sábado, 15 de janeiro de 2011

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4: RELACIONAMENTOS


Para relacionar-se bem,  são necessários alguns ingredientes: Calma, mansidão, sorriso, discrição, paciência, alegria, amor e perdão. É pena que nem todas as pessoas conseguem desenvolver estas qualidades.

VERSO ÁUREO: “Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” Mateus 7:12.

O verso áureo traz a regra de ouro do cristianismo que deve ser usada em dois níveis. 1º) Devemos desenvolver os relacionamentos de tal maneira com os visinhos, membros da família e com irmãos da igreja que venhamos garantir o respeito e a ajuda a quem necessitar. 2º) Devemos, com a ajuda de Jesus,  restabelecer  relacionamentos que ficaram por serem resolvidos no passado, pois, ninguém é uma ilha para viver isolado.

PENSAMENTO CENTRAL DA LIÇÃO: Desenvolver atitudes que fortaleçam os laços de amor, respeito e amizade na família, na igreja e na sociedade.  Os relacionamentos com as pessaos, acabam por ser o principal motivo causador de stresse. Sejam problemas com o cônjuge, filhos, patrão, colegas de trabalho, visinhos, amigos, ou mesmo inimigos; isso tudo provoca desgastes que requer equilíbrio emocional e espiritual para manter a união e o respeito. Fazemos os outros felizes ou infelizes, e também os outros tornam-nos felizes ou as pessas fazem de nós uns infelizes.

DOMINGO: ABSOLUTAMENTE HUMILDES E MANSOS. Até que ponto a humildade, a gentileza e mansidão; podem resultar em bons relacionamentos? Esta é a lei da vida: quem semeia amor, vai colher compreensão, respeito e atenção. Atitudes de orgulho geram separação e falta de amor, e isso leva à guerra e desgraças. O orgulho divide os homens; já a humildade, os une. Qual é a diferença entre o ambiente do céu e o da terra? No ambiente do céu os “outros” estão no centro das atenções; na terra o “eu” é o que conta. No céu, a Divindade e os anjos trabalham para promover a paz dos outros seres que são santos; na terra, os homens, sem Deus na vida, trabalham para si, e desprezam os menos favorecidos. “Rogo-vos ...que andeis com toda a humidade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros.” Efésios 4:1 e 2. Em I Samuel 25 traz a história de Davi, Nabal e Abigail. Esta história mostra exemplos de pesssoas que conseguiram exelentes resultados através de bons realacionamentos. Excetuando Nabal, Davi e Abgail foram grandes diplomáticos, e revelaram interações sociais bem sucedidas. Davi precisava de alimentos para os seus soldados, e enviou alguns soldados com um pedido justo e humilde: “Protegemos os teus homens e a tua propriedade, dá-nos o que achares por bem.” I Sam. 25:7 e 8. Abigail apaziguou Davi quando seu marido negou ajuda à Davi e aos seus homens dizendo: “...Ah, senhor meu, minha seja a transgressão, deixa pois falar a tua serva aos teus ouvidos, e ouve as palavras da tua serva.” I Samuel 25:24. Esta atitude humilde de Abigail produziu o inesperado; desarmou o coração de Davi, pois suas intenções para com Nabal era de vingança. Nabal acabou por morrer, vítima do próprio medo. É assim que acontece com a mioria das pessoas que são egoístas, acabam por viver menos e com menos qualidade de vida. O egoísta acaba por morrer antes do tempo.


