RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (3º trimestre de 2014) - A LEI DE DEUS
VERSO ÁUREO: “Se me amardes, guardareis os meus
mandamentos.” João 14:15.
INTRODUÇÃO (sábado 30 de agosto) – Durante esta semana vamos
analisar os ensinos de Jesus relativamente à lei dos dez mandamentos e o
impacto que os seus ensinos devem ter na nossa vida.
O que Jesus ensinou
sobre a lei? Como Jesus relacionou-Se com a lei? O povo de Israel perdeu
completamente a percepção da natureza espiritual da lei. Sua obediência não
passava de uma mera observância de formas e cerimônias em vez de ser uma
entrega do coração à soberania do amor de Deus. No sermão da montanha, Jesus
disse: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir". São Mateus 5:17. Com este testemunho e outros
mais encontrados nos Evangelhos, a mensagem de Cristo produziu uma fé que
sustentou firmemente a validade dos dez mandamentos. Jesus, em Sua vida, demonstrou a mais alta consideração pela lei de Deus.
Tanto antes de iniciar
Seu ministério, como durante o mesmo. Jesus nunca deixou qualquer dúvida quanto
aos propósitos santos e imutáveis da lei de Deus. O próprio Jesus cumpria a
lei, não para anulá-la, nem para destruí-la, mas para viver em obediência.
Jesus instruiu Seus discípulos a observar os mandamentos. Certa vez um jovem, príncipe e rico, aproximou-se de Jesus e
perguntou-lhe: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E
respondeu-lhe: Se queres entrar na vida guarda os mandamentos". São Mateus
19: 16 e 17. Jesus advertiu Seus seguidores contra o perigo de menosprezar a
obediência dos Seus mandamentos. Disse Ele: "Nem todo o que me diz Senhor,
Senhor, entrará no Reino do Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que
está nos céus". São Mateus 7:21. Não basta, para entrar no reino do céu, a
confissão verbal. É necessário que se cumpra, que se faça a vontade revelada de Deus. E Jesus deixou isso bem claro.
A verdadeira obediência é fruto do amor. Paulo escrevendo
aos Romanos 13:10, assim afirmou: "de sorte que o cumprimento da lei é o
amor". Jesus relacionou de forma muito clara a ligação do amor e da
obediência. Em suas orientações finais aos discípulos, pouco antes de Sua
morte, Ele disse: "Se me amais guardareis os meus mandamentos". São
João 14:15 "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor,
assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor
permaneço". São João 15:10
João o apóstolo do amor, em I João 5:2 e 3 escreveu:
"Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e
praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os
seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são pesados".
Jesus é o nosso melhor exemplo de obediência. Que o Senhor
nos dê poder para vivermos à altura de Sua vontade. Ligados com Jesus,
produziremos, pelo Seu poder, o fruto da obediência. Somente se permanecermos
em Cristo nos será possível prestar obediência de coração.
DOMINGO (31 de agosto) – JESUS NÃO MUDOU A LEI – Veja esta declaração de Jesus: “Não
cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou
um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que
violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens,
será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar
será chamado grande no reino dos céus.” Mateus 5:17-19.
Eu não me sentiria seguro em um “deus” que cria uma lei e
depois a muda. Ainda bem que o “Deus” que creio, criou uma lei que é eterna. É curioso que Jesus aparece várias vezes no Velho Testamento
como sendo o Anjo do Senhor. Jesus estava presente no momento da entrega da
Lei. Veja estes textos: “Este é o
que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte
Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar.”
Atos 7:38
“Em toda a angústia deles ele foi angustiado, e o anjo da
sua presença os salvou; pelo seu amor, e pela sua compaixão ele os remiu; e os
tomou, e os conduziu todos os dias da antiguidade.” Isaías 63:9
“E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque
bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.” I Coríntios
10:4
Veja este outro texto:
“Cristo não só foi o guia dos Hebreus no deserto, mas foi também Ele que deu a
lei à Israel. Por entre a tremenda glória do Sinai, Cristo proclamou aos
ouvidos de todo o povo os dez preceitos da lei do Seu Pai. Foi Ele que deu ao
Moisés a lei gravada em tábuas de pedra.” Patriarcas e Profetas, 324. P. Servir.
Se Jesus não mudou a lei, devemos levar muito a sério este
ponto e procurar ver onde necessitamos melhorar para oferecermos o nosso melhor
em termos de obediência a Deus. Embora saibamos que a lei sempre esteve em vigor,
também é verdade que a salvação é pela graça e não pela lei, por isso é bom
entendermos a relação que existe entre a fé e a lei. Em resumo; se eu sou salvo
por Cristo, logo sou grato a Ele e tenho o maior prazer em obedecer os Seus mandamentos: Veja estes textos: “Porque pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” Efésios 2:8
“Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma
sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na
verdade, teria sido pela lei.” Gálatas 3:21
“Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes
estabelecemos a lei.” Romanos 3:31.
