RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 13: O PREÇO DE FAZER
DISCÍPULOS
LEITURA COMPLEMENTAR PARA O ESTUDO DA SEMANA: Lucas
12:49-53; Deuteronômio 21:15; I Coríntios 9:24-27; Mateus 18:8 e 9; João 14:1-3
e Hebreus 11:32-12:4
VERSO ÁUREO: “A nossa esperança acerca de vós é firme,
sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis, também, da
consolação.” II Coríntios 1:7
INTRODUÇÃO (sábado 22 de março) - Ao longo da história,
incontáveis milhões sacrificaram, voluntariamente, a vida por Cristo. Foram presos,
torturados e até executados. Milhões perderam empregos, sofreram escárnio,
suportaram a expulsão do seio da família e perseveraram no meio de perseguição
religiosa, em vez de renegarem Cristo. Só Deus sabe a plena dimensão do
sofrimento que os Seus fiéis têm suportado.
Veja estes textos:
“E, também, todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus, padecerão
perseguições.” II Timóteo 3:12
“Porque para isto sois chamados; pois, também, Cristo
padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as Suas pisadas.” I
Pedro 2:21
O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é
Tiago. Ver Atos 12:2. O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada”;
aparentemente uma referência à decapitação. As circunstâncias das mortes dos
outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas nas tradições da igreja. A
tradição da igreja mais aceita em relação à morte de um apóstolo é que o apóstolo
Pedro foi crucificado, de cabeça para baixo, em uma cruz em forma de x em Roma,
cumprindo a profecia de Jesus. Ver João 21:18
Não é tão importante saber como os apóstolos morreram. O que
importa é o fato de que todos eles estavam dispostos a morrer pela sua fé. Se
Jesus não tivesse sido ressuscitado, os discípulos o saberiam. Ninguém morreria
por alguma coisa que se sabe ser uma mentira. O fato de que todos os apóstolos
estavam dispostos a morrer horrivelmente, recusando-se a negar a sua fé em
Cristo é uma tremenda evidência de que eles verdadeiramente testemunharam a
ressurreição de Jesus Cristo.
DOMINGO (23 de março) CALCULANDO O PREÇO: A PRIMEIRA
PRIORIDADE – Veja os textos a seguir:
Lucas 14:25 e 26; Mateus 10:37 e Lucas 12:49-53.
De que modo devemos nós compreender estas poderosas palavras? Qual é a
mensagem de Jesus a nós dirigida nestes textos? “Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se,
disse-lhe: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e
filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu
discípulo.” Lucas 14:25-26
“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de
mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.”
Mateus 10:37
A final de contas;
Jesus veio trazer paz ou guerra à terra? O contexto de Mateus 10 explica
isso: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas
espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra
sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os seus
familiares.” Mateus 10:34-36
Sem dúvidas que o assunto é simples de ser entendido, mas é
muito difícil de ser praticado. Aqui está a questão das prioridades. Tendemos a
dar prioridade para a família, amigos, emprego e lazer. E Jesus, fé e religião
tendem a ficar para depois. As pessoas que resolvem colocar Deus em primeiro
lugar padecem perseguições através das pessoas que são mais próximas. O inverso
também pode ser verdadeiro. Pense na possibilidade de você estar levando uma
vida espiritual longe de Deus; e estar, sem saber, atrapalhando a consagração
de um familiar seu. Neste caso o melhor a fazer é buscar Deus em arrependimento
e entregar o coração à Ele
SEGUNDA-FEIRA (24 de março) LEVAR A NOSSA CRUZ - Este é o texto principal para hoje: “E,
qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após Mim, não pode ser Meu
discípulo.” Lucas 14:27
O que é ser
discípulo? Significa aceitar Cristo como Salvador e Senhor. Seguir a Jesus
significa que se está pronto a suportar o mesmo sofrimento que Cristo padeceu.
O que significa levar
a Cruz de Cristo? Antes do batismo, todos os candidatos devem compreender
que o próprio Senhor Jesus lhes confiou uma cruz, sem a qual não podem, de modo
algum, tornar-se Seus discípulos. A cruz era um instrumento usado para
humilhar, torturar e matar; feita por duas vigas de madeira em forma de um
grande T, algumas vezes em forma de X; onde eram colocados os: marginais,
criminosos e malfeitores. A cruz de Cristo foi um fato insignificante para uns,
ou seja, sem significado, mas para outros foi um ato de muita relevância. E para você o que foi a cruz de Cristo?
A Cruz de Cristo tem um grande significado para nós, pois
foi numa cruz que Jesus Cristo foi cravado, e nela jorrou o sangue que nos
lavou, curou, justificou e redimiu. O apóstolo Paulo escrevendo às igrejas da
Galácia disse: ‘‘Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz do nosso
Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o
mundo’’Gál. 6:14.
Levar a cruz de
Cristo significa: a) Estarmos dispostos à mudança de vida através do
arrependimento, confissão, abandono dos pecados, estudo sistemático da Bíblia e
oração. b) Guardarmos, não só os 10 mandamentos da lei de Deus, mas todas as
outras exigências contidas na Bíblia c) Participarmos da adoração ao Seu nome
através do culto em família e na igreja. d) Estarmos ativamente envolvidos na
pregação da palavra de Deus.
TERÇA-FEIRA (25 de março) RESPOSTA DISCIPLINADA - Analise as seguintes passagens: Lucas
14:31-33; I Cor. 9:24-27; Heb. 12:1-4; II Pedro 1:5-11.
O que nos dizem estes
textos a respeito da vida de um discípulo? De que modo já experimentou,
pessoalmente, a realidade daquilo que a Bíblia aqui nos diz? Veja alguns destes
textos: “Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não
se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro
do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda
longe, manda embaixadores, e pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de
vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Lucas
14:31-33
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na
verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o
alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar
uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não
como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o
meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não
venha de alguma maneira a ficar reprovado.” I Coríntios 9:24-27
Os textos para hoje motivam-nos a levarmos uma vida muito
disciplinada, para sermos bons discípulos. Ninguém se tornou ilustre por fazer
o que lhe dá na cabeça. Os homens insignificantes fazem o que querem e
tornam-se nuns zé-ninguém. Os grandes submetem-se às leis que regem o setor em
que são grandes. O auto domínio é sempre recompensado com uma força que dá uma
alegria interior inexprimível e silenciosa que se torna no tom dominante da
vida. O auto-domínio é a qualidade que distingue os mais aptos para
sobreviverem. “O mais importante atributo do homem como ser moral é a faculdade
de auto-domínio” escreveu Herbert Spencer. Nunca houve, nem pode haver, uma vida
boa sem auto-domínio; sem ele a vida é inconcebível. A vitória mais importante e
mais nobre do homem é a conquista de si mesmo. Assim é no mundo da sociologia e
psicologia e não pode ser diferente na vida espiritual. O homem que não sabe
controlar-se a si mesmo torna-se absurdo quando quer controlar os outros.
Na verdade, Cristo oferece-nos o poder para vencermos os defeitos
do nosso caráter. Todo o apetite, toda a emoção e toda a inclinação intelectual
podem estar sob a orientação do Espírito Santo. Repare-se no exemplo do atleta
utilizado pelo apóstolo Paulo nalguns dos seus textos. Nenhum atleta decide
correr mais lentamente, saltar mais baixo ou fazer o lançamento mais curto.
Também nenhum crente olha para trás, sobretudo quando o que está em jogo na
“corrida” é algo de eterno, ao contrário de qualquer prêmio que um atleta
terreno possa obter em resultado de todo o seu esforço e treino diligente.
Veja este texto: “Os
corredores punham de lado toda a condescendência que tendesse a diminuir as
suas faculdades físicas, e, mediante uma disciplina severa e contínua,
treinavam os músculos de modo a tornarem-se fortes e resistentes, para que, ao
chegar o dia da competição, pudessem exigir das suas forças o máximo
rendimento. Ora é muito mais importante que o cristão, que tem em jogo
interesses eternos, coloque os apetites e as paixões sob o domínio da razão e
da vontade de Deus! Não deve permitir que a sua atenção seja alguma vez
desviada por entretenimentos, luxos ou comodidades. Todos os seus hábitos e
paixões devem ser conservados sob a mais estrita disciplina. A razão, iluminada
pelos ensinos da Palavra de Deus e guiada pelo Seu Espírito, tem de tomar as
rédeas do controlo.” Atos dos Apóstolos, 220
QUARTA-FEIRA (26 de março) COMPARANDO OS CUSTOS – Veja nos textos sugeridos para o estudo de
hoje o custo do discipulado: “Portanto, se a tua mão ou o teu pé te
escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida
coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo
eterno. E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de
ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres
lançado no fogo do inferno.” Mateus 18:8-9
“Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai,
sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do
Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.” Lucas 6:35
“Nada faça por contenda ou por vanglória, mas por humildade;
cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3
As recompensas do discipulado podem ser calculadas mediante
a comparação de custos. Esses custos podem incluir o sofrimento emocional, a
rejeição social, a tortura física, a privação financeira, a prisão e até a
morte, em alguns casos. Qualquer um que se envolva em discipulado deve,
primeiramente, ter em cuidadosa consideração os investimentos envolvidos.
Quais são alguns
benefícios do discipulado? “E disse Pedro: Eis que nós deixamos tudo e te
seguimos. E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha
deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus, que
não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna.
Lucas 18:28-30 Ver também João 14:1-3 e Apoc. 22:1-5.
Não há dúvida de que o custo de seguir Jesus pode ser
elevado mas uma coisa, porém, é certa: qualquer que seja o ganho nesta vida,
seja o que for que alcancemos, independentemente do que façamos de nós mesmos,
tudo é temporário. É algo que não vai durar sempre. Vai desaparecer, e vai
desvanecer-se para sempre. Em contrapartida, o que obtemos através de Jesus, a
vida eterna num novo céu e numa nova terra; é, de longe, mais valioso do que
qualquer coisa ou do que tudo o que este mundo possa, alguma vez, oferecer-nos.
QUINTA-FEIRA (27 de março) UMA MELHOR RESSURREIÇÃO - Leia Hebreus 11:32-12:4. Que mensagens
veiculam para você, pessoalmente, estes versículos a respeito do custo e da
recompensa do discipulado?
Veja o verso base de
hoje: “As mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos; uns foram
torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor
ressurreição.” Hebreus 11:35.
Na introdução desta lição escrevi que nenhuma pessoa morreria
por alguma coisa ou pessoa que se sabe ser uma mentira. O fato de que todos os
apóstolos estavam dispostos a morrer, horrivelmente, recusando-se a negar a sua
fé em Cristo é uma tremenda evidência de que eles verdadeiramente testemunharam
a ressurreição de Jesus Cristo. Este texto é claro em dizer da opção de algumas
pessoas em morrer por Cristo. No final de tudo, antes de o grande conflito
estar terminado, a menos que estejamos vivos aquando da segunda vinda, teremos
pela frente ou a primeira ressurreição, ou a segunda ressurreição.
Qual é a melhor
ressurreição; a primeira ou a segunda? Certamente sabemos qual é a melhor. O que mais pode ter importância do que não
só nos encontrarmos nessa ressurreição, mas também de fazermos tudo o que
pudermos para levar outros a participar nela? Hoje há várias interpretações
de qual é a primeira e a segunda ressurreição; mas a Bíblia é clara em
mostrar-nos esta doutrina tão importante!
Veja a seguinte explicação bíblica: Em João 5:28 e 29 menciona a existência de duas
ressurreições; a ressurreição da vida, e a ressurreição da condenação. A
ressurreição dos justos será quando Jesus voltar, a dos infiéis será após o
período dos mil anos.
Apocalipse 20:1 e 2 menciona que Satanás e os demônios
ficarão presos ou amarrados neste período. Ficarão presos porque não terão
pessoas para tentar. Os salvos estarão no céu e os ímpios mortos, nos escombros
da terra. Ficarão em “cadeias da escuridão” como diz II Pedro 2:4. A palavra grega
para abismo é: “sem forma e vazia”, como sugere Genesis 1:2. Neste período a
terra ficará sem forma e vazia, pois ficará totalmente destruída.
Apocalipse 20:13 e I Coríntios 6:3 mostram as atividades dos
salvos durante os mil anos: eles julgarão os perdidos que estarão mortos. Este
será um juízo de confirmação apenas. Os perdidos não terão outra chance, pois a
Palavra menciona que depois da morte, vem o juízo e a condenação. “E, como aos
homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso o juízo.” Hebreus
9:27.
Apocalipse 20:5 menciona que os ímpios receberão a
recompensa depois do período dos mil anos. Eles ressuscitarão, mas será por
pouco tempo. Será para verem as oportunidades desperdiçadas e reconhecerem que
Deus é justo. O juízo vai durar mil anos literais, para que tudo seja feito com
calma, e nem item escape aos olhos de Deus, e as pessoas possam reconhecer o
Seu amor.
A seara está madura; milhões aguardam o chamado ao discipulado.
Temos sido abençoados não apenas com o Evangelho, mas também com o Evangelho no
contexto da “verdade presente” as mensagens dos três anjos de Apocalipse 14, a
última mensagem de advertência ao mundo. O
que vamos fazer com estas verdades, que tanto amamos? Pense bem nas
implicações: a primeira ressurreição, a segunda ressurreição. À luz destas alternativas, o que mais tem
importância além do estar na “melhor ressurreição”, que é a primeira, e ajudar
outros a alcançarem-na também?
SEXTA-FEIRA (28 de março) ESTUDO ADICIONAL DA LIÇÃO -Todos
anseiam pelo novo céu e pela nova terra que Deus nos tem preparado. No entanto,
como discípulos de Cristo, podemos viver já agora os princípios do Seu reino;
amor, alegria, misericórdia, justiça e pureza. De que modo está a fazer isto?
Veja o texto para hoje: “Do céu desce fogo. A terra abre-se. As
armas escondidas nas suas profundezas são retiradas. Chamas devoradoras
irrompem de cada abismo profundo. As próprias rochas estão a arder. Vindo é o
dia que arderá “como forno” Malaquias 4:1. Os elementos fundem-se pelo vivo
calor, e também a Terra e as obras que nela há são queimadas II Pedro 3:10. A
superfície da terra parece uma massa fundida – um vasto e fervente lago de
fogo. É o tempo do Juízo e perdição dos homens maus ‘dia da vingança do Senhor, ano de retribuições
pela causa de Sião’ Isaías 34:8. Os ímpios recebem a sua recompensa na terra
Provérbios 11:31. ‘Serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará,
diz o Senhor dos exércitos’ Malaquias 4:1. Alguns são destruídos num momento,
enquanto outros sofrem muitos dias. Todos são punidos segundo as suas ações.” O
Grande Conflito, 559
Quando aceitamos a função de discípulo, estamos a declarar
que vamos aceitar qualquer disciplina que seja requerida para honrar o nosso
Mestre. Contudo, a disciplina de que estamos a falar aqui não é nem ríspida nem
autoritária. Estamos a falar do tipo de disciplina adotada por um atleta em
treino ou por um estudante que estuda para uma rigorosa carreira em direito,
música, medicina, ou qualquer ciência em que se esteja a especializar ou em que
tenha reprovado.
O mundo mudou muito desde que os cristãos primitivos pagaram
com a vida a escolha de viverem para Cristo. Contudo, há ainda países no mundo
onde o preconceito religioso é tão grande que há atos de violência entre
crentes de diferentes credos religiosos. Talvez mais insidioso, porém, seja o
clima em que muitos de nós se acham: um clima em que não importa a forma como
as pessoas praticam a sua fé ou sequer que a pratiquem. O surgimento do
secularismo e do materialismo em muitos países deixa pouco tempo para a
vivência de uma espiritualidade autêntica. De
que maneira nos mantemos fiéis numa ou em ambas as circunstâncias?
Luís Carlos Fonseca
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