SEGUNDA-FEIRA. PAGAR O MAL COM BÊNÇÃOS. Qual era a lei de talião? No famoso código jurídico escrito por Hamurabi, o princípio da reciprocidade é exatamente muito claramente usado. Por exemplo, se uma pessoa causou a morte do filho de outra pessoa, aquela pessoa que matou o filho, o homicida, seria morto por esse crime. Os primeiros indícios da lei de talião foram encontrados no Código de Hamurabi em 1780 a.C., no reino da Babilônia. Essa lei permite evitar que as pessoas façam justiça elas mesmas, introduzindo, assim, um início de ordem na sociedade com relação ao tratamento de crimes e delitos, "olho por olho, dente por dente". Escreve-se com inicial minúscula, pois não se trata, como muitos pensam, de nome próprio. Encerra a idéia de correspondência de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: para tal crime, tal pena. Jesus, no sermão da montanha, deixou bem claro Sua posição sobre o pagar o mal com o bem. Ele foi totalmente contra a lei de talião; Ele disse: “Ouvistes que foi dito. Olho por olho e dente por dente. Eu, porém,  vos digo que não resistais ao mal, mas, se qualquer te bater na face direita, o ferece-lhe também a outra.” Mateus 5.38 e 39. Como reagiu Davi aos constantes ataques de Saul? Reagiu com muito respeito e consideração, até que as coisas ficassem resolvidas com as mãos de Deus. Em I Samuel 24 registra 4 ocasiões em que Davi respeitou Saul e não intentou fazer-lhe mal. Embora Davi pudesse ter se vingado do rei, ele não o fez. Davi preferiu agir pelo amor e não pela vingança. Davi sempre dizia: “Como cometeria tamanho mal e pecaria contra o ungido do Senhor?” Quais são as situações que somos colocados, e que reagimos positiva ou negativamente? a) Quando o aluno tira uma nota baixa,  e acha que foi tratado com injustiça. b) Quando um vizinho do apartamento ao lado faz muito barulho. c) Quando um carro corta a nossa frente no trânsito. d) ....  Pagar o mal com o bem é um status social e espiritual que só os nobres conseguem praticar. Em Provérbios 15:1 encontramos uma maneira muito polida de resolver problemas de relacionamentos difíceis. “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”

TERÇA-FEIRA: O PERDÃO. “Antes sede, uns para com os outros, benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também, Deus vos perdoou em Cristo.” Efé. 4:32. Perdoar é mais do que comida e alimentos. Perdoar é mais do que roupas e vestes. Perdoar é mais do que todas as coisas materiais do mundo juntas. Perdoar envolve; o nosso interior, a nossa vontade, a nossa alma e o envolve o próprio Deus. Pois Deus é a fonte do Perdão, do amor e da misericórdia. O perdão humano é um tanto diferente do perdão divino. O homem, geralmente concede um perdão deficiente. Deus quando perdoa, também esquece. Deus tem memória fraca quando se trata dos nossos pecados. Ele perdoa e esquece. Eu gosto de usar essa comparação quando se trata de Deus perdoar pecados. O ser humano é que tem uma boa memória. Geralmente não esquece os insultos que os outros fazem. Durante a segunda guerra mundial quando os soldados ou civis viam algum inimigo cometer uma atrocidade, diziam uns aos outros. “marca esse homem para o futuro.” olhavam-no bem, de maneira que se sobrevivessem, pudessem mais tarde vingar-se

Podemos classificar o perdão em 4 grupos de pessoas:
       
 1) Há os que não Perdoam e nem Esquecem. Estas são pessoas de coração duro. Coração de pedra , como menciona o autor de Hebreus. O carácter destas pessoas reflecte a imagem do próprio diabo. Considerando que o perdão é uma atitude de reciprocidade, os que, não perdoam e nem esquecem, não podem receber o perdão de Deus. Nos anos 40, os Croatas massacraram milhares de Sérvios. Os croatas receberam ajuda da Alemanha; e em 1944 mataram muitos sérvios. 50 anos depois, em 1994, Sarajevo se transformou num local fora do comum. O simples acto de sair de casa era motivo para morrer. Ir à esquina comprar um litro de leite era colocar-se diante de franco-atiradores. Crianças que voltavam da escola para casa eram mortas. Os franco-atiradores matavam, mesmo aqueles que enterravam os seus parentes. Os croatas morriam na rua e foram vitimas ser saber, por causa dos actos dos seus pais, de há 50 anos antes. Os sérvios também mataram muitos muçulmanos. Eles fizeram o que os sociólogos chamam de “limpeza étnica.” Esta era a lógica do não perdão e da falta dele. A falta de perdão entre estes povos, levou muitas crianças, mulheres e famílias inteiras ao sofrimento e à morte. Esta é a lógica ilógica e anti-cristã do não perdão.
      