SEGUNDA-FEIRA (1º de setembro) JESUS APROFUNDOU O SIGNICADO
DA LEI – O texto de hoje está em Mateus 5:21-44. Aqui Jesus disse 6 vezes; “mas
eu vos digo” mostrando que Ele não só confirmou a lei mas também ampliou o seu
significado. Estes versos mostram-nos mais uma vez que Jesus estava confirmando
a validade da lei dos dez mandamentos. Se eles tivessem que ser mudados, nesse
pronunciamento, Jesus teria informado isso. Mas em nenhum momento Jesus deu
algum sinal dessa mudança. Por exemplo: Jesus
disse: “ouvistes o que foi dito aos antigos: “não matarás”, e: quem matar estará
sujeito a julgamento.” Jesus, porém, ampliou este mandamento dizendo que o
mandamento não se refere somente ao ato de matar, pois é mais abrangente. Ele se
refere àquele que fica irado contra o próximo, a quem profere insulto, a quem
chamar o irmão de “tolo”, estará sujeito ao fogo do inferno, depois do milênio. Jesus ordena para cada um fazer as pazes com o irmão antes de trazer a sua oferta a Deus
através do culto.
É curioso que em cada caso Jesus menciona um verso do Velho
Testamento para atestar a validade dos mandamentos. Os ensinamentos de Jesus
mostravam que o espírito com que se guarda a lei é mais importante do que a
forma da letra da lei. A obediência a lei, de forma fria e calculista, leva ao
distanciamento de Cristo, como aconteceu com os judeus legalistas, mas, a
obediência que inclui a atuação do Espírito Santo que conduz para Jesus, essa
sim é aceita por Deus e resulta em bênçãos para o filho de Deus.
O texto para hoje menciona também sobre o desprezar e
abandonar a mulher. Naquele tempo os homens podiam repudiar as mulheres, mas Jesus moralizou este assunto dizendo para os homens não repudiarem as suas mulheres a não ser por causa do adultério. Jesus também falou que os antigos diziam que não se devia
jurar falsamente. Mas Ele afirmou que jamais se deveria jurar; pelo contrário,
que a nossa palavra fosse sempre verdadeira e positiva, nunca negativa! Jesus
também falou que os antigos diziam “olho por olho, dente por dente…” como
prescrevia a lei do Talião, do antigo código babilônico, que buscava preservar
a vingança equivalente à ofensa. Mas Jesus ampliou dizendo que o crente devia
andar a segunda milha e perdoar o ofensor. Jesus também ampliou o tema do
divórcio que vamos analizar na lição de amanhã.
TERÇA-FEIRA (2 de setembro) – JESUS E O SÉTIMO MANDAMENTO - Este é o texto para hoje: “Ouvistes que
foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que
qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu
adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e
atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do
que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te
escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos
teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. Também
foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém,
vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de
fornicação, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada
comete adultério.” Mateus 5:27-32
O que é adultério?
É a prática de infidelidade conjugal entre pessoas casadas. É relação sexual
entre duas pessoas casadas ou apenas uma sendo casada.
O que é fornicação?
É também ato sexual ilícito, fora dos laços matrimoniais. Constitui no
relacionamento sexual entre duas pessoas não casadas. Tanto adultério como
fornicação constituem graves pecados diante de Deus.
No Antigo Testamento o adultério podia ser punido até com a
morte por apedrejamento; mas, Jesus deixou claro que apenas pensamentos
lascivos já constitui em adultério. Mas o texto para hoje vai mais além, e
regulamenta o tema do divórcio e novo casamento. O ensinamento de Jesus, a respeito
do casamento, divórcio e novo casamento, é muito sério e deve obedecer alguns
princípios:
1) O casamento deve ser permanente. Veja estes textos: "Ora, a mulher casada está ligada pela lei
ao marido, enquanto ele vive" Romanos 7:2. "A mulher está ligada
enquanto vive o marido" I Coríntios 7:39. A intenção de Deus é que o esposo e a esposa permaneçam casados até que a morte os separe.
2) O divórcio é pecaminoso. Há razões básicas porque o
divórcio é pecaminoso. Primeiro, Deus disse: “Portanto, o que Deus ajuntou, não
o separe o homem.” Marcos 10:9. Segundo, é pecaminoso por causa do que o homem
faz à sua companheira, quando ele se divorcia dela. Jesus disse que ele a expõe
a cometer adultério. Ver Mateus 5:32. Fazer com que outro tropece e se perca é
um pecado tremendamente horrível. Mateus 18:6. Terceiro, o divórcio é
pecaminoso, porque o cônjuge prometeu ficar com o outro até que a morte os
separe. Deus detesta a mentira e a quebra da promessa. Ver Apocalipse 21:8 e
Romanos 1:31.
3) Casamento de divorciado é adultério: A pessoa divorciada
não tem a opção de se casar novamente. Em I Coríntios 7:10-11, Paulo deu duas
escolhas àqueles que haviam se divorciado: permanecer descasado ou então se
reconciliar com o seu par. Novo casamento de divorciados é adultério. É
adultério para aquele que se divorcia de seu par. Ver Marcos 10:11-12, para
aquele que está divorciado. Ver Mateus 5:32 e para aqueles que se casam com
pessoas divorciadas. Ver Lucas 16:18. De acordo com Romanos 7:2-3 o adultério
continua enquanto se está casado com um segundo par e o primeiro ainda vive.
Deus só autoriza o divórcio por causa do adultério ou prostituição, mas mesmo
assim existe a possibilidade do perdão e reconciliação.
QUARTA-FEIRA (3 de
setembro) JESUS E O QUINTO MANDAMENTO – Este
é o texto para hoje: “E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus
para guardardes a vossa tradição. Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua
mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá. Vós, porém,
dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de
mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor; nada mais lhe deixais fazer por seu pai
ou por sua mãe, invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que
vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.” Marcos 7:9-13.
Corbã significa “oferta ao Senhor”. Em Levítico 1:2;
2:1,4,12,13; 6:14; 7:14 e Números 7 a
palavra corbã aparece 12 vezes. O que assim fosse declarado, um dia deveria ser
entregue ao templo, fosse propriedade, fosse dinheiro, ou qualquer outra coisa, neste caso os pais idosos. Neste caso a situação era muito séria, pois os fariseus criaram uma lei dentro
do 5º mandamento que; para se libertarem dos cuidados dos pais idosos e
inválidos, eles davam uma boa oferta para os sacerdotes, e estes cuidavam deles
até a morte. Era uma maneira dos filhos se livrarem dos cuidados e
responsabilidades dos pais de forma autorizada, religiosa e civilmente. Os
fariseus tinham encontrado uma maneira rápida e confortável para se livrarem
dos cuidados dos pais. Que grande pena!
O que significa
honrar meu pai e minha mãe? Honrar seu pai e mãe é demonstrado através de
palavras e ações que surgem de uma atitude interior de estima e respeito pela
posição que ocupam. A palavra grega
para honra significa reverenciar, estimar e valorizar. Honrar é dar respeito
não apenas pelo mérito, mas pela posição. Por exemplo, algumas pessoas podem
não concordar com as decisões de seu presidente, mas ainda devem respeitar sua
posição como líder de seu país. Assim também, os filhos de todas as idades
devem honrar seus pais, quer seus pais “mereçam” ou não. Deus nos exorta a honrar nosso pai e mãe. Ele tanto valoriza
honrar aos pais que incluiu esse princípio nos dez mandamentos. Ver Êxodo 20:12
e novamente no Novo Testamento: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no
Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro
mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a
terra.” Efésios 6:1-3.
Durante a época do Velho Testamento, falar mal contra os
pais ou rebelar-se contra as suas instruções resultava em punição capital. Ver
Êxodo 21:15-17 e Mateus 15:14. Enquanto aqueles que honram seus pais são
abençoados, Ver Jeremias 35:18-19, uma característica daqueles com uma “mente
corrompida” e daqueles que não agradam a Deus nos últimos dias é desobediência
aos pais. Ver Romanos 1:30 e II Timóteo 3:2.
Salomão, o homem mais sábio que já existiu, encorajou os
filhos a respeitarem seus pais. Ver Provérbios 1:8; 13:1; 30:17. Apesar de que
talvez não estejamos mais sob sua autoridade, não podemos ignorar o comando de
Deus de honrar nossos pais. Até Jesus, o Deus Filho, submeteu-Se aos Seus pais terrenos
e ao Seu Pai Celestial. Ver Mateus 26:39 e Lucas 2:51. Ao seguir o exemplo de Cristo,
como cristãos, devemos tratar nossos pais da mesma forma reverente com a qual
nos aproximaríamos de nosso Pai Celestial. Ver Hebreus 12:9 e Malaquias 1:6. O
comando de honrar aos pais é o único comando com uma promessa: “...para que te
vá bem” Efésios 6:3. Honra gera honra. Deus não vai honrar aqueles que não
obedecem Seu comando de honrar seus pais.
QUINTA-FEIRA (4 de setembro) JESUS E A ESSÊNCIA DA LEI – Este é o texto de hoje: “E eis que,
aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para
conseguir a vida eterna? E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom
senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os
mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás
adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e
amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho
guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres
ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro
no céu; e vem, e segue-me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste,
porque possuía muitas propriedades.” Mateus 19:16-22
Qual é a essência da
lei? É a entrega do próprio eu a essência dos ensinamentos de Jesus. Quando
nos entregamos totalmente a Jesus Cristo, olhamos o próximo com olhos de amor.
É esse o apelo que Jesus fez ao jovem judeu que se gabava de guardar a lei dos
dez mandamentos. Ele guardava apenas no nível intelectual, mas não na prática.
Quando foi desafiado a ajudar o próximo que necessita, ele foi embora triste
porque era muito rico.
O que a Bíblia diz
sobre administrar o dinheiro? A resposta pode ser sintetizada em uma única
palavra: sabedoria. Nós devemos ser sábios com o nosso dinheiro. Devemos
economizar dinheiro, mas não acumulá-lo como tesouro. Nós devemos gastar
dinheiro, mas com prudência e controle. Devemos devolver ao Senhor os
dízimos e ofertas, em alegria e sacrifício. Nós devemos usar o nosso dinheiro
para ajudar os outros, mas com discernimento e a direção do Espírito de Deus.
Não é errado ser rico, mas é errado amar o dinheiro. Não é errado ser pobre,
mas é errado gastar dinheiro em coisas fúteis. A mensagem consistente da Bíblia
sobre o gerenciamento do dinheiro é ser sábio e obediente a Deus.
O "deus" daquele jovem era o dinheiro! Ele fazia todas essas
coisas, obedecia bem aos mandamentos, era ativo na igreja, o que mais faltava
para ele ser salvo? É evidente que não seria vender tudo; já bastava que se
libertasse de seu apego ao dinheiro, pois tornou-se seu deus. Jesus deixou bem
claro que a essência da lei é o amor! E isso faltava no coração do jovem rico. Que importância você dá aos seus bens?
SEXTA-FEIRA (5 de setembro) – LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO - A
Bíblia informa que, ao ouvir as palavras de Jesus, no sermão do monte, “as
multidões se admiravam de Sua doutrina.” Mat. 7:28. Embora seja lógico pensar
que o fascínio exercido por Jesus, sobre a Sua multidão de ouvintes, fosse em
grande parte decorrente de Sua “autoridade” como Filho de Deus. Ver Mat. 7:29,
é também lógico perguntar por que as pessoas daquele tempo se admiraram tanto
diante de Seus ensinamentos. Algo que não se pode descartar é o fato de que as
pessoas haviam perdido de vista a correta perspectiva da lei. De tanto “ouvir o
que foi dito” as pessoas deixaram de atentar para o “que foi escrito”, e o
resultado veio na forma do crescente afastamento de Deus e a consequente perda
da adequada perspectiva de Sua lei. Quando de novo ouviram dos divinos lábios
de Jesus, o ensino cristalino da lei e sem
distorções, assim como foi dado no princípio, a reação foi de assombro e
contentamento. Ficaram maravilhados de redescobrir o genuíno significado da lei
à luz da perspectiva divina. Livre das distorções humanas, a lei brilhou
novamente como um facho de luz alimentado pelo amor. Os ouvintes de Jesus
entenderam que a genuína obediência é resultado dessa chama queimando dentro de
nós, alimentada pelo fogo do Espírito Santo. Ter nossa perspectiva acerca de
Deus e de Sua lei restauradas dessa forma é o que também precisamos hoje.
Peçamos a Deus que Ele alimente em nós a chama do Seu amor, a fim de que nossas
perspectivas e obediência, à Sua lei, sejam um reflexo cristalino de Sua imagem.
Os dez mandamentos são o reflexo do caráter de Deus, e assim
como Deus é eterno e perfeito, Seu caráter também é, e Seus mandamentos também o
são; e como também desejamos ser eternos, devemos guardar a lei de Deus. Um Deus
perfeito só pode continuar sendo perfeito se Ele nunca mudar em nada. Aqueles
que dizem que a Lei foi alterada incorrem em pelo menos dois erros: eles se
fazem iguais ao Legislador, coisa que é uma flagrante mentira, e minimizam Deus a uma pessoa falha, como nós pecadores, que Ele precisa fazer retificações em
Seu caráter. Pessoas que assim agem são falsos cristãos!
Ellen White menciona que em resposta à alegação de que pela
morte de Cristo foram abolidos os preceitos do decálogo, juntamente com a lei
cerimonial, disse Wesley: “A lei moral, contida nos Dez Mandamentos e
encarecida pelos profetas, Cristo não a anulou. Não era desígnio de Sua vinda
revogar qualquer parte da mesma. Ela é uma lei que jamais poderá ser destruída,
que permanece firme como a fiel testemunha no Céu.” Ver em O Grande Conflito,
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Luís Carlos Fonseca
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