcial. O Senhor vai chamar à contas os seus servos, "Muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.” Mat. 25:19. Um dos princípios básicos da mordomia, expressos por Cristo, encontra-se exemplificado no acréscimo recebido pelo servo dos dez talentos. A ele, que já tinha dez, foi entregue aquele talento que o mordomo infiel não desenvolveu: "porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado". Mat. 25:29.

Nosso Tempo - Cada um recebe a mesma porção de tempo. Depende de nós o uso sábio ou negligente que faremos dele. E, Deus também irá pedir conta do uso que fazemos do tempo.

Nossos Bens – Deus concede aos Seus filhos saúde, condições de trabalho e sustento, e pede apenas o dízimo e ofertas voluntárias para a manutenção do ministério da pregação da Palavra.

O Cuidado da Terra - Deus criou o mundo de forma perfeita e solicitou aos nossos primeiros pais que cuidassem do meio ambiente. A tarefa de cuidar ficou mais difícil depois da entrada do pecado, mas Deus deu condições para que Adão e Eva, e seus descendentes, tomassem conta da fauna e da flora, pois a terra precisava ser bem cuidada para que todos tivessem boas condições de vida.
Deus estabeleceu leis de ocupação e de uso do espaço. Ele mesmo deu o exemplo, plantando um jardim que se constituía o espaço que Adão e Eva deviam usar para o seu benefício. Com o crescimento da humanidade, cada família receberia o seu espaço, como domínio, para administrar e desfrutar. A propriedade do espaço sempre seria de Deus. Caso todos desenvolvessem os princípios de Mordomia Cristã como Deus ordena certamente viveríamos melhor aqui.

Luís Fonseca

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