2)   Há os que Perdoam mas não Esquecem. Isto é possível? Sim. Como é possível? Eu explico. Os que perdoam mas não esquecem, são os diplomáticos; que quando são solicitados para perdoar, dizem perdoar para manterem uma boa relação da amizade de interesses. Um mal trato que o patrão possa fazer com tal o empregado, este perdoa aquele, por interesses profissionais. O namorado perdoa a namorada, por interesses emocionais. Mas, na primeira oportunidade que tiver trás à tona o assunto. Estes tem uma boa memória. A memória deles é diferente da de Deus. A memória de Deus é curta, quando se trata de perdão. Ele perdoa e esquece. Para essas pessoas as ocorrências passadas não são apagadas. Elas fazem questão de lembrar. Lembranças de injúrias e mal tratos são guardadas nitidamente, para serem trazidas do baú toda vez que o coração pedir, ou alguém lembrar. A pessoa diz assim: “Eu até tinha perdoado aquilo, mas já que você me lembrou; sente aqui e vamos conversar.” Pessoas assim, gostam de fazer render o peixe ou de colocar pimenta no assunto. Ninguém pode entesourar o mal no coração e ainda andar com Deus. Deus é amor. “Aquele que não ama, não conhece a Deus ,pois Deus é amor.” I João 4.8 O acto de não esquecer não é divino, é diabólico. Não esquecer os mal tratos está relacionado ao estado natural do homem e ao ódio. O ódio nasceu com Lúcifer. O amor é o oposto ao ódio. Pessoas que perdoam mas não esquecem, inutilmente tentam acalmar a consciência. Pessoas com esta índole não vão ser salvas; pois na nova terra não haverá lembranças das coisas passadas. “Porque eis que crio novos céus e nova terra; e não haverá lembranças das coisas passadas, nem mais se recordarão.” Isaías 65.17. Alguém pode dizer: “Mas, sempre irei lembrar daquilo que me fizeram.” Ainda bem que é assim. Deus nos dotou de uma grande capacidade mental. Sempre lembraremos sim, mas esta lembrança fica apenas entre nós e Deus. Deus disse para não julgarmos, nem criticarmos e nem acusarmos ninguém. Acusar e criticar pertence ao diabo. Julgar pertence a Deus. Podemos fazer somente uma coisa: Ir e conversar com a pessoa. Isto está em Mateus 18:15 e 16. Quando vamos conversar com as pessoas, temos muitas chances e possibilidades de, acertarmos as desavenças e de concedermos e ou recebermos o perdão
        
3) Há os que Esquecem, mas não Perdoam. Quem são estes? Que pessoas pertencem a este grupo?  São aquelas pessoas que, geralmente, passam por alto o pecado. Geralmente, os que não perdoam, são pessoas que tem mais pecados na vida, além do acto de não perdoar. A este grupo, pertencem aqueles que, até querem perdoar afrontas e notórios actos de desonestidade que outros fizeram contra eles, mas não conseguem . Querem perdoar, mas não conseguem. Os que querem perdoar mas não conseguem, são aqueles que pouco ou nada se relacionam com Jesus. Até dizem perdoar, mas é uma única vez e nada mais. Não praticam o modelo divino de perdão. Qual é o modelo divino de perdão? “Então Pedro aproximando-se, dele disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete.” Mat. 18: 21 e 22 Jesus mostrou-nos que devemos estar dispostos a perdoar todas as vezes que for necessário. Das pessoas que dizem esquecer, mas não perdoam, ainda é necessário que elas prostrem aos pés de Jesus e aprendam o real significado de perdão.
      
4) Há os que Perdoam e Esquecem. Estes são os felizes e os ricos espirituais. Estes recebem o perdão de Deus e o transmitem ao próximo. No livro Sermão do Monte pág. 166 encontramos: “Jesus ensina que só podemos receber o perdão de Deus na medida em que perdoamos os outros. É o amor de Deus que nos atrai a Ele, e esse amor não nos pode tocar o coração sem gerar amor por nossos irmãos.” Este texto do Espírito de profecia faz-me lembrar, outra vez, a oração do “Pai nosso.” “Perdoa os nossos pecados, assim com perdoamos aos nossos devedores.” Perdoar não é algo fácil ou cómodo. Perdoar compreende um alto nível de maturidade espiritual, e a renuncia de todos os sentimentos baixos e vis, que criam barreiras para não perdoar.
         
QUARTA-FEIRA: CONFESSAI OS VOSSOS PECADOS UNS AOS OUTROS. Em Tiago 5:16 encontramos: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito nos seus efeitos.” É correto confessar pecados aos homens? Os pecados contra o meu próximo exigem a minha confissão a esta pessoa. Em Mateus capítulo 18 apartir do verso 15, ensina-nos a reconciliarmos com o nosso próximo; e este mandamento do Senhor Jesus precisa ser seguido. Sempre que seja possível, todos os esforços devem ser envidados para solicitar o perdão a alguém que cometemos faltas. Por outro lado, nem sempre devemos confessar nossos pecados a outra pessoa, mas sempre a Deus, Por exemplo: Se fizemos algo que ninguém descobriu, e que não tenha causado prejuízo a outra pessoa e que ninguém soube disso; que o confessemos a Deus somente. Pecados secretos devem ficar só entre o pecador e Deus. O verso de hoje sugere que para o doente ser curado através das nossas orações,  primeiro devemos confessar os pecados que cometemos contra os outros, para que Deus possa nos ouvir. Colocar em prática o conselho de Deus em Tiago, não só aliviará o fardo pisicológico do faltante, mas trará uma renovação de forças para modificar atitudes erradas em corretas.

QUINTA-FEIRA:  TRABALHAR PARA A EDIFICAÇÃO DOS OUTROS. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” Efésios 4:29 “Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.” Romanos 14:19. Há cristãos que se especializam em criticar e diminuir os outros através dos seus comentários e observações. Já vi pessoas sendo usadas pelo inimigo dentro da igreja ao fazerem observações depreciativas no momento do estudo da lição da escola sabatina. Eu já presenciei também outras pessaos fazerem observações duras e severas contra a mensagem, e dos pregadores da Palavra. Geralmente quem faz isso é porque esconde vários pecados  cultivados e não confessados em seu caráter. Quando damos ouvidos a uma difamação contra nosso irmão, somos responsáveis pela mesma. À pergunta: “Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? Quem morará no Teu santo monte?” responde o salmista: “Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo.” Salmos 15:1-3.
“Um olhar, uma palavra, mesmo uma inflexão da voz, podem ser a expressão da falsidade, cravando-se qual seta farpada em algum coração, infligindo-lhe ferida incurável. Assim uma dúvida, uma difamação, pode ser lançada sobre uma pessoa por intermédio da qual Deus iria realizar uma boa obra, prejudicando-lhe a influência e destruindo-lhe a utilidade. Entre algumas espécies de animais, se um dentre eles é ferido e cai, é imediatamente atacado e rasgado em pedaços por seus companheiros. No mesmo espírito cruel condescendem homens e mulheres que tomam o nome de cristãos. Manifestam um zelo farisaico em apedrejar outros menos culpados que eles. Alguns há que apontam para as faltas e fracassos alheios, a fim de distrair a atenção dos outros dos seus próprios, ou para serem considerados muito zelosos em prol de Deus e da igreja.” T5, p.58, 59.  
 Encontramos, como devemos agir nos versos bíblicos supra-citados, mas temos também um lindo texto do livro Obreiros Evangélicos , 163 e 164 que diz: “Se procurar, na sua experiência diária, olhar para Jesus  e aprender dEle, irá revelar um caráter são e e harmonioso. Abrande as suas manifestações, e não se permita proferir palavras condenatórias. Aprenda do grande Mestre. Palavras de bondade e simpatia farão bem como um remédio e curarão almas em desespero. O conhecimento da Palavra de Deus, introduzido na vida prática terá uma força saneadora e suavizante. A aspereza no falar nunca há de produzir bênção para si, nem para nenhuma outra alma.”

Bom estudo!

Luís Carlos Fonseca


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