RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (3º trimestre de 2014) – A
IGREJA
VERSO ÁUREO: “E não rogo somente por estes, mas também por
aqueles que pela tua palavra hão-de crer em mim; Para que todos sejam um, como
tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o
mundo creia que tu me enviaste.” João 17:20-21
INTRODUÇÃO (sábado 16 de agosto) – A igreja de Deus sempre
existiu na terra e vai continuar no céu, durante o milênio, e depois continuará
aqui na terra renovada, por toda a eternidade. Desde Adão e Eva até os nossos
dias, Deus manteve a Sua igreja para receber e transmitir a Sua Palavra à toda
a humanidade. A igreja nasceu na mente de Deus, não foi uma invenção de homens,
por isso é uma instituição que surgiu para ser sagrada e para representar
verdadeiramente o carácter de Jesus. Deus tem um carinho muito grande por Sua
igreja!
Quais são os
propósitos da existência da Igreja? Atos 2:42 pode ser considerado como a
frase-propósito para a igreja: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na
comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”
1) A igreja deve ensinar a doutrina bíblica para que possamos
ter os alicerces da fé cristã. Efésios
4:14 diz: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda
por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam
fraudulosamente.” 2) A igreja deve ser um lugar de comunhão, onde os cristãos
possam dispensar atenção, amor cristão e honra uns aos outros. Ver Romanos
12:10. Instruir uns aos outros. Ver Romanos 15:14. Ser benignos e misericordiosos
uns com os outros. Ver Efésios 4:32. Encorajar uns aos outros. Ver I Tessalonicenses
5:11, e principalmente, amar uns aos outros. Ver I João 3:11. Este é um
propósito da igreja, comunhão 3) A igreja deve ser um lugar onde os crentes
possam observar a ceia do Senhor, lembrando-se da morte de Cristo e Seu sangue
derramado em nosso favor. Ver I Coríntios 11:23-26. O conceito de partir o pão
também dá a ideia de refeições partilhadas. Este é outro exemplo da igreja
promovendo a comunhão. 4) O outro propósito da igreja, de acordo com Atos 2:42
é a oração. A igreja também deve ser um lugar que promova a oração, ensine a
oração e pratique a oração. Filipenses
4:6-7 encoraja-nos: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas
petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com
ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os
vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”
Uma outra tarefa dada à igreja é para proclamar o evangelho
de salvação através de Jesus Cristo. Ver Mateus 28:18-20 e Atos 1:8. A igreja é
chamada para ser fiel em partilhar o evangelho através de palavras e ações. A
igreja deve ser um farol na comunidade: mostrando às pessoas o caminho para
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A igreja deve tanto promover o evangelho
quanto preparar seus membros para o proclamar. Ver I Pedro 3:15.
Em Tiago 1:27
encontramos outros propósitos da igreja: “A religião pura e imaculada para
com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e
guardar-se da corrupção do mundo.” A igreja deve ministrar àqueles que estão em
necessidades. Isto inclui não somente partilhar o evangelho, mas também
providenciar recursos para as necessidades físicas; comida, roupas e abrigo,
quando necessário e apropriado. A igreja deve também equipar os crentes, em
Cristo, com as ferramentas de que necessitam para vencer o pecado e
permanecerem livres da contaminação do mundo. Isto é feito pelos princípios
dados acima: ensino bíblico e comunhão cristã.
De acordo com I Coríntios 12:12-27, a igreja é o corpo de
Deus: somos Suas mãos, boca, pés e coração neste mundo. Devemos fazer as coisas que
Jesus Cristo faria se Ele estivesse aqui na terra, fisicamente. A igreja deve
ser cristã como Cristo e guardadora dos mandamentos de Cristo.
DOMINGO (17 de agosto) O FUNDAMENTO DA IGREJA - A Igreja
Católica Romana proclama a si própria como a seguidora da doutrina dos
apóstolos. Pelo contrário. Mesmo uma leitura superficial no Novo Testamento irá
revelar que a Igreja Católica Romana não tem sua origem nos ensinamentos de
Jesus, ou de Seus apóstolos, mas sim na sua tradição. No Novo Testamento, não há menção a respeito do
papado, como autoridade cristã, adoração a Maria ou a imaculada concepção de
Maria, a virgindade perpétua de Maria, a ascensão de Maria ou Maria como
co-redentora e mediadora, petição por parte dos santos no céu pelas orações,
sucessão apostólica, as ordenanças da igreja funcionando como sacramentos, o
batismo de bebês, a confissão de pecados a um sacerdote, o purgatório, as
indulgências ou a autoridade igual da tradição da igreja e da Escritura e
outras coisas anti-bíblicas.
Sobre quem a igreja
Cristã está fundamentada? Toda casa precisa de um alicerce sólido. Caso
contrário, corre sério risco de desabar. Da mesma forma, todo cristão deve ter
um fundamento firme. A Bíblia nos mostra que o nosso alicerce deve ser o Senhor
Jesus e a Sua Palavra. Veja estes textos:
“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é
Jesus Cristo. I Coríntios 3:11
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as
pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a
rocha, e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram
aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.” Mateus 7:24-25
Quem é a Rocha
descrita no Velho Testamento? Ver Deut. 32:4, Salmo 28:1, Salmo 32:2 e 3,
Isaías 62:2 e Isaías 17:10.
Veja estes textos
sobre Jesus: “E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam
da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.” I Coríntios 10:4
“E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na
verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. I Pedro 2:4
“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a
qual foi posta por cabeça de esquina.” Atos 4:11
Afinal, quem é a Rocha
de Mateus 16:18? Há um grande debate sobre se "a rocha" sobre a
qual Cristo edificaria Sua igreja é Pedro ou Cristo. Com certeza, a
interpretação da rocha é que Jesus não estava se referindo a Pedro, mas à
confissão de fé que Pedro fez no versículo 16: "Tu és o Cristo, o filho do
Deus vivo." Jesus nunca havia explicitamente ensinado a Pedro e aos outros
discípulos a plenitude de Sua identidade, e Ele reconheceu que Deus tinha
soberanamente aberto os olhos de Pedro e lhe revelado quem Jesus realmente era.
A sua confissão de Jesus como o Filho de Deus jorrou do seu ser, formando uma
declaração sincera da fé pessoal de Pedro em Cristo. É essa fé pessoal em
Cristo que é a marca do verdadeiro cristão. Todos aqueles que têm colocado a
sua fé em Cristo, assim como Pedro o fez, formam a igreja. Pedro expressa esta
verdade em I Pedro 2:4: "Chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na
verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa, sois vós também
quais pedras vivas, edificados como casa espiritual para serdes um sacerdócio
santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por
Jesus Cristo." Após a confissão de Pedro, Jesus declara que Deus tinha
revelado a verdade a Pedro. A palavra para "Pedro", “Petros”,
significa "pedra pequena" ver João 1:42. Jesus então usou uma palavra
relacionada com Ele, “petra”, que significa "uma pedra de fundação".
Essa mesma palavra é usada em Mateus 7:24 e 25, quando Jesus descreve a rocha
sobre a qual o homem sábio constrói sua casa. O próprio Pedro usa a mesma
imagem em sua primeira epístola: a igreja é construída de numerosas pequenas
“petros”, "pedras vivas" I Pedro 2:5, que fazem a mesma confissão de que
Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Estas confissões de fé são os alicerces
da igreja. Jesus é a Rocha!
SEGUNDA-FEIRA (18 de agosto) A ORAÇÃO DE CRISTO POR UNIDADE
- A oração dos pecadores é uma oração que uma pessoa faz a Deus quando entende
que é pecadora e precisa de um Salvador. Fazer a oração dos pecadores não vai
resolver nada por si só, a não ser se Deus agir. Uma oração dos pecadores só é efetiva se ela
representa genuinamente o que uma pessoa sabe, entende e acredita sobre sua
natureza pecaminosa e sua necessidade de salvação. Agora a oração que Cristo fez por unidade é diferente, pois Ele também
era Deus quando fez a seguinte oração: “E não rogo somente por estes, mas
também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; para que todos
sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em
nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a
mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em
mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que
tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.”
João 17:20-23. Nesta oração Jesus sabia perfeitamente o que é bom para Seus
filhos, a unidade!
Deus quer que Seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus Se
preparou para a Sua própria morte, uma das primeiras coisas em Sua mente foi a
unidade dos Seus discípulos como vimos na Sua oração. Aqueles que querem
glorificar a Deus, incentivarão esta unidade entre os crentes: Veja este texto: "Assim, pois,
seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os
outros" Romanos 14:19. Como servos de Deus em comunhão com o Espírito
Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade: Veja este outro texto: "Completai
a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor,
sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo
ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si
mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada
qual o que é dos outros.” Filipenses 2:2-4. Paulo deu a fórmula prática para
esta paz quando escreveu à igreja dividida em Corinto. Segue o texto: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, que faleis a todos a mesma cousa e que não haja entre vós
divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no
mesmo parecer.” I Coríntios 1:10. Crer que a unidade é importante é uma coisa,
praticá-la é outra coisa.
A unidade artificial é fácil. Os homens são muito capazes de
esconder diferenças reais e criar alianças egoístas, como o faziam os fariseus
e os herodianos quando se uniam contra seu adversário comum, Jesus. Mas a
unidade real requer trabalho duro. Exige estudo diligente, humildade genuína,
amor pelos irmãos e, acima de tudo, um amor intransigente por Deus e Sua
palavra. Que Deus nos ajude a desenvolver a mente de Cristo para servi-Lo
juntos!
A unidade que Cristo prega requer algum sacrifício e não
está relacionada ao ecumenismo. O ecumenismo prega que as religiões cristãs
devem estar unidas sob a mesma bandeira do amor e respeito. Antes, os
ecumênicos pretendiam unir as igrejas sob um mesmo líder. O ecumenismo é a
intenção das igrejas em formar um só rebanho. Por se tratar de uma quase utopia,
o que se percebe são atividades ecumênicas, onde elementos de diversas igrejas
se congregam para desenvolverem atividades religiosas respeitando-se as
diferenças para uma convivência fraterna entre os irmãos. Jesus pregou a
unidade entre os cristãos; sim, mas não nas doutrinas, pois Jesus só tem um
conjunto de doutrinas e quem não pratica essas doutrinas necessita ouvir a voz
do Pastor Jesus e pertencer à igreja de Cristo, cumprindo e obedecendo os Seus
mandamentos. Mesmo porque, no conflito final entre o bem e o mal, as doutrinas
de Cristo será o ponto de divisão e não de união. Veja este texto: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer
guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e
têm o testemunho de Jesus Cristo.” Apocalipse 12:17. De que lado você está, dentro ou fora do rebanho?
TERÇA-FEIRA (19 de agosto) A PROVISÃO DE CRISTO PARA A
UNIDADE – Onde encontrar forças para
estarmos unidos com Deus e com os outros? Estes são os textos sugeridos para hoje: “Eu neles, e tu em mim,
para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me
enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.” João
17:23.
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a
vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para
que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não
estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a
videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer.” João 15:1-5.
O cristão é sacudido e tentado pelo diabo de várias
maneiras. Se não vigiarmos a nossa alma, poderemos ceder e cair em pecados,
traindo Cristo que tudo fez por nós. As advertências, dadas por Deus, para
vigiarmos são muitas e precisamos estar atentos e em comunhão com Jesus para permanecermos
felizes nos caminhos do Senhor. Cristãos que vivem na prática de pecados,
trazem sérios problemas para o corpo de Cristo, que é a Sua igreja.
Quais são as provisões que estão
disponíveis para mantermos a unidade com Deus e com os irmãos? Em palavras
muito simples quero citar apenas quatro coisas: a oração, a leitura da bíblia, a
frequência aos cultos e reuniões da igreja e o envolvimento nas atividades
missionárias da igreja. Quem cumpre estes quatro pontos tem imensas chances de
estar unido com os irmãos e comprometido com a missão de salvar pecadores para
o reino de Deus. Veja este texto:
“Cristo apontou a vide e seus ramos: Dou-vos esta lição para que possais
compreender Minha relação convosco e vossa relação comigo. Não havia a menor
escusa para seus ouvintes interpretarem mal Suas palavras. A figura que Ele
empregou foi como um espelho colocado perante eles, para que pudessem
compreender Sua ligação com eles. Essa lição será repetida até os confins da
Terra. Todos quantos recebem a Cristo pela fé, se tornarão um com Ele. Os ramos
não estão unidos à vinha por nenhum processo mecânico ou ligação artificial.
Estão unidos à vinha e tornaram-se parte dela. São nutridos por suas raízes.
Assim, aqueles que recebem a Cristo pela fé tornam-se um com Ele em princípio e
ação. Estão unidos com Ele, e a vida que têm é a vida do Filho de Deus. Obtêm
sua vida dAquele que é vida.O homem regenerado tem uma união vital com Cristo.
Assim como o ramo extrai seu sustento do tronco principal, e por causa disto produz
muito fruto, assim o verdadeiro crente está unido com Cristo, e revela em sua
vida os frutos do Espírito. Os ramos se tornam um com a vinha. A tormenta não
pode levá-lo para longe. Geadas não podem destruir suas propriedades vitais.
Nada é capaz de separá-lo da vide. É um ramo vivo, e produz o fruto da vinha.
Assim se dá com o crente. Por boas palavras e boas ações ele revela o caráter
de Cristo. Como o ramo extrai seu nutrimento da vide, assim todos que são
verdadeiramente convertidos extraem vitalidade espiritual de Cristo. Ele
declarou: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do
homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a
Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no
último dia. Pois a Minha carne é verdadeira comida, e o Meu sangue é verdadeira
bebida. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue permanece em Mim, e Eu,
nele.” João 6:53-56. Manuscrito 78, 17
de Junho de 1898. Olhando para o Alto, 195.
QUARTA-FEIRA (20 de agosto) UM GRANDE OBSTÁCULO À UNIDADE -
A lição de hoje trata do tema da maledicência, mexerico, fofoca e crítica como um
fator que impede os irmãos de viverem em união. Veja o texto de hoje: “Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que
tiverdes medido vos hão-de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que
está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como
dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no
teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o
argueiro do olho do teu irmão.” Mateus 7:1-5.
Veja este outro texto:
“Vocês podem ser severos e críticos com o vosso próprio caráter defeituoso, o
quanto quiserem; sede, porém, bondosos, misericordiosos e corteses para com os
outros. Indaguem todos os dias: Sou absolutamente íntegro, ou tenho coração
falso? Supliquem ao Senhor que os salve de todo engano nesse ponto. Acham-se nisso
envolvidos interesses eternos. Ao passo que tantos anseiam honras e ambicionam
o ganho, busquem vocês meus amados irmãos, ansiosamente a certeza do amor de
Deus, e clamem: Quem me mostrará como tornar certa minha vocação e eleição?”
Test. para Igreja Vol. 5, 98.
É certo que necessitamos ajudar as pessoas que vivem em
erros, pois somos responsáveis por elas também, no que concerne a sua salvação.
Mas, quando chegar a este ponto, precisamos seguir os passos que Jesus
deixou-nos em Mateus capítulo 18: Na primeira etapa, ir e falar somente com a
pessoa; na segunda etapa, se necessário for, levar uma ou duas testemunhas e
por último, caso o assunto não for resolvido nas duas etapas anteriores, levar
ao conhecimento da igreja. Mas nunca falar para as outras pessoas expondo os
defeitos do irmão.
A lição de hoje traz três perguntas que devemos fazer quando
vamos tratar com assuntos que envolvem outras pessoas: 1) O que eu vou dizer é
a verdade? 2) O que tenho a dizer é edificante? 3) É possível dizer essa coisa
com amor?
O que a Bíblia diz
sobre a fofoca? A palavra hebraica traduzida como “fofoca” no Antigo
Testamento é definida como “alguém que revela segredos; que age como um
fofoqueiro ou traficante de escândalo." Um fofoqueiro é uma pessoa que tem
informações privilegiadas sobre outras pessoas e revela essa informação àqueles
que não precisam saber. A fofoca é diferente de partilhar informações de duas
maneiras: 1. Intenção. Os fofoqueiros, muitas vezes, têm o objetivo de se
elevar ao custo de fazer com que outras pessoas se pareçam más; também
exaltam-se como uma espécie de repositórios de conhecimento. 2. O tipo de
informações partilhadas. Os fofoqueiros falam dos erros e defeitos dos outros,
ou revelam detalhes potencialmente embaraçosos ou vergonhosos sobre a vida
alheia sem o seu conhecimento ou aprovação. Mesmo se não tiverem má intenção,
ainda é fofoca. A Bíblia nos diz que "o homem perverso instiga a contenda,
e o intrigante separa os maiores amigos.” Provérbios 16:28. Muitas amizades já
foram destruídas por causa de algum engano que começou com uma fofoca. Aqueles
que se entregam a esse comportamento, nada mais fazem além de criar confusão e
causar ira e amargura, sem falar da dor, entre amigos. Triste dizer que alguns
adoram isso e procuram por oportunidades de destruir outras pessoas. Quando
confrontados pelo seu hábito, negam essas alegações e respondem com desculpas e
racionalizações. Ao invés de admitir o erro, culpam algo ou alguém mais na
tentativa de minimizar a seriedade do pecado. Veja estes textos: "A boca do tolo é a sua própria destruição,
e os seus lábios um laço para a sua alma. As palavras do mexeriqueiro são como
doces bocados; elas descem ao íntimo do ventre.” Provérbios 18:7-8.
“O que guarda a sua
boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.” Provérbios 21:23.
QUINTA-FEIRA (21 de agosto) A RESTAURAÇÃO DA UNIDADE – Por que é necessário viver em paz e
harmonia com os irmãos? Este é um pré-requisito para podermos entrar na
presença do Senhor Deus em oração e adoração. Veja o texto para hoje: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao
altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali
diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e,
depois, vem e apresenta a tua oferta.” Mateus 5:23-24
Três passos que o
ofensor deve seguir. Quando ofendemos Deus e as pessoas, devemos resolver o
assunto seguindo as orientações de Deus. O livro Caminho a Cristo traz um texto
onde menciona a necessidade que temos de confessar os pecados em três níveis,
sempre quando se fizer necessário. Veja
o texto: “A confissão verdadeira tem sempre caráter específico e faz
distinção de pecados. Estes podem ser de natureza que devam ser apresentados a
Deus unicamente; podem ser faltas que devam ser confessadas a pessoas
que por elas foram ofendidas; ou podem ser de caráter público, devendo
então ser confessados com a mesma publicidade. Toda confissão, porém, deve ser
definida e sem rodeios, reconhecendo justamente os pecados dos quais somos
culpados.” Caminho a Cristo, 37, 38.
Três passos a seguir
pelo ofendido: Quando somos ofendidos por alguém devemos seguir os passos
deixados pelo Senhor Jesus. Veja o texto:
Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te
ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou
dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja
confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a
igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o
que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra
será desligado no céu.” Mateus 18:15-18
Esta questão tem sido uma pedra de tropeço para muitos
crentes. Por não resolverem uma situação, por não escutarem a Palavra de Deus falando-lhes,
eles têm abafado o Espírito. A voz de Deus se tem apagado, e eles já não
lembram ou não se importam mais com estas faltas, ou já não sentem o peso
delas. Quem é o culpado? Não existe
apenas um culpado. Os dois lados sempre têm culpa. Outro ponto que podemos
observar na exortação feita por Jesus é que a nossa iniciativa para buscar a
reconciliação não deve estar baseada no fato de sermos culpados ou não da
situação acontecida com o próximo. Se “ali te lembrares de que teu irmão tem
alguma coisa contra ti”, vai e busca a reconciliação disse Jesus. Aqui o Senhor
não disse que devemos buscar a reconciliação somente quando somos nós que
ofendemos alguém. Ele também não disse que, quando alguém tiver alguma coisa
contra nós devemos ficar esperando que ele venha a resolver as coisas. O Senhor
coloca sobre nós, que somos Seus discípulos, sempre a responsabilidade de
iniciar o processo de reconciliação. Jesus está exemplificando aqui, de maneira
prática, o que Ele já tinha ensinado antes no mesmo sermão, nas
bem-aventuranças, quando disse: “ Bem-aventurados os pacificadores.” Mateus 5:9.
Um pacificador é aquele que sempre se preocupa por resolver os conflitos. Aqui
nos está sendo apresentada a aplicação desse princípio. Não interessa se somos
os que ferimos ou se somos os feridos, o que interessa é que, como cristãos,
devemos ser pacificadores e, como tais, a busca pela reconciliação está sob a nossa
responsabilidade. Oh, como seria diferente a vida na igreja e na sociedade se
todos agissem assim! Quantas confusões se evitariam e quantas brasas de ira
seriam apagadas! Que Deus me ajude para
ser eu o pacificador!
SEXTA-FEIRA (22 de agosto) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO - A
questão da inimizade, rancor, ira guardada no coração e indiferença ao próximo,
etc., é tão séria para Deus que o Senhor disse-nos que o nosso culto a Ele pode
esperar até que o problema seja resolvido. O Senhor ensinou isto sabiamente,
pois Ele conhece o coração do ser humano. Facilmente nos escondemos detrás da
religiosidade para tentar esconder as nossas faltas. A religiosidade se torna
um antídoto perfeito para acalmar uma consciência que nos aponta para o pecado.
Podemos nos enganar a nós mesmo e achar que está tudo bem por estarmos na
igreja todos os sábados onde cantamos muito, oramos em voz alta, damos os
dízimos e ofertas. Mas o Senhor não Se agrada disto, sem termos nos arrependido
e acertado as nossas faltas com o irmão. Um bom exemplo disto encontra-se em I
Samuel 15. Este capítulo nos mostra que Deus tinha enviado o rei Saul para
aniquilar tudo o que havia na terra dos amalequitas, completamente tudo! Porém,
a Bíblia diz-nos que Saul poupou a vida do rei e o melhor do gado e do rebanho
desse povo. Ver 15:9. Saul desobedeceu, mas voltou para adorar a Deus como se
nada tivesse acontecido. Saul estava lidando com a situação como se o Senhor
não se lembrasse mais do que ele fez ou como se o Senhor não levasse tão a
sério a Sua palavra.
Mas o que foi lhe
respondeu o profeta Samuel ao Saul quando o viu adorando a Deus? A resposta
de Samuel foi: “tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e
sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor
do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” Samuel
15:22. O resultado disto foi que o Senhor tirou de Saul o seu reinado e sua
própria paz espiritual. Foi triste o final da vida deste homem por ter agido
desta maneira!
Veja estes textos:
“A união é força; a divisão, fraqueza. Quando se acham unidos os que crêem na
verdade presente, exercem poderosa influência. Satanás bem compreende isso.
Nunca se achou mais determinado do que agora para tornar de nenhum efeito a
verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor. O mundo
é contra nós, as igrejas populares são contra nós, as leis da Terra em breve
serão contra nós. Se já houve tempo em que o povo de Deus devesse unir-se, é
agora esse tempo. Deus nos confiou as verdades especiais para este tempo, a fim
de as tornar conhecidas ao mundo. A última mensagem de misericórdia está sendo
proclamada agora. Estamos lidando com homens e mulheres que rumam ao juízo.
Quão cuidadosos devemos ser em cada palavra e ato para seguir de perto o
Modelo, a fim de que nosso exemplo leve homens a Cristo. Com que cuidado
devemos procurar apresentar a verdade de tal modo que os outros,
contemplando-lhe a beleza e simplicidade, sejam levados a recebê-la. Se nosso
caráter testifica de seu poder santificador, seremos uma contínua luz aos
outros — epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos. Não podemos agora
correr o risco de dar lugar a Satanás nutrindo desunião, discórdia e lutas. A
preocupação expressa na última oração de nosso Salvador pelos discípulos, antes
de Sua crucifixão, foi que imperassem união e amor entre eles. Tendo ante Si a
agonia da cruz, Sua solicitude não foi por Si mesmo, mas por aqueles que Ele
deixaria a continuar Sua obra na Terra. As provas mais severas os aguardavam;
mas Jesus viu que seu perigo maior proviria de um espírito de amargura e
divisão. Daí orar Ele: Testemunhos para a Igreja. Vol 5, 236.
“Devemos esforçar-nos por pensar bem de todas as pessoas,
especialmente de nossos irmãos, até que sejamos forçados a pensar de outro
modo. Não devemos ter pressa em acreditar em relatórios maus. Eles são muitas
vezes resultado de inveja ou mal-entendidos, ou podem proceder de exageros ou
de uma exposição tendenciosa de fatos. O ciúme e a suspeita, caso se lhes dê
atenção, espalhar-se-ão aos quatro ventos, como as sementes de uma praga. Se um
irmão se desvia, é então ocasião de mostrarem seu real interesse por ele. Vão
falar com ele bondosamente, orem com ele e por ele, lembrando-se do preço
infinito que Cristo” Testemunhos para a Igreja, Vol. 5, 58.
Luís Carlos Fonseca
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