VERSO ÁUREO: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” Apocalipse 1:3
INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE: As lições deste trimestre foram escritas por Ranko Stefanovic, especialista no livro de Apocalipse e professor do Novo Testamento na Universidade Adventista Andrews, EUA.
Apocalipse significa “algo que já foi revelado”. Se já foi revelado é algo que podemos entender e ser beneficiados pela leitura. No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ali está o complemento do livro de Daniel. Um é uma profecia; o outro é uma revelação. Como todo leitor da Bíblia sabe, os livros de Daniel e Apocalipse são, na maior parte, escritos em símbolos. Nesses dois livros Deus revela toda a extensão da controvérsia moral que convulsionou nosso planeta dando ênfase na derradeira vitória de Sua causa, e na final condenação das forças do mal.
Nós, os Adventistas do Sétimo Dia, sempre seguimos o método histórico de interpretação profética para explicar os símbolos e seus significados. Algumas vezes esse método é chamado de historicismo, ou método histórico contínuo. Este método histórico aceita o conceito de que as profecias de Daniel e Apocalipse destinam-se a ser reveladas e cumpridas no tempo histórico, isto é; no período decorrido entre os profetas Daniel e João respectivamente, e o estabelecimento final do reino eterno de Deus. Por exemplo: O princípio de dia/ano em que um dia simbólico = um ano literal, é parte integral deste método, desde que ele sirva para revelar os períodos de tempo para que possamos localizar os eventos preditos ao longo da História.
Jesus usou o método histórico para interpretar Daniel quando anunciou: “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo.” Mar 1:15. Nessa afirmação de cumprimento profético, Ele se referiu à profecia de Daniel das 70 semanas, ver Dan 9:24-27, que predisse o aparecimento do Messias. Os reformadores protestantes, de cujas raízes nós derivamos empregaram da mesma forma o método histórico.
A igreja Católica Romana, sentindo-se incomodada com o sistema histórico de interpretar as profecias de Apocalipse, introduziu dois sistemas diferentes de interpretação profética: preterismo e futurismo. Com isso, as atenções das pessoas seriam desviadas da ICR como cumprimento das profecias.
Preterismo, do latim praeter, significa “passado”, e argumenta que esses livros proféticos encontraram seu cumprimento no passado pré-cristão, ou nos primeiros séculos da era cristã. O preterismo penetrou no pensamento protestante no final do século 18 e tornou-se o ponto de vista do protestantismo liberal.
O futurismo faz parte do pensamento da linha Protestante no primeiro quarto do século 19. A forma mais proeminente de interpretação futurista hoje coloca o cumprimento do conteúdo do Apocalipse, excetuando os capítulos 1-3, para um futuro distante onde haverá um período de tribulação de 3 anos e meio, no final dos tempos, como um arrebatamento secreto da igreja para o céu. A 70.ª semana da profecia das setenta semanas de Daniel 9:24-27 é desconectada do todo e recolocada nos últimos sete anos do mundo. Muitos protestantes conservadores adotaram como seu sistema padrão para interpretar as profecias de Daniel e Apocalipse.
Veja a posição historicista de Ellen White: “O livro de Apocalipse revela ao mundo o que foi, o que é e o que será; destina-se para nossa instrução sobre como serão os fins dos tempos. Deveria ser estudado com reverente respeito. Somos privilegiados em conhecer o que é para nossa compreensão…” Ellen G. White Comments, SDABC, vol. 7, 954.
“No Apocalipse são pintadas as coisas profundas de Deus… Suas verdades são dirigidas aos que vivem nos últimos dias da história da terra, como o foram os que viviam nos dias de João. Algumas das cenas descritas nesta profecia estão no passado e algumas estão agora tendo lugar: algumas apresentam-nos o fim do grande conflito entre os poderes das trevas e o Príncipe do Céu, e algumas revelam os triunfos e o regozijo dos remidos na Terra renovada.” Atos dos Apóstolos, 584.
INTRODUÇÃO (sábado 29 de dezembro) – Segundo historiadores, o livro de Apocalipse foi escrito por volta do ano 96 d.C, quando o imperador era Domiciano. Ele era cruel e corrupto e impôs o culto ao imperador, declarando-se rei e deus. Como os cristão não aceitavam adoração à ninguém que não fosse o Deus Criador, o imperador começou a perseguir os cristãos.
Quando João foi preso, por causa do evangelho de Cristo, conforme a tradição; tentaram matá-lo colocando-o em óleo fervente por vinte e quatro horas, mas ele saiu ileso! Os oficiais enfurecidos e impotentes então o sentenciaram a Patmos como se fosse um feiticeiro. João então foi exilado na Ilha de Patmos, uma pequena ilha que está situada a uns 45 quilómetros de distância da costa da Ásia Menor no Mar Egeu. Sendo rochosa e infestada de cobras, lagartos e escorpiões, tinha pouco valor comercial, e assim era usada pelo Império Romano como uma colônia penal onde eram encerrados os mais violentos criminosos e prisioneiros políticos.
João escreveu aos cristãos como um irmão em aflição. Foi neste tempo que a igreja primitiva estava atravessando grandes perseguições. João estava agora sofrendo reclusão por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo. Não compreendemos a Palavra como devemos, mas o livro de Apocalipse abre com uma ordem para compreendermos a instrução que ele contém. “Bem-aventurado aquele que lê, e bem-aventurados aqueles que ouvem as palavras da profecia, e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.” Apoc 1:3. Quando compreendermos o que esse livro significa para nós, será visto entre nós grande reavivamento. Não compreendemos plenamente as lições que ele ensina, mas a ordem que nos é dada é de examiná-lo e estudá-lo, pois o fim está próximo. Fazemos bem em obedecer!
“Revelação significa que algo de importante é dado a conhecer. As verdades desse livro dirigem-se aos que vivem nesses últimos dias. Estamos com o véu removido no lugar santo das coisas sagradas. Não devemos ficar de fora. Não devemos entrar com pensamentos descuidados e irreverentes, nem com passos impetuosos, mas com reverência e piedoso temor. Aproximamo-nos do tempo em que se devem cumprir as profecias do livro do Apocalipse.” Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 113.
Por que o Apocalipse foi escrito? O livro está enfaticamente centrado em Jesus Cristo, chamando Cristo de "o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim" Apoc. 22:13. A mensagem profética do livro não é meramente mostrar o futuro da história da igreja. Sua maior preocupação é pastoral; guiar e aconselhar os crentes em Cristo Jesus em tempos de perseguição, animá-los a perseverar até o fim na verdadeira fé, admoestá-los e alertá-los contra os falsos profetas e falsas religiões.
O Apocalipse assegura-nos que o nosso Redentor está em nosso meio em todo momento, porque caminha entre os sete "castiçais" celestiais, que representam "as sete igrejas". Ver 1:13, 20. Estas "sete igrejas" , para além de representar as igrejas locais na província romana da Ásia Menor, mostra Cristo agindo em favor da Sua igreja em todos os tempos. Estas "sete igrejas" representam suas igrejas, as comunidades que O adoram entre todas as nações, do tempo de João até Jesus voltar.
DOMINGO (30 de dezembro) O TÍTULO DO LIVRO DE APOCALIPSE - Este é o texto principal para o estudo de hoje: "Revelação de Jesus Cristo.” Apoc. 1:1. Este texto enuncia claramente seu propósito ao princípio: "Para manifestar a seus servos as coisas que em breve devem acontecer"...."as que são e as que têm que ser depois destas.” vs. 1, 19. Isto significa que a perspetiva histórica do livro não é apenas o presente imediato ou o futuro distante, e sim toda a história da igreja do tempo do autor até o segundo advento. Isto faz com que o Apocalipse seja um guia único para a igreja em qualquer tempo. Constitui uma continuação dos quatro Evangelhos que se concentram especificamente no primeiro advento, já o Apocalipse se concentra até os nossos dias e para depois de nós, até a volta de Cristo.
Sendo a revelação de Jesus Cristo, o Apocalipse é dirigido à todas as pessoas e não apenas aos judeus e gentios do tempo de João. Todos necessitamos desesperadamente da segurança de que o Senhor ressuscitado permanece intimamente ligado conosco, aqui e agora, para fortalecer a nossa fé e incutir-nos esperança e alegria nem mundo obscurecido pelo pecado. O reino de Deus será realizado completamente neste mundo como seu ato final. Por sete vezes Cristo promete ao "vencedor" em cada igreja uma recompensa específica de salvação hoje e no fim dos tempos. Amém?
Sendo o Apocalipse a revelação de Cristo, João contempla Jesus estando entre os sete castiçais celestiais, "vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro.” Apoc. 1:13. Esta veste comprida sugere o Seu papel atual como nosso Mediador. Compare com Êxodo 28:4, 5 e 39:5. A descrição apocalíptica de Cristo em Apocalipse 1 ensina a igreja que seu Senhor agora está cumprindo o que tinha prefigurado o sacerdócio de Israel. Jesus, no santuário celestial, ouve nossas confissões e perdoa os nossos pecados com segurança absoluta. Cristo substituiu todos os sacerdócios terrestres ao estabelecer a valides de seu presente sacerdócio. Ver Heb. 10:9
Como Cristo é a verdadeira revelação do livro de Apocalipse, somos chamados a mantermos comunhão com Ele.
Veja este texto inspirado: “Nosso crescimento na graça, nossa felicidade, nossa utilidade, tudo depende de nossa união com Cristo. É pela comunhão com Ele, todo dia, toda hora, permanecendo nele, que devemos crescer na graça. Ele é não somente o Autor mas também o Consumador de nossa fé. É Cristo primeiro, por último e sempre. Deve estar conosco, não só ao princípio e ao fim de nossa carreira, mas a cada passo do caminho.”
“Consagre-se a Deus pela manhã; faça disso sua primeira tarefa. Seja sua a oração: “Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti.” Esta é uma questão diária. Cada manhã consagre-se a Deus para esse dia. Submeta-Lhe todos os seus planos, para que se executem ou deixem de se executar, conforme o indicar a Sua providência. Assim, dia a dia, você poderá entregar às mãos de Deus a sua vida, e assim ela se moldará mais e mais segundo a vida de Cristo.”
“A vida em Cristo é de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas deve existir uma constante, serena confiança. Sua esperança não está em si mesmos; está em Cristo. Sua fraqueza se acha unida à Sua força, sua ignorância à Sua sabedoria, sua fragilidade ao Seu eterno poder. Você não deve, pois, olhar para si mesmo, nem permitir que o pensamento demore no próprio eu, mas olhe para Cristo. Que o pensamento demore em Seu amor, na formosura e perfeição de Seu caráter.” Caminho a Cristo, 69, 70. Amém?
SEGUNDA-FEIRA (31 de dezembro) O PROPÓSITO DO LIVRO DE APOCALIPSE – Para quem foi escrito o livro de Apocalipse? "João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono." Apocalipse 1:4. A mensagem das sete igrejas, para além das igrejas da Ásia, também é destinada para nós, pois temos um pouco de cada igreja em nossas igrejas e nas nossas vidas. Então o livro foi escrito para nós, com o propósito de mostrar-nos as coisas que em breve devem acontecer, que são as profecias. Portanto as profecias são muito importantes para nós.
“Onde não há profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado.” Provérbios 29:18. Deus nomeou nos tempos antigos homens separados para transmitir a Sua voz para a humanidade. Quando se fala em profecia, nos dias do escritor de provérbios, devemos lembrar que o escritor faz alusão ao ministério dos profetas que com suas mensagens contundentes e inspiradas traziam a nação de volta à obediência a Palavra de Deus; a profecia por excelência.
Hoje em dia não temos mais um ministério profético que tenha o intuito de guiar e dirigir a igreja. Essa função está a cargo da Bíblia mediante a instrumentalidade dos pregadores. Mas os pregadores devem ter como base a Palavra de Deus. E, como o Apocalipse é o livro revelado para os nossos dias, encontramos aqui o apoio profético que necessitamos para a nossa orientação espiritual.
A palavra profética necessita também de ser anunciada. Encontramos igrejas em que a pregação fica restrita a vinte ou a dez minutos durante o culto. E é por conta disto que temos tantos crentes doentes espirituais e a corrupção tem tomado conta de muitos corações. Até mesmo os cultos de doutrina, que são destinados ao ensino da Bíblia para a igreja, não estão mais cumprindo essa função. No contexto da liturgia, a musica congregacional, o louvor dos grupos, os testemunhos e os momentos de oração são importantes, mas a orientação da palavra doutrinária e profética deve ter lugar para que não venhamos vacilar na nossa fé.
Ellen White recomenda: “Há necessidade de mais íntimo estudo da Palavra de Deus; especialmente devem Daniel e Apocalipse merecer a atenção como nunca antes na história de nossa obra”. Testemunhos para Ministros, 112
“No Apocalipse são descritas as profundas coisas de Deus…O próprio Senhor revelou a Seu servo os mistérios contidos neste livro, propõe que seja aberto ao estudo de todos. Suas verdades são dirigidas aos que vivem nos últimos dias da história da Terra”. Atos dos Apóstolos, 584.
“Quando os livros de Daniel e Apocalipse forem bem compreendidos, terão os crentes uma experiência religiosa inteiramente diferente…. Os livros de Daniel e Apocalipse deviam ser encadernados juntos e publicados... O alvo é unir esses livros, mostrando que ambos se relacionam com os mesmos assuntos”. Testemunhos para Ministros, 114, 115, 117, 118
Compare os seguintes textos e encontre a razão porque algumas coisas não nos são reveladas e o que devemos fazer com aquelas que já nos foram reveladas? Deut. 29:29; Apoc. 22:7 e João 14:29
TERÇA-FEIRA (1º de janeiro) A LINGUAGEM SIMBÓLICA DE APOCALIPSE - Se o Apocalipse se destina à igreja de Deus, por que não foi revelado em linguagem comum? Não seria mais fácil os servos de Deus o entenderem e todos os que o quisessem estudar? O motivo por que o Apocalipse foi revelado e escrito em símbolos, funda-se no fato de que o tempo em que ele foi dado à igreja cristã era desfavorável ao cristianismo. O imperador romano, Domiciano, tencionava exterminar o cristianismo e as Escrituras Sagradas. Então todo o cuidado ainda era pouco, e como Deus é sábio demais para cometer erros, foi revelado através de símbolos! Se Apocalipse fosse escrito em linguagem corrente e comum, os romanos o destruiriam seguramente por falar contra eles. Mesmo sendo assim, o próprio anticristo percebeu, durante a história, que era contra ele e tentou destruir a bíblia no tempo da inquisição.
Com frequência a Bíblia apresenta a sua mensagem por meio de linguagem simbólica. Por outro lado, Deus revelou-Se a Si mesmo através de Cristo encarnado, e não apenas por palavras, mas também por atos de amor. Profecias e Deus revelado andam juntos, e uma complementa a outra. As palavras explicam os fatos, e estes proporcionam um cenário às palavras. A síntese perfeita encontra-se em Cristo, pois Ele é a Palavra que Se fez carne. Todos os fatos da história da redenção e das profecias relatados na Bíblia centralizam-se no fato supremo da vida de Cristo! Amém?
Símbolo é um sinal que sugere significado, em lugar de declará-lo. Pode representar algo passado, presente ou futuro. Por exemplo; o leão, como um símbolo de poder, é representado por Babilónia de acordo com Daniel capítulos 7, 8 e 11. Outro exemplo; as duas bestas, relatadas em Apocalise 13, são representadas; a primeira por um poder religioso e a segunda por um poder político. A partir daí vamos dar as interpretações que cada animal representa de forma especifica e ver que lições espirituais temos que extrair de cada profecia aplicada!
Outro ponto a considerar é que o símbolo é usado para dar uma lição ou apresentar uma verdade. As profecias apontam para uma verdade que Deus quer revelar. Os profetas bíblicos foram fiéis em apresentar o que receberam de Deus. Cabe-nos também a tarefa de não colocarmos a nossa interpretação na profecia, mas analisá-la a luz da história, por isso devemos interpretar de acordo com o método de Cristo.
Jesus usou o método histórico para interpretar Daniel quando Ele anunciou: “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo.” Mar 1:15. Nessa afirmação de cumprimento profético Ele se referiu à profecia de Daniel das 70 semanas, ver Dan 9:24-27, que predisse o aparecimento do Messias. Os reformadores protestantes, de cujas raízes nós derivamos empregaram da mesma forma o método histórico.
Nós, adventistas, aceitamos o método historicista para interpretarmos as profecias. Isto é; aceitamos que as profecias relacionadas ao tempo devem levar em conta o passado, presente e futuro para abençoar a igreja em todos os tempos. Veja este texto inspirado: “Algumas das cenas descritas nesta profecia estão no passado e algumas estão agora tendo lugar: algumas apresentam-nos o fim do grande conflito entre os poderes das trevas e o Príncipe do Céu, e algumas revelam os triunfos e o regozijo dos remidos na Terra renovada.” Atos dos Apóstolos, 584.
“A Bíblia contém todos os princípios que os homens necessitam compreender a fim de se habilitarem tanto para esta vida como para a futura. E tais princípios podem ser compreendidos por todos…Quando assim descobertas e reunidas, notar-se-á que se adaptam perfeitamente umas às outras. Cada evangelho é um suplemento dos outros, cada profecia uma explicação de outra, cada verdade um desenvolvimento de alguma outra. Os símbolos da economia judaica são esclarecidos pelo evangelho. Cada princípio tem na Palavra de Deus seu lugar, cada fato sua significação. E a estrutura completa, em seu plano e execução, dá testemunho do seu Autor. Mente alguma poderia conceber ou moldar tal estrutura, a não ser a que possui o Ente infinito.” Educação, 123
Que benefícios espirituais temos tirado das profecias que estudamos e interpretamos?
QUARTA-FEIRA (2 de janeiro) A DIVINDADE – O livro de Apocalipse começa com uma saudação semelhante com as que se encontram nas cartas de Paulo, mostrando a divindade de Cristo. Compare os textos: “João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados.” Apocalipse 1:4,5.
“A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” Romanos 1:7
“Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo.” Apocalipse 1:1
“Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.” Apocalipse 1:11. Este texto mostra que a mensagem de Salvação não ficou limitada apenas para as 7 igrejas da Asia, mas tem um alcance universal e até o final dos tempos.
As três pessoas da Divindade aparecem com mais clareza no Novo Testamento. E vemos nos dois primeiros versos mencionados mais acima. Após a Sua ressurreição, Jesus disse aos Seus discípulos: "Fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Mateus 28:19 e 20.
Jesus foi visto e mencionado por João e o Espírito Santo Foi visto por João através dos 7 espíritos. Veja outros textos que mencionam a presença do Espírito Santo: E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus.” Apocalipse 4:5.
“E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.” Apocalipse 5:6
O Espírito Santo é Deus, a terceira “pessoa” da trindade Divina. Como Deus, o Espírito Santo pode verdadeiramente agir como o Confortador e Consolador que Jesus prometeu que Ele seria. O Espírito é outra pessoa diferente de Cristo e do Deus, Pai.
É uma pessoa Divina: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” João 14:16. Neste verso, Jesus trata Seu Pai como igual e solicita um dom para Seus seguidores. No grego, a palavra traduzida aqui como "outro" é allós e significa "outro do mesmo tipo", ao contrário de heteros, que significa "outro de outro tipo". Jesus tinha a intenção de enviar alguém para os discípulos, e para as gerações sucessivas de Seus seguidores, que fosse semelhante a Ele mesmo, isto é; Divino e capaz de salvar. Anteriormente, Jesus relacionou-Se com o Pai. Agora, Ele relacionou-Se com o Espírito Santo. Em conclusão, as três pessoas da Divindade são todas semelhantes.
“Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.” João 16:7. Mais uma vez vemos um “outro” em destaque. Outra pessoa!
O mais importante é sabermos que Deus está interessado em nós. A trindade Divina atua em nosso favor: "Há três pessoas vivas pertencentes à Divindade celeste; em nome destes três grandes poderes; o Pai, o Filho e o Espírito Santo; os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo.” Evangelismo, 616. Amém?
QUINTA-FEIRA (3 de janeiro) O TEMA CENTRAL DE APOCALIPSE - O personagem central do livro de Apocalipse é Jesus, a adoração recebida no céu e em todo Universo, a Sua preocupação com Seu povo e Sua volta para restaurar o nosso mundo. Jesus logo voltará e deixou-nos mensagens magnificas na Bíblia, e o livro do Apocalipse é uma carta que mostra a Sua preocupação e o amor para conosco. Amém?
Apocalise começa dizendo que é “a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo.” Apocalipse 1:1, e revela o conflito que alcança dimensões cósmicas, no qual existe um vilão implacável e um herói que impressiona. Muitos ignoram que este herói é nosso Senhor Jesus, identificado por 38 nomes e títulos descritivos diferentes. Nos primeiros três capítulos é mencionado 137 vezes e em todo o livro existem em torno de 250 referência a Sua sublime pessoa.
Jesus é o personagem central do Apocalipse, mas o tema central é a volta de Cristo, quando Ele vai restaurar todas as coisas para estarmos em harmonia com o resto do universo. A volta de Jesus marcará o final de um grande conflito entre Deus e Satanás. Para cada pessoa Sua vinda terá um significado diferente. Depende da decisão de cada um.
Nunca o mundo defrontou tantos problemas desconcertantes como na atualidade. Os diários revelam inúmeras dificuldades que o homem é incapaz de resolver. O declínio moral da humanidade é evidente para onde quer que nos volvamos. Por toda parte se pode ver a confusão e perplexidade na tentativa de resolver os problemas sociais.
Nos dias finais de Seu ministério na Terra, quase 2000 anos atrás, Jesus falou acerca do dia em que seria preso e crucificado. Os discípulos de Cristo não queriam crer que essa sorte sobreviesse ao seu querido Líder. Jesus sabia que eles necessitavam de uma firme esperança nos dias futuros. Deu-lhes então aquela maravilhosa promessa registada em João 14:1-3: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também."
O cumprimento desta promessa e a vinda de nosso Senhor à terra, pela segunda vez, é a única esperança do homem em seu anelo por resolver os problemas que afligem a humanidade. A Bíblia diz em Apocalipse 1:7 “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.”
Esta é uma linda descrição da volta de Jesus e Seu reinado:“Vi o céu aberto e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. Os exércitos do céu o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. "Ele as governará com cetro de ferro". Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.” Apocalipse 19:11-16. Amém?
As visões proféticas de Apocalipse começam com os santos sendo martirizados sob o altar no céu, clamando por vingança. Apoc 6:9-11. Eles tinham sido derrotados; Satanás tinha vencido em suas perseguições contra os santos. O livro termina com Satanás amarrado e com os santos glorificados e sentados em tronos. Ver Apoc. 20:1-4. Em Cristo os vencidos tornam-se vencedores. Deus promete derrotar para sempre Satanás, hoje Deus derrota o diabo para não agir em nossa vida. Não importa quanto os cristãos sofram, eles sempre vencem em Cristo, no presente e no futuro! Amém!
“Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.” Apocalipse 22:20,21
SEXTA-FEIRA (4 de janeiro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (1º trimestre de 2019) O EVANGELHO DE PATMOS – Na época de João os membros da igreja estavam unidos em sentimento e ação. Visitavam os órfãos e as viúvas em suas aflições, e guardavam-se imaculados do mundo, sentindo que deixar de fazer isto seria uma contradição de sua fé e uma negação de seu Redentor. E foi neste tempo crítico da história da igreja que João foi sentenciado à morte, mas Deus reverteu a situação revelando-lhe a Sua vontade através das profecias.
A Bíblia tem a chave para interpretar as fascinantes revelações apocalípticas. É uma bênção podermos estudar as profecias do Apocalipse, e a agradável surpresa é a descoberta de que o Apocalipse não é um tesouro escondido no passado longínquo, nem um enigma indefinido de um futuro incansável e nem está fechado à percepção do presente. O anjo de Deus ordenou que não fosse selado. Ver Apocalipse 22:10, e é um livro aberto especificamente para a nossa época. Ver Apocalipse 22:10-12 . Mais ainda: contém uma promessa de bênção especial para aqueles que o estudam e respeitam sua revelação. Amém?
“No Apocalipse são pintadas as coisas profundas de Deus. O próprio nome dado a suas inspiradas páginas, "revelação", contradiz a afirmação de que é um livro selado. Uma revelação é alguma coisa que foi revelada. O próprio Senhor revelou a Seu servo os mistérios contidos neste livro, e propõe que seja aberto ao estudo de todos. Suas verdades são dirigidas aos que vivem nos últimos dias da história da Terra, como o foram aos que viviam nos dias de João. Algumas das cenas descritas nesta profecia estão no passado e algumas estão agora tendo lugar; algumas apresentam-nos o fim do grande conflito entre os poderes das trevas e o Príncipe do Céu e algumas revelam os triunfos e o regozijo dos remidos na Terra renovada.” Atos dos Apóstolos, 584
“Os nomes das sete igrejas são símbolos da igreja em diferentes períodos da era cristã. O número sete indica plenitude, e simboliza o fato de que as mensagens se estendem até o fim do tempo, enquanto os símbolos usados revelam o estado da igreja nos diversos períodos da história do mundo.”
“É dito de Cristo que anda no meio dos castiçais de ouro. Assim é simbolizada a Sua relação para com as igrejas. Ele está em constante comunicação com Seu povo. Conhece seu verdadeiro estado. Observa-lhe a ordem, piedade e devoção. Conquanto seja Sumo Sacerdote e Mediador no santuário celestial, é apresentado andando de um para outro lado entre as Suas igrejas terrestres. Com infatigável desvelo e ininterrupta vigilância, observa para ver se a luz de qualquer de Suas sentinelas está bruxuleando ou se extinguindo. Se os castiçais fossem deixados ao cuidado meramente humano, sua trêmula chama enlanguesceria e morreria; mas Ele é o verdadeiro vigia da casa do Senhor, o verdadeiro guarda dos átrios do templo. Seu assíduo cuidado e graça mantenedora são a fonte de vida e luz.” Atos dos Apóstolos, 584 e 585
Luís Carlos Fonseca